sexta-feira, 6 de maio de 2011

Chega mais, MARINA MAGESSI...

Marina Magessi, foi conhecida nas favelas do Rio de Janeiro como "Kate Marrone", por sua audácia e suas ações , se tornou referencia na Polícia Civil e como Deputada Federal presidiu a comissão de segurança publica na câmara . Marina Magessi é dona de frases e conceitos corajosos, que lhe rendeu ao longo da carreira muitas amizades e lógico, desafetos. Marina afirma nesse porradão de 20, entre outras coisas que somente a Facção “ Comando Vermelho” vende CRACK no estado. Vale a pena ler ... PORRADÂO DE 20... Toda terça numa rede bem próxima de você.



01 - O que você fazia antes de entrar na policia?

Trabalhava na Embratel na época a melhor empresa do país por cinco anos consecutivos segundo a revista Exame. Trabalhei por 9 anos, Collor sucateou para privatizar. Cortou salários, benefícios, etc...

02 - Quais foram os traficantes mais expressivos que você prendeu?

Uê, Marcinho VP, Robertinho de Lucas, Robinho Pinga, Dudu da Rocinha, Joel Bombeiro, Mineiro da Cidade Alta, Gigante da Nova Holanda, Elias Maluco, Dani do Jacarezinho, etc. Hoje até me arrependo de certas prisões que só serviram para trazer o descontrole para as ruas. Nada mudou. A não ser a falta de "comando" que deixa os meninos loucos "zoarem" geral.

03 - Como você avalia a política de segurança no estado do Rio?

Não existe uma "política de Segurança" . A Polícia "dança conforme a música", ou seja, privilegia a investigação nas comunidades que dão mais problemas a população.

04 - Você é a favor ou contra as remoções?

Depende. Tem lugares em que a contenção de encostas é mais barato e mais providencial. Cada caso é um caso. Não se pode comparar Laboriax na Rocinha (com uma vista privilegiada) com o Morro do Urubu. Neste caso tem que ter cuidado com a especulação imobiliária, que anda "doida" para fazer condomínios de luxo nessas áreas lindas.

05 - O que é pior, o tráfico ou a milícia?

Depende de novo. O ideal e o melhor é sempre o Estado. Na falta deste, em alguns lugares a milícia leva paz e em outros o próprio tráfico leva alguma paz. Exemplo: Áreas ocupadas por milícias dificilmente sofrem intervenções policiais e isso significa para a população alguma paz na medida em que não existem confrontos nem balas perdidas. Quanto ao tráfico, uma das maiores facções criminosas não permite vendas de crack em suas bocas de fumo. Isso também traz paz. Isso é realidade e todos sabem disso, ou deveriam saber.

06 - Você foi acusada por um policial de planejar sua morte, como esta esse inquérito?

Não existe Inquérito, não existiu planejamento para morte. Essa pessoa nunca foi policial, nunca prendeu NINGUÉM (pesquisem) e sobrevive da prática de gigolô. Vive às custas das prostitutas que explora e que "morrem" de medo dele. Quem quiser encontrá-lo, está diariamente nas termas do centro e a noite na Prado Junior. Não sou psiquiatra, mas não preciso ser para ver nele um ser "fronteiriço" a nível psicológico e com uma obsessão homossexual mal resolvida no Dr. Álvaro Lins (ex-chefe de Polícia). Acho que todo ódio que tem por mim é por aí: o respaldo de Dr. Álvaro ao meu trabalho. Assim como Dr. Zaqueu, Dr. Rafik, enfim, todos os Chefes de Polícia Civil que trabalharam comigo durante esses 20 anos de Polícia.

07 - De onde vem o dinheiro da sua campanha, você é financiada por alguma instituição?

Recebi doações de campanha da KLABIN (30 mil) através de Lilibeth Monteiro de Carvalho, da empresa de segurança INVERNADA (30 mil), da empresa VM - Vinicius de Morais (1 mil) e de meu irmão Roberto (que me devia 10 mil) e "contribuiu" com 8 mil. É até ridículo, esse dinheiro chegou em 15.08 - somente em 01 de setembro (1 mês antes das eleições) tínhamos material de campanha. Está lá no site do TSE. Mas, ninguém quer ver.

08 - Na sua avaliação existe uma saída para o fim do tráfico de drogas no Brasil?

Não existe saída para o tráfico em nenhum lugar do mundo. Acredito em duas coisas: alguma espécie de anistia para quem quiser largar o tráfico e na inserção social. Essas sim são minhas lutas. O resto é factóide, politicamente correto.


09 - Você sempre foi considerada uma policial operacional, e, no entanto você tem feito visitas a traficantes nos presídios federais, quem são esses visitados por você e qual é o objetivo?

Fui aos Presídios Federais, como Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, averiguar se as ordens para "tocar" terror no RJ partiram de lá, ou seja, se os traficantes mandavam na rua do RJ. Sempre achei essa desculpa muito simples. Inspecionei tudo junto com a Comissão e com o Juiz da VEP de lá e concluímos que isso era mais um factóide. Produzimos um relatório para o Ministério da Justiça, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e para a Administração dos Presídios Federais. Várias prisões preventivas foram expedidas por conta dessas declarações de autoridades que lhes atribuíam culpa pelo caos. Fomos apenas, como sempre, fazer justiça.

10 - Você diz que tinha o respaldo do Dr. Álvaro Lins, que foi preso e acusado por vários crimes, entre eles formação de quadrilha. Você acredita em sua inocência e não teve medo da sua amizade com ele respingar na sua imagem de policial linha dura?

Não vou entrar no mérito da inocência dele. Minha relação com ele foi profissional e passei a admirá-lo pela confiança que tinha em mim. Diversas vezes o convenci de que estava errado e ele sempre aceitou minhas opiniões. Por exemplo: William da Rocinha (líder comunitário) estava preso na Polinter quando eu chefiava o Setor de Investigações, eu mesma o prendi. Dr. Álvaro mandou eu transferi-lo para o Presídio, eu disse que não faria isso, pois ele seria assassinado por questões divergentes na Rocinha. A ordem para transferência era do então Secretário de Segurança Antony Garotinho por desavenças políticas sérias. Pois bem, William ficou na Polinter até o Secretário me "derrubar" da Polinter. Quanto ao medo de algo respingar em mim, não tive e não tenho. Todos sabem quem eu sou: 20 anos de Polícia, moro de aluguel em um apartamento de 50 m2 e tenho uma história de "peso" de serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro.


11 - Houve uma época em que você trabalhava na Delegacia de Jacarepaguá, e no seu plantão a Cidade de Deus ficava vazia, os " traficantes " tinham medo de você porque diziam que você tinha prendido o maior bandido da favela (Walkir) pulando de uma corda de 20 metro de altura e entrando pela janela fechada, e ainda rolando alguns metros, isso é real ou lenda ?

A prisão de Walkir é real, os métodos são lenda. O real é que eu tinha 3 meses de Polícia e era a grande novidade: uma moça bronzeada, quase loura, baixinha e "gostosinha" de metralhadora em punho e tremenda "marra de cão" - Kate Marrone. Estava na DP de manhã quando chegou uma moça com a "cara quebrada", era amante do Walkir e ele lhe dera aquela surra. Sabe como é mulher “mordida"? Simplesmente me chamou e disse onde ele estava. Fomos eu e mais dois policiais. Prendemos o cara, com um bebê no colo dando mamadeira. Isso na cadeia é um esculacho... Por isso, eles (os presos) precisavam supervalorizar a "cana". Tipo: Só Dona Kate para me prender: faz de tudo.


12 - Nos últimos anos você ganhou no Rio grande espaço de mídia, porém hoje, sobre tudo após você ter sido grampeada e acusada de tentativa contra a vida da pessoa, que você chama de Gigolô, a imprensa ou parte dela não te deu mais espaço, a razão é seu mandato ou existe algo, além disso?

Eu nunca fui grampeada. Na verdade o grampo era no Hélinho, meu grande amigo, esse "eu banco" a inocência, quanto ao atentado ao gigolô, os três PMs que praticaram estão presos. Nunca os vi. Quanto ao espaço na mídia não tem a ver com o Mandato, até porque no início eu continuava ativamente na mídia. Existe muita cois, além disso.Tipo, eu ter falado o nome do Editor do Globo na conversa com Helinho, na qual eu descrevo a Operação Chave de Ourona, na qual levei jornalistas da TV Globo, de O Globo e até o jornalista Zuenir Ventura acompanhou e virou capítulo do seu livro 1968 o ano que vivemos, onde ele analisa meu trabalho, com a prisão de 17 traficantes de drogas sintéticas, todos classe média alta. Ali encerrei minha carreira. Ali a D.R.E. acabou. Trocaram o nome, pois segundo "eles" a DRE era eu. Meu orgulho é ouvir o rap das armas que abre Tropa de Elite: aqui não tem mole nem prá DRE. Ainda sobre a Imprensa, o Delegado responsável pela Operação Furacão da Polícia Federal, Dr. Elzio da Silva, foi depor na Corregedoria de Polícia e disse que nunca assinou o tal relatório que dizia que eu recebi 30 mil ao invés de 30 votos em conversa com o Salsicha (meu parceiro) e o Marcão (policial civil). Que tem certeza de que eles falavam de mais 30 votos no dia da eleição e mais, que nunca tinha revelado isso porque nunca fora ouvido, ou seja, o Ministério Público Federal não o chamou (apesar de ser o responsável direto pelas investigações) nem mesmo para ser testemunha de acusação perante o Juiz (coisa absurda). Pois bem, escrevi um artigo sobre isso, perguntei ao Globo se publicariam, me mandaram fazer em 3.000 toques, depois declinaram e disseram que não publicariam porque era um "desabafo" e não uma notícia. Me sangraram durante uma semana com notícias falsas protegidas pelo OFF . Por conta de um jornalista inescrupuloso mancomunado com o tal delegado gigolô. Meu paizinho infartou por conta dessa covardia e morreu.


13 – “MAGESSI DIZ QUE CORRUPÇÃO CONSUMIU MAIS DO QUE 30% DA VERBA PÚBLICA, COMO APONTOU POLICIA FEDERAL” - Como é viver em um meio corrupto? É possível não se corromper?

Lógico que é possível não se corromper... Jesus Cristo disse: Seu tesouro está onde estiver seu coração. Ou seja, depende sempre do valor que você dá à sua vida, à vida dos outros e a diferença entre conforto e luxo. Acho que sou privilegiada por ser feliz com pouco, mas com dignidade.


14 - Em seu livro, “Dura Na Queda”, você faz o prenuncio da ascensão do crack e do ecstasy no rio de janeiro. Em sua opinião quais foram as causas que fizeram o crack ter uma ascensão tão rápida no Rio, onde até as facções tinham um pacto para não permitir que essa droga se proliferasse em seus territórios?

Não houve nenhum avanço. Na cabeça de alguns só a maconha é droga, mas eles defendem a descriminalização de todas elas. Esse plano Federal é só mais um plano... Muito mais importante foi a declaração de Caetano Veloso, com quem já passei horas discutindo o assunto, de que após ver de perto nas ruas de Salvador os efeitos do crack, refez seus conceitos e hoje declara ser contra a liberação das drogas. Esse sim um aliado de peso.
Quanto a situação do crack no Rj, acho mais simples: Favela da facção ADA e Terceiro Comando Puro não vendem crack. Na inauguração do Centro Cultural do Afroreggae em Vigário Geral vi uma enorme faixa na entrada que dizia: AQUI NÃO VENDEMOS CRACK. Se os líderes do Comando Vermelho proibissem também, 90% do problema estariam resolvidos. Essa é a realidade.

15. Quem é pior: o bandido ou o policial bandido?

Sem dúvida o pior é o policial bandido. Ele conhece nossa rotina e tem acesso a informações privilegiadas. Sem dizer que numa operação pode até nos matar "por encomenda". Toda vez que vou a alguma favela peço ao Comandante e ao Delegado da área que não façam operações e não me mandem nenhum tipo de escolta.


16. Qual a sua opinião sobre o alto índice (cada vez maior) do consumo e envolvimento no trafico de drogas entre os jovens da classe media e classe media alta?

Era de se esperar. Lá atrás falei do futuro das drogas: Ecxtasy para ricos e crack para os pobres. Só não previ que o crack ia derrubar barreiras e chegar aos mais abastados. É horrível, crack não tem usuários, todos são viciados descontrolados. O tráfico de ecxtasy dá muito dinheiro e depende de passaporte e os traficantes "bem nascidos" que se julgam impunes. Sem dizer que por ser muito caro dá muito lucro.


17. Qual foi sua maior conquista profissional e o que você pretende realizar?

Minha maior conquista profissional foi a Chefia da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Mulher, Inspetora (não Delegada). Foi um tempo de muito trabalho e muitas realizações. Definitivamente a Inteligência tinha um nome e era o MEU. Devo isso ao Dr. Álvaro Lins que reconheceu todo o nosso trabalho nas várias passagens pela DRE.
Quanto aos planos, não faço planos a médios e longos prazos. Nunca fiz. Procuro prestar atenção nos sinais de Deus. Peço a ELE para me colocar em seus caminhos e sabedoria para discernir entre tantos caminhos que o mundo me impõe. Sempre deu certo. DEUS É FIEL.

18. O que existe de "bom e ruim" nos candidatos a presidência?

DILMA –

Bom - A aceitação de LULA. Ela também não é colada na imagem do PT. Mostrou ser boa administradora na Casa Civil. É mulher, guerreira e honesta.
Ruim - Não tem "luz própria": Carisma, dialética (coisas que não faltam a Lula). É uma incógnita.

SERRA –


Bom - Trabalho impecável em todos os cargos que ocupou principalmente como Ministro da Saúde. Teve coragem, quebrou patentes de laboratórios farmacêuticos internacionais e hoje temos os genéricos. Projeto partir de Jamil Haddad, mas ele teve "peito" para colocar prá frente.
Ruim - Também é uma incógnita. Está cercado de "gente duvidosa", assim como Dilma, por conta das coligações que o apóiam.

MARINA -

Bom - Muito bem intencionada, principalmente no que eu considero um dos nossos maiores problemas: Meio Ambiente. Tem a melhor história de vida dos três: Superação, humildade, fé em Deus, coragem e honestidade.
Ruim - Não tem apoio. Os donos do Brasil não a querem Presidente, aliás, abominam a idéia, por isso sua campanha é pobre e sem tempo na TV.


19. Considerando que estamos chegando ao inicio formal de uma campanha eleitoral ao Estado do Rio de Janeiro, qual a sua avaliação a respeito dos candidatos mencionados abaixo?

- GABEIRA

Bom - Honestidade, cultura e aberto ao debate e a crítica.
Ruim - Nunca se mostrou administrador, não apresenta quem vai fazer parte de sua equipe/secretariado.

- CESAR MAIA

Bom – Bom administrador. Excelente político. Conseguiu migrar seus votos para a classe pobre e o funcionalismo público.
Ruim - Muito crítico e muito avesso a críticas. Não escuta ninguém.

- GAROTINHO

Bom - É realmente interessado a fazer o que se propõe. É fiel (qualidade rara no meio político, aliás, no mundo).
Ruim - Teve a pior assessoria de imprensa que já vi. Muito mal orientado. Briga com toda a imprensa.

- LINDBERG

Bom - Juventude, carisma, muito bom articulador. Sempre votei nele desde os tempos de UNE. Tem história.
Ruim - É muito perseguido pelos adversários políticos. Não fez "bonito" na Prefeitura de Nova Iguaçu, mas Senado é outra coisa.

- SERGIO CABRAL

Bom - Seu melhor é o interesse pela Segurança Pública. Nunca se investiu tanto. UPP's e respaldo para a Cúpula da Segurança Pública e para as Polícias, Civil e Militar. Excelente mediador integrou Governo Federal e Prefeitura ao Estado do RJ.
Ruim - Não aceita críticas nem adversários. Leva manifestações contrárias para o lado pessoal. Não aceita que discordem dele. Comportamento um tanto infantil para um político de seu porte.

- PICIANNI

Bom/ Ruim - Não tenho opinião formada. Tem um poder ilimitado, portanto vou fazer como a Copélia do Sai de Baixo (programa humorístico) - Prefiro não comentar.


20. Fale sobre...

Ideologia no crime:

-Não! O crime é lucro, poder, sobrevivência e status em seus ambientes.

Desarmamento:

- Não mudei minha posição. Sou contra armas nas mãos de civis, até para sua própria proteção. Continuo parceira do Instituto Sou da Paz (ícone contra as armas). Acho que a tese perdeu por vários motivos:

*Muito dinheiro na propaganda contraria.

*Total falta de escrúpulos quando inventaram a suposta e improvável declaração de bandidos a favor do armamento (como se bandidos tivessem armas "quentes").

Por isso não gosto de plebiscitos:

*Sempre vence quem tem mais dinheiro e poder (como em qualquer outra campanha política). Foi assim ate com Jesus Cristo e Barrabas. Escolheram libertar Barrabas e mandaram Jesus para Cruz. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. A voz do povo é facilmente manipulável.

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