tag:blogger.com,1999:blog-2823636526774846232024-02-08T06:44:04.813-08:00BLOG DO PORRADÃOBLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-46415788759800207702011-05-06T08:21:00.001-07:002011-05-06T08:21:18.276-07:00Jean Wyllys<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Fala galera do Porradão!<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Televisão, política, homossexualidade, sociedade, entre outros assuntos, com Jean Wyllys. Quem pensa que esse cara é somente um ex-BBB que assumiu a homossexualidade na TV, está por fora! Além de ser jornalista, Jean é professor acadêmico, escritor, e estar candidato a deputado federal pelo PSOL. Com um discurso politizado esse baiano arretado foi escolhido para o primeiro Porradão de 20 ao VIVO! </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="303" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/img/jean_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="403" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - Quem é Jean? Origem, estudos, caminhos a seguir...<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>Falar de mim mesmo é difícil, mas entendo que pedir para falar de mim é pedir pra falar de meu caráter, de como ele foi forjado; das minhas escolhas; trabalhos e daquilo que dá sentido à minha vida. Então vamos lá. Vou começar com um episódio que me marcou muito ao muito ainda ouvir seu eco em minha alma. Certa vez, aos seis anos de idade, eu fui comprar pão na venda e, chegando lá, na hora de fazer o pedido, eu fiz a concordância de nominal correta, "Por favor, eu quero seis pães". Havia alguns caras, homens feitos, bebendo na venda. Um deles, ouvindo a minha frase, disse, num tom de ameaça: "você é viado ou estudado?". Todos os outros riram. Era a primeira vez em que eu ouvi a palavra "viado". Não sabia o que ela significava, mas sabia pelo tom de ameaça do cara e pelo riso de escárnio dos outros, que eu não deveria ser aquilo. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />A injúria contra os homossexuais – esse continuum que vai das primeiras ofensas verbais à violência real - provoca quase sempre estragos irreparáveis à subjetividade ou à alma de uma pessoa. Agora, Celso, imagine essa infância gay – sim é preciso falar de uma infância gay – combinada à pobreza extrema em que vivíamos na periferia de alagoinhas, em que sequer água e sanitário havia nas casas de aluguel em que morávamos?<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não bastasse a miséria, e talvez mesmo por conta dela, meu pai enfrentava problemas com alcoolismo e, por isso, não parava nos subempregos que, vez em quando, permita-lhe trazer comida pra casa. Minha mãe, semianalfabeta, trabalhava como lavadeira para não nos deixar morrer de fome. E, para ajudá-la nesta tarefa nobre, eu fui, aos dez anos de idade, para o mercado de trabalho informal. Comecei vendendo algodão-doce e folhinhas do sagrado coração de Jesus pelas ruas da cidade. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Trabalhava num turno e estudava em outro. Aos sábados e domingos, eu e meus irmãos nos dedicávamos às atividades do centro comunitário da baixa da candeia. Diante das necessidades, minha mãe queria que a gente abandonasse a escola para se dedicar mais ao trabalho: conseguir uma vaga numa oficina mecânica qualquer ou de cobrador de ônibus. Para ela, era importante que fôssemos honestos e respeitássemos o que era dos outros, mas para minha mãe não era tão importante que a gente estudasse, pois, na cabeça dela, dedicação a estudos era coisa de gente rica. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Acontece que eu sempre gostei de aprender e de ler. Sempre gostei da escola porque era lá que eu aprendia e lia. E para escola eu ia mesmo nos dias em que não havia absolutamente nada para comer lá em casa. E aos sábados e domingos passava horas na biblioteca da casa paroquial lendo livros. Livros que me deram valores humanistas e a preocupação com o outro, típicos do cristianismo – sim, porque se, por um lado, o cristianismo fundamentalista e sua ameaça ao estado laico e de direitos nos apavoram, por outro, é inegável que foi o cristianismo que nos trouxe essa idéia de que o que torna um homem virtuoso são os seus atos, ou seja, para o cristianismo, um ser humano é virtuoso quando age em favor do bem comum; livros que me levaram ao movimento pastoral da igreja católica – eu me engajei na pastoral da juventude estudantil e na pastoral da juventude do meio popular - e ao trabalho nas comunidades eclesiais de base. A família de meu pai sempre foi ligada ao candomblé, mas eu só vim me aproximar e me aprofundar nesta religião depois dos 20 anos, já homem feito.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Leitura e livros que me fizeram ver a televisão com outros olhos (televisão que só foi chegar à minha casa quando eu tinha 11 anos; antes minha mãe e eu assistíamos às novelas da janela do único vizinho que tinha TV no bairro). Livros que me fizeram escapar dos destinos imperfeitos aos quais ainda estão condenados os meninos e meninas dos bolsões de pobreza deste país. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Formei-me em informática no ensino médio, numa instituição de excelência voltada para alunos de escolas públicas do nordeste que estivessem acima da média 8,0: A Fundação José Carvalho; entrei no mercado formal de trabalho bem remunerado; nesse mesmo ano prestei vestibular para jornalismo na UFBA, onde me formei; trabalhei anos como jornalista e, depois de concluído o mestrado, passei a me dedicar mais ao ensino superior – sou professor de teoria da comunicação e de cultura brasileira. Deixei os anos de miséria para trás (não que eles ainda não me assombrem); fiz a tal mobilidade social sem contar com a ajuda financeira dos meus pais – que, ao contrário, dependiam de mim - nem com apadrinhamentos de qualquer tipo! Eu que poderia ter morrido de fome ou por falta de serviço público de saúde decente; que poderia ter sucumbido a uma bala de revólver da polícia ou dos bandidos ou à homofobia que reina nas comunidades. Transformei a minha vida e a de minha família para melhor. E poderia me contentar com isto e só olhar para frente! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Mas, e os que ficaram para trás? Aqueles que, abandonados pelo estado à própria sorte, não tiveram a força de vontade de resistir e sobreviver à miséria? E aqueles que ficariam para trás, que estariam fadados a morrer vitimas das guerras de quadrilhas ou nas mãos da polícia, como aconteceu a muitos dos meus colegas da baixa da candeia? <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />E aquelas crianças homossexuais que não sobreviveriam ao ambiente de hostilidade homofóbica? Como é possível viver contente se seus semelhantes ainda são vítimas das injustiças? A psicanálise nos ensina que todas as nossas escolhas são frutos das experiências de prazer e de desprazer na infância. A julgar pelas minhas escolhas, ela está certa. Como jornalista, em vez de me dedicar às frivolidades dos cadernos de cultura, dediquei-me ao jornalismo cidadão, ganhando três prêmios da ABI (Associação Baiana de Imprensa) e uma menção honrosa da ANDI (Agência Nacional dos Direitos da Infância) por matérias dedicadas à promoção dos direitos humanos, principalmente os direitos das crianças e dos adolescentes. E não me bastava publicar matérias! Eu queria colaborar com os movimentos sociais e a sociedade civil organizada, por isso, fui parceiro do GAPA (Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS), do GGB (Grupo Gay da Bahia) e da organização de auxílio fraterno, onde desenvolvi um programa de educação pela mídia e para mídia, voltado para crianças em situação de risco social. Como professor da Universidade Jorge Amado, criei uma pós-graduação latu sensu em jornalismo e direitos humanos. E como pesquisador, tendo sido alguém que veio das camadas da população que só têm acesso à cultura de massa – seja por falta de recursos para consumir bens simbólicos como teatro, concertos de música, discos importados e literatura, seja pela falta de políticas públicas que lhes dêem acesso à alta cultura – interessei-me em investigar os significados que a cultura de massa produz no imaginário popular e em investigar as razões de a mesma ser alvo dos preconceitos de certa elite intelectual deste país – elite que embora reserve, para si, a chamada alta cultura, como forma de justificar seus outros privilégios, menospreza, diminui ou criminaliza a cultura dos pobres (o funk está aí para provar isso). E foi esse interesse que me levou ao BBB. Pode haver gente egoísta no mundo, mas eu não faço parte dela, Celso, de verdade! Ter uma vida confortável, relativamente segura e trabalhar, por meio da educação superior e do jornalismo, pelos direitos humanos, não me impediram de reconhecer que isto ainda é pouco; que eu posso fazer muito mais para melhorar a vida dos outros e que este muito mais passa necessariamente pela política. Daí, eu ter decidido me filiar ao PSOL – partido cujo programa mais se aproxima de meus ideais – e ter aceitado o convite de Heloísa Helena a me candidatar a deputado federal e a travar, caso eleito, uma luta que certamente será árdua em nome da justiça social, dos direitos humanos, da ética pública e das liberdades individuais. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. O que você fez com aquele dinheiro todo que você ganhou no BBB ?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Acho que isso não interessa a muita gente, mas, para não te de deixar sem resposta, eu posso te dizer que ajudei a muita gente e a mim mesmo em necessidades imediatas. Guardei um pouco para os momentos difíceis. E continuei vivendo de meu trabalho.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Jean Wyllys ficou conhecido por tornar pública sua homossexualidade. Quando se descobriu gay e quais os momentos mais críticos dessa aceitação?</strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Como a gente vive numa sociedade heteronormativa, ou seja, numa sociedade cuja maioria heterossexual definiu a heterossexualidade como norma, o processo de aceitação da homossexualidade por parte de um homossexual nunca está completo. Mesmo quando a gente faz a passagem da vergonha para o orgulho – o que alguns chamam de saída do armário ou de "se assumir" – mesmo assim, a vida coloca a gente em momentos críticos em que a gente tem de optar entre se aceitar e expressar orgulho ou se calar. A melhor expressão para dar conta desse processo de aceitação que nunca está completo é a inglesa "Comming out of the closet"; a gente nunca sai do armário por completo... Quanto ao momento exato da "descoberta", não dá para precisá-lo. Uma criança que é diferente por não se encaixar nos papéis de gênero definidos pela sociedade percebe sua própria diferença quando todos em volta jogam essa diferença em sua cara ou querem fazê-la se encaixar na norma. Veja o caso que te contei do cara que me chamou de "viado" quando eu tinha apenas seis anos! Todo esse constrangimento vai fazendo com que um gay cresça internalizando a homofobia social, de modo que ele não se aceite em sua diferença e busque se enquadrar no que é considerado normal. É algo parecido com o racismo internalizado de muitos negros: criados numa sociedade em que o poder e os modelos de beleza e sucesso são brancos, muitos negros passam a rejeitar sua negritude e a querer se tornar brancos. Posso dizer que minha família reagiu bem à minha homossexualidade se eu levar em conta o fato de que nasci numa família do interior da Bahia, portanto, com os valores morais e os preconceitos típicos de uma família nordestina, interiorana, católica e pobre. Minha mãe e meus irmãos não deixaram de me amar quando assumi minha orientação sexual, mas, é importante dizer que eu assumi quando já morava fora e era arrimo de família. Talvez se eu assumisse quando ainda morava na casa de minha mãe e não a ajudasse financeiramente nem a meus irmãos, a história fosse outra. Mas não posso viver de hipóteses. A verdade é que, quando assumi minha orientação no reality show, minha família, amigos, colegas e alunos já sabiam e me respeitavam e amavam mesmo assim. Antes de me tornar famoso em todo Brasil, eu já era uma referência, em minha família, de determinação, bom-senso, inteligência, discrição e sucesso. A fama não alterou a forma de minha família me ver. A gente não é deslumbrado.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - - Hoje estamos vivendo em uma sociedade mais "democrática" quanto às relações homoafetivas, no Brasil e no mundo? Porque isso está acontecendo?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Celso, as mudanças que existem entre ser gay há dez anos e ser gay hoje são frutos mais da luta dos grupos de homossexuais organizados e de gays que dão "a cara a tapa" e menos de uma mudança na sociedade. Se a sociedade mudou, mudou porque foi pressionada pelas ações desses grupos e pessoas. Ela não muda gratuitamente: ao contrário, seu movimento é sempre de se conservar como é e está. Há dez anos eu já era gay assumido e, logo, posso dizer que as conquistas, de lá para cá, não são muitas: em se tratando de política, há o crescimento das paradas do orgulho gay - com todos os efeitos colaterais que esse crescimento traz - e os projetos de lei que institui o casamento civil entre gays e criminaliza a homofobia; em se tratando de representação na mídia, há os personagens de novela e o fato de eu ter aparecido num reality show, para todo Brasil, como um homem homossexual inteligente e ético. É inegável que o movimento gay - aproveitando-se dos esforços do capitalismo para nos constituir como nicho de mercado (e o capitalismo só apresenta o mercado como solução para os conflitos sociais) - conquistou novas representações de homossexuais na tevê. Essas novas representações trouxeram mais visibilidade para a comunidade LGBT e, assim, levou as audiências a se acostumarem mais com a existência dela. Contudo, é igualmente inegável que as representações de homossexuais mais toleradas pelas audiências são aquelas em que gays, lésbicas e transexuais aparecem como objetos de piadas e situações cômicas ou aquelas em que eles aparecem travestidos de heterossexuais, ou seja, sem nada que evidencie sua diferença. Nessas representações, com raríssimas exceções, os homossexuais aparecem como seres assexuados – não desejam, não transam, não amam. Sendo assim, as audiências toleram que alguém diga que é gay, mas, não quer vê-lo sendo gay. Daí não poder se afirmar categoricamente que vivemos numa sociedade mais tolerante e receptiva às relações homoafetivas. A prova disso é que o projeto de lei que institui o casamento civil entre homossexuais se encontra parado no Congresso Nacional desde 1995. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Mas não acontecem paradas gays em quase todo Brasil? Isso não é prova de aceitação? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Isso é prova de que o movimento se organizou e conquistou seu espaço contra tudo e todos. As paradas são eventos que celebram o orgulho de ser LGBT, ainda que em alguns lugares, como resultado de negociação política para que sejam liberadas pelas autoridades locais, elas aconteçam com o nome de "parada da diversidade". As paradas são uma grande conquista política. Elas conferem existência a uma cultura que não conta com muitos meios de expressão pública. Elas não resolvem o problema da discriminação cotidiana de que são vítimas os gays e lésbicas e, muitas vezes, as paradas até servem para reforçar essa discriminação na medida em que a mídia heterossexual só dá destaque para seus excessos. Porém, como já disse, elas são meios de expressão pública da cultura LGBT – e isso é muito se pensarmos que há um esforço da mídia heterossexual e dos políticos conservadores em silenciar a cultura LGBT, em deixá-la invisível. Por isso, é equivocado aquele organizador de parada que prepara o evento pensando nas famílias que vão assistir ao desfile, acompanhadas de suas crianças e bichos de estimação. As paradas têm de ser feitas por e para as lésbicas, transexuais e gays. Os heterossexuais são apenas platéia. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- O que você acha que vai acontecer no futuro, em uma sociedade que aceita relações homoafetivas, "casamento gay", adoção de crianças por casais gays?Como o Brasil, por exemplo, pode se adaptar a isso? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> Não faço futurologia. Mas digo que, se a sociedade brasileira estender a cidadania plena aos homossexuais e/ou se ela reparar os danos sociais e psíquicos que causou aos afrodescendentes, ela será uma sociedade de fato mais democrática e mais justa. O Brasil não só pode como deve construir essa sociedade. Foi pensando em participar dessa construção que aceitei vir candidadato.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - Outro dia vi em um programa de televisão que um travesti em São Paulo pode ganhar entre 4.500 e 6.000 reais e que as relações são em muitos dos casos são com homens, casados e que adotam a posição passiva na hora da transa. O que você acha disso?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não sei se esses ganhos correspondem à realidade. Com certeza não correspondem à realidade da maioria das travestis e transexuais que vivem da prostituição. Quando eu era aluno da graduação, acompanhei o antropólogo Don Kuhlick em sua etnografia dos espaços de prostituição de travestis em Salvador. Convivi e conversei com muitas delas em reuniões do GGB. Depois, como repórter, fiz muitas matérias explorando o universo das travestis e a prostituição viril. Logo, posso te afirmar que a vida de uma travesti que vive só da prostituição não é fácil. A maioria se prostitui porque este é o último e único meio de sobrevivência que lhe resta. Se elas não podem ter vida diurna (você costuma ver travestis durante o dia, circulando normalmente pelas ruas?) imagine trabalhar regularmente em lojas, escolas ou empresas! Na noite, elas estão expostas a – e são alvo de - toda sorte de violência. Como não contam com proteção legal – ao contrário, costumam ser humilhadas e violentadas nas delegacias e postos de polícia aos quais recorrem – elas se protegem por meio da violência também, roubando ou ferindo seus clientes quando estes, depois que gozam, querem sair do programa sem pagar. É verdade que a maioria dos clientes das travestis é casada e quer ser passiva na relação, quer dar o cu, mas isso não significa que eles sejam homossexuais ou gay. O ânus é a uma zona erógena. Todo homem sente prazer quando é tocado no ânus. Mas ele não admite isso nem explora essa sua zona erógena com namoradas e esposas porque existe a mentalidade de que a posição passiva é uma posição menor porque feminina; a mentalidade de que quem se submete a ocupar essa posição passiva, feminina, não é homem, não é digno de ser homem, é tão inferior quanto a mulher, é viado. Ora, por conta dessa mentalidade, muitos homens deixam de explorar sua zona erógena com namoradas e esposas e vão atrás de travestis. No fundo, o que eles estão buscando não é outro homem, mas uma mulher com um pau que explore o prazer que ele sente no ânus.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="right" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/img/jean_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Vamos falar mais de BBB. O que você acha que o Big Brother Brasil representa hoje para a população brasileira? Acha que é "só um jogo" como dizem ou este show carrega mais coisas por determinar às vezes a opinião do público sobre algumas questões, como a homofobia na edição passada? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Quando os realities shows começaram a fazer sucesso, eu, como comunicólogo, interessei-me por eles, ao ponto de abandonar a minha pesquisa sobre narrativas de presidiários do Carandiru – que fora objeto de estudos no mestrado e seria no doutorado – para montar um projeto de pesquisa sobre este novo gênero de entretenimento televisivo que estava fazendo a cabeça dos brasileiros. Eu queria ser um dos primeiros acadêmicos de comunicação no Brasil a estudar o BBB. E foi este querer que me levou a me inscrever no programa. Se eu pedisse à Globo para entrar no programa apenas para estudá-lo, ela me negaria; por isso, fiz a inscrição como mais um candidato. A telenovela um dia já foi desprezada pelos intelectuais e hoje é objeto de estudos multidisciplinares por ter se tornado um fórum de debates sobre as questões nacionais e formadora de mentalidades. O mesmo vai acontecer com os realities shows. E eu queria ser um dos primeiros a investigar quais os impactos deles no imaginário do povo brasileiro, afinal, a gente não pode considerar um mero equívoco quando pessoas não sabem em quem votaram nas últimas eleições, mas gastam seu tempo e dinheiro para votar num participante de reality show. Depois que eu participei do BBB, passei a gostar ainda mais desse tipo de entretenimento televisivo. Os realities shows vieram para ficar e causaram enorme impacto na programação televisiva no mundo inteiro. Ter sido selecionado para participar do programa me permitiu fazer uma etnografia e, assim, compreender melhor a produção de um programa que é campeão de audiência e, por isso, mobiliza e coloniza o imaginário de milhões de brasileiros. A última edição, por exemplo, serviu para mostrar à maioria dos brasileiros o que é a homofobia e suas múltiplas faces e manifestações. Tenho orgulho de ter conseguido fazer isso bem e, sem que eu tivesse planejado, de ter me tornado um marco na história do programa – e, talvez, na história da tevê brasileira – e de ter dado mais combustível à política homossexual e me tornado um escritor popular. O que a imprensa de celebridade não compreende é que não é o BBB que faz os participantes; são os participantes – suas histórias de vida e conflitos – que fazem o BBB. Os realities shows devem seu sucesso menos aos seus diretores e equipes de produção e mais, muito mais, aos seus participantes. Sem as histórias e vida dos participantes, sem suas qualidades e defeitos, os realities shows não seriam nada. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- Você acha que ganhou o BBB porque era gay? Se não foi por isso, porque foi? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />A escolha do vencedor, por parte do público, depende da conjugação de um contexto interno - ou seja, da trama dos conflitos que surgem da convivência entre os participantes – com um contexto externo, que corresponde à realidade sócio-cultural que o país está vivendo e dos fatos que a compõem. É na interação entre esses dois contextos que emerge a identificação ou identificações da maioria com aquele participante que ela faz vencedor. Então por que eu venci? Primeiro porque a trama nascida dos conflitos em que me envolvi na casa evocava o poderoso mito de Davi e Golias: o gigante da casa exortou os outros participantes a me eliminar a qualquer custo, mesmo eu sendo o elo mais fraco da corrente; a maioria não tolera a representação da injustiça. Segundo porque o fato de eu ter assumido publicamente minha homossexualidade fez com que a maioria me identificasse com um homem corajoso e honesto, mesmo ela reprovando intimamente a homossexualidade. Terceiro porque todas as minhas outras qualidades ficaram maiores que a minha orientação (era como se as pessoas desculpassem o fato de eu ser gay por ser, ao mesmo tempo, honesto, íntegro, bom e inteligente); porque eu apenas disse que era gay, não vivi minha sexualidade. Quarto porque o país atravessava uma crise ética na política; o povo demandava por modelos de ética e decência. Quinto porque, além disso, eu possibilitava outras identificações: alagoinhense, baiano, nordestino, povo de santo, professor universitário e intelectual com uma história de vida comum à maioria dos brasileiros. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. O que ganhar o BBB te trouxe de bom? Isso te agregou fama real, ou hoje, você ainda vive daquela fama momentânea? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> Entre as razões que me levaram a participar do programa, ganhar o prêmio em dinheiro era a que menos contava; virar "celebridade" não estava entre elas, definitivamente. Além de conhecer um reality show por dentro – interesse de um intelectual que pesquisa comunicação de massa e dá aulas para alunos dos cursos superiores de Comunicação Social – eu queria abrir minha carreira de escritor para o resto do país. Claro que a participação por si só não garantiria isso. Participar do BBB só faz de você um participante do BBB. O que faz de você algo mais que um participante é a formação, o trabalho e o talento. E eu estava (e estou) certo de meu talento, de minha formação e de meu trabalho, por isso, decidi participar. E, por isso, soube dizer não aos apelos da mídia para a exposição sem propósitos. Não gosto da fama em si, a fama pela fama. Tenho pavor dela e me recuso a alimentá-la: não faço presença vip, só vou a festas e shows que eu possa pagar e só aceito convites se os ventos forem do meu interesse e só dou entrevista e participo de programa de tv se eu tiver o que dizer ou se o tema tem a ver comigo. Como todo profissional, eu quero sucesso. E sucesso não é nada mais que fazer o que você gosta, viver disso e um número maior de pessoas prestar atenção. Nesse sentido, todos querem sucesso: o médico, o pintor, o artesão, o escritor, a cabeleireira, o MV Bill e você também, Celso. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. Como você avalia a vida acadêmica de antes e a de agora? O que você espera nesse âmbito para o futuro?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Eu nunca me imaginei longe da vida acadêmica. Porque eu sempre tive um pé dentro dela e outro fora mesmo antes de ser "famoso". Fiz pesquisa e dei aulas na universidade ao mesmo tempo em que atuava como jornalista engajado e como escritor. Esse trânsito é salutar. Eu sou um intelectual orgânico naquele sentido descrito por Gramsci. Depois de ficar famoso num programa de massa, eu até esperava enfrentar mais preconceito por parte da academia carioca, mas isso não aconteceu. Um ou outro professor torce o nariz por inveja ou rancor, mas a maioria me recebeu de braços abertos e houve até instituições me disputando quando decidi deixar temporariamente a tevê para voltar à academia.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. Li uma opinião sua sobre a vitória do Dourado no último BBB, você dizia que as pessoas queriam estabelecer uma ordem moral fascista. Você não acha que ao contrário de querer ordem o público na verdade quis brincar com jogo do BBB, sem se deixar ser conduzido pelo jogo? Pergunto isso por causa da febre no Twitter. As pessoas passaram a defender o Dourado como campeão mais como um deboche do que como um apoio a quem ele era de fato?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não queria voltar a esse assunto, para mim, ele está esgotado. Mas discordo de você quanto às razões que levaram as pessoas a defender o Marcelo Dourado. Contrariando Descartes, Freud nos ensinou que a gente existe pelo que não pensa, ou seja, pelo que está inconsciente em nós. Havia muito ódio inconsciente – e, em alguns casos, mais que consciente – no deboche com que a defesa ao vencedor e o ataque aos homossexuais eram feitos no Twitter e demais espaços da internet. Seguindo sua argumentação, eu poderia dizer, então, que os sites, blogs e perfis que pregam ódio a negros e a nordestinos na internet não passam de deboche de quem quer brincar com o jogo da vida, sem se deixar ser conduzido por ele. Mas não posso dizer isso porque eles são uma aberração racista e xenófoba que precisa ser combatida.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- Mais uma sobre o Marcelo Dourado. No último BBB, você fez campanha contra, acusando ele de homofóbico, até de nazista, por suas tatuagens. É assim que você acha que deva ser a superação dos preconceitos, "eliminando" quem não tem a mesma visão do problema? O caminho não seria abrir diálogo com o Marcelo Dourado sobre isso, por exemplo? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Você me parece um tanto obcecado pela defesa do Marcelo Dourado... Por quê? Você se identifica com ele? Eu não tenho nada contra Marcelo Dourado, muito pelo contrário. Eu sequer me esbarrei pessoalmente com esse rapaz na vida. Não fiz críticas a ele por ele ser tatuado (até porque eu mesmo tenho tatuagens), apenas chamei a atenção para o fato de que não se pode sair tatuando símbolos pelo corpo sem, antes, atentar-se para o novo significado que esse símbolo possa ter ganhado ao longo da história. Ora, o pênis ereto era símbolo de fertilidade na cultura Ioruba e nem por isso um cara vai tatuar um pau na testa, no braço ou na bunda! Pode até tatuar, mas vai ter que agüentar as pessoas apontando para o pau tatuado e chamando-o de "viado"; não vai poder se ofender com as criticas, afinal, ele não está na cultura ioruba, mas na cultura ocidental judaico-cristã que deu novo sentido ao pênis ereto. Não sei por que você se refere a "eliminação" nesse caso do BBB10. Nada do que publiquei ou disse era pessoal. Não tenho nada contra a pessoa do Dourado, volto a dizer. Eu fiz uma análise das representações televisivas em jogo e seu impacto na mentalidade dos brasileiros. Ao escrever e publicar minha opinião, abri o diálogo com a sociedade. Tenho certeza que, diante de representações racistas da negritude e da criminalização da pobreza num programa de massa, você também se posicionaria.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Qual avaliação você faz do governo do presidente Lula? </strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Em relação a todos os governos anteriores, o governo avançou positivamente em todos os aspectos, mas fez concessões e alianças inimagináveis com os setores mais conservadores e reacionários do país, o que lhe impediu de fazer a transformação social prometida. Lula construiu o hoje. O PSOL, com Plínio de Arruda Sampaio, pode construir o amanhã. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/img/jean_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. O que você acha das candidaturas da ministra Dilma Rousseff [Casa Civil] e do governador [de São Paulo] José Serra? E da Marina Silva [PV], gostou da iniciativa que ela teve em concorrer?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Quanto mais opções o povo brasileiro tiver, mais democrática será a corrida presidencial. Mas é preciso que a mídia leve em conta que a presidência não está sendo disputada apenas pelos três candidatos. A mídia ignora solenemente o Plínio de Arruda Sampaio como outra opção, excelente opção, diga-se de passagem! Tenho apreço pela história de vida da Marina Silva no que diz respeito à defesa do meio ambiente, mas não gosto de sua postura em relação à cidadania plena dos homossexuais; e vejo que sua candidatura só serve para fortalecer o Serra, que, dos três, é o que tenho menor apreço. A Dilma acabou de fazer concessões aos evangélicos fundamentalistas e acho que isso pode lhe render o voto dos cristãos evangélicos, mas compromete suas promessas de defender o estado de direitos e os direitos fundamentais de todos, inclusive os dos homossexuais e os do povo de santo.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. Recentemente na Argentina foi aprovada a lei que regulamenta o casamento gay. Em sua opinião, o que ainda impede o Brasil de avançar nesse debate? Devemos seguir o mesmo caminho?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Na prática, o que impede que a lei seja aprovada é o fato de a direita conservadora e reacionária ser maioria no Congresso Nacional. E esta bancada de direita – de guardiães da família tradicional e contrários à extensão da cidadania plena a homossexuais e mulheres – é composta majoritariamente por cristãos neopentecostais fundamentalistas, eleitos pelas igrejas evangélicas que vêm se proliferando nas periferias das grandes cidades e do interior – periferias cujas populações estão abandonadas pelos governos e, por isso, carentes de políticas públicas de saúde, geração de emprego e principalmente de educação que lhes fortaleçam contra ações desses vendilhões do templo que querem transformar o Brasil numa teocracia, ferindo os princípios republicanos e democráticos. O que impede de a lei ser aprovada é essa bancada. Ela vem atravancando outras leis importantes para os LGBTs. Além disso, os meios de comunicação de massa são cúmplices da sustentação de uma homofobia social que joga a opinião pública contra os homossexuais organizados na busca de cidadania plena. É isso. "</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Por que você decidiu ser candidato a deputado federal?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">A idéia de me candidatar partiu da Heloísa Helena. Ela me fez o convite. Eu já era filiado ao PSOL, mas não pensava em me candidatar. Aí, um dia, a gente se encontrou em Salvador e, nesta ocasião, durante uma conversa, a Heloísa me fez a proposta, argumentando que a política - e, aqui, eu me refiro à política no sentido do senso comum - precisa de novas caras e de candidatos que sejam cidadãos honestos e comprometidos com trabalhos em favor da justiça social e das liberdades. A princípio, eu disse não. Mas, depois, pensando melhor nos argumentos dela, eu reconheci que ela tem razão: se os políticos que estão aí não nos representam nem às nossas causas, então, que sejamos nós os políticos! Se eu posso estender os resultados de meu trabalho em prol dos Direitos Humanos a mais pessoas; se a vida me deu o potencial e a chance de fazer isto; se a vida me trouxe a esta posição; então, que eu o faça! Pensando assim, aceitei o convite e agora sou candidato a deputado federal pelo PSOL e pelo Rio de Janeiro. Meu slogan é "Um novo candidato para uma nova política". Precisamos mesmo de uma nova política, voltada verdadeiramente para o bem-estar coletivo, sem excluir, deste, as minorias.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. Por que pelo Rio e não pela Bahia. Você não acha que o povo de sua terra vai se sentir traído?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Sou deputado pelo Rio porque moro e trabalho aqui há seis anos. O povo de minha terra não vai se sentir traído porque ele será contemplado pelo meu mandato tanto quanto os fluminenses caso eu seja eleito, pois, um deputado federal legisla em nome do povo brasileiro como um todo. Decidi aceitar o convite a me candidatar a deputado federal exatamente porque as causas em que trabalho – a dos direitos humanos e liberdades - são de âmbito nacional. Não fazia sentido me candidatar a uma vaga na Alerj. Não estou em busca de emprego. Emprego eu tenho! Estou em busca de defender causas que acho nobres e que podem trazer bem-estar a mais pessoas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Você acredita que sua influência pública - conquistada pela visibilidade que o BBB deu - vai ajudá-lo em sua campanha? E por que o PSOL? Você sofreu algum tipo de resistência devido a sua candidatura no partido?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">A minha influência pública deve-se ao fato de eu ser um homem de opinião e com formação intelectual sólida e incontestável; deve-se ao fato de eu ser um "intelectual orgânico", para usar a expressão de Gramsci; um intelectual que se envolve com os movimentos sociais e com lutas concretas; alguém que não se limita à academia nem à sala de aula; um estudioso da comunicação de massa que não teve medo de se misturar a ela para transformá-la. Tenho orgulho de ter feito o BBB, mas o BBB não me deu prestígio. O BBB me deu visibilidade e esta visibilidade vai me ajudar na campanha, é óbvio, mas se eu não fosse quem eu sou; se eu não tivesse prestígio adquirido de uma história de vida que é maior - muito maior – do que o que apareceu no BBB, esta visibilidade de nada valeria. E eu escolhi me filiar ao PSOL porque eu sei que se trata de um partido criterioso, que não aceita arrivistas e aventureiros em seus quadros. Sei que o PSOL não me aceitaria se eu fosse apenas uma "celebridade" querendo se dar bem. Ele me aceitou porque reconheceu a minha história de vida e minha afinidade ideológica com ele, o que não quer dizer que eu aprove toda cartilha do PSOL. A minha entrada no partido serve também para abri-lo para outras questões importantes da política contemporânea. Se eu quisesse ser tratado como um famoso querendo me dar bem, eu teria aceito o convite do DEM nas últimas eleições. Seria eleito com mais facilidade e não teria que ralar o tanto que estou ralando para me eleger. Mas não aceitei porque sou honesto e tenho convicções. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Resuma suas propostas como candidato em poucas palavras. </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Defesa da ética pública; do meio ambiente; dos direitos humanos e das liberdades individuais, o que inclui os direitos LGBTs; de uma educação cidadã e para uma cultura sustentável; e do estado laico e democrático de direitos. Defender os direitos fundamentais é defender o direito de todos à alimentação, educação, saúde e trabalho, seja por meio de projetos de lei seja no papel de fiscal do executivo na aplicação do dinheiro do povo. Ufa!</span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-24016372558484892122011-05-06T08:19:00.001-07:002011-05-06T08:19:57.089-07:00Deputado Federal, Chico Alencar<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">PORRADÃO DE 20 traz...<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Um cara que além de ser pai de quatro filhos, professor-mestre em História, é também escritor e está Deputado Federal, eleito pelo PSOL. Chico Alencar fala de mensalão, esquerda e direita, ideologia, legalização da maconha, sobre políticos e muito mais. </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="283" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/chico_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="200" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - Quem é Chico Alencar? ?<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>Sou soma, buscando menos ego e mais ser. Pai de quatro, que chegaram pelo ventre e pelo amor de Angela e Cláudia. Filho de piauiense com paulista, desde meados do século passado. Cristão de formação católica, apostólico, carioca (não romano!), ecumênico, socialista, 'mulato democrático do litoral', hoje muito cuidadoso com nossa morada ambiental. Professor de história, com mestrado em educação, que exerceu mandatos públicos pelo PT e está deputado federal, eleito pelo PSOL. Mas a ação política vem de antes: grêmio estudantil (CAp Uerj), movimento comunitário (FAMERJ). Escrevi e publiquei 25 livros, sempre tentando semear coisas boas – melhores do que o autor...</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Cesar Maia, Garotinho, FHC são políticos de direita ou esquerda? Existe ainda o conceito de polaridade partidária no Brasil? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Os três tiveram origem de esquerda, mas ao menos Cesar e Antonhy, declaradamente, não se identificam mais com os valores que a esquerda proclama (e nem sempre pratica): a radical igualdade entre os seres humanos, a absoluta transparência na vida republicana, o estímulo à consciência, organização e participação popular. FHC é mais sofisticado, mas a prática tucana, em parceria com o DEM, é elitista, privatista. Em geral, quem diz que acabou a fronteira ideológica esquerda-direita é de direita, é conservador. Mas é verdade também que quase todos os partidos que se dizem de esquerda no Brasil só o são da boca pra fora, e fazem as alianças mais oportunistas, fisiológicas, clientelistas. Muitos só têm socialismo no nome.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Você está entre os parlamentares que vivem metidos em polêmicas e debates apimentados. Isso é um marketing? </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Claro que não! Não sou 'político sabonete', com bela embalagem e... escorregadio. Minha atuação pública é pautada por ideias, princípios, causas. E política, numa sociedade de classes, é isso mesmo, embate. O Parlamento é o espaço do dissenso, da divergência. Sem proclamar valores e posições, não tem sentido ser parlamentar, estar na política institucional. Vira emprego e carreira, argh! Constato, na escola da vida, nos livros, com os outros, que estamos numa sociedade muito desigual e injusta, e que o ser humano é um ser em processo, precisa crescer sempre. Mas há quem não enxergue vida fora do sistema dominante. Os que defendem o status quo, e são só louvores para o capitalismo, são nossos adversários. Quero ajudar a deixar o mundo melhor do que quando aqui cheguei. Denunciando os podres poderes, anunciando que um tempo de mais justiça e fraternidade pode chegar, se lutarmos, coletivamente, por ele.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - O que você acha do PAC? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">É um embrulho – PACote – que, no fundamental, junta em embalagem de 'marketing' (aí sim!) programas que já existiam em diferentes ministérios e estatais. Todo governo precisa de uma marca forte e o PAC é a da Era Lula, para empurrar aquela que quer eleger como sua propalada continuadora. Quanto ao conteúdo, o PAC tem um defeito congênito: o mote obsessivo do 'crescimento' revela uma concepção desenvolvimentista dos anos 50, sem preocupações com o cuidado ambiental. Progresso, para nós do PSOL, é reduzir efetivamente a distância entre os segmentos privilegiados e a massa da população. E envolvê-la, de maneira cidadã, em todos os projetos de políticas públicas. O PAC dispensa o protagonismo da população. É um programa que toca obras que, em grande parte, interessam sobretudo a grandes empreiteiras. Não é um projeto estratégico para o Brasil, é muito mais pontual, imediatista. Não enfrenta os gargalos da infraestrutura, da saúde e da educação públicas, e nem mesmo os da urgência de uma política habitacional continuada e profunda.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Sua saída do PT foi traumática e hoje você faz parte de um partido de porte menor; se arrepende por ter feito essa opção? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não! O PT saiu de si mesmo. Nós, que o deixamos, o fizemos para continuar praticando, sem incoerências, os valores políticos que ali aprendemos. Foi uma decisão de fato traumática, sofrida, mas tomada em grupo, depois de angustiantes debates. Construir um novo partido não é mole. Foi uma recusa ao poder, da forma como ele se apresentava. Todo dia vejo fotos de neoaliados do PT, nos palanques, e dou graças a Deus e à consciência de milhares de parceiros por não estar ali, com Collor, Jader, Maluf, Renan e cia. Sigo tendo muitos amigos petistas e eles me relatam, frequentemente, os constrangimentos a que são submetidos. Nós 'mudamos de enxada para continuar o plantio', como me ensinou um camponês.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><img align="right" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/chico_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- De qual lado você estava quando houve a intervenção do PT no Rio e qual o impacto que causou no PT até hoje? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Do lado dos vitoriosos na convenção de 98 e massacrados pela direção nacional, pelo tal 'Campo Majoritário'. Aliás, antes da cassação do Vladimir como candidato ao governo pelo grupo de Lula e Zé Dirceu houve um 'aviso': fui candidato à prefeitura do Rio, em 1996, por decisão da militância petista, e a direção nacional boicotou o mais que pode, pois queria o apoio a Miro, do PDT. No final da eleição, faltaram 1,5% de votos para irmos ao 2º turno... Foi bela a derrota eleitoral que sofremos: vitória do ideal político, da garra. A partir daí, o PT foi se 'peemedebizando', perdendo a mística da transformação social, virando um partido de máquinas e muitos votos como os outros grandões que aí estão, fazendo coligações pragmáticas e não programáticas. Uma pena.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - Em 2009, você foi acusado de fraude na verba indenizatória por gastar R$ 26.250,00 com serviços prestados pela empresa Eco Social Consultoria, de propriedade do hoje vereador João Alfredo. Que papel você teve na campanha de João Alfredo em 2009, você deu uma ajudinha? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Eu já publicizava esses serviços, 'denunciados' pelo César Maia, pioneiramente e sem qualquer obrigação legal, na nossa página da internet. Foi dali que o ex-prefeito do DEM tirou a notícia, que espalhou como 'escândalo'. O Bolsonaro, do PP, ultradiretista assumido, pegou carona e fez uma representação contra mim na Câmara, 'para me dar chance de provar minha falada honestidade'. Provei, na Corregedoria da Câmara, com mais de 100 documentos, que a consultoria foi efetivamente prestada, era útil à sociedade, legítima e absolutamente legal. O João Alfredo – ecologista, professor e advogado especialista em Direito Ambiental – não exercia qualquer mandato quando, através da EcoSocial, prestou aqueles valiosíssimos serviços. Todos têm direito de trabalhar, com suas competências, não é? O caso foi para o arquivo, e não se suspeite que o Corregedor, ACM Neto, do DEM, adversário político, tenha querido me 'aliviar'. Ele simplesmente foi justo, o que o colegiado da Mesa Diretora da Casa endossou. Aliás, revelo aqui agora, pela primeira vez: o próprio César Maia me mandou um email pedindo desculpas, dizendo que não sabia que ia gerar tanto problema e que me considerava uma pessoa de caráter inquestionável, para além das nossas notórias divergências. Minha 'ajuda' para a campanha de João Alfredo, em 2008, foi só com... torcida. João documentou para a Corregedoria, a meu pedido, cada centavo que conseguiu para sua campanha. Nenhum tostão meu. Aliás, no mesmo pleito fui candidato aqui e não tive condições materiais nem de tocar nossa própria campanha!</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Quais são os piores políticos do Rio de Janeiro atualmente? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />São tantos que se citar nome a nome vou esquecer muitos. Mas os piores políticos são esses que sequestraram a institucionalidade parlamentar para representar o crime organizado e/ou cuidar dos seus negócios particulares – os deputados e vereadores milicianos, os representantes de milícia, ou os que são ligados ao varejo armado de drogas e à corrupção estrutural. A maior ameaça ao Rio de Janeiro é o empoderamento desses embriões de máfias. Meu amigo e parceiro do PSOL, Marcelo Freixo, teve a coragem de enfrentá-los na Alerj, colocando em risco sua própria vida.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Os que praticam a política do fisiologismo e do clientelismo também são inimigos da República. Seus 'centros sociais' são fábricas de votos de cabresto, tanto que volta e meia um está sendo fechado com farto material de campanha. Para essa gente, povo é 'gado', 'curral eleitoral'. Odeiam o voto de opinião, o voto consciente. Governadores e prefeitos costumam ter sempre o apoio desses politiqueiros no Legislativo. O governador atual é candidato à reeleição, e qualquer indício de uso da máquina para angariar votos deve ser investigado e, se comprovado, rigorosamente punido. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- A noção moderna de Direito tem como base a universalidade da condição humana, historicamente contra a restrição social dos privilégios, que são para poucos. No Brasil, mesmo com a elite política se dizendo defensora dos Direitos Humanos, os mesmos ainda são privilegiados? O que você propõe para que os Direitos Humanos existam para todos realmente? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Direitos Humanos ou são universais, para todos, ou não são Direitos HUMANOS. Desde FHC o Brasil engendra o Programa Nacional de Direitos Humanos, que está agora em sua terceira etapa – PNDH 3 – tão questionada pelos setores conservadores ainda hegemônicos. Para avançar na fruição dos direitos por todos é preciso trabalhar em três frentes: na educação dos direitos, isto é, na afirmação pedagógica e cultural deles; na ampliação de políticas e iniciativas públicas – Delegacia de Mulheres e Estatuto dos Povos Indígenas, por exemplo – que os consolidem; na dotação de verbas orçamentárias para que esses projetos e ações prosperem. Minhas emendas parlamentares priorizam sempre isso. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. O que você tem achado da volta de Zé Dirceu ao cenário político? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Uma prova de que o lugar comum que diz que 'brasileiro tem memória curta' não é absurdo. O Roberto Jefferson, parceiro do Dirceu no mensalão 1 (o 2 é o tucano, do Azeredo, de MG; o 3 é o do DEM, do Arruda, no DF), é presidente do PTB e grande apoiador do Serra. Esperava que essas figuras públicas absolutamente questionáveis ficassem mais humildes e fossem cuidar das suas vidas, dos seus processos na Justiça. Mas não, parece que os partidos precisam deles sempre e eles dos negócios públicos. Outros oligarcas, da política mais antiga, mais de esquemas de 'currais' que 'empresariais', como Dirceu e Bob Jefferson, também continuam aí, dando as cartas. Por isso vivemos esses tempos de degradação política, e de desencanto da população para com esta imprescindível e fascinante dimensão da existência das pessoas e das sociedades que é a Política. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. O presidente Lula praticamente acabou com a oposição no Brasil e o Sérgio Cabral está unindo todos os partidos e prefeitos no RJ. Como você avalia isso? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Isso é péssimo. Nelson Rodrigues dizia, com razão, que 'toda unanimidade é burra'. O pior é que esses acordos são montados numa mistura de interesses menores (inclusive de fontes de financiamento de campanha, tempo de tv e rádio etc) e de cinismo. Assim como Lula já falou gato e sapato de Sarney e outros, já ouvi Cabral dizer cobras e lagartos de Lula e de alguns petistas. Mas tudo fica resolvido num lauto jantar... Gera descrédito na população: 'política é assim mesmo, jogo de espertezas'. Só que toda essa 'paz' político-partidária, além de não honrar a nossa inteligência, não corresponde à realidade do Brasil, às nossas diferenças, às diversas formas de projetar nosso futuro, às várias soluções para os mesmos problemas, às naturais e democráticas divergências que grupos e classes têm. Portanto, esse acordão não vai durar, pois é falso. Apenas conjuntural, eleitoreiro. Setores da mídia grande e dos que produzem o imaginário nacional querem 'americanalhizar' a vida política brasileira, reduzindo-a a PT/PMDB e seus satélites X PSDB/DEM: não conseguirão, a sociedade brasileira é mais! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. Muitos te acham um político desfocado, você concorda? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Sim, se 'focado', aí, for setorial, de corporação, e, assim, limitado. O mandato é nacional, sou deputado do Brasil. Os mandatos que exerço e exerci, no plano municipal e estadual também, têm sempre um conteúdo pedagógico, de educação política, professor que sou. E esse elemento dos Direitos Humanos está sempre presente. Mas, na Câmara Federal, acabei por ser chamado à diversificação, atuando em várias áreas, meio 'clínico geral'. Como fui considerado pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) um dos '100 cabeças do Congresso Nacional' e, ano passado, os jornalistas que cobrem a Câmara me consideraram o parlamentar mais atuante (Prêmio Congresso Em Foco), parece-me que alguma eficácia este mandato 'generalista' está tendo. Se a população do nosso estado me honrar com mais um, continuarei nessa linha: representar, e não substituir; ter independência política e de classe; defender, sempre com honestidade, os interesses das maiorias desconsideradas, a partir de suas próprias demandas; ajudar a forjar um projeto de Brasil e planetário, que compatibilize desenvolvimento, redução da desigualdade e cuidado ambiental; propagar uma nova cultura, ecossocialista, para o cotidiano: 'fazer do necessário o suficiente, e viver mais simplesmente para que, simplesmente, todos possam viver'.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- Gasta-se quase 3% do PIB só com corrupção. Só com isso poderíamos elevar o investimento na educação para 8% do PIB, pois hoje só investimos 5%. Por que as leis que favorecem a educação e a cultura no Brasil sempre esbarram em má vontade parlamentar? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Educação e cultura são unanimidades... no discurso. Ninguém é contra. Centrais no palavrório, secundárias na prática. Veja as emendas orçamentárias de Suas Excelências e você vai constatar isso. Quem não prioriza educação e cultura também, volta e meia aparece envolvido em denúncias de corrupção. Tem a ver: manter o povo na desinformação e na alienação facilita as negociatas, embota o espírito crítico daqueles que, em tese, devemos representar e devem nos controlar. O decisivo é a prática dos governos, dos Executivos. No plano legislativo, é nossa obrigação também cobrar políticas efetivas para esses setores, de prefeituras, governos estaduais e da União. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Você é a favor das invasões (ou ocupações) do MST? Qual foi a posição do Psol em relação à abertura da CPI dessa organização? </strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Ocupações, em situações limite, para forçar negociações e eventuais desapropriações – de terras improdutivas, de imóveis estocados para mera especulação – são legítimas. Ao longo da nossa história, só assim nossa gente, sofrendo quatro séculos de latifúndio, escravidão e negação de direitos elementares – conquistou algum espaço. Muita terra de grande proprietário no Brasil foi, originalmente, grilada. A começar pelas dos nativos, os donos primitivos do Brasil... Mas sonho com o fim do MST, dos movimentos SEM TETO: e luto por isso, que acontecerá quando houver Reforma Agrária de verdade e moradia digna para todos. As terras dos quilombolas também precisam ser garantidas. Não é pedir muito de um país com o potencial que o Brasil tem. Em relação à CPI, fomos lá para defender total transparência e, também, isonomia: que as poderosas entidades do agronegócio, dos fazendeiros que sempre conseguem rolar suas dívidas com o governo, fossem também auditadas. Nosso candidato à presidência, Plínio de Arruda Sampaio, especialista em Reforma Agrária, deu um show quando ouvido lá, fazendo o histórico da concentração de terras no Brasil e dos financiamentos governamentais, e do peso imenso e positivo das cooperativas, dos assentamentos e dos pequenos proprietários na produção de alimentos para o mercado interno. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/chico_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Você tem um grande número de simpatizantes no meio artístico e intelectual assim como FHC (também veio do meio acadêmico) tinha. Você não teme em ficar marcado como um "político da elite" como ele ficou? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Ah, de jeito nenhum... Não frequento os mesmos salões e restaurantes que FHC – a quem respeito como intelectual e, no pouco contato que tivemos, sempre foi muito simpático. Não gosto desses rapapés. Nasci ao lado do Trapicheiro, na Tijuca, tive e tenho amigos/irmãos, de copo e cruz, em comunidades pobres. Cresci indo ouvir samba no Salgueiro, quadra Calça Larga. Morei pertinho do Borel e da Formiga, onde, como estudante e professor, trabalhei em projetos comunitários, vinculados à igreja. Estou há 15 anos em Santa Teresa, no sopé do morro da Coroa. Sou franciscano, ainda que irmão menor, pecador – curto muito a simplicidade, detesto shoppings, não ligo pra roupa (até já fui 'eleito' um dos mais desleixados da Câmara dos Deputados). O honroso apoio de tantos artistas e intelectuais me envaidece, mas não me corrompe nem me deixa metido a besta. Pelo contrário, aumenta minha responsabilidade, para representá-los mais e melhor, em sua imensa sensibilidade humana e criadora. E me ocupo principalmente das reivindicações dos subrepresentados, em cujas comunidades e associações sempre estou.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. O PSOL é um partido guetificado? Na sua visão essa constituição partidária deixa desfavorecido o partido?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O PSOL é um partido em construção. Pretende ser um novo partido contra a velha política, mas precisa ainda percorrer um longo caminho. Nossa base social ainda é frágil, nossa estrutura interna precária. Como somos um partido do trabalho, não do capital, e não teremos facilidades para nos consolidar. Respeito as muitas tendências que há no PSOL, mas o fundamental é todos edificarmos esse sujeito coletivo que é o partido: nada de espírito de seita, de igrejinha. Temos que construir um partido com quadros, militantes e povão. Entre erros e acertos, vamos caminhando. O PSOL é uma necessidade histórica para a esquerda brasileira, para a ressignificação de um projeto socialista e democrático. Daí nosso nome: socialismo e liberdade. Daí nosso símbolo, um sol, para aquecer o coração da política no Brasil. A luz do sol é o melhor desinfetante. "</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. No episódio da emenda Ibsen Pinheiro a imagem que fica são as lágrimas do Sergio Cabral. Essa luta é do governador ou a bancada do Rio está no front também?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Nesse caso, todos lutamos muito. Foi um dos poucos momentos de unidade da Bancada. O problema é que, em 513, somos 46. Os deputados do Espírito Santo e de São Paulo, igualmente prejudicados, se mobilizaram muito menos. Perdemos feio, de goleada, mas brigamos muito. E vamos continuar batalhando. Não só pelos roayalties da justa compensação, mas pela sua correta e honesta aplicação, que não tem acontecido. Aliás, é preciso questionar muito isso: como têm sido aplicados os bilhões que recebemos. Tem muito uso indevido e corrupção aí. É inaceitável que, em educação, por exemplo, tenhamos um dos piores indicadores do Brasil.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. Você acha justa a cobertura da grande mídia nas eleições? Quais mudanças seriam saudáveis?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Embora tenha bons momentos, a cobertura é absolutamente injusta. Nosso candidato à Presidência, Plínio Sampaio, por exemplo, tem sido muito pouco abordado. Para alguns veículos não importa se ele tem o mais extenso e impressionante currículo dentre os atuais concorrentes. Entre os candidatos ao parlamento também se vê algum descaso com os porta-vozes de mensagens de mudança. Na cobertura televisiva, a situação é mais grave, porque, ao contrário das publicações impressas, eles não são donos dos veículos: são concessionários, o que lhes reserva um compromisso público maior. Teriam a obrigação legal, democrática, de dar igual espaço a todos os concorrentes. A democracia não pode estar subjugada à lógica econômica. Antigamente se dizia: 'quem manda na região, manda na religião'. Hoje pode se dizer: 'quem manda na televisão, controla a Nação'.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. O que essas quatro personalidades tem de melhor e de pior? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Marina Silva </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– essa minha querida amiga tem uma história de vida muito bonita. Nós até a convidamos para vir para o PSOL, antes de sua opção pelo 'multicor' PV. Mas posições amenas demais e a proximidade com quadros muito ruins da política enfraquecem seu projeto, que poderia ter sido muito melhor, mais agudo, mais contestador. Isso é próprio do jeitão dela: no Ministério do Meio Ambiente foi muito boicotada e 'engoliu sapos' à beça, o que é até antiecológico... </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- José Serra </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– é dono de uma biografia sólida, tem lastro histórico desde a juventude. Seus mais próximos não escondem o temperamento imperativo. É o candidato que está mais à direita, com seu aliado DEM. Trata-se de um social-democrata encharcado do neoliberalismo dos anos 90, do fascínio pela privataria, que deixou uma herança cinzenta à América Latina. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Plínio Sampaio </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– com seu meio século de vida pública, é o que tem o mais impressionante currículo. Em tempos de política camaleônica, nunca mudou de lado, esteve sempre em defesa da classe trabalhadora. Poderia estar cuidando de netos, flores e memórias, mas prefere cuidar do Brasil e da reavivação dos sonhos socialistas e democráticos. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Dilma Rousseff </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– tem um perfil técnico; de gestora decidida – que muitos dos que convivem com ela percebem como 'autoritária'. Entretanto, não tem o menor carisma, nenhuma experiência eleitoral: força a barra para vestir o figurino que Lula lhe preparou, inclusive à revelia do PT. Costuma fazer concessões aos agrupamentos mais conservadores da base do governo, pois a linha geral do social-liberalismo é essa. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Comente sobre:</strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Milton Temer</strong> – 'siri na lata', inquieto, idealista, grande analista econômico e político – inclusive de política internacional. Não esmorece nunca. Orgulho-me em tê-lo como parceiro, irmão e... senador!</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Heloísa Helena</strong> – dona de uma valentia impressionante contra os oligarcas. Carismática, generosíssima com o povo pobre, às vezes impaciente com seus colegas de partido; emotiva, vez em quando se exaspera com seu próprio temperamento voluntarioso. Sua volta ao Senado será muito boa para o Brasil.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Lula</strong> – um pragmático intuitivo, um sedutor de enorme sacação política e comunicação popular; social-liberal que aposentou seus frágeis sonhos socialistas. É maior que o PT e acabou por criar o que sempre criticou (em Brizola, por exemplo): a fidelidade política personalista. Taí o 'lulismo'.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Gabeira</strong> – essa aproximação com o tucanato e com o DEM deixa o meu amigo, em relação à sua própria forte história, meio sem eira nem beira... vide os dois palanques entre os quais tentará se equilibrar.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Sérgio Cabral</strong> – faz carreira política certeira, obtendo êxitos na escalada de poder; compõe com todos que se incorporem ao seu projeto, sem preocupações com princípios programáticos e republicanos. Montou máquina poderosíssima, com ampla irrigação eleitoral e financeira.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Garotinho</strong> – vida política errática, nessa próspera e ecumênica 'igreja' dos sem ideologia; dá a impressão de que já cresceu o possível e já teve seu grande momento.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Rodrigo Maia</strong> – é da estirpe de jovens políticos herdeiros da máquina eleitoral dos progenitores (neopatriarcado dos Maias, dos Magalhães, Bornhausens, Agripinos...); ainda é mais o filho do César do que Rodrigo.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Lindberg Faria</strong> – seria um político mudancista se mantivesse o ardor e os princípios de sua atuação na juventude; hoje parece ser um rebelde eventual, com grande adaptação ao sistema.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Ficha limpa</strong> – Pequeno avanço: muitos fichas sujas ocultas serão candidatos; o melhor veto continua sendo o do voto.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Homofobia</strong> – atraso, primitivismo, fruto podre do patriarcalismo e do machismo ainda dominantes, inclusive dentro de muitos de nós.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Favela</strong> – lugar de moradia dos que fazem a cidade existir, onde pulsa a vida, e de onde o Poder Público, irresponsavelmente privatizado pelos ricos e remediados, se ausentou.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Zé Dirceu</strong> – consultor de grandes empresários do mundo, fascinado pelo poder, com grande capacidade de formulação política.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Luciana Genro</strong> – corajosa, guerreira, íntegra, bela representante do povo gaúcho, orgulho nosso (e de seu pai também...), como Ivan Valente, meu colega deputado federal por SP: valente mesmo!</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Mensalão</strong> – esquema de captação ilegal de dinheiro para campanhas e fixação de fidelidades, bancado por empresários inescrupulosos e generalizado por todos os grandes partidos.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Legalização da maconha</strong> – abrir o debate na sociedade: descriminalizar para cuidar dos usuários viciados e combater efetivamente o tráfico armado.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Imunidade Parlamentar</strong> – exclusiva para o exercício soberano dos mandatos, em palavras, projetos e votos. Mais que isso, tem virado impunidade criminal.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Picciani</strong> – fruto fluminense da política patrimonialista e fisiológica, galgou, pacientemente, as escadas do poder, a ponto de se tornar, a um só tempo, um dos maiores ruralistas brasileiros e um dos mais influentes políticos do RJ. Já aderiu também ao neopatriarcalismo, garantindo seu 'herdeiro político' pessoal, consanguíneo.</div>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-43264270588509921672011-05-06T08:18:00.001-07:002011-05-06T08:18:53.685-07:00A cantora carioca e suburbana, Sandra de Sá!<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">PORRADÃO DE 20 traz...<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">A cantora carioca e suburbana, Sandra de Sá! Ela encara o Porradão de 20 de frente e fala sobre sua música, política, homofobia, família, preconceito, sobre as conquistas da negritude e sobre cazuza, seu eterno amor. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Com vocês Sandra de Sá. </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/img/sandra_sa_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="225" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - 1. Qual a origem da Sandra de Sá ? Como foi o inicio da sua carreira ? (Qual foi seu primeiro sucesso, quando realmente apareceu para o grande público?)<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>Eu, Sandra de Sá, sou total subúrbio do Rio de Janeiro, meu berço é Pilares! Altamente "carica"! Mas meu sangue tem uma "mistureba" danada, além de RJ, tem Minas, Cabo Verde, acho que tem algo de Nordeste, sou muito brasileira "mermo"! E meu índice de africanidade é de 96,8%. Assim, sou absurdamente "preta! (rsrsrsss). <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Minha família sempre foi altamente musical, lá em casa, todo mundo ouvia, cantava e tocava algum instrumento. Era sempre aquele clima de festa, todo tempo. Todos muito mergulhados na música, meu pai era baterista profissional, assim ensaiava lá em casa como também os meus tios. Viviam música assim, sempre deixando a música levar geral. Assim, cresci e comecei a compor. A música sempre foi algo muito natural na minha vida. Quando adolescente ganhei um concurso de música na escola com a composição "Atração de Turista", nem imaginava que um dia seria profissional de música, apenas eu me sentia reflexo do que vivia na minha casa, com a minha família. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Como digo na música "Baile no Asfalto", desse meu novo trabalho que gravei em dueto com o Seu Jorge, "o sino da capela de São Jorge badala no tom, 'tá' rolando um som; na esquina tem um churrasco de gato; galera celebrando baile no asfalto; Seu Nonô dançou, Dona Jurema também dança, Lenilton e Matilde na palma da mão, no boteco do Laércio a Rua Guarabú balança..." Esse é um retrato da minha vida em Pilares desde minha infância era assim a música sempre "tomou conta de geral". <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Depois, eu já faculdade de Psicologia, continuava a compor, tocava e cantava sempre, mais tudo na informalidade. Daí, minha amiga Faffy Siqueira, sempre me inscrevia em vários festivais do interior, que era um sucesso. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Agora, para o público em geral, surgi primeiro mesmo, como compositora, na voz da minha maravilhosa "Tia Lecy" Brandão, com a minha composição "Morenando", que ela gravou em 78. "Caraca"... Que orgulho!!! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Logo na sequência, conheci a minha madrinha Lucinha Araújo, que "pilhou" para me inscrever no MPB 80. Meu primeiro sucesso "rolou" já "de prima", quando apareci nesse Festival da Globo para o grande publico, Maracanãzinho lotado... Minha música "Demônio Colorido" ficou entre as finalistas, gravei um compacto que vendeu mais de sessenta mil cópias no período do Festival MPB 80! Isso foi uma doideiraaa na minha vida! Daí fuiiii, graças a Deus, não parei mais.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Como surgiu seu nome artístico e porque trocou de nome ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Meu nome é Sandra Cristina Frederico de Sá, sempre fui chamada no período escolar até a faculdade de "Sandra Sá", porque era comum outras "Sandras" nas turmas. Então, Sandra Sá surgiu assim naturalmente. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Mas, como sou muito ligada à astrologia, numerologia, a uma série de ciências. Porque é assim que eu as encaro. Eu levo a sério, respeito muito esses estudos. Eu fiquei com o Gilson (numerólogo) por quatro horas para estudar a minha espiritualidade. Daí, ele mesmo disse que o "de" do meu nome era muito forte, assim que eu deveria usá-lo no meu nome artístico. Então, essa inclusão do "de" foi algo bem natural como tudo na minha vida, como sempre brinco dizendo: " O 'de' sempre foi meu, então eu uso e coloco ele onde eu quiser..." (rsrsrsrsss)</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Você já fez trabalho com políticos, campanhas? O que acha disso? </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Primeiro, é fundamental pensar que não é só pela questão de ser artista, sim por ser uma cidadã desse país maravilhoso que tanto amo que é o nosso Brasil! Eu, de fato, preciso envolver-me com questão política, na tentativa de buscar uma sociedade melhor, mais coerente com suas necessidades, diversidade... <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Já fiz com essa postura, sabendo do risco que se corre em acreditar em alguém ou algo. Assim, já "fiz gol", por apoiar alguém que deu certo para sociedade de alguma forma, como também já "dei na trave" por não ver os resultados que todos nós esperávamos... <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Mas o importante é que como cidadã eu consigo manifestar as minhas opiniões, minhas vontades... Sentindo sempre muito respeito do público em geral, sejam nos erros e nos acertos. Isso sim é maravilhoso!</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - Você pensa em participar da política formal um dia ? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Eu sou muito atuante na política informal, estou sempre muito envolvida em projetos sociais, políticos e educacionais, porque acho que como cidadã brasileira tenho que ser consciente e atuantes "mermo"! Então, como artista que tem uma certa visibilidade, público, etc, essa responsabilidade é ainda maior, eu bem sei. E vivo isso com total verdade, dedicação e alta astral.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Quanto à política formal, sinceramente eu não sei. Já apareceram oportunidades, mas não senti que era aquilo ou que era aquela hora. Eu sempre digo, quando me questionam isso: "Eu não penso não, mas eu penso sim..."</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Na verdade, eu sinto que tenho muito o que fazer na minha missão principal que é a música. Porém, tento sempre trabalhar com ela já conectada às questões sociais, por ter consciência "geral" do quanto todos nós, brasileiros, precisamos... Sinto sinceramente que em algum momento vai chegar a hora e/ou um projeto em que me envolverei mais formalmente...</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Como você define a sua música? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Música Preta Brasileira! Essa música que nós, brasileiros, fazemos com um suingue próprio que traz na mesma energia, seja samba, pop, soul, rap, baião, rock..., costurando um ritmo com um balanço encantador que se diferencia de todo o mundo. Somos singulares, nosso suingue é realmente diferente.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />A minha música é uma mistureba de cores, emoções, dialogando a "malandragem" com a consciência, tudo com "suingue geral"! Total "brazuca", muita AfricaNatividade!</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><img align="right" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/img/sandra_sa_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="225" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Que tipo de preconceito você sofreu ao longo da sua vida e carreira ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Váááários!!! Tanto no âmbito profissional quanto pessoal.. Infelizmente, é tudo sempre a mesma coisa. Só não vê quem não quer! ( hahahahaha!!!) Aí, mas nunca fiquei no papel de "coitada", não! Não acredito nessa postura! Muito pelo contrário, sempre faço mais que correr atrás, "chego junto". Busco estar à frente de tudo isso! O que faz "vagabundo" ver quem somos de verdade são nossas atitudes! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Sempre faço reflexões sobre o quanto nós, "criolebas", precisamos estar juntos para nos fortalecermos. E nos perguntar a todo instante, porque uma minoria consegue ser um rolo compressor em cima de uma maioria?!? <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Até porque nisso já se vão tempos e tempos... Já até me cansei repetir que já "rolou" Simonal, Agostinho dos Santos, Zeketi entre vários outros, sem falar de João Cândido (marinheiro negro que comandou a revolta da chibata em 1910), mas nós muitas vezes continuamos desse jeito!? Ainda é gritante a falta de reconhecimento e mobilidade social, muito fruto do evidente racismo histórico do qual a população negra é vítima, mas que não pode aceitar esse "papel" sim ter em mente o quanto somos guerreiros, resistentes, vencedores, donos de uma cultura fantástica... Somos mesmo inteligentes, por tantas conquistas tendo sempre essa chibata nas costas!<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Sempre me preocupo em falar que, para mim, ainda mais sério que o preconceito é o complexo. Esse nós, negros, temos que mudar de imediato, é o nosso universo, depende de nossas consciências, realizações...<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Então, como sempre digo, a "parada" é ligar o segurador de onda, "i vamu qui vamu"! Boralá, nós somos altamente consciente e confiante, somos o povo brasileiro!</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - O que você acha das relações homoafetivas? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Como digo em um trecho da minha música "Movimento", resumo um pouco isso da seguinte forma: "... é se colorir com a essência do arco-íris, a 'parada' é dissolver a solidão..." <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Só sendo o que realmente somos, nos assumindo podemos exercitar o respeito. Isso com a clareza de que se assumir para si mesmo é uma parada, já agredir é outra. Até porque o amor é muito linnnndo! De verdade, por verdade! Daí, vale tudo... com muito respeito sempre! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Enfim, só sendo mesmo feliz, podemos transpirar a tal felicidade, independente de estarmos alegre ou triste. Esse está de espírito vai muito além.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Qual sua opinião sobre a meia entrada nos shows ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Qualquer ação de incentivo à cultura é sempre muito interessante, ainda mais com foco nos idosos e estudantes! É Maravilhoso sim! Mas sinto que é um processo, ainda estamos fazendo ou pelo menos tentando. Eu particularmente acredito que vá dar certo, a questão é conseguir equilibrar as coisas, seja delimitando um percentual de meias entradas por sessão ou por projeto. Buscando ficar mais justo "pra geral", acho sim que é necessário uma fiscalização altamente rígida na "distribuição" de carteirinhas e outras partes desse processo para que tudo "role bacana" para todas as partes dentro da cultura, não só nos shows! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- Você não acha que o fato de assumir seu amor ao flamengo pode vir a distanciar os fãs cruz-maltinos por exemplo ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Para mim, pensar assim seria menosprezar as pessoas e inibir a minha postura de verdade. Vejo os meus fãs como pessoas altamente inteligentes, sensatas, conscientes, enfim seres humanos da melhor qualidade! Sinto que sabem que futebol é se divertir, se "sacanear"... Jamais algo que nos "desagregue", desuna, nos partilhe! Tenho grandes fãs, amigos, profissionais que trabalham comigo, que são tricolores, cruz-maltinos, botafoguenses, americanos... Todos que como eu, são ávidos torcedores de seus clubes pelo Brasil, pelo mundo afora! São mesmo como eu ensandecidos por essa paixão nacional, o futebol! Eu amo o MENGÃO, como eles amam os seus. O amor, assim como o esporte, não pode desunir, tem que nos tornar mais próximos, mais sintonizados! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. Os artistas negros que tem discursos apurados se aquietam ao chegarem ao topo. É difícil manter a postura agressiva depois do sucesso? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não acho que é o sucesso culpado dessa falta de expressividade em uma situação ou outra. O que eu sinto e vejo, durante muito tempo, é que vivemos um processo de anti cultura "pesadaço", que resultou em uma falta de consciência muito impactante. Daí, a "crioleba" ficou muito sem ter noção da força fisica, mental, cultural que possui... Acho que isso vem sendo resgatado por cada um do seu jeito, ao seu tempo... Mas, nada como uma postura CONSCIENTE pra colocar as coisas no lugar. Se um faz a sua parte com verdade e firmeza naturalmente contagiará a toda uma massa, sempre foi assim e assim será! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />É preciso que façamos a diferença e logo isso será lugar comum. É assim sempre alguém tem que (re)começar, colocar a nossa bola em jogo e manter-se nesse campeonato da nossa vida! Enfim, nós, criolebas, não podemos mesmo "abrir mão" da nossa negritude e da beleza, é preciso ter isso em mente a todo tempo! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. Alguns movimentos criticam os músicos de sua vertente que vão a televisão, que fazem novela ou mesmo que vão a programas de auditório. Você se sente cooptada pelo sistema? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Como sempre digo, "Tudo é ou não é, em relação à..."; logo, não dá para generalizar. As pessoas públicas, sejam artistas, sejam formadores de opinião em geral tem uma missão, ou melhor, missões junto à sociedade. Temos que estar "no" e para geral. Acredito que criticar é sim algo interessante para chamar à razão certas situações, mas é necessário ter muito cuidado com essas generalizações "para geral", desrespeitando cada caso específico e/ou pessoa envolvida. Eu, por exemplo, nunca me senti "saindo do meu prumo", do meu posicionamento, das minhas convicções, por meu trabalho ter ganho espaço na mídia, ao contrário sempre, "usei" o que fui conquistando para promover meus comprometimentos como ser social, cidadã... <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. Nesse ano você completa 30 anos de carreira, qual o legado que você deixa e qual presente que gostaria de ganhar? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Sinceramente, me deixo em músicas, versos, emoções, em verdade em forma da minha vida! Acho que cada um deve sempre observar, absorver e viver a vida com respeito a si e ao próximo. Nesse momento, o presente que estou buscando é levar esse show que montamos (Eu, Adriana Milagres e nossa Equipe) para o máximo de pessoas possíveis e fazer uma edição especial dele sendo 0800, na rua, geral para o povo, minhas famílias de sangue e da vida, o meu povo!<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- Você fala de música preta brasileira, mas os donos das gravadoras e tvs e rádios são sempre brancos. Será que os negros vão ser bons somente nos palcos ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Hahahahaaaa! Música Preta Brasileira é o nosso popular, a suingueira, altamente "brazuca". SOS, não é música de preto!!! É música do povo brasileiro, que possui sua singularidade, arte tipicamente nossa. Como reflito sempre a nossa música começa e termina no tambor , com um tantã podemos fazer um "ponto de macumba" ou um funk, um bolero ou um rock, não só um samba. A partir do momento, que é possível fazer uma balada, um blues e acrescentar-se um berimbau acontece a mesma coisa. África está por aqui do Acre ao Rio Grande do Sul.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Quando leio essa pergunta como em algumas situações, fico até me perguntado que "brancos" são esses??? "Gringos, caras pálidas" ou o quê?!<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Levo mesmo fé que "todo o brasileiro tem sangue crioulo"... Bebemos dessa fonte a todo tempo, está em nossa raiz, corre em nossas veias! Como já disse, fazemos do rock ao baião à nossa maneira, nossa música tem tudo do nosso jeitinho... <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Quando penso na nossa "crioleba", só reverbera em mim o quanto somos "foda", é uma questão de processo, um movimento. Basta (re)começar a se conscientizar, que tudo muda e se revela nas próprias atitudes, vai assim aparecendo claramente. Vejo mesmo que está tudo bem melhor, ficando bacana... Ainda falta muito a se percorrer para que tenhamos uma grande mudança, a ocupação mais que necessária de espaços, dentre esses os veículos de mídia, com certeza! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Seu amor por Cazuza sempre foi alvo de especulações, até seu filho já foi alvo fofocas de que era filho também de Cazuza. O que isso tem de verdade e quem foi Cazuza pra você? </strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Cazuza, meu eterno "cumpadi", é padrinho do meu filho. Meu melhor amigo da vida e para sempre, um grande amor é claro! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/img/sandra_sa_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Como a foi a descoberta de seu alto índice de africanidade? Como é ser neta de caboverdiano? O que isso representa na sua vida pessoal? E na sua carreira artística? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Uma maravilhaaaa! Em qualquer ocasião, eu falo do resultado dessa pesquisa da BBC Brasil com várias personalidades (eu, Daiane dos Santos, Djavan, Neguinho da Beija-Flor, Ildi Silva, Seu Jorge, Frei David, Obina ...), que me deu o índice 96,8% de DNA africano, tenho orgulho do "cacete" disso!!! Divulgar isso também é uma forma de luta!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Ser brasileira, é meu grande orgulho, fruto dessa rica "mistureba", ser neta de caboverdino, ô sorte! Sou mesmo "Afrobrazuca geral". É "ducaraí" tanto para pessoa como para artista, afinal sou geral "mermo"!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. O que é o seu projeto "AfricaNatividade"? O que envolve esse? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">"AfricaNatividade" não é só um CD é um projeto grande com muitos desdobramentos, é um projeto de vida!! Sinto-me mais contundente e isso é muito bom! Por isso tatuei "AfricaNatividade" no meu braço direito!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Esse projeto não é só conceito, é atitude, que envolve ações, emoções, realizações!!! É também mais que a constatação de que a nossa música "começa" e "termina" no tambor. Nossa arte é empregnada pela cultura de nossos ancestrais! Um trabalho com muita verdade e consciência!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">África...natividade está ligado ao nativo..mãe, ancestralidade; África na atividade, um grande alerta que precisamos estar em atividade o tempo todo!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Fizemos já um CD, que saiu no início desse ano, montamos um show em celebração aos meus 30 anos com esse clima! Agora, nossa intenção é levar esse show para todo Brasil, porque é a música a serviço desses conceitos que tenho falado aqui e "no geral". Nosso próximo passo é desenvolver um "DVD.doc" que vai abrir as portas para diálogo entre quilombos do nosso Brasil e algumas comunidades africanas sob a trilha musical desse trabalho. Um documental que vai misturar a "crioleba" de lá com a daqui, um intercâmbio social e musical da melhor qualidade!!! "</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Como é a sua relação com seu filho? E qual você acha que é a maior dificuldade de ser filho de Sandra de Sá? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">É a melhor possível, nos entendemos e desentendemos com um amor muito "foda"!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">A maior dificuldade, sei lá, não consigo achar... É muito amor, cara!!! E também como já disse, para mim, "tudo é ou não é em relação a...", não vejo como possível generalizar emoções...</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Melhor, fazer um porradão e perguntar a ele.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. O fato de ser uma mulher de origem pobre e negra, dificultou em que a sua carreira? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Em nada!!! Sempre fui "uma sujeita" bem consciente. Meu reduto familiar (de sangue e de vida), sempre foi da melhor qualidade. Como digo "Educação é tudo". Logo, sempre me vi de forma positiva, a negritude só me acrescentou força e fé! Ser consciente só facilitou a minha vida, carreira, geral.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Meu espírito se alimenta de fé, sempre me respeitei demais, me amo muito, gente!!!!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Olhei pr'um lado e pro outro, acima, abaixo, ao redor, peguei meu bonde e "tou" aqui e acredite eu vou muito mais!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Quem são os cincos homens e as cinco mulheres negras mais expressivos do Brasil? Comente se quiser... </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">São tantos, que seria altamente injusto citar só cinco de cada! Seria total incoerência com meu posicionamento, sentimento... Mais que pessoas, quando penso em "expressividade", vem "de cara" à mente fatos, acontecimentos!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Seja a luta de Zumbi ou a de Simonal! Sempre vejo essas lutas, fundamentais conquistas para nossa negritude!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Por ser mulher e viver de música, uma situação que "mexe" muito comigo, tem a ver com Chiquinha Gonzaga! Mulher, de família pobre, considerada mestiça (como "todo brasileiro tem sangue crioulo"!!!) e musicista! Tentando mostrar o seu trabalho, conquistar seu espaço num universo e numa época totalmente desfavorável, sem qualquer chance para mulher e para o popular. Um momento "foda"... total opressão, foi um grande modelo de superação. Pioneirismo, "cara"! Participando da fundação da UBC, em 1917, que existe até hoje para nossa música! Na vida pessoal e na carreira, mostrou que chega junto! São conquistas como essas que movem positivamente o nosso povão!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Já aconteceram e continuam acontecendo muitas realizações impactantes feitas por nosso povo, o importante não é o crédito de quem é mais expressivo, sim que isso aconteça em massa, quanto mais a nossa gente agir, se posicionar, o "rolo compressor" que tanto precisarmos vai se realizar! Temos que "chegar juntos geral"!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Precisamos "jogar" nossa cultura no ventilador, para o mundo aprender e absorver que somos capazes, inteligentes e muito felizes. Somos seres humanos que devem ser respeitados por sempre muito respeitar! O negro precisa saber e disseminar o que foi, é e sempre será! Então, "boralá"!!!!! </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Comente sobre:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- SER MÃE : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– aprender da vida! </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- VAIDADE : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– se sentir bem, se fazer bem... Muito bacana!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- HOMOFOBIA : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– hummmmmm. Isso sim é "anormal"</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- SER FLAMENGUISTA: </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– Paixão insandecida!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- DUNGA : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– equívoco" de geral", dele ou de quem o escolheu, eis a questão!?</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- LULA : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– ingrediente indispensável na ascendência o país!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- JOSÉ DIRCEU : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– rompantes de inibição de inteligência...</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- IVETE SANGALO : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– artista, mulher, cidadã...ser humano da melhor qualidade!!!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- BRUNO (GOLEIRO DO FLAMENGO) : </b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">– geral na mão de Deus.</span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-4861695456462296442011-05-06T08:17:00.001-07:002011-05-06T08:17:26.294-07:00Paulo Skaf<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">PORRADÃO DE 20 traz...<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Um dos entrevistados dessa semana é Paulo Skaf, reconhecido como o empresário que revolucionou a FIESP. Nascido no bairro da Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo (SP), ele agora quer governar o estado e para crescer nas pesquisas ele aposta na forma da sua credibilidade. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Boa Leitura!!! </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="283" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/paulo_skaf_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="200" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - Quem é Paulo Skaf ?<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>Sou um homem de 54 anos, nascido na cidade de São Paulo e sou muito ligado à minha família. Tenho cinco filhos, todos homens: Paulo, André, Raphael, Gabriel e Antoine. Estou casado com a Luzia há 31 anos, o amor da minha vida. Tenho hábitos simples: gosto de praticar esportes, de andar a cavalo e de brincar com minha cadela, a Palu, uma labradora que há sete anos alegra nossa família. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Historicamente o Lula foi um grande inimigo da classe empresarial, essa classe pregou todo o tempo o medo do Governo Lula. No entanto o Lula despacha do prédio da Fiesp quando está em São Paulo, isso não é uma contradição ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Os tempos mudaram. E não é de hoje. Na primeira eleição do Lula, em 2002, eu era vice-presidente da FIESP. Fui um dos primeiros empresários a apoiá-lo publicamente. Depois, na reeleição, apoiei de novo. E durante os quase seis anos em que estive na presidência da FIESP mantive uma ótima relação com ele. Lula usou meu escritório para receber diversos chefes de Estado e também para fazer reuniões importantes. Isso tudo mostra que a relação dos empresários com ele mudou muito, e para melhor. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. O Sr. foi o principal combatente para o fim da CPMF , uma das poucas derrotas do governo Lula, naturalmente o maior prejuízo se daria às empresas ligadas a<a href="http://www.fiesp.com.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">FIESP</a>, qual o impacto negativo que esse fim teve para a sociedade e qual o positivo ? </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Só consigo ver impactos positivos. Nossa luta pelo fim da CPMF, que as pessoas conheciam como o "imposto do cheque", foi a maior mexida nos impostos já feita no País nas últimas décadas. Na prática, significou mais dinheiro no bolso das pessoas, que deixaram de pagar essa contribuição a cada vez que preenchiam um cheque ou pagavam qualquer coisa com dinheiro,faziam um depósito no banco, enfim, qualquer transação financeira. Ao todo, o povo deixou de gastar R$ 40 bilhões por ano, desde 2007, com o fim da CPMF. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - Há pouco tempo o Sr. tinha pouco mais de 3% de intenções de votos , claro, por nãos er um homem conhecido pelas massas , qual a sua intenção com essa campanha, ficar conhecido ou esta convencido de quem tem chance ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Entrei nessa eleição para ganhar. Tenho certeza que vou crescer na pesquisa assim que a população de São Paulo conhecer minhas propostas. As pesquisas de intenção de voto publicadas agora apontam para o passado, e por isso mesmo trazem os velhos políticos de sempre com pontuação maior. Eu sou o novo, represento a modernidade com experiência, com tudo aquilo que realizei como presidente do SESI-SP e do SENAI-SP, quando estava à frente da FIESP. Quem tem filhos nas escolas do SESI-SP e viu que implantamos o ensino em tempo integral para as crianças do ensino fundamental, sabe do que estou falando. Quem tem amigos nos cursos profissionalizantes do SENAI-SP também sabe da excelência dos cursos. Nos três meses da campanha eleitoral mais gente vai passar a conhecer minhas idéias. E tenho certeza que o povo de São Paulo vai gostar e me dar o voto de confiança. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Como presidente da<a href="http://www.fiesp.com.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"> FIESP</a> o senhor sempre gozou de boa relação com todos os poderes, e agora , como fica sua relação com seus adversários de São Paulo ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Tenho muito respeito por todos eles. O Geraldo [Alckmin] é um bom homem, mas já teve sua chance. Ficou seis anos como vice do Mário Covas no Palácio dos Bandeirantes e seis anos como governador. Então já teve tempo para mostrar seus projetos. O [Aloizio] Mercadante é um bom parlamentar. E sempre demonstrou interesse em continuar no Senado, lá em Brasília. O que proponho com a minha candidatura é uma chance para novas idéias, para novos projetos, para mudar realmente a vida das pessoas. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><img align="right" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/paulo_skaf_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="225" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Sempre que eu vou a Paraisópolis seu nome é citado pelas lideranças. Existe alguma ação sua ou da <a href="http://www.fiesp.com.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">FIESP</a> na segunda maior favela de São Paulo ? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Existe sim. Em outubro do ano passado nós montamos na comunidade, na sede da Associação dos Moradores, uma escola de culinária, com o curso "Alimente-se bem". A iniciativa teve quatro turmas, com 60 alunos. Além disso, a escola móvel do SENAI-SP formou 4 turmas de alunos em confecção industrial, também em 2010. E ainda estamos em tratativas com a subprefeitura do Campo Limpo para adquirir uma área da prefeitura na comunidade e construir um centro cultural com biblioteca, videoteca, computadores com internet e todo um complexo de cultura e entretenimento chamado de Indústria do Conhecimento, uma iniciativa do SESI nacional, que estará à disposição de toda a comunidade de Paraisópolis.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - O senhor é reconhecido como o empresário que revolucionou a <a href="http://www.fiesp.com.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">FIESP </a>, inclusive socialmente, como foi essa transformação? E acha que isso pode ser passado para a política? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Começando pelo final, claro que acho que se pode levar para a política a experiência da FIESP, onde uma gestão eficiente, de resultados, atingiu seus objetivos plenamente. É exatamente para isso que estou entrando na política, para inovar. Na FIESP, fizemos muitas coisas, mas eu quero destacar a criação de 52 coordenadorias regionais e trabalho no SESI-SP e no SENAI-SP, já falado aqui. Não digo que revolucionamos a FIESP, mas demos, sim, uma cara nova à entidade, uma revigorada, uma modernizada. Quando fui candidato a presidente, ninguém acreditava na nossa chapa, e vencemos com mais de 60% dos votos. Quando me reelegi presidente, foi com quase 100% dos votos.</span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Quando eu penso na <a href="http://www.fiesp.com.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">FIESP</a> eu lembro do Antônio Hermínio, que é um milionário, imagino que o senhor seja também. Qual é seu ramo de negócios e como eles estão agora? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Muita gente não sabe, mas eu comecei a minha vida de maneira bem simples, vendendo tecidos na rua 25 de março, no centro da capital paulista. Felizmente, eu tive a oportunidade de estudar numa boa escola, e em tempo integral. Eu passava o dia todo na escola. Estudava, praticava esportes, tinha laboratórios, boa alimentação, atividades culturais, convívio com meus colegas... Enfim, toda essa oportunidade que eu tive na minha infância e adolescência me deu a possibilidade de crescer profissionalmente. E exatamente por esse motivo, por saber da importância de um ensino de qualidade, que implantei o ensino em tempo integral no SESI-SP. E que agora quero ampliar para milhões de crianças em todo o Estado. Mas voltando a sua pergunta, antes de me candidatar, passei os últimos 12 anos na liderança de entidades, primeiro do setor têxtil, no sindicato estadual e depois na associação nacional, e mais tarde na FIESP, no SESI-SP e no SENAI-SP. Então, por força desses compromissos públicos, para os quais sempre trabalhei como voluntário, acabei me afastando um pouco da vida empresarial. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- Um político gasta milhões em uma campanha , pra mim a única coisa que justifica esse gasto é a certeza que vai recuperar no mandato. O senhor concorda e qual será o custo da sua campanha ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Eu tenho defendido durante toda a minha vida a moralidade no mundo político. Recuperar o dinheiro gasto na campanha durante o mandato faz parte dos velhos hábitos políticos do Brasil que, infelizmente ainda ocorrem em alguns lugares. Mas eu entrei pra política justamente pra mudar os velhos hábitos errados. O próprio Lula me disse tempos atrás que a gente não deve só reclamar dos políticos, mas sim entrar no jogo pra mudar a política pra melhor. Por isso, eu defendo a transparência. O PSB, meu partido, contratou uma equipe profissional de contadores e advogados para cuidar da arrecadação da campanha. São eles que vão cuidar dessa parte. Sobre o custo da campanha, todos os candidatos registraram no<a href="http://www.tre-sp.gov.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"> TRE-SP</a> o valor máximo que poderão gastar nesse ano. A minha ficou num valor de R$ 50 milhões, nem a mais alta nem a mais baixa. Mas acho que não gastaremos mais que uns R$ 35 milhões. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. Há pouco tempo o seu nome foi envolvido como quem ajudava na caixinha de alguns políticos. O Sr. acha que se crescer nas pesquisas isso vai ser explorado ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Infelizmente o mundo político brasileiro ainda é movido por muitas denúncias infundadas. Isso tem que acabar. Quem rouba, mente ou se aproveita de cargos públicos em benefício pessoal, tem que pagar por isso. Mas quem é honesto e trabalhador não pode ficar pagando pela culpa dos outros. Nesse caso a que você se refere, eu quero dizer, de forma taxativa, que nunca fui acusado de nada por nenhuma instituição, nem Ministério Público, nem Polícia Federal, nem nada. O que houve foi uma escuta telefônica que vazou para a imprensa em que meu nome foi citado, mas nada com qualquer indício de concreto para fundamentar um inquérito policial, uma investigação, nada além de notícia da imprensa. Eu sempre agi de forma correta. E por isso, não há nenhuma suspeita sobre meu passado. Sou um candidato de cara e ficha limpa. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. No inicio do ano, o Sr me dizia num jantar que não seria candidato , o que te fez mudar de idéia ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Eu fui convidado pelo PSB para concorrer, o que se aliou a minha vontade de sempre contribuir com um processo maior, de melhoria da vida das pessoas. Aprendi isso fazendo isso. Ou seja, senti na pele como é bom ajudar as pessoas ao desenvolver o trabalho no SESI-SP e no SENAI-SP. Implantamos o ensino para crianças em tempo integral no SESI-SP, com atividades culturais, esportivas, alimentação e recreação. E no ensino médio, articulamos as aulas com os cursos técnicos do SENAI-SP. Este é só um exemplo do que podemos fazer na educação. Outro é a descentralização, que também fizemos na FIESP, criando 52 coordenadorias regionais. Podemos fazer o mesmo no estado inteiro, criando governadorias nas atuais regiões administrativas e criar mais duas, em São João da Boa Vista e Itapeva. Com isso, vamos acabar com essa história de um prefeito esperar meses para ser recebido pelo governador em uma audiência, pois ele poderá tratar de suas demandas lá mesmo na sua região, com um representante direto do governador. Então são coisas assim que me motivaram a ingressar na política, para trazer uma experiência de gestão focada em metas e resultados, porque é disso que as pessoas precisam, de alguém que resolva os problemas de suas vidas. Não todos, o que é impossível, mas os mais urgentes e básicos. E também porque muitas coisas são direitos delas, como saúde, educação, segurança, moradia, e transporte de qualidade. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. São Paulo sempre foi o berço do mercado e do capitalismo do País. Visto como arrogante em parte por conta disso, o senhor não acha que pode passar essa imagem naturalmente ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Acho que não. Sou uma pessoa simples. Não me acho arrogante. Não creio que por ser empresário eu o seja. Vivo minha vida para minha família, minha mulher, meus filhos, minha neta, meus amigos e para todas as pessoas que de alguma maneira me deram seus apoio e confiança.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- De certa forma as crackolândias são "permitidas" pelo Estado, pois não há para onde encaminhar todos e ali, de certa forma, eles conseguem "controlá-los" e "mapeá-los". O senhor não acha que se São Paulo tivesse levado a sério essa questão, o Brasil hoje não correria o risco de uma epidemia ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />O problema da droga é mundial. Portanto em São Paulo, como em qualquer outra grande cidade, a solução envolve muitos agentes, desde a prevenção até a repressão, passando pelo tratamento clínico e a assistência psicológica, que deve chegar à família da pessoa também. No meu governo, essa será uma das prioridades, dentro da área da segurança e saúde. A articulação das polícias civil e militar com a Federal é fundamental na repressão do tráfico ( com utilização de alta tecnologia), programas de concientização e incentivo a entidades que possam ajudar no combate a este problema dentro das comunidades. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Qual sua analise destes 8 anos do governo LULA?</strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">O governo Lula teve muitas conquistas, apesar das críticas que fizemos à política de impostos. Na área social muitos foram os avanços na distribuição de renda, com milhões de pessoas evoluindo de classe social, saindo da pobreza extrema, obtendo, por fim, um poder aquisitivo razoável para satisfazer as necessidades básicas de uma família. O salário mínimo aumentou seu poder de compra e teve reajustes constantes e significativos. A política externa tem demonstrado ousadia, mudando o eixo das negociações comerciais e dando uma projeção maior ao país no cenário mundial. Eu senti falta no governo Lula de fazer as reformas constitucionais que o País ainda precisa, como a política e a tributária. Por exemplo, as taxas de juros voltaram a subir. Nós trabalhamos duro para acabar com a CPMF, o imposto do cheque, lembra? Mas agora, é preciso voltar a batalhar pela redução dos impostos para sobrar mais dinheiro na mão do povo, até porque ficou mais difícil pagar a prestação do crediário com os juros subindo de novo. Uma das idéias que tenho para o governo é devolver o dinheiro de quem paga pedágio, compensando na hora de pagar o IPVA. Como os pedágios no estado são muito caros, será uma forma de aliviar quem trabalhou duro para comprar seu carrinho, financiado, que poderá assim, aliviar um pouco na hora de pagar as prestações. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/paulo_skaf_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Qual o sentido de um presidente da FIESP estar representando e sendo representado por partido socialista? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Todo o sentido. Não conheço nada mais socialista do que proporcionar estudo em tempo integral para as crianças, das 8 horas da manhã às 5 da tarde, com alimentação, esportes e atividades culturais. Ou, então, articular as aulas dos jovens com cursos técnicos.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. O senhor concorda que sua inexperiência política vai atrapalhar seu desempenho como governador e quais serão as suas prioridades?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Trago para a política a experiência de gestão que sempre teve sucesso na iniciativa privada, focada em metas e resultados, longe dos vícios da política tradicional. Quem fará de mim um político são os eleitores. Minhas prioridades são educação, de onde tenho experiência de gestão, e saúde, o que não quer dizer que não estarei atento a outras áreas, como segurança, habitação, emprego, atração de investimentos e meio ambiente. "</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Seria correto dizer que sua legenda se dá pela expectativa do PSB tem de tentar um orçamento maior para a campanha do partido? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Não, não seria. O PSB é um dos mais antigos e respeitados partidos do País, fundado pelo ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, ele também um dos políticos mais destacados da história do Brasil. Fiquei muito honrado com o convite para ser candidato a governador pelo PSB, para acabar com essa polarização dos tucanos contra o PT. O orçamento da minha campanha é todo administrado por um comitê financeiro do partido, sem nenhuma participação de minha parte, muito menos com recursos.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. Como resolver o caos das periferias de São Paulo?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Resolver os problemas das comunidades mais afastadas de São Paulo é um processo de anos. Mas nem por isso vamos nos apequenar diante do desafio. Ela se dá pela ação articulada de autoridades de várias esferas, desde o governo federal, com uma política nacional de urbanização – para isso foi criado o Ministério das Cidades –, até uma ação articulada do governo do Estado com as prefeituras das 38 cidades da região metropolitana, mais a da capital. A periferia de São Paulo afeta as cidades que fazem divisa com a capital. Aí é atacar os problemas, com recursos, projetos e gestão. Claro que falando assim parece fácil. Não é. Mas o governante tem o poder de definir suas prioridades e centrar esforços nelas. Eu acho que dá para levar para os bairros menos favorecidos a experiência de cidadania do SESI-SP e do SENAI-SP, como fizemos em Paraisópolis. Aulas em tempo integral para as crianças do ensino fundamental, articulação do ensino médio com cursos técnicos, cursos profissionalizantes em unidades móveis, mais atividades esportivas e culturais, emissão de documentos como carteira de trabalho e de identidade nessas unidades móveis, campanhas de vacinação, convênios com o Poder Judiciário para fazer mutirões de audiências de pequenas causas, emissão de certidões de nascimento, casamento, exames de paternidade, enfim, toda uma gama de iniciativas de cunho preventivo.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Como enfrentar o crime organizado em São Paulo?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Com informação, inteligência e tecnologia, instrumentos que aumentam o potencial de combate ao crime, além de articulação com a Polícia Federal e as polícias de outros estados. O crime organizado não opera só em São Paulo. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Fale sobre : </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Lula:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um grande presidente, líder popular carismático, e grande comunicador.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Alckmim:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um político de respeito, que já fez muito por São Paulo, mas também deixou de fazer. Como ele mesmo diz, o ato de governar é uma corrida de revezamento, onde um governante passa o bastão para o outro. Agora é a minha vez.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Serra:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um ministro da Saúde de respeito, um bom prefeito para São Paulo, e um governador que também deu sua contribuição, sobretudo nos transportes.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Netinho de Paula:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">gosto da música dele, alegre e jingada</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Mercadante:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">meu concorrente nas eleições estaduais.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Dilma:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">nossa candidata a presidente da República</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Marina:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um exemplo de vida e uma ministra coerente.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Mario Covas:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um político corajoso.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Prefeito Gilberto Kassab:</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um político novo.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-65177959712093534552011-05-06T08:16:00.000-07:002011-05-06T08:16:19.578-07:00Ministro Chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">PORRADÃO DE 20 traz...<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">O Ministro Chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo, fala sobre a aprovação do estatuto da igualdade racial , tema que vem sendo discutido no Brasil e causando muita polêmica . Apesar de ser acusado de golpista pelo senador do DEM Demóstenes ele afirma que :<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><b style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">"Os brancos abraçam a cultura do negro pelo samba, pela culinária, pela contribuição do negro pela dedicação, trabalho e disciplina. A grande parte da nação é de uma generosidade extraordinária". </b><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Boa Leitura!!! </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="283" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/eloi_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="200" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - A informação que se tem é que a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial <a href="http://www.portaldaigualdade.gov.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">(SEPPIR)</a> tem o menor orçamento do governo. Isso não diz respeito aos objetivos da criação e suas finalidades?<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>O orçamento da<a href="http://www.portaldaigualdade.gov.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"> SEPPIR</a> é o orçamento da União. Isto porque a SEPPIR transversaliza toda a política de promoção da igualdade racial com todos os órgãos. O orçamento da Seppir está na Educação, na Saúde, no Meio Ambiente, está na Ciência e Tecnologia, na Integração Nacional, na Habitação, assim como no Ministério das Cidades. O orçamento da Seppir compreende todo o orçamento da União, porque, aí sim, temos um orçamento para poder fazer a promoção da igualdade racial. A responsabilidade de realizar a promoção da igualdade racial é do Estado brasileiro, é uma responsabilidade do governo como um todo. Por isso nós precisamos ter um orçamento aqui (na SEPPIR) que nos permita fazer o custeio, apoiar algumas iniciativas que são mais rápidas, que são mais breves. Mas precisamos buscar, sobretudo, que o orçamento da União contemple cada vez mais, e em mais órgãos, as políticas de promoção da igualdade racial.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Qual é a relação entre a<a href="http://www.portaldaigualdade.gov.br/" style="color: red; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"> Seppir</a> e o movimento negro? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />O movimento negro é autônomo para as suas reflexões e decisões. A SEPPIR é Governo. Esta separação é boa para a democracia. O diálogo intenso e o respeito mútuo tem pautado esta relação. Agora, o movimento social através do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial - CNPIR -, que é integrado por organizações Quilombolas, de Terreiros, de Trabalhadores, de Jovens, de Mulheres, de Ciganos, de Árabes, de Judeus e de Indígenas, auxilia a SEPPIR na formulação e implementação de políticas de promoção da igualdade racial. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Não concorda que devemos separar a questão social das questões raciais? </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Separar as questões sociais das raciais? Olha, é preciso observar o seguinte: cerca de 52 milhões de brasileiros são beneficiários do programa Bolsa Família, um programa de caráter universal que alcança um número expressivo de pessoas. Ocorre que 70% desses 52 milhões de brasileiros são pretos e pardos. Então, na base da pirâmide social está a população negra, e essa população de pretos e pardos está na base da pirâmide como resultado, derivação do que foi a escravidão que durou até 1888 e não construiu a inclusão de negros e negras. Portanto, trabalhar na inclusão de negros e negras é trabalhar na superação da pobreza e redução de todas as desigualdades. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - A Seppir tem três gestões: Matilde Ribeiro, Edson Santos e agora o senhor. Não acha que o outro lado do Brasil deveria ser contemplado nessa direção? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Se estamos nos referindo a uma perspectiva regionalista, das cinco regiões do nosso país, eu acho que precisa ser observado que nós não pensamos políticas de promoção de igualdade racial somente para o sudeste ou nordeste. Nós pensamos políticas de promoção de igualdade racial e de igualdade de oportunidades, de superação do racismo, das discriminações e dos preconceitos para todo Brasil. Quando pensamos nas políticas de promoção de igualdade racial, também incluímos na nossa meta, na nossa missão, os indígenas, os ciganos, as religiões de matriz africana. Incluímos todos para poder avançar na construção da igualdade em nosso país. O presidente nasceu em Garanhuns, passou a vida em São Paulo e hoje governa o Brasil de Brasília. Precisamos agora ter um presidente do Rio Grande ou do Amazonas? Não é isso. Precisa-se ter governantes e seus colaboradores com compromisso com as causas do povo brasileiro e com as causas nacionais. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Não existe um só parlamentar do DEM que seja favorável às cotas, e não me lembro agora de nenhum petista contra as cotas. Essa luta é baseada numa luta de partido? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Ao que sabemos, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por exemplo, é simpático a cotas. Ao que sabemos também, quando foi aprovado o Estatuto da Igualdade Racial na Câmara dos Deputados, os parlamentares do DEM também se manifestaram favoráveis às cotas. O que podemos afirmar, com certeza, sem medo de errar é que 100% do Partido dos Trabalhadores tem compromisso com a promoção da políticas de igualdade racial e seguramente tem um compromisso com políticas de ação afirmativa, e, entre essas, a política de cotas está incluída. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><img align="right" border="0" height="221" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/eloi_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="296" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Num país tão misturado o senhor não acha impossível definir quem é negro e branco? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Impossível, não. Acho que basta observar a realidade ao nosso redor. Quer saber quem é negro? Se tiver dúvida em relação à cor, basta visitar os presídios, visitar as comunidades mais populares, como as favelas e periferias da cidade. Agora, se quiser saber quem não é negro, basta visitar grandes universidades, grandes empresas, grandes bancos..</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">A exclusão, a crueldade do Brasil é a de não dar visibilidade aos negros ou dar somente nas situações de desigualdade e de desvantagem.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - Ministro qual foi a contribuição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nesse tema? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Sua Excelência FHC não acabou com a Fundação Cultural Palmares. Deu uma contribuição ao final do governo, quase no apagar das luzes, de pensar num decreto da empregabilidade para negros e negras. Não ofendeu a luta pela promoção da igualdade racial, mas também não deu a ela nenhuma ênfase concreta.</span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Lutar por cotas não significa assumir que os negros são inferiores? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />É óbvio que não. Essa é uma questão de uma importância que transcende tudo. Na década de 60 houve uma lei de cotas que se chamava "lei do boi". Essa lei previa que 50% das vagas dos cursos de ciências agrárias deveriam ser destinadas à população que fosse oriunda do meio rural, estudantes do meio rural, proprietários de terra, enfim, setores que estavam naquela realidade. Essa lei durou até a década de 80. Ocorre, então, que os proprietários de terra que foram beneficiários daquela lei de cotas nunca foram considerados desqualificados, eles tiveram êxito daquela ação afirmativa para ingressar na universidade. À "lei do boi" nunca recebeu uma vírgula de ataque, nenhuma. Agora, para colocar negros na universidade, sofremos todos os ataques. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- Não seria uma forma de discriminação às avessas? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Nós queremos cotas para ingressar na universidade, não cotas para sair dela formados. Até porque depois que a gente ingressa na universidade nós haveremos de sair dela qualificados, por competência, por mérito. E a política de cotas tem demonstrado nesses últimos sete anos que o ingresso de estudantes pretos e pardos tem sido extraordinário, pelo desempenho, pela dedicação, pela freqüência às aulas, a despeito das dificuldades para poder experimentar, para viver naquele ambiente que sempre foi muito elitizado. Mas aqueles estudantes pretos e pardos, quando ingressam na universidade, levam consigo a cor do Brasil e o sonho de dias melhores para o país. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. - Não existe um movimento branco, no entanto, os brancos ajudam a pagar as contas dos movimentos negros, pois eles são viabilizados muitas vezes com o dinheiro público. Você acha isso certo, e por que os brancos não reclamam? Sobretudo os que não aceitam as cotas. </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Interessante observar que uma classe média alta, ou classe média média coloca seu filho numa escola particular e o Estado restitui a essa pessoa os gastos com a mensalidade na hora em que vai pagar o imposto de renda, através da dedução fiscal. Então, a pessoa busca a escola particular e recebe um beneficio para manter o filho nela. Olha que bonito! E ninguém fala sobre isso. Com relação aos movimentos negros, estes, historicamente, desde as organizações secretas no período escravocrata para comprar alforrias, sempre foram mantidos com os esforços da militância, até mesmo para poder não serem confundidos. Apoiar uma ou outra iniciativa de organizações do movimento negro faz parte porque organizações de defesa do meio ambiente, de defesa de pessoas com deficiência, de defesa da mulher são apoiadas. Vez por outra é votada no Congresso brasileiro uma lei de perdão de dívida rural. Então, tem que se pensar que, quando se apóia o movimento negro está se apoiando organizações democráticas que tem o propósito de avançar na promoção da igualdade racial, com o objetivo de reparar desigualdades históricas que esse segmento experimenta. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. O senhor acha que existe uma resistência ao movimento negro? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />A resistência que existe em relação ao movimento negro é daqueles que, seguramente, tem inspiração na Casa Grande, mas a maioria dos brasileiros não tem essa inspiração, aplaudem todas as manifestações desta parcela da militância, da população. Tanto aplaudem, que abraçam a cultura do negro pelo samba, abraçam a contribuição do negro pela culinária, abraçam contribuição do negro pela dedicação, pelo trabalho, pela disciplina. A maior parte da nação é de uma generosidade extraordinária e é por isso que essa nação é maravilhosa desse jeito. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. O Estatuto da Igualdade Racial que será sancionado pelo Presidente da República no dia 20 de julho gerou muita polêmica. Por quê a SEPPIR comprou a briga da aprovação? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />O Sr. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva criou a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) em 2003. A partir de então, passou a existir, no âmbito do Estado brasileiro, um organismo que atua transversalmente junto a diversos ministérios em prol da reversão das desigualdades raciais em nosso país, como já disse anteriormente. É um órgão do governo responsável por oferecer subsídios para que se elabore, além de se acompanhar e coordenar, políticas públicas voltadas para a equiparação de oportunidades em favor dos afro- brasileiros na direção da igualdade racial. Nestas três gestões, nosso trabalho tem sido voltado para este contingente numericamente majoritário, e historicamente destituído de uma série de direitos, como já dissemos. A recente aprovação do Estatuto da Igualdade Racial está entre as conquistas em relação às populações negras nas quais o movimento negro e a SEPPIR estão envolvidos. Neste processo caminhamos ao lado deste segmento da sociedade civil organizada cuja luta por medidas reparatórias e contra o racismo e a discriminação racial vem de longa data. Luta esta encampada pelo governo. O Estatuto passou dez longos anos de tramitação entre as duas casas legislativas do país, e foi aprovado pelo Senado Federal por unanimidade, em 16 de junho de 2006. Já não sem tempo. Isto porque, após a sanção da Lei Áurea que aboliu a escravidão, em 1888, libertando quase um milhão de escravos, do dia 14 de maio daquele ano, até hoje, os ex- escravos e seus descendentes não se integraram como cidadãos de fato na sociedade. O Estatuto é primeira lei a estabelecer, 122 anos depois da assinatura da lei pela Princesa Isabel, uma nova ordem de direitos à população negra brasileira. E isto é um avanço inegável. O Estatuto é um documento extraordinário, moderno, que vai atingir cerca de 90 milhões de pessoas garantindo-lhes, legalmente, direitos e oportunidades que lhes vem sendo negados ao longo de todo este tempo. Por isto lutamos por sua aprovação e vibramos com sua sanção pelo Presidente Lula.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- O que valeu a pena nesse Estatuto da Igualdade Racial? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />No Estatuto da Igualdade Racial valeu a pena tudo. Ele é fantástico. É um documento bonito, é um documento poético. É um documento, sobretudo de ação afirmativa e que cria as condições para reparação das desigualdades raciais, das desigualdades sociais. Ele leva a população negra a elevar sua autoestima e a construir um futuro de igualdade. Ele atua na educação, na cultura, na saúde, na moradia, no direito à justiça e à segurança, na defesa das comunidades de religiões de matriz africana, na defesa das terras quilombolas. É um documento do qual, assim que a nação e o movimento negro em especial se apoderarem do conteúdo, levará a uma grande mudança. O país estará escrevendo uma nova página que vai ficar marcada para sempre, consolidando em definitivo a democracia com a inclusão dos segmentos que foram historicamente invisibilizados e desapropriados das possibilidades de fruir dos bens econômicos, culturais e sociais que sempre estiveram disponíveis, mas impedidos aos negros. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Num país onde lei não pega e o negro ainda é tão desvalorizado, como podemos confiar que aquilo que o Estatuto prevê vai vingar?</strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">A nova lei, além de oferecer subsídios para o enfrentamento do preconceito e discriminação, que atingem a população negra no seu cotidiano, incorpora as ações afirmativas no mundo jurídico brasileiro e os meios para sua implementação, envolvendo todos os poderes da República em sua efetivação. O que queremos dizer é que o Estatuto provocará alterações jurídico-políticas em toda a estrutura federativa do país: no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, nos Governos Federal, Estaduais e Municipais. Mas evidentemente que a sociedade precisa tomar posse deste documento, conhecê-lo, entendê-lo. Só assim poderemos nos mobilizar para continuar a aperfeiçoá- lo, durante o processo de regulamentação. Esta lei é um instrumento que reconhece a existência do racismo e do preconceito racial, com isto, pauta a sociedade para a discussão do assunto e define medidas legais para a superação deste grave problema. Este é um desejo que acreditamos ser o de todos os brasileiros de bem. Milhões de homens e mulheres que desejam ver o Brasil avançar. Mas não só do ponto de vista do progresso econômico, tecnológico, mas também da justiça social, com a nação trilhando um caminho que leve à inclusão de todos. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/eloi_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Você fez um debate há pouco tempo com o senador Demóstenes do DEM e ele afirmou que o senhor estava dando um golpe junto com o governo. Por que ele disse isso? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Eu acho que foi uma palavra forte que o senador usou e que eu não utilizaria, acho imprópria, porque se trata de um debate acerca do Estatuto da Igualdade Racial. Do Estatuto, o senador queria que fosse retirada a palavra cota, a palavra foi tirada. Ocorre que cota não é sinônimo de ação afirmativa, cota é tipo, é forma, cota é espécie, cota é uma modalidade de ação afirmativa, e com a ação afirmativa sendo implementada nós temos um avanço extraordinário. A ação afirmativa está plenamente definida e confirmada no Estatuto da Igualdade Racial. Ou seja, a definição ali presente, enquanto uma diretriz de ação governamental, aponta concretamente para a construção de responsabilidade do governo de estabelecimento de cotas e de quaisquer outras modalidades de ações afirmativas para promoção de igualdade racial. O senador não considerou dessa forma, acha que isso não deveria ser observado, contudo o texto legal não deixa dúvidas, o texto é explícito. Ele determina que o governo deverá adotar ações afirmativas no ensino superior, e se cota é uma modalidade de ação afirmativa, então vamos em frente avançar na consolidação da democracia com a inclusão de negros via as possibilidades contidas no Estatuto da Igualdade Racial.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. - O senhor acha que é possível um parlamentar negro do DEM ser a favor das cotas? Ou um parlamentar negro do DEM ser a favor das cotas é uma orientação do partido?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Como eu disse anteriormente, na Câmara dos Deputados quando foi aprovado o Estatuto, este o foi por unanimidade e com votos dos parlamentares do DEM. Como eu também disse anteriormente, me parece que o prefeito Kassab é a favor de cotas, e ele é do DEM. "</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Cotas para negros são defendidas apenas pelos próprios negros e por isso é tão difícil aprová-las? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">É preciso observar que, neste ano, comemoramos o centenário de morte de Joaquim Nabuco, um dos mais destacados abolicionistas. E que ele, branco, foi uma figura destacada que nós tivemos na luta contra a escravidão. Então, não é possível imaginar, é falso imaginar, que brancos são contra inclusão, que são contra cotas e que somente os negros são favoráveis. Isso é falso. O que é preciso é uma consciência democrática e cidadã, de reparar o mal da desigualdade racial, o mal da escravidão que ainda nos persegue até os dias de hoje. E isso une brasileiros, negros e não negros. Ou seja, o que nos une é a formação de uma nação democrática com a inclusão de todos. Negros e não negros irmanados e ombreados na construção de um Brasil unido e democrático, e, sobretudo, comprometidos com a construção de um ambiente de paz, fraternidade e igualdade de oportunidades para todos. Agora, eu não sou a melhor pessoa para saber da opinião dos integrantes do DEM. Eu sou do Partido dos Trabalhadores, e o que garanto é que nós somos a favor das Ações Afirmativas com cotas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. Num país como o Brasil, com tantos brasileiros pobres e vítimas de injustiças, havia de fato necessidade de se criar uma lei voltada para os direitos dos negros? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">É importante que se acompanhe os resultados das pesquisas censitárias e demais levantamentos e estudos com recorte racial, realizados e amplamente divulgados por nossos institutos e centros acadêmicos nos últimos anos. O Estatuto da Igualdade Racial refere-se àquela parcela da população que, de uma forma sofrida e injusta, vem amargando, há séculos, as conseqüências da desigualdade de acesso a direitos fundamentais, tais como: educação, saúde, moradia, segurança, trabalho, entre outros itens. Era necessário que o Estado brasileiro assumisse definitivamente este problema de forma a superá-lo. Encampado pelo governo, o Estatuto é uma lei que assegura a criação e desenvolvimento de políticas públicas, as quais darão condições de cidadania a milhões de negros e negras brasileiros. Parcela da população que representa 50,6% do povo do país. É uma massa enorme de pessoas. As mesmas que estão localizadas, majoritariamente, na base da nossa pirâmide social, ocupando, por exemplo, as favelas e periferias. Aqueles mesmos brasileiros que se encontram no mercado de trabalho nos postos de mais baixa remuneração. Aqueles que são a maioria nos presídios. Os mais defasados no que se refere à qualificação profissional e o acesso à educação de qualidade. Em sua defesa há um argumento incontestável: trata-se de uma lei destinada a uma enorme parcela de brasileiros destituídos de quase tudo e que precisam ter seus direitos conquistados.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Já passados 122 anos da abolição da escravidão, podemos continuar fazendo referência ao período em que os negros foram escravos como responsável pela situação atual?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Isto também já foi amplamente constatado. O quadro atual em que vivem os negros é fruto, por um lado, do próprio processo de formação da sociedade do país. Por outro, pelas práticas de discriminação e pelo preconceito ainda vigentes. O que vem sendo explicado pelos nossos acadêmicos e estudiosos é que o racismo foi um fator estruturante de nosso modelo de sociedade. Desde o Brasil Colônia, a repartição de lugares, postos, benesses, terras, oportunidades dividiu a nação. De um lado, aqueles que, na condição de descendentes dos colonizadores europeus, usufruíam e usufruem até hoje, de direitos e privilégios e mais privilégios. E cujas novas gerações mantiveram-se neste "lugar social" privilegiado. Do outro lado, estão os grupos destituídos. Entre eles, os índios e negros que ocupam, desde o início da nossa sociedade, os lugares sociais hierarquicamente inferiores: de escravos a todo aquele caracterizado como dos "subalternos". E mesmo passados todos estes anos, as questões que afligem os negros e negras brasileiros são, de um lado, conseqüência, sim, do processo escravista no Brasil. Os próprios estigmas que recaem sobre os negros, como pessoas intelectualmente inferiores, entre tantos outros, tem a ver com o passado de homens e mulheres que ergueram as bases da nação brasileira com o trabalho braçal ( e não intelectual), único opção que tinham na condição de escravos. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Concretamente, o que os negros pobres podem esperar da nova lei? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">É importante que a sociedade esteja ciente de que o Estatuto prevê a adoção de programas e políticas reparatórias na educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamento públicos, acesso à terra, à justiça, e outros. Vai incorporar as ações afirmativas no mundo jurídico brasileiro e os meios para sua implementação, envolvendo todos os poderes da República em sua efetivação. O documento define ações afirmativas como programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades. E assegura que tais ações deverão ser efetivadas. Também estabelece que os programas de ação afirmativa vão se constituir em políticas públicas destinadas a reparar as distorções e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias adotadas, tanto na esfera pública quanto privada, durante o processo de formação social do País. E entre o conjunto de medidas que devem ser adotadas estão as cotas, as pontuações por locais de moradia, de formação escolar, de renda familiar, entre outras.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Na aérea da saúde, entre várias outras garantias, o Estatuto assegura, por exemplo, o estudo e pesquisa sobre o racismo e saúde da população negra, bem como acesso universal e igualitário ao SUS para promoção, proteção e recuperação da saúde desta parcela do povo do país. Os moradores das comunidades de remanescentes dequilombos serão beneficiários de incentivos específicos para a garantia do direito à saúde, incluindo melhorias nas condições ambientais, no saneamento básico, na segurança alimentar e nutricional e na atenção integral à saúde.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O Estado também adotará, a partir do Estatuto, medidas especiais para coibir a violência policial incidente sobre a população negra e implementará ações de ressocialização e proteção da juventude negra em conflito com a lei e exposta a experiências de exclusão social. Ainda no que se refere às novas gerações, o Estatuto reafirma a Lei 10.639/2003, que torna obrigatória a implementação da disciplina história da África e Cultura Afro- brasileira nas escolas públicas e privadas. Com isto potencializa as oportunidades de nossos jovens, adolescentes, crianças fortalecerem a auto-estima, fundamental para que possam se considerar legítimas merecedoras de oportunidades e lutem por seus sonhos. Já que, legalmente, o Estatuto já lhes assegura os direitos para realizá-los. Por isto na nova lei também estão garantidas as ações afirmativas para a ampliação do acesso da população negra ao ensino gratuito, assim como o fomento à pesquisa e à pós-graduação com incentivos a programas de estudos voltados para temas referentes às relações étnicas. Além de programas para aproximação de jovens negros e negras às tecnologias avançadas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Há mais! Os remanescentes das comunidades dos quilombos que estão ocupando suas terras terão a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir os títulos respectivos. A nova lei também garante o acesso à moradia pela população negra que vive nas favelas, cortiços, áreas urbanas subutilizadas, degradadas ou em processo de degradação. Assim como a população negra recebera assistência técnica e jurídica para a construção, reforma ou regularização fundiária de suas habitações. Ficam asseguradas, ainda, pelo poder público, a realização de ações que garantam a igualdade de oportunidades também no mercado de trabalho para a população negra. Bem como a elevação do nível de escolaridade e qualificação profissional dos que integram os setores da economia contém alto índice de ocupação por trabalhadores negros de baixa escolarização, incluindo entre os beneficiários, as trabalhadoras domésticas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Estes são alguns dos avanços trazidos pela nova lei que, repetimos, é moderna e ampla o suficiente, para que seja pavimentada, com a contribuição de toda a sociedade brasileira, uma nação mais justa, mais desenvolvida, mais harmoniosa e fraterna, com todos os segmentos da população usufruindo de direitos e oportunidades de forma igualitária.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-43953778955397222742011-05-06T08:13:00.001-07:002011-05-06T08:13:59.684-07:00Ministro da Cultura Juca Ferreira<h3 style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Fala galera do Porradão!</div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div></h3><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Porradão de 20 desta sexta feira traz o Ministro da Cultura Juca Ferreira que afirma : " O partido Verde a Cada dia que passa fica mais conservador e com uma verdadeira escoliose para a direita." </strong></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center;"><img border="0" height="283" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/juca_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;" width="200" /></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - Quem é Juca Ferreira? </strong></div><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div></strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Estou atualmente Ministro da Cultura (MinC).</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. De onde vem o Juca? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Venho da Bahia e de outros muitos lugares, onde já morei. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. O que o Juca pretende?</strong></span></div></strong><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Pretendo dar minha contribuição para o desenvolvimento cultural do país, através da atuação do MinC. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - Mesmo com avanços, sua gestão é questionada. Qual a diferença entre ela, a do Gilberto Gil e a dos governos anteriores? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div></strong><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">A polêmica e o debate são normais no mundo da cultura. Nem Jesus foi unânime. Agora, em um governo bem avaliado como é o do Presidente Lula, nós temos a honra de estar entre as melhores avaliações. A cultura ganhou institucionalidade, passou a ser tratada como política pública em um processo explicitamente democrático, envolvendo todo o país, todas as dimensões da cultura, todos os que fazem parte da vida cultural brasileira, desde o público em geral até os mais diversos trabalhadores. Os avanços são visíveis e evidentes para qualquer um que observar os 25 anos de história do Ministério. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - O Sr. mandou um pacote de projetos de lei para o Congresso que está patinando pelas comissões. Na sua avaliação, o Ministro da Cultura não tem prestígio com os parlamentares ou eles é que não prestigiam a cultura? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Você deve estar usando o verbo patinar para se referir à velocidade e ao impulso dos patins, para se referir à rapidez, imagino. Considerando o prazo médio de tramitação de projetos no Congresso, assim como o fato de estarmos em pleno ano eleitoral, avalio que os projetos estão seguindo muito bem. Temos recebido apoio dos parlamentares dos mais diversos partidos e somos reconhecidos pela legitimidade conquistada em todos esses processos. Fomos republicanos e plurais desde que chegamos aqui, em 2003, isso tem facilitado o diálogo com parlamentares de todas as correntes políticas e ideológicas. Com o nosso apoio, foi criada a primeira Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, que reúne mais de 400 deputados e senadores, uma das mais representativas do Congresso e uma aliada permanente do nosso trabalho. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><img border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/juca_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: right;" width="341" /></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Seu licenciamento do Partido Verde (PV) para apoiar Dilma Russeff é uma traição ao ex-ministro Gilberto Gil de quem Sr. foi braço direito, uma estratégia para se sustentar no cargo ou você acha mesmo que ela é melhor e mais bem preparada do que a candidata Marina Silva?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Já faz uns quatro anos que exponho minhas divergências quanto aos rumos que o PV vem tomando. Cada dia que passa fica mais conservador e com uma verdadeira escoliose para a direita. Não conseguiram entender a importância do governo Lula e a necessidade de garantir a continuidade dos processos em curso.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - Seu apoio a Dilma gerou muitas reações do PV, mas por que não gerou tantas reações no quadro político nacional? Isso é porque "cultura não dá voto"?</strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Porque era uma crise no Partido. Suspendi minha filiação de 22 anos. Era o esperado. Ninguém dorme ministro e acorda na oposição sem um forte motivo. Sobre a sua segunda pergunta, penso que a cultura foi redimensionada no Brasil, na vida política, social e econômica do país, em nosso projeto de desenvolvimento. O Ministério da Cultura virou vitrine e, também, alvo, para o bem e para o mal. Isso evidencia esse novo momento, o novo papel da cultura na vida pública brasileira.</div></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Existe uma informação de que o Luciano Huck deverá assumir o Ministério da Cultura, caso José Serra vença as eleições. O que você acha dessa escolha? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Não tenho comentários a fazer sobre possíveis escolhas do candidato da oposição. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- A reforma da Lei Rouanet é um cabo de força entre o MinC e os grandes incentivadores privados da cultura, por exemplo: os grandes bancos que oferecem gordos financiamentos as campanhas eleitorais. Isso pode comprometer o diálogo da Dilma com estes segmentos e fazer ela voltar atrás com o projeto? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div></strong><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Os incentivadores já assimilaram que precisam investir mais em cultura, já se comprometeram a apoiar a reforma. No ano passado, as vinte maiores empresas estatais e privadas assinaram nota de apoio, em que se comprometem a adotar as medidas propostas pela mudança da lei de incentivo, inclusive o investimento mínimo de 20% de recursos próprios nos projetos incentivados. Também se comprometeram a apoiar a implementação do Vale-Cultura. Esse é um projeto de governo, que não foi concebido para poucos, mas para todos os brasileiros. É resultado de uma construção coletiva pelo interesse público e de uma articulação respeitosa com os incentivadores. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. É correto afirmar que a chamada elite cultural é contra a reforma da Lei Rouanet? É certo dizer que ela não quer dividir os recursos com os pequenos produtores para continuar tendo o pobre como o seu objeto estético? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Na Bahia, tem um ditado popular que diz "farinha pouca, meu pirão primeiro". No mundo da cultura isso é muito comum, a partir de uma relação paternalista com o Estado e das dificuldades históricas de se fazer arte no Brasil, cada um pensa primeiro em si. Aos poucos, isso começa a mudar. Há o aprendizado do próprio setor cultural a pensar coletivamente nas políticas públicas, em sua complexidade de demandas e necessidades que extrapolam visões individuais e corporativas. Muitos dos que eram contra a reforma da Lei Rouanet, por exemplo, hoje nos apóiam até porque, com a reforma, ninguém perde, os recursos aumentarão. Antes, os mesmos ganhavam, com a mudança, todos podem ganhar.</div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. O presidente Lula vai terminar o Governo com a marca de um presidente das políticas sociais. O que falta para a cultura fazer parte deste dado histórico? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div></strong><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">A cultura já faz parte da Agenda Social do Governo. Podemos fazer muito mais com a aprovação das leis que estão no Congresso. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. O Sr. tem dito que a maior forma de inclusão cultural do povo brasileiro hoje é a TV aberta. Na sua opinião os conteúdos deste "meio cultural" são satisfatórios? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div></strong><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">As grandes emissoras preservam a sua natureza de um serviço público de interesse social? Qual é a pior e a melhor emissora neste aspecto? A nossa televisão é mais voltada ao entretenimento e não satisfaz as necessidades da população. É preciso elevar esse padrão e, nesse processo, a TV pública tem um papel crucial. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"> <strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- O MinC tem estimulado os governos estaduais e municipais a incorporar políticas/programas como o Cultura Viva que reconhece como Pontos de Cultura organizações socioculturais, especialmente, presentes em comunidades populares. Na sua opinião qual Estado e Município do Brasil melhor responde a este estímulo? </strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Temos convênios com todos os estados e estamos repassando recursos para todos eles apoiarem as iniciativas culturais desses grupos que você se refere. </div></span><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Em 2003, a CUFA levou jovens do hip hop de todos os estados para uma audiência formal com Presidente da República. Na ocasião, o Lula determinou a abertura de um Grupo de Trabalho Interministerial para tratar as demandas do hip hop. O que avançou de lá pra cá?</strong></span></div></strong><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">No Ministério, o hip hop tem recebido apoio e muitos eventos contam com recursos federais. Acabamos de lançar um edital que vai distribuir R$ 1,7 milhão em prêmios para 135 iniciativas em todo o país. </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><br />
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center;"><img border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/juca_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</strong></div><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. O Sr. acaba de anunciar o fim do jabá nas rádios. Eu não acredito nisso, o Sr. realmente acredita? O que isso significa? </strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Você deve estar me confundindo com outra pessoa. Talvez porque no projeto de lei que colocamos em consulta pública, pela primeira vez o jabá pode ser criminalizado. Isto não quer dizer que vai acabar. Torna-se ilegal e passível de punição.</div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. O Sr. concorda com o Governador Sérgio Cabral de que a proposta de divisão do royalties feita pela emenda Ibsen é uma covardia com o Rio de Janeiro? </strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Acho que, no final, vai sair uma solução negociada. Os estados e municípios produtores terão uma parcela maior dos royalties gerados pelo pré-sal, ao mesmo tempo, esses recursos deverão impulsionar o desenvolvimento nacional.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. As tentativas do MinC de interferir na política de patrocínios das estatais causa que tipo de constrangimentos?</strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Nenhum. Temos boas relações com todas elas e a maioria já compreende que, em vez de se comportar isoladamente, assumem seu caráter público e contribuem para as políticas públicas.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. Qual a sua opinião sobre as cotas nas universidades públicas?</strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Apoio as cotas nas universidades e acho que os resultados são positivos.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Qual a sua posição a respeito da utilização dos animais nos espetáculos de circo?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">A presença dos animais é uma tradição que remonta às origens do circo, mas é preciso garantir que os animais não sofram maus-tratos. É possível buscar soluções negociadas com todas as partes envolvidas. Já me coloquei à disposição do IBAMA para ajudar nesse processo. </div></span><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Dizem que o PT quer o Ministério da Cultura. Afinal "de quem é" a pasta da cultura, do Juca, do Gilberto Gil ou do PV? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">O Ministério da Cultura é parte do governo e cabe ao presidente eleito escolher seus ministros. Privatizar os ministérios faz parte do passado. Nestes anos de governo Lula, o Ministério da Cultura foi da cultura e nós, ministros, fomos servidores públicos.</div></span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-38974211110714028562011-05-06T08:11:00.000-07:002011-05-06T08:11:32.609-07:00Tony Reis<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Fala galera do Porradão!<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Porradão de 20 essa semana traz Tony Reis, presidente da organização LGBT brasileiro, professor e especialista em sexualidade humana e dinâmica de grupo. Com vocês Tony Reis. </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="283" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/tony_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="200" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - Conte um pouco da sua origem, sua história. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>Eu nasci em Coronel Vivida, uma cidade no interior do Paraná. Sou filho de pessoas muito humildes. Meu pai se suicidou quando eu tinha um ano de idade e minha mãe criou uma família de seis irmãos. Tive a oportunidade de estudar sempre. Formei-me em Letras pela Universidade Federal do Paraná. Sou especialista em sexualidade humana, tenho mestrado em ética e sexualidade e estou fazendo doutorado em educação.</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Quando e como você se descobriu gay? E qual foi a reação de seus pais? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Desde os cincos anos eu percebia que gostava dos meninos sexualmente e convivia com as meninas para brincar. Naquela época foi muito natural para mim, não era um problema. Mas aos quatorze anos, senti realmente que eu era diferente e falei para minha mãe "olha, eu sou pecador, doente, sem-vergonha, e eu não quero isso para mim porque não é certo". E minha mãe, de uma forma muito sensível para a época, me levou para um médico em Pato Branco, para que eu me curasse. Claro que o médico não me curou, até porque a homossexualidade não é doença. Procurei psicólogo, procurei padre. Fiz muitas novenas para Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Fui para o centro de umbanda, o pai de santo falou que eu tinha uma pomba gira desgovernada. Fiz muita promessa, muita simpatia. Pensei no suicídio em torno de três vezes, mas nunca vim a concretizar, até pelo apoio da minha família em querer me ajudar. Depois vim para Curitiba e me enturmei. Depois de formado, tive a oportunidade de morar quatro anos na Europa onde encontrei o grande amor da minha vida, e já vivo com ele há 20 anos. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Você não acha normal que a sociedade não ache normal ver dois homens se beijando na rua? </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Acho que a sociedade muitas vezes é hipócrita. Existem homossexuais, tanto homens quanto mulheres. Somos dez por cento da população, e é uma realidade que existe. Acho anormal uma pessoa espancando outra pessoa. Agora, uma pessoa dando carinho dentro dos limites da lei, eu acho perfeitamente normal, quando o beijo não seja para agredir as pessoas e que seja natural. Espero que as pessoas se beijem mais, briguem menos, roubem menos e espanquem menos. Já estaria muito bom. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - Como você convive com as dissidências do movimento?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Em qualquer movimento, em qualquer família, há divergências, há pontos de vista diferentes. O que precisa é dialogar muito, respeitar muito as opiniões das pessoas, e sempre procurar o que nos une e não o que nos separa. Tenho o maior prazer em coordenar aquelas assembleias onde tem muitas divergências, porque é ali que a gente cresce, caso contrário é ditadura, e ditadura não combina com democracia. E a democracia prevê os pontos de vista das pessoas que pensam diferentes, e é dialogando que se chega aos consensos. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Porque o movimento LGBT atacou tanto o Dourado do BBB, quando as mesmas coisas que ele falava os próprios gays da casa falavam também? Será que a postura saindo da boca de um "patrício" soa menos agressivo ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Primeiro, vejo que numa rede de televisão, num jornal, numa revista que tem grande audiência, falar desinformações, do tipo a AIDS só se pega por homossexuais, não pode passar incontestado. Também, falar que tem nojo de gay é homofobia, preconceito e insegurança de sua própria sexualidade. Quanto à fala dos gays, na informalidade, no dia a dia, muitas vezes brincam, mas isso não vai estar formando a opinião de ninguém. Creio que ser politicamente correto é uma questão de respeito às pessoas, acho que não é de bom tom usar palavras de baixo calão para se referir a qualquer pessoa. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><img align="right" border="0" height="418" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/tony_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="315" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Alguns movimentos LGBT´s tem mania de citar nomes de pessoas famosas como gays e sempre reclamam de pessoas da mídia que não se assumem. Sair do armário é obrigatório? Não seria cercear o direito de escolha de cada um?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">A minha opinião é que devemos respeitar a privacidade de todo mundo. Acho que ninguém pode obrigar ninguém a falar coisas de sua privacidade ou sobre o que acontece entre quatro paredes. A Constituição garante este direito. Porém, vejo que é fundamental que as pessoas se assumam. A pessoa que assume publicamente para si e para a família e os amigos é uma pessoa mais feliz porque está sendo verdadeira. Evita ser vítima de chantagem, vítima de assassinato. É muito importante assumir, mas ninguém deve ser obrigado e ninguém deve ser cerceado no seu direito de escolha. A liberdade é fundamental, mas assumir-se é bom para a saúde mental e é bom para a própria pessoa.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - - Intelectuais do movimento LGBT estão tentando a todo custo revelar heróis homossexuais na história. Porque esse interesse em tornar todo grande homem em gay agora?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Vejo que ninguém deve ser tirado do armário e todos devem ser respeitados, como já falei. Porém, é muito importante para os jovens, os adolescentes gays, ter referências positivas de pessoas importantes que eram homossexuais e eram assumidas. A única referência de gay que eu tinha quando eu era adolescente era a Rogéria. Gosto muito dela, é uma grande atriz. Mas era a única referência que eu tinha e eu achava que tinha ser travesti como ela. Depois, fui percebendo que tinha outras pessoas assumidas que eram gays, e isso foi muito importante para minha formação.</span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Filho da puta, viado, corno, safado, são algumas das expressões mais populares que temos e as pessoas em geral não relaciona essas palavras com o seu significado mais intimo; porém, os gays acusam quem se expressa dessa forma de homofóbico. Você não acha um exagero? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Acho que a cultura é adquirida. E se é adquirida, pode ser mudada. Acho que uma pessoa não deve chamar outra de filho da puta. Temos que ter respeito para as profissionais do sexo. Acho que ninguém deve chamar uma pessoa de viado, acho que cada um tem que seguir sua livre orientação sexual. A questão de chamar outra pessoa de corno, acho que cada um sabe na sua intimidade se vai ter relações complementares ou não. Enfim, o respeito é fundamental, ninguém deve agredir. Temos que lutar por uma cultura de paz em que as pessoas resolvem seus conflitos de forma muito racional e respeitando cada um, de forma a conviver em uma sociedade mais harmônica. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- Gay não vota em gay, mas evangélicos e católicos conservadores votam nos seus pares. Isso é mito ou verdade? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Vejo que ninguém deve votar em ninguém por uma questão de corporativismo. Tem gays em quem eu votaria, e outros em quem eu não votaria. Da mesma forma que eu votaria em alguns católicos ou evangélicos, e não votaria em outros. Para votar em uma pessoa, tem que conhecer a biografia dela, sua postura, o que fez e quais são suas propostas, independente de ser gay, evangélico, católico ou qualquer outra coisa. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. A militância, às vezes, causa a sensação de que existe patrulha da parte dos gays organizados e que o movimento quer transformar todo mundo em gay. É possível militar sem negar o direito de quem discorda? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Creio que todo mundo deve se organizar e lutar pelas suas bandeiras. Ninguém deve impor agenda a ninguém. As pessoas devem ser respeitadas na sua essência, e ninguém deve negar à outra pessoa a possibilidade de ser o que é. Tem um lema: a finalidade da vida é a felicidade, e cada um sabe a dor e delícia de ser o que é.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. Por que existe tanta dificuldade de juntar os homossexuais fora das grandes paradas ? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Depende. Temos feito nossas assembleias, congressos e seminários sempre com um grande número de pessoas. Creio que quando um evento é bem convocado, tem uma pauta clara, é bem dirigido e articulado, sempre tem movimentos interessantes. O que não podemos fazer é sair e fazer protestos a todo custo sem uma grande articulação. Ninguém vence uma batalha sozinho, temos que ter um movimento por trás e não existem lideranças sem liderados. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. Está se iniciando as campanhas para Presidente da República. Como o movimento encara esse momento e quem já assumiu compromisso como as questões LGBT's? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Hoje há em torno de dez candidatos à presidência da república. Entre os três principais, a Dilma já assumiu que é favorável à criminalização da homofobia, que é favorável à união estável e com certeza vai continuar o trabalho que o presidente Lula vem fazendo em prol de nossa comunidade, incluindo a primeira Conferência Nacional, o Plano Nacional, a Coordenação Nacional e o Conselho Nacional LGBT. José Serra já se pronunciou favorável à união estável entre pessoas do mesmo sexo e favorável à criminalização da homofobia, e também tem um histórico de políticas em prol da população LGBT no seu estado de São Paulo. Marina Silva já se colocou contra a homofobia e contra o preconceito. Não é favorável ao casamento, mas é favorável à união estável entre pessoas do mesmo sexo. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- A ABGLT já encaminhou diversas notas de repúdio em inúmeros casos de declarações e atitudes que vocês consideram homofóbicas de diversos atores sociais. Você acredita que as retratações surtem efeito positivo no tocante ao respeito aos homossexuais? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não temos usado a palavra "repúdio", a não ser em um caso extremo. Temos feito cartas abertas, ofícios e notas específicas. Com certeza surtem efeito, tem alguns exemplos que acho fundamentais, inclusive o próprio presidente Lula há muito tempo atrás falou numa brincadeira, mas que saiu em cadeia nacional, que Pelotas era a capital exportadora de viados. Hoje é um grande aliado nosso, temos a maior admiração pela sua postura em relação à primeira Conferência Nacional LGBT, seu posicionamento sobre a homofobia e o preconceito. Tem o exemplo do ministro Carlos Lupi, que numa declaração infeliz falou que não era corrupto, não tinha amante e nunca tinha dormido com homem. Enviamos um ofício pedindo retratação, tivemos uma audiência e hoje é um grande aliado nosso na luta contra o preconceito. Paulinho da Força Sindical falou que antigamente a ecologia era coisa de viado. Novamente enviamos um ofício e hoje é outro aliado da causa e inclusive faz parte da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT. Tem vários outros exemplos de políticos neste sentido. Outro exemplo muito bacana é o Faustão. Antigamente, principalmente no vídeo cacetada, usava palavras de baixo calão para se referir a nossa comunidade ou a pessoas LGBT. Fizemos uma carta aberta e hoje trata nossa comunidade de uma forma muito elogiável no seu programa. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Quais as principais reivindicações do movimento LGBT hoje?</strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Nossas grandes demandas no legislativo são a aprovação da criminalização da homofobia, a união estável entre pessoas do mesmo sexo e o nome social para as pessoas trans. No executivo queremos políticas públicas afirmativas e que diminuam a homofobia e o preconceito contra nossa comunidade. Queremos, além do Plano Nacional, a Coordenação e o Conselho Nacional LGBT, que também haja planos, coordenações e conselhos nos estados (alguns já tem) que fiscalizem e monitorem em todas as áreas sociais. No judiciário, queremos que as ações envolvendo questões LGBT sejam julgadas conforme os artigos 3º e 5º da Constituição Federal, que colocam que todos são iguais perante a lei, e que não haverá discriminação de qualquer natureza. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/tony_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Foi decretado pelo presidente Lula, na sexta-feira (04/06/2010), o Dia Nacional de Combate à Homofobia, que será comemorado a partir do ano que vem em 17 de maio. Qual a análise do governo deste presidente em relação às reivindicações do movimento LGBT? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Primeiro eu diria que o presidente Lula é um grande estadista, a forma como ele tem atuado principalmente com as comunidades menos favorecidas. É um presidente que com suas políticas tirou 23 milhões de pessoas da pobreza, na área da educação promoveu o acesso de pessoas sem recursos e a população negra, que apoia a luta contra todas as formas de discriminação, além de vários outros projetos e programas sociais. É realmente um grande governante que merece toda a popularidade que hoje tem.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. Nos últimos 20 anos, 3.296 membros da comunidade LGBT foram mortos no país, o equivalente a 164 casos por ano. Quais os principais tipos de crimes ocorridos e o que fazer para não se colocar nessas situações de risco? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Geralmente esses casos têm requintes de crueldade e violência característicos da homofobia. No caso dos gays não assumidos, muitos dos assassinatos ocorre na própria casa da vítima, que se expõe ao perigo com pessoas estranhas e muitas vezes mal intencionadas, e talvez com homofobia internalizada, que acabam matando. No caso das travestis, que por não ter acesso à educação e ao mercado de trabalho, para algumas o único meio de sobrevivência que resta é a prostituição, que pode envolver problemas sociais como o tráfico de drogas e a criminalidade que fazem com que as pessoas corram riscos. Hoje dentro da Secretaria Nacional de Segurança Pública há um grupo de trabalho que está vendo propostas para a diminuição dos casos de assassinatos homofóbicos.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Você e David Harrad são considerados o primeiro casal gay a registrar união no país e, que neste ano, completam 20 anos. Quais foram as maiores dificuldades para esse registro e o quais os direitos civis básicos de casados que ainda não estão desfrutando?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Registramos uma declaração no cartório aqui em Curitiba, afirmando que vivemos uma relação estável e dizendo todo que queremos, para que em caso de morte o juiz julgue favorável ao sobrevivente, uma vez que pela lei atual os bens do falecido não passariam para o sobrevivente e sim para a família do falecido e é necessário entrar na justiça para garantir esse direito. Comparando um casal heterossexual com um casal homossexual, tem 78 direitos que nos são negados</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><a href="http://www.abglt.org.br/port/78direitosnegados.php" style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">(http://www.abglt.org.br/port/78direitosnegados.php)</a></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">, entre eles nossa união não é reconhecida pela lei, não podemos adotar crianças em conjunto e não temos direito à herança.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. Por que alguns gays não respeitam a condição heterossexual dos outros dando em cima deles? Será que os heterossexuais precisariam que começar a lutar pelo direito de não sermos "atacados" por homossexuais?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Eu pessoalmente como gay já fui cantado diversas vezes por heterossexuais de ambos os sexos. O que aprendi com meu irmão é simplesmente dizer a frase célebre "não é minha praia", independente de onde vem a cantada. Neste sentido, com certeza a pessoa vai se tocar.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Você acredita em ex-gay e gay evangélico?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Acredito que a sexualidade é um oceano. Algumas pessoas fazem dela um mar, outras uma lagoa ou apenas um aquário. A sexualidade tem todas as possibilidades. Muitas pessoas assumem mais categoricamente a identidade sexual, outras não, o que deve ser respeitado. Todo ser humano tem sua crença, sua forma de ver o transcendental, conheço gays evangélicos, gays católicos, gays ateus. Enfim, acho que cada um tem que procurar o melhor para sua vida. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Comente sobre: </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Amor:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">é fundamental. É amando que a gente é amado.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Musica:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">é fundamental para a paz de espírito</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Carlinhos Brown:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um grande cantor, um exemplo de baianidade</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Mídia:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">o quarto poder</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Dilma:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">uma grande mulher que será a primeira mulher presidente do Brasil</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Marina:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">uma batalhadora que venceu na vida</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Serra:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um dos melhores ministros da saúde que já tivemos</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Bahia:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">um estado encantador, um estado da música</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Esquerda:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">pessoas que querem transformar uma realidade social para o melhor</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Direita:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">pessoas que querem permanecer com o status quo, onde as mudanças são muito mais difíceis</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><b style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Partido dos gays:</b></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">sou contra, acho que os gays têm que estar em todos os partidos, da esquerda à direita.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-27796042339133321822011-05-06T08:09:00.000-07:002011-05-06T08:09:14.933-07:00Alex Pereira Barbosa, ou MV Bill<h3 style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Fala galera do Porradão!<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></h3><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Nosso entrevistado desta semana é Alex Pereira Barbosa, ou MV Bill cantor de rap brasileiro e co-autor do best-seller livro Falcão - Meninos do Tráfico. Bill é um dos principais e mais controversos rappers do hip hop brasileiro. Vem aí MV Bill canta a pedra irmão. </strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="283" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/bill_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="200" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - Como iniciou a sua trajetória na área social?<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></strong>A minha trajetória social já vinha sendo construída, na mesma medida em que eu vinha me construindo e me descobrindo como pessoa, da realidade que vivia e via ao meu redor o tempo todo. Mas se tiver que definir um momento onde isso realmente se tornou decisivo, foi no momento em que eu assisti ao filme "Colors, as cores da violência", um filme sobre duas gangues que disputavam o controle da venda de crack em Los Angeles. Assistindo aquele filme eu percebi as semelhanças com a comunidade onde eu vivia, Cidade de Deus, e decidi que deveríamos fazer alguma coisa para mudar.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Você esta rico?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Eu não, a minha vida mudou, conquistei coisas que se quer sonhei, mas estou longe de estar rico e pra ser franco nem penso nisso, acho que minha riqueza será ver essas pessoas que vivem perto de mim ter acesso as coisas que eu tenho. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Você ainda se considera um rapper?</strong><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Você me entrevistar é covardia, pois parte das minhas respostas são fruto de nossas discussões pessoais, daí eu fico numa encruzilhada, mas já que o bagulho é porradão, vombora então. Sou cada dia menos rapper e cada dia mais escritor, apesar que isso não me tira do rap. Hoje tenho mais prazer em vivenciar outras experiências. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - -O Movimento Hip Hop sempre disse que odeia a mídia, você no entanto nunca disse isso, qual a diferença entre você e outros Mcs? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não dá pra negar que existem diferenças significativas, muitos grupos contribuem com o movimento não indo para a mídia, pois depois que você vai pode ser uma grande esculhambação, e todo o movimento pode virar motivo de piada. A mídia é algo que te sufoca e não acredito que exista alguém preparado pra ela. Mas acredito que podemos saber ao menos o que representamos, enquanto representantes de favelas ou de juventude. Eu não odeio o sistema, eu também sou o sistema, prefiro intervir na mídia, pois ficar sentando reclamando dela é muito fácil. Difícil é você aceitar o desafio de trocar seus valores. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Há pouco tempo o Mano Brown lançou com o Jorge Ben Jor um videoclipe na Globo, no programa Fantástico. Você acha isso ruim? É contra ou a favor? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Brown é do meu bonde e eu sou suspeito pra falar dele, pois tenho a tendência natural em defendê-lo. Ele ta certo sim, essa de ficar fazendo cara feia à vida inteira para as lentes de fotógrafos que esperam exatamente isso de nós já passou. Não somos mais crianças e nossa contribuição para com a juventude, sobre tudo as das favelas não é ficar escondido. Se quisermos ser referência, temos que colocar a cara, não como comédia, mas como Músicos, profissionais respeitáveis. Quando eu comecei minha carreira eu ouvia os caras falarem que quem ia na globo tava vendido, que era pra dizer não. Mas quem inventou isso? Infelizmente, uma geração inteira acreditou nesse mito e vejo 90% deles hoje infelizes, não porque não foram na emissora, mas porque suas carreiras ficaram ancoradas na favela, aonde não existe os recursos capazes de mudar nossas vidas e onde não interagimos com as pessoas que são capazes de mudar a vida da favela. Quando fui ao Faustão, na Daslu, no Fantástico e em todos os outros programas de televisão eu ouvia as pessoas do movimento falar que eu ia desaparecer em 6 meses. Continuo aqui, firme, impactando na vida das pessoas e contribuindo. A melhor maneira de contribuir com o nosso discurso é continuar dando show depois que descemos do palco. Existe outras gerações que vem acreditando nos nossos discursos de disco, mas é preciso que essa juventude nos veja praticar, se não, seremos lembrados no futuro como a geração que blefou. A Hora de botar a cara já passou, eu já coloquei, agora é a hora de todos colocarem o corpo. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><img align="right" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/bill_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="225" /></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Você esta no ar em uma campanha com a <a href="http://www.naotenholimites.com.br/mvbill/?utm_source=NaoTenhoLimites&utm_medium=referral&utm_content=DestaqueHome&utm_campaign=NaoFoiParaoAr" style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">NEXTEL</a>. Isso é coisa de vendido capitalista, de traidor do movimento ou é a busca natural dos profissionais?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Quando eu era moleque na CDD eu ouvia muito esse tipo de discurso e isso me guiava, hoje acho essa situação muito engraçada, não que eu tenha me vendido, mas pela incoerência que é. Os "manos" querem vender seus discos, suas danças, seus quadros, seus shows de Djs, enfim, querem conseguir grana para fazer discos e clipes. Então tem que ganhar dinheiro. Pô, estamos num mundo capitalista. Mas essas bobagens de falar mal da mídia, sobre tudo da globo, como se ela fosse a emissora que manipula, já perdeu a graça. Todo mundo manipula, o que muda são os números no IBOPE. Eu nem tenho mais paciência pra esse tipo de discussão. Quando vejo Luciano Huck e Lázaro Ramos, fazendo comercial de vários produtos, eu fico feliz por um lado e esperando a minha oportunidade também. Acabei de fazer um filme e faria uma novela se eu fosse convidado. Não podemos esquecer que nossa luta, a minha luta é pela inserção social e na mídia, não pela exclusão, essa nós já temos.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - Você acaba de lançar um Cd com distribuição própria. Como está indo?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">A pior coisa em todo o processo é a distribuição, o gargalo esta ai. Resolvi colocar um grupo de pessoas na rua e acionamos uma grande rede social, não para as pessoas comprarem por consideração a mim, mas para que as pessoas que gostam desse tipo de música ou do nosso trabalho pudessem ter acesso, e ai surgiu a necessidade da venda através dessa rede e da internet. O fato é que o resultado está muito positivo.</span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. Há 12 anos eu disse a você que era melhor correr que o rap não passaria de 2008. Como você vê o rap em 2010? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Quando você dizia isso eu não entendia se você estava querendo dizer que iria estar enfraquecido ou se acabaria mesmo de uma vez. Mas se considerarmos o discursos dos MCs, eu concordo que o rap não teria vida longa, acredito que falta posição e sustentação no discurso. No Brasil não é possível fazer rap somente como entretenimento, até pelo fato do funk ocupar com o samba outros espaços nas favelas e periferias. Nesse caso, a sobrevivência do rap só vai ser possível se juntarmos a qualidade do discurso com a musicalidade. Acabar é lógico que não vai. Mas se não houver um avanço, se uma nova geração não assumir esse papel de renovação, corremos o risco de ficarmos falando sozinhos, "xingando" todo mundo sem ninguém ouvir. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- Em nossa viagem para o Haiti, eu vi você chorando em vários momentos. O que significou essa viagem pra você? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Ter contato com as pessoas que se parecem comigo não é muito comum quando saio do Brasil, pois de modo geral, os convites que recebemos são para shows, lançamentos de livros, premiações em países como nos Estados Unidos ou Europa, então o nosso projeto fala sobre um tipo de ambiente, mas contraditoriamente reforçamos exatamente os "ex-predadores". Quando cheguei ao Haiti, mesmo sabendo o que iríamos encontrar, o impacto foi inevitável. Ver tanta gente passando por tudo aquilo é desumano. Eu senti naqueles dias a dor mais profunda que senti na vida. Não dormi, não sorri, não havia espaço pra felicidade. Tinha outra coisa importante ali, todas as pessoas que eu via eram negras, ou seja, eu não sentia essa dor somente porque eles eram humanos, mas a minha dor, meu sofrimento era duplo, eu via naquelas pessoas a imagem da minha família, a minha própria imagem. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado com muitas ressalvas e foram retirados temas polêmicos como cotas nas Universidades. Você acha que foi uma derrota ou uma vitória? Pergunto isso, pois parte dos movimentos negros tem criticado o ministro Eloi por conta dessa aprovação. </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Eu acompanhei esse processo, às vezes bem perto, às vezes não tão perto. Em muitos momentos estivemos ao lado da Ministra Matilde Ribeiro, do Ministro Edson Santos e agora com o ministro Eloi Ferreira. Quem viu de perto os bastidores dessas lutas sabe bem o quanto foi difícil, a luta não era contra ninguém menos do que toda a elite, mídia, o pior, alguns partidos políticos de oposição ao Governo tomaram para si esse embate e isso engrossou o caldo e dificultou ainda mais. Analisando friamente, para nós pretos é algo simples de perceber a necessidade, para os não negros é algo pouco fácil de aceitar. Enfim, eu acredito que existam muitos motivos para comemorar a aprovação do Estatuto, foi um avanço fantástico, termos pautado essa discussão no Brasil, ter votado, levar o tema para o senado e ver o próprio governo se posicionando foi um grande avanço sim, e mais, se algumas Universidades estão contra as cotas, isso também é um grande avanço, pois a pouco tempo isso se quer era assunto. Penso que os movimentos negros precisam de unidade nesse momento, não houve derrota, houve negociação, nós pretos temos que perceber que num processo político essa sanfona é natural, o parlamento vive isso o tempo todo. Essa é minha opinião mais geral, a detalhada eu gostaria de ouvir o Ministro para melhorar minha reflexão.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. Certa vez você disse que "A igualdade nas diferenças é possível". Essa é uma das conquistas da atuação da Cufa? O que você destacaria na trajetória da instituição? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />O trabalho que mais realizamos na instituição é o de propiciar o protagonismo, principalmente de jovens, que antes estavam literalmente a margem da sociedade, como se não fizessem parte dela. O objetivo é que essas pessoas tomem as rédeas de suas vidas. Isso é mais que reconhecer que a igualdade nas diferenças é possível. É reconhecer que a superação das diferenças não só é possível, como é uma realidade. <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12.Você aprovou sua participação no cinema? Tem propostas para fazer televisão?</strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Sou "pós graduado" na escola de cinema da cufa na Cidade de Deus, foi lá que aprendi alguns truques para fazer meus shows e hoje estou usando parte disso no cinema e nos clipes. Por mais que eu esteja brincando ao dizer "pós", muitos atores consagrados fazem oficina com a nossa companhia (tumulto) e com eles aprendemos algumas coisas, pessoas como Lazaro Ramos, Caio Blat, Mariana Ximenes, Ingrid Guimarães, Hamir Hadad, Maria Padilha, Walter Lima JR, José Wilker entre outros, participam desses nossos projetos. Eu recebo muitos convites sim, alguns eu tenho recusado devido ao programa de televisão que a cufa deverá fazer na TV Brasil, mas como ta demorando e eu já nem sei mais se vale a pena esperar, eu vou avaliar alguns convites que estão sendo feitos nesse momento. Mas não quero ser ator, quero vivenciar a maior quantidade de experiências possíveis.<br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /> <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- Você foi premiado por diversas instituições de música devido ao seu trabalho musical e sua militância no movimento Hip Hop, bem como pela UNESCO, como uma das 10 personalidades mais influentes do mundo, nos últimos 10 anos. Acredita que esses eventos ajudam a torná-lo uma espécie de exemplo ou um líder para os jovens que vivem nas comunidades semelhantes à de sua origem? </strong> <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" />Não sei se um exemplo, estou aos poucos deixando de ser jovem. Mas liderança muitas vezes é uma conseqüência das ações que desenvolvemos. Acredito que o grande exemplo, é a construção de uma instituição criada por negros de periferia tomar a proporção e a importância que tomamos, fazendo parte em todos os segmentos da sociedade. Mas o tempo passou, hoje a Cufa abriu cotas para os brancos e convivemos bem com isso, aliás, somos legitimamente a favor da ação afirmativa e praticamos dentro de casa. Enfim, precisamos parar de ficar reclamando da vida e ir a luta, mas resgatar esse sentimento ligado a derrotas não vai ser da noite para o dia, o processo é lento. Mas não podemos desistir, Já começou! <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - Você desistiu de tentar uma carreira política?</strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Eu nem pensei, não sou filiado a nenhum partido e nem sei se eu serei algum dia, essa possibilidade assustou muita gente, mas não passa de susto, já faço minha política e não abro mão dessa minha liberdade, quero continuar transitando, sem ter partido e sendo instrumento da favela, não da política formal, esse é o meu prazer na vida . <br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div align="center" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><img align="left" border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/bill_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Em quem você vai votar? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Sempre votei na esquerda, embora eu não tenha hoje certeza de que os políticos levem isso a sério. Hoje, depois de fazer parte do movimento social, sobre tudo da Cufa que pra mim é um movimento próprio, eu não divulgo o meu voto e nem apoio nenhum partido ou político. Fazemos nossos encontros com eles para levar nossas reivindicações e por isso para alguns desavisados isso parece apoio e não é, tanto que falamos com todos. Hoje o meu voto é para que eles sejam sérios o bastante, a ponto de ajudar a mudar definitivamente o quadro que vivemos ainda no Brasil.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. Qual a sua opinião sobre Dilma?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Conheço a Dilma pessoalmente, estivemos juntos em várias oportunidades. Sua competência é inquestionável, e muitas das criticas que a ela são atribuídas são ataques que a oposição precisa fazer, afinal é esse o jogo e ta todo mundo jogando. Mas certamente ela tem seus defeitos, claro. Mas se alguém pensa em continuidade ela é o caminho, não tem jeito. "</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Qual a sua opinião sobre José Serra?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Cruzamos em alguns momentos, mas nada formal. Conheço seu trabalho de longe, ouço falarem mal e bem dele, nunca ouvi dizer que ele é corrupto, por exemplo, isso é bom sinal. Mais do que isso seria falar sobre o que não conheço!</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. O que tem a dizer sobre Marina Silva?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O mesmo do Serra, a diferença é que teria muita dificuldade para governar, o que é natural. Às vezes sua campanha me parece uma aventura, às vezes me dá uma vontade de vê-la deslanchar. É uma mulher séria, inteligente e ninguém pode negar isso.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Qual a sua relação com o comando vermelho?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Ta maluco Celso? Ta certo que é porradão, mas... Segura ai maluco! Eu não tenho relação nenhuma com o comando e com nenhuma outra facção, tenho contato com as pessoas, esse é meu mundo, e as facções, inclusive o comando, também vive nos mesmos ambientes. Você sabe que essas marcas são tão fortes nas nossas vidas que nos aniversários das crianças, na hora da foto ninguém coloca chifre no outro pra zuar, as crianças colocam os símbolos dessas facções, todos sabemos que isso é errado, os pais , as professoras e até mesmo as crianças. Mas é como se fosse algo maior que nós. Nascemos e crescemos com essas marcas nos muros, nos postes, nas casas, nas frases dos amigos... Não sou admirador de nenhuma facção, pelo contrario, acho isso um câncer social e moral. Mas é para muitos uma forma de sobrevivência. Algo incompreensível pra mim até hoje. . </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Depois do sucesso dos livros Cabeça de Porco, Falcão Meninos e Falcão Mulheres do tráfico, qual será o próximo sucesso? Tem algo em mente? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Estou escrevendo CDD, Cidade de Deus anos 80. Um livro que vai contar a história desse período da CDD, não é sobre crime , mas sobre muitos acontecimentos desse período, claro que nesse período foi a chegada de uma facção , armamento pesado e guerras, mas não é só isso, falarei também de amor. Até o fim do ano, lançaremos um livro de bolso do Falcão Meninos do Tráfico e depois com você, vou lançar Os Invisíveis, que contará nossas histórias. Acho que é isso, mas vc sabe melhor do que eu... É isso?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-89310478480218299002011-05-06T08:04:00.000-07:002011-05-06T08:04:45.372-07:00Alessandro Buzo<h3 style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Fala galera do Porradão!</div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div></h3><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Nosso entrevistado desta semana é Alessandro Buzo um legítimo intelectual periférico. .</strong></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center;"><img border="0" height="297" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/buzo_1.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;" width="449" /></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">01 - O que é ser um escritor de periferia?</strong></div><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></strong></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">É ter muita responsabilidade com o que escreve, porque, querendo ou não, você está representando milhares de periféricos que não tiveram a mesma oportunidade que você e até os milhares de suburbanos que nem costumam ler e, de certo, nunca irão escrever. É provar que é possível que um cara que saiu da favela que nem eu, hoje ser convidado pra um Fórum Social Mundial 2010, dividindo a mesa de debate com personalidades como Heloisa Buarque de Holanda, Luiz Ruffato. É estar no Seminário Hutúz, escolas, cadeias e onde mais for convidado, mas sempre sabendo que está falando por milhares, então, aproveite a oportunidade e não fale besteira, deixa isso pras novelas e reality Shows.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">02. Qual a sua relação com o rap?</strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O Rap é o irmão da literatura marginal, periférica, divergente. Foi o que primeiro ergueu a voz contra o sistema, nossa literatura surgiu fazendo o mesmo papel. Antes de lançar meu primeiro livro (2000), meu contato era pouco ou nenhum, não passava de curtir o som e conhecer alguns grupos de rap da minha quebrada, Itaim Paulista, extremo leste de São Paulo. No meu livro "O Trem - Baseado em Fatos Reais" saiu da letra da música "O TREM" do RZO e eu nem tinha pedido pra eles autorização, nem conhecia.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Saí na revista Rap Brasil e quando fui dar a entrevista, pedi o contato do grupo, liguei e quem cuidava da agenda deles naquele tempo era o Davi do Gueto: - Você colocou a letra da nossa música onde? </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">- Num livro tio, sobre o trem da periferia, só que lado leste, Itaim Paulista.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">- E você queria o que mesmo? Disse ele pra mim.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">- A presença do RZO no lançamento.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">- Que dia que é mesmo?</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">- 24 de dezembro.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Aí era pedir demais, véspera de Natal, só eu mesmo pra marcar lançamento nessa data. Mas não é que no dia surgiu o Sandrão, Davi do Gueto e mais 2 manos de Pirituba? Nascia ali uma amizade que dura até hoje, frequentei a célebre "laje da casa do Helião", ali conheci pessoas que são amigos até hoje como Tom (RHK), DBS, Negra Li entre outros, ali conheci a guerreira Dina Di, que Deus a tenha num bom lugar.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">No mesmo tempo na quebrada, passei a andar muito com o Tribunal Mcs, ia com eles em vários shows.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Depois de 2004 em diante, passei a promover o evento de rua gratuito "Favela Toma Conta" no Itaim Paulista e a partir de então conheci grandes nomes da cena, nas 22 edições que aconteceram até hoje, levei grandes nomes do Rap Nacional, meu maior orgulho no RAP é ter feito 22 edições de uma festa de Hip Hop e não ter uma única pessoa falando de mim, não ter brigado com ninguém, tudo que combinei eu cumpri, desde um transporte de R$ 400 aos maiores cachês que já pagamos, o maior deles foi de R$ 1.200 (lembrando que o evento é de graça), mas se eu combinei R$ 100 com alguém, não pagava R$ 90 e sim R$ 100 como o combinado, R$ 500 não era R$ 400, entende? Falta isso em vários organizadores de evento de Hip Hop e por isso eles param pelo caminho.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Outro fator para me deixar próximo do Hip Hop foi que passei a fazer matérias pra Revista Rap Brasil, a que mais se destacou foi o "rolê" que dei pelas favelas que andou Sabotage, com o Daniel Locutor número 1 e os filhos dele, saiu num especial de oito páginas quando fazia quatro anos que havíamos perdido o poeta do Canão, sem dúvida, minha melhor reportagem.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">03. Você está lançando um livro, qual é o objetivo? E quantos outros já lançou?</strong></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Até hoje, já lancei 5 livros: </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O Trem - Baseado em Fatos Reais (2000);</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Suburbano Convicto - O Cotidiano do Itaim Paulista (2004);</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O Trem - Contestando a Versão Oficial (2005);</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Guerreira (2006 independente e em 2007 pela Global Editora) e Favela Toma Conta (2008 pela Aeroplano Editora)</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Agora, lanço este ano Hip Hop - De Dentro do Movimento (Aeroplano Editora) e tenho um infantil "Dia das Crianças na Periferia", com ilustrações de Alexandre de Maio, mais um outro "Do Conto à Poesia" prontos e aguardando publicação. Sem contar que, ainda este ano, lanço um livro comemorativo dos meus dez anos de carreira.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Além desses, organizo a coletânea "Pelas Periferias do Brasil" Vol I (2007), II (2008), III (2009) e o Vol IV deverá sair em setembro ou novembro desse ano. Com vinte autores de dez estados.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O objetivo é sempre fazer chegar nossa literatura na periferia, a gente vende pra quem pode pagar e deixa uma parte em pontos estratégicos como bibliotecas das comunidades para quem não pode. Espalho pelos lugares onde passo. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">04 - - Você acha que o rap e os Mcs são coerentes com seus discursos no palco? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Muitos sim, outros muitos não, mas prefiro falar de mim e de meu trabalho nessa entrevista, dizer que A ou B não faz no dia-a-dia ou que o que prega é ficar mandando recado pra alimentar intriga, eles é que precisam se conscientizar e mudar seus atos, não eu apontá-los. Só digo uma coisa, todo mundo vê e quem vai cobrar são as ruas. Manos que são assim ficam pelo caminho porque hoje existe mais espaço, mas pra quem sabe trabalhar e tem uma proposta boa, então viver o que canta é uma boa pedida. Eu, por exemplo, prego no meu livro infantil "Não dê arma de brinquedo pro seu filho", imagina amanhã ou depois você vai à minha casa e meu filho de dez anos sai do quarto atirando com uma metralhadora (de brinquedo), isso iria desmoralizar minha tese. Meu filho de dez anos nunca ganhou uma arma de brinquedo, mesmo o quarto dele tendo vários brinquedos, nenhum é uma pistola. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">05 - Você não acha que a autocrítica dos movimentos são importantes? Todos os mercados do mundo submetem todas as formas de arte ao debate, às avaliações conceituais e públicas. Você não acha que isso esta acima da chamada "Treta"? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Acho sim, mas o RAP não está preparado para isso, se você faz uma crítica construtiva, os manos levam pro lado pessoal e você no mínimo ganha um inimigo, se não virar uma treta. Eu lutei contra isso, aprendi a receber críticas ao meu trabalho, separar quando tem maldade e quando é pra somar, pra que eu melhore.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Tem uma história engraçada, num evento (faz tempo), um cara elogiou a Revista Caros Amigos/Literatura Marginal, a seleção dos autores, os textos, me parabenizou por estar na revista, e depois soltou essa: </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">- Só tem um texto que não gostei, um cara sai de manhã pra trabalhar.....todo mundo sai pra trabalhar às cinco horas da manhã, blá, blá, blá....</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Deixei no gelo, esse texto é meu.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Pra você ver, ele pensa isso, mas esse texto fez tanto sucesso que abriu portas pra mim e virou até monólogo no teatro, são visões diferentes de pessoa pra pessoa.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Até hoje só não sei se ele sabia que era o meu texto que ele estava zuando, ou se comeu bola e estava pagando MICO, vi (pela pessoa) que não valia a pena esticar o assunto. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">06. </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">- Você acha que a revolução vai ser televisionada?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> Pode ser, se me derem um programa na Globo no lugar do Faustão (mesmo dia e duração) e me deixar mais de dez anos no ar.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Depois de dez anos pode me cobrar, vai ter acontecido uma revolução. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">07 - Como você vê a candidatura do Netinho ao Senado, não confunda essa pergunta com "treta", mas com opinião?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Acho o Netinho uma pessoa com boas intenções, tem muito político pior que ele, o Netinho veio da periferia e sabe o que ela precisa, se vai ser lembrado como um grande político, só o tempo vai nos dizer.</span></div><br />
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><img border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/buzo_2.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 8px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: right;" width="450" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</strong></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">08. O Ministério da Cultura está lançando um projeto que dificulta a prática de jabá nas rádios. Qual é a sua visão sobre o jabá nas rádios de São Paulo, sobretudo as que tocam rap, se considerarmos que estamos falando de uma população desprovida de investimento? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Não sei o porquê dessa pergunta, afinal não vivo isso, não sou músico, mas vou dar minha opinião pelo que vejo em São Paulo.</div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Se levarmos em conta que o RAP vem da população desprovida de investimento, como você mesmo diz, pesa pagar R$ 5.000 de jabá, mas, no caso de São Paulo, só tem uma rádio aberta (105FM) que toca RAP, o que chamam de jabá serve para manter a estrutura, o local onde a rádio funciona (fui lá, é num prédio comercial), funcionários, radialistas. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Esse dinheiro serve para alimentar essa estrutura, pelo que me consta, todas as rádios, de todos os estilos musicais cobram jabá e, mais do que "cobra". Acho que em vez de falarmos mal da "única" rádio que toca RAP, a 105FM, devíamos pressionar outras a tocarem também, ligar nos telefones da programação e pedir as músicas, mesmo eles não tocando.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Sei lá, lutar pela liberação das comunitárias que certamente tocariam RAP.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Criticavam a "única" revista que tínhamos (Rap Brasil) até ela acabar.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Criticavam o nosso "único" jornal (Estação Hip Hop) até ele acabar.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Assim como criticam hoje a 105FM, até ela deixar de tocar RAP e ai? O que faremos?</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Temos que lutar para ter uma rádio nossa, pra fazermos diferente, mas é só o que eu penso, porque diretamente não tenho nada a ver com esse assunto.</span></div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">09- A população Brasileira em geral lê pouco, como fazer a população da periferia gostar da cultura do livro? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Fazendo cada vez mais saraus nas periferias, montando nossas bibliotecas e livrarias, especializadas em Literatura Periférica. Pelo que me consta a Livraria Suburbano Convicto do Bixiga (da qual sou o proprietário) é a única do país especializada em literatura marginal, periférica.Ttemos quase todos os títulos disponíveis, de vários autores, mas é pouco, só uma livraria no país como o Brasil é pouco, muitas pessoas gostariam de ler nossos livros, mas não encontram, no máximo encontra livros dos autores que publicaram em editora comerciais, difícil é achar os vários títulos independentes, que não param de surgir a cada dia.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Outra questão é o preço. Livro no Brasil é caro, preço ideal seria R$ 10, mas quando vou atrás de algum livro que me chamou a atenção custa R$ 40, R$ 50, com uma naturalidade incrível, como se o salário mínimo no país fosse R$ 1.000.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Todos escritores e poetas periféricos estão fazendo um grande trabalho de espalhar literatura pelas quebradas, cada um da sua forma, isso muda, mas é um trabalho de formiguinha, cada um que resgatamos, tem cem, duzentos, trezentos assistindo BBB na TV por exemplo. Ou em vez de estar ouvindo RAP, o cara ouve Latino, sertanejos. O mercado sabe onde investe, não interessa livros e músicas que tragam conhecimento, contestação, eles querem alienar, porque um povo alienado é facilmente manipulado.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">10. Por que os livros editados em periferias não se tornam "Best Sellers"? </strong> </div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> Acho o "Guerreira" do Buzo, "Capão Pecado" do Ferréz, "Colecionador de Pedras" do Sérgio Vaz, "Graduado em Marginalidade" do Sacolinha e outros verdadeiros" best Sellers". Só o fato de nós estarmos escrevendo nossa própria história, já tem um peso incrível, senão vem o sociólogo, não mais o que "ÓLOGO" e escreve, sem nunca ter pisado no barro.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Pensavam que não sabíamos nem ler e estamos escrevendo nossos livros.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Podem não ser "best Sellers" em vendas, mas são em atitude, posicionamento.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;"></div></span><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">11. Estamos num momento político igualmente importante, quais são os projetos dos candidatos para as periferias de São Paulo? </strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">São Paulo deixou a desejar várias vezes, quando tínhamos que dar a Marta a chance de continuar, elegeram o Serra, que depois saiu, nos deixou de herança o Kassab, que ainda ganhou pra governador. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Sempre votei no PT, não porque sou petista, mas sim porque nunca vi opções melhores nos outros partidos.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Imagina SP sem o Bilhete Único que a Marta criou.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Os CEUs também são geniais, estrutura de primeiro mundo na favela. Diziam que não teria como manter, como assim? São Paulo arrecada milhões e mais milhões em impostos todos os dias, tem mais é que fazer coisa boa pra periferia.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O LULA fez do Brasil, em oito anos, um país que superou a crise mundial com traquilidade, se fosse o FHC a fazer isso, seria santificado, mas como foi um nordestino, ex-metalúrgico, não aceitam.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Quem não aceita? A classe média alta, que quer continuar a estar sempre por cima. O progresso do povo incomoda.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Muita coisa ainda falta ser feita, mais tenho certeza que o melhor é a continuidade do LULA com a Dilma, o Serra seria péssimo pro país, como é péssimo pra SP.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Tem que investir em educação, esporte, lazer e cultura, só esses fatores podem melhorar o país, diminuir a desigualdade social e ainda combater a violência de tabela.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">12. Essa posição parece não ser compartilhada pela população de São Paulo e a prova é que o Serra está muito bem nas pesquisas dessa região e o Alckmin em primeiro lugar. Isso significa que falta consciência da periferia e da elite de São Paulo?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></strong></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Com certeza, o Serra e o Alckmin são o velho estilo de política, aquele que só se vê nas ruas em épocas de eleição, aquele que fala bonito, mas não faz, eu, pelo menos, penso isso deles, não votaria em nenhum dos dois.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Mas o povo abraça justamente porque a maioria da população não vive as ruas, o sonho de consumo das pessoas é comprar um carro, de preferência melhor do que o seu vizinho e já era, tá de bom tamanho.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Luto por mais cultura no Itaim Paulista, bairro no extremo da zona leste de SP com quase quinhentos mil habitantes e desse monte de gente, poucos chegam pra somar no processo, não participam de causas sociais.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Pra gente ver, quer um exemplo maior do que o Maluf, depois de preso, sendo acusado de tudo quanto é coisa, ter se eleito deputado?</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O povo não sabe votar, isso é fato, mas não acho que é só em São Paulo, aí voltamos à questão da educação, se o povo fosse mais instruído, com certeza, não teríamos esses políticos sendo eleitos.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Olha na TV (em SP) a propaganda do governo do estado, tem um "pai" que diz: - O ensino é dez, os professores são nota dez.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Parece que está tudo uma maravilha e não é verdade, professores vivem fazendo greve por melhores salários, a polícia nesses casos desce o sarrafo sem piedade. Em São Paulo, aluno do estado passa de ano simplesmente sem estudar, só frequentando as aulas, fiz oficina de literatura com crianças de 10 anos e alguns não sabiam ler e escrever, isso é um crime. O que vai ser desses jovens da periferia quando crescer? Respondo: serão mão de obra barata e empregados do filho do boy que estuda em colégio particular. </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> <strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">13- Paulo Skaf, presidente licenciado da FIESP e considerado um homem sério e honesto, é um dos candidatos ao governo de São Paulo. Você não acha que essa seria uma alternativa positiva se considerarmos que é um empresário de ponta e experiente em gestão? </strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Acho que sim, é um bom nome, mas não é popular, assim fica difícil para ele se eleger.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O PT está de novo cometendo um erro colocando o Mercadante, ele não é popular e perde fácil pro Alckmin.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Acho que pro governo de SP tinha que ser o Eduardo Suplicy, faria campanha pra ele sem ganhar nada em troca.</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">O Paulo Skaf pra mim é um excelente nome, mas pergunta para vinte pessoas no viaduto do chá: - O que você acha do Paulo Skaf?? </span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Quase todos vão responder: - Quem ???</span></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></strong><br />
<div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">14 - É comum alguns políticos se elegerem com o apoio do rap em São Paulo, no entanto, alguns nomes do próprio movimento não tiveram sucesso nas urnas, como Primo Preto, Aliado G, Nuno Mendes entre outros. Ao que se deve esse insucesso?</strong></span></strong></div><div style="text-align: left;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; font-weight: normal;"><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</strong></span></strong></div><br />
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Por vários motivos, um deles é que o povo do Hip Hop não é unido.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Outra questão é que tem gente no "nosso meio" que acha que se eleger é se vender, pra você não se vender no RAP, precisa estar fudido, progresso é encarado como "se vendeu", parece crime ganhar dinheiro com nosso trabalho.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Quanto aos nomes que você citou, não têm apelo popular, eu mesmo que vivo o RAP nunca nem vi o Primo Preto, só conheço daquele som dos Racionais: - Aqui quem fala é o Primo Preto, mais um sobrevivente. Isso faz quantos anos? É pouco para se eleger. </div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Aliado G é conhecido no nosso meio, mas pouco pra sociedade em geral, faz a pergunta de novo pra vinte pessoas no viaduto do chá. O Nuno Mendes, por ser radialista e sempre colar nos eventos, é bem mais conhecido e o que teve mais chance, mas também foi pouco.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Pessoas como o Markão II do DMN e o DJ Slik, trabalham com o Netinho de Paula, no caso do Markão, acho que é um excelente nome para ser vereador, eu votaria nele sem susto, acho que pra ganhar mesmo, teria que ser algum de ponta no RAP, sei lá, um Rappin Hood, um Thaíde, mas não sei se alguém como eles um dia vai tentar.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Eu acho importante algum dos nossos chegar lá, seria no mínimo mais fácil de cobrar.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Eu luto pra não perder o interesse na política, ela move as nossas vidas querendo ou não.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">A merda que alguns fazem, elegendo Serra, Maluf, reflete em mim.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Quando o Serra ganhou da Marta, quase perdi o interesse de vez na política, mas a vida continua.</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">A política é muito importante para estar na mão só dos políticos tradicionais, você vê o horário político e é triste, velhos discursos que você sabe que é tudo blá blá blá...</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;"><br />
</div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; text-align: left;">Antes de você perguntar, não tenho interesse em me candidatar e nunca pensei nisso. Mas se eu me candidatasse e ganhasse, iria causar tumulto, sei o que o povo precisa, onde está o problema: construir mais escolas e menos cadeia, pagar melhor professores e policiais (porque ganhando bem eles não se desviariam tanto, como no caso dos PM), apoiar tudo quanto é projeto social que já existe precariamente, por exemplo, gravei meu quadro na TV com um tiozinho que é pedreiro e faz escolinha de futebol com as crianças, ele atende mais de cem garotos, mas tá desistindo, põe do bolso pra trabalhar, pega esse tiozinho, vê quanto ele ganha por mês e paga pra ele deixar a obra e só fazer o projeto social que ele já faz por amor, multiplica esse exemplo por mil, por dez mil, em médio prazo, muitos problemas estariam resolvidos.</div><br />
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><br style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: center;"><img border="0" height="300" src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/buzo_3.jpg" style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 8px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;" width="184" /></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">15. Quais são seus projetos atuais?</strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Este ano lanço no mínimo três livros: Hip Hop - De Dentro do Movimento (Aeroplano Editora), um livro comemorativo dos meus 10 anos de carreira e o VOL IV da coletânea que organizo "Pelas Periferias do Brasil" com vinte autores de dez estados.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Na TV a gente continua firme e forte no Programa Manos e Minas da TV Cultura, mostrando o lado positivo da periferia. Fizemos um piloto de um programa de 30 minutos e aguardamos negociações com emissoras interessadas, apresentamos primeiro pra TV Cultura, mais não evoluiu.</div></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Quero fazer da minha Livraria Suburbano Convicto no Bixiga (região central de SP), um point da periferia no centro, é a única Livraria do Brasil especializada em Literatura Marginal.</div></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Mas o projeto maior é o Espaço Suburbano Convicto que começa a funcionar em agosto no Itaim Paulista, mudando a cena cultural do bairro.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">16. </strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Como vai ser esse "espaço" e quem vai bancar o custo?</span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Vamos funcionar dentro da Casa de Cultura do Itaim Paulista, que é da PMSP, e com isso não teremos custo de aluguel e um espaço grande disponível, teremos uma biblioteca de livros novos, cinema, sarau, palestras, debates e 10 oficinas culturais para comunidade.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Além da parceria da Casa de Cultura que só vai dar o espaço, temos o Centro Cultural da Espanha que vai bancar as aulas dos arte educadores e algumas outras despesas.</div></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Importante eu usar a minha articulação para ter acesso a um "Centro Cultural da Espanha" e ter ideologia para levar esse apoio pra minha quebrada, não seria possível esse projeto sem o apoio financeiro, previsão de início dia 3 de Agosto de 2010, estamos articulando e, após o final da Copa do Mundo (11/07), até o final de julho, vamos organizar o local, e, em agosto, trabalhar de fato.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">17. Qual a sua visão sobre os rappers que freqüentam as casas de shows dos playboys?</strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Acho que podemos circular pelos dois mundos, ganhar dim dim dos boy e saber fazer o caminho de volta e investir no progresso da quebrada.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Não tenho nada contra quem vai pro outro lado, só acho que não devemos esquecer nunca nossas raízes, usar nossos contatos para ajudar a quebrada.</div></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Tipo a parceria do Centro Cultural da Espanha, usar minha visibilidade para conseguir apoio fora e levar pra onde precisa, não pensar só no próprio bolso, pensar coletivamente.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">18. A Suburbano Convicto tem uma equipe de trabalho?</strong><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Somos poucas pessoas, mas uma base que funciona, que sabe o que cada um precisa fazer num evento como o "Favela Toma Conta" por exemplo.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">O articulador e idealizador das atividades que levam nosso nome é toda minha: "Alessandro Buzo", quem trabalha diretamente comigo é a Marilda Borges, na equipe tem ainda Da Antiga (as vezes me ajuda na apresentação dos eventos e no caso do Suburbano no Centro, às vezes me substitui), tem os DJs Claudião e Bibiano, além de Tubarão Du Lixo, José Augusto, Wagnão do Robru.<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Esse é nosso time, só tem camisa 10.</div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">19. Relacionado ao Cinema, como foi fazer o filme "Profissão MC"?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;">Uma vitória, pois, o resultado final ficou muito bom e não captamos um único real.</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">Era um filme que precisava ser feito, uma ficção, porque tudo que vejo feito por periféricos são documentários, além da mensagem que é a opção, entre o RAP e o crime, mostrar que o crime não dá camisa pra ninguém.</div></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><div style="text-align: left;">www.profissaomc.blogspot.com<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></div></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"></span><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">20. Considerações finais?</strong></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"> </span></span></div><br />
<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="text-align: left;">Nunca aceite que digam que seu sonho é grande demais, que não é possível.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Mas nunca fique esperando acontecer, faça acontecer.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Desligue a TV e leia um livro.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><br />
<div style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"></div><div style="text-align: left;">Pra saber mais do meu trabalho acesse meu site: <a href="http://www.buzo.com.br/" style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">www.buzo.com.br</a></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Contatos: (11) 2569-9151</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none;"><span class="Apple-style-span" style="color: black;"><a href="mailto:suburbanoconvicto@hotmail.com" style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">suburbanoconvicto@hotmail.com</a></span></div><div style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left; text-decoration: none;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Twitter: @Alessandrobuzo</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">BLOG:<a href="http://www.celsoathayde.com.br/2010/www.buzo10.blogspot.com" style="color: #333333; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank"> www.buzo10.blogspot.com</a></div><br />
<div style="text-align: left;"><br />
</div>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-85947467215006856932011-05-06T07:56:00.000-07:002011-05-06T07:56:45.077-07:00William da Rocinha...Líder comunitário, reconhecido como um dos grandes responsáveis pela pacificação da Rocinha, famoso como DJ, com seu toque mágico operando as pick-ups, William de Oliveira já passou pela prisão, viu de perto a sombra da morte, conduzido pelas armadilhas das drogas. Hoje, deu a volta por cima e usa sua experiência para melhorar a vida das pessoas. É fã do presidente Lula e quer ser deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Não perca esta entrevista com histórias da vida real que mais parecem um roteiro de cinema. Com vocês, WILLIAM DA ROCINHA.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/noticias/img/william_2.jpg" /></div><br />
<br />
<b>01 - Quem é William da Rocinha por ele mesmo?</b><br />
<br />
William de Oliveira, William da Rocinha ou Willian DJ de fato e de direito é a mesma pessoa, não são personagens diferentes de uma mesma história. Aos 38 anos, William de Oliveira é um típico exemplo de que é possível crescer e desenvolver-se dentro do espaço público de uma favela. Sua meteórica ascensão social é fruto, sobretudo, da infância pobre e sofrida ao lado da mãe Maria da Conceição e dos quatro irmãos. Exemplos e modelos ele buscou em atores sociais locais os mais diversos, aos quais jamais pensou que um dia viria a substituir, definindo os rumos e ajudando a fazer da Rocinha uma comunidade menos sofrida e abalada... Na verdade William fez mais. Ousou tocar em temas e mexer com situações que nas décadas passadas eram verdadeiros tabus e assuntos, se não proibidos, unanimemente evitados por todos. <br />
<br />
Hoje William é mais que um nome, uma expressão emergente e representativa de uma categoria, que, mesmo tendo acostumado a ver-se marginalizada e discriminada, luta por sua alforria. O líder comunitário de origem humilde e desfocada foi, aos poucos, se tornando uma pessoa imprescindível ao convívio de todos. Inicialmente como vendedor de roupas pela comunidade aos 14 anos, subindo e descendo toda a Rocinha das 7h às 17h. Aos sábados e domingos, ao anoitecer, virava um carregador de caixas e equipamentos de som da equipe Status Disco Dance, o que possibilitou que se tornasse um integrante da equipe até que finalmente se tornou DJ e passou a comandar, ele mesmo, os eventos.<br />
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Como DJ, fez várias produções musicais, entre elas, Mc Galo, Mascote, Nem, Marquinhos e Dolores, Big Rap e Luciano, Gorila e Preto, Marcio e Goro, Mc Marcinho e centenas de Montagens. Passou a dar seu toque de habilidade, colocar seu gosto e suas aptidões à prova pública. Durante quase duas décadas percorreu todo o Estado do Rio fazendo eventos. Teve o prazer da conhecer e fazer alguns trabalhos com Admir Lemos, Cidinho Cambalhota, Fat Boy, Mc Batata, Luiz Carlos Nascimento e muitos outros amigos, Sany DJ, trabalhou com William na Rocinha, Mc Serginho do Vai Lacraia. Ele era DJ Serginho. O Grupo YOU CAN DANCE apareceu para ele em Nova Campanas no inicio dos anos 90, seu empresário era Admir Lemos. <br />
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''Olha a rapa, olha a rapaziada''. Tenho muitas historias para contar do mundo Funk:<br />
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Aprendi a fazer o bem. O Funk social... Dos quilos de alimentos, cobertores, leite em pó... Fiz e gostei. Primeiro servi de âncora para trazer de volta a credibilidade às associações de moradores, mais especificamente à União Pró=Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, onde ganhei, como vice-presidente, as eleições no ano de 2000. <br />
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Durou um ano, se muito, minha permanência nesse cargo. Abdiquei em nome da ética e em respeito aos milhares de votos obtidos. Continuei William, continuei DJ, continuei do bem! Só não continuei o mesmo. Passei a me intitular "o amigo das comunidades". Passei a fazer campanhas contra o lixo, ajudar na normalização da energia elétrica, organizar festinhas e festejos nas áreas diversas da Rocinha. Cresci! E em 2004, chegou finalmente a hora. Disputei com quatro outros candidatos, quando ganhei a eleição histórica para líder comunitário da comunidade da Rocinha.<br />
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<b>02. Sempre ouvimos as pessoas falarem que os favelados são felizes, é isso mesmo ou trata-se de uma "lenda" ? </b><br />
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Como diz Cidinho e Doca, "eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar e ter na consciência que o pobre tem seu lugar. Essa concepção mudou muito. Hoje, nas favelas do Brasil, não se moram mais pobres, os ricos também estão por aqui. Sou muito feliz por morar na Rocinha, mas isso não quer dizer que vou morrer aqui.<br />
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As pessoas nascem nas comunidades, trabalham e lutam para ter uma qualidade de vida melhor e, claro, sair da favela e partir para uma vida melhor.<br />
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Nas favelas do Brasil, temos advogados, engenheiros, arquitetos, juízes, promotores, enfim, pessoas formadas e conceituadas nas suas atividades. Eu sou um exemplo disso. <br />
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<b>03. Você acha que devemos trocar o nome da favela para amenizar o impacto negativo que esse nome gera ? </b><br />
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Claro que não. As favelas têm suas histórias e seus históricos de luta. Temos que melhorar a qualidade de vida de quem mora nas favelas, dar mais humanização. Muitos políticos não gostavam de investir nas comunidades até que Deus nos enviou um pai, o presidente LULA. Esse homem, com seu histórico de vida, mudou a vida de muita gente, mostrando que tudo é possível. Contou ainda com a parceria do governador Sergio Cabral. Por que mudar o nome favela? Ninguém quer mudar o nome da rua Vieira Souto. Por que? Porque lá tem quem defende esse direito, por isso que precisamos de pessoas que defendam os direitos das favelas, de fato e de verdade.<br />
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<b>04 - Você foi preso e acusado de ajudar um grande traficante do Rio de Janeiro, pior, foi flagrado falando com um bandido no telefone no Jornal Nacional. Existe defesa para isso? </b><br />
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Na verdade, não fui preso por esconder traficante, até porque jamais teria esse poder. Fui preso porque uma ex-presidente da Associação, que era investigada, disse uma história mentirosa sobre mim e também por defender as Comunidades nos conflitos vividos, nos anos de 2004 e 2005, na Rocinha, e na Zona Sul. Lembro-me também dos conflitos com o ex-secretário de Segurança do Garotinho, pois foi em seu governo que tudo isso aconteceu. <br />
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Eu estava numa reunião com várias lideranças comunitárias do Rio de Janeiro, com o governador, meu telefone toca e a mensagem é a seguinte: "o BOPE está na Rocinha detonando geral". Na mesma hora, me dirigi ao governador Garotinho e o informei que o BOPE estava na Rocinha tocando o terror. O governador disse que aquilo não era verdade, que ele mesmo havia dado ordens para o comando do BOPE não ir a Rocinha. Eu disse que estava ao telefone com um dos assessores da associação e que o BOPE estava na Rocinha sim.O governador insistiu em dizer que era mentira aquela informação. Eu inocentemente disse ao governador na frente de todas as lideranças, que mentiroso era ele, que não cumpria palavra. <br />
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Esta foi minha sentença. Passado alguns dias, eu fui preso por associação ao tráfico de drogas, corrupção Ativa e formação de quadrilha. Conversas telefônicas foram gravadas entre mim e o chefe do tráfico da Rocinha na época. Porém cabe dizer que esta conversa foi induzida por um dos comandantes da Polícia, que queria recuperar alguns fuzis enferrujados que haviam sido roubados de um quartel do exército. A mensagem do comandante era: "ou entrega os fuzis ou nós vamos subir e quebrar geral". Eu fui quebrado na minha espinha dorsal. Saí preso, algemado e humilhado, carregado por ruas, becos e vielas, exposto publicamente como nunca nenhum bandido perigoso desta ou qualquer outra favela houvera sido. Toda a imprensa do Brasil noticiou a "grande notícia" do "envolvimento do líder comunitário com o tráfico de drogas da Rocinha", e com o "sumiço das armas do Exército". <br />
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Gravações desconexas e sem sentido começaram a surgir em séries na TV e jornais respectiva e sequencialmente. <br />
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A mídia fez questão de tirar uma foto minha algemado na porta da associação e divulgar. <br />
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Escutas telefônicas, por exemplo:<br />
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O Goleiro da Seleção Brasileira Julio César ( link) e outros jogadores foram fraudados e as gravações também foram divulgadas em nível nacional falando com o mesmo traficante, que me acusaram de ter relações, o BEM-TIVI. Portanto, fui preso e fiquei 9 meses preso, enquanto todos os jogadores foram convidados a dar esclarecimentos. Isso porque eu que nasci e me criei na favela, não poderia falar com um traficante.<br />
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Celso, vou dar um exemplo real do que acontece nas favelas brasileiras. Meu pai é um morador de favela, ele tem um amigo, estudaram juntos, jogaram sinuca, pescaram e viviam uma amizade de freqüentar a casa um do outro, a mãe, a mesma coisa. O filho desse amigo do meu pai cresceu junto comigo. Por ironia do destino, esse jovem se torna um traficante e vira chefe do tráfico na Favela. Por outro lado, eu me torno presidente de uma associação ou até mesmo outra profissão que tenha visibilidade na favela. Como fica nossa situação? Falar, nós podemos falar, nós não podemos participar e nem ficar usando da força que ele exerce para coagir ou oprimir as pessoas, temos que separar a Convivência da Conivência.<br />
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Mas como fica a situação dos demais? Eles não tinham motivos para falar com traficantes e mesmo assim falaram, só que os tratamentos são diferenciados. Será que, se eu fosse um presidente rico, tudo aquilo teria acontecido comigo? <br />
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<b>05 - Que lição trouxe do presídio? É possível uma recuperação do presidiário com o sistema carcerário brasileiro? </b><br />
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Em primeiro lugar, quero dizer que preguei muito o evangelho naquele lugar. Abrimos uma igreja para pregar a palavra de Deus, e Deus operou grandemente naquele lugar. Marina Maggessi e Fernando Salsicha são pessoas abençoadas por Deus porque eles nos proporcionaram aquele momento, doando-os equipamentos para que pregássemos o evangelho a toda criatura.<br />
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Foram quase 200 dias naquele local, onde dormia com setenta, oitenta, e às vezes até com cem presos em um cubículo. Passei os três primeiros dias sem dormir, a cadeia pára meia noite e somente volta ao meio dia, o sono dos presos são primordiais. Também aprendi a me virar dentro da cadeia, talvez você saiba como é ou já ouviu aquele ditado "filho chora e mãe não ver". O vaso sanitário é chamado de "Boy", quando você quer ter uma intimidade, eles chamam de parlatório, tudo lá dentro tem um vocabulário próprio. <br />
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Todos os dias às 18h havia reverências aos líderes de facções. É um mundo totalmente diferente deste aqui fora, a cadeia tem sua cultura e regras próprias e você tem de respeitá-las.<br />
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Eu posso dizer que com todas as tristezas que passei nos nove meses em que fiquei preso: aprendi muitas coisas e conheci muitas pessoas, até hoje tenho muitos amigos de bem que conheci no cárcere, pessoas que foram injustiças como eu, mas também conheci pessoas que só via pela televisão, que para a sociedade são de alta periculosidade, mas que, muitas vezes, são tidos nas suas comunidades como heróis. <br />
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E possível recuperar os presos sim. Desde que sai do cárcere, tenho participado ativamente dos debates que envolvem segurança pública. Fui eleito e participei da 1ª Conferencia Nacional de Segurança Pública, CONSEG. Nela, lutei para aprovar este princípio e diretriz:<br />
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- - Reconhecer a necessidade de reestruturação do sistema penitenciário, tornando-o mais humanizado e respeitador das identidades, com capacidade efetiva de re-socialização dos apenados, garantindo legitimidade e autonomia na sua gestão, privilegiando formas alternativas à privação da liberdade e incrementando as estruturas de fiscalização e monitoramento; e<br />
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- Manter no Sistema Prisional um quadro de servidores penitenciários efetivos, sendo específica a eles a sua gestão, observando a proporcionalidade de servidores penitenciários em policiais penais. Para isso: aprovar e implementar a Proposta de Emenda Constitucional 308/2004; garantir atendimentos médico, psicológico e social ao servidor; implementar escolas de capacitação.<br />
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Foi uma vitória dos que defendem este tema. Recentemente, vi uma entrevista do presidente do Supremo Tribunal Federal, no 12º Congresso da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Prevenção ao Crime e Justiça Criminal, que aconteceu em Salvador. Peluso afirmou que há, no Brasil, casos em que o tratamento dispensado aos detentos "é um crime do Estado contra o cidadão". Peluso ainda lembrou declarações do ministro da Corte Suprema da Argentina, Eugenio Zafaroni, sobre graves problemas com os presos na América Latina: "Os Estados nacionais não têm condições, sobretudo na América Latina, de responder às demandas de dignidade humana da condição dos presos". "Nós temos, portanto, que começar a pensar em soluções alternativas à prisão", opinou.<br />
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Ainda segundo o ministro, a prisão não tem servido para reinserir ninguém na sociedade e, particularmente, em alguns casos, nós sabemos muito bem, funcionam, nas prisões, até uma escola de crimes. Quem entra no sistema prisional brasileiro, no sistema penitenciário, tende a sair muito pior do que entrou. <br />
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Isso tudo acompanhei de perto, vi pessoas serem presas por pensão e voltar um mês depois por assalto a mão armada. Na verdade, eu também sou uma prova viva disso tudo, se eu tivesse deixado me influenciar não estaria lhe dando esta entrevista hoje.<br />
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Só para concluir, como o Estado quer ressocializar ex-detentos, se, quando o preso sai da cadeia, nem o dinheiro para seu transporte imediato ganha? É como se dissesse ao preso "vai, rouba novamente", que estou lhe esperando. Já vi preso que saiu da cadeia e, para não fazer besteira, teve de andar quase dois dias para chegar aonde morava.<br />
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<b>06. - Como foi esse momento e quem te ajudou para passar por essa fase? </b><br />
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Foram os nove meses mais difíceis que vivi, foram momentos muito difíceis para mim e para toda minha família, principalmente. Na verdade, até hoje, ainda sinto o baque desta situação, às vezes estou dormindo e acordo assustado achando que ainda estou na prisão, na época, minha filha estava completando um aninho. Ela nasceu no dia 6 de março 2004 e eu fui preso dia 23 fevereiro de 2005.<br />
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Muitos amigos me ajudaram, em especial, Deus, que foi o maior deles, minha esposa, amiga e companheira, Ellen Gomes, que nunca deixou de me acompanhar um dia sequer que estive naquele lugar. Também tive amigos guerreiros como a vereadora do município do Rio e amiga, Andréa Gouvêa Vieira, seu marido, Jorge Hilário Gouvêa Vieira, Flora Gil, Lilibeth Monteiro, Sebastião, ex-presidente do Bairro Barcellos na Rocinha, Carlos Costa, líder comunitário e amigo, os meus amigos e eternos advogados Dr. Alexandre Dumans, Guilherme Henriques e João Bernardo JK, dos moradores da Rocinha que voluntariamente fizeram um abaixo assinado com mais de 10 mil assinaturas em minha defesa, de varias instituições em especial o Viva Rio e o Rubens César Fernandes e seu grupo de conselheiros que sem mesmo me conhecer pessoalmente acreditaram em mim. Há ainda um grupo de pessoas que jamais poderia esquecer: Marina Maggessi, Ferreira, Fernando Salsicha e toda sua equipe de trabalho, são pessoas que fizeram e fazem parte da minha vida até hoje. Sempre tive vontade de conhecer a Marina, por acompanhá-la pela mídia, quando cheguei preso na Polinter, primeira coisa que disse ao encontrá-la foi que sempre tive vontade de conhecê-la, mas não daquela forma. O engraçado desta historia é que, por meio da minha prisão, hoje, a sociedade tem um grupo de mulheres que nunca imaginavam ter amizade ou se conhecer, e que hoje são eternas amigas, Marina, Flora Gil, Lilibeth e Andréa Gouvêa. Isso é coisa do destino, todas se conheceram através das minhas visitas na Polinter. Por fim, quero agradecer a todos que me ajudaram de alguma forma e até os que fizeram correntes de oração, meus amigos, familiares, parceiros e admiradores do meu trabalho. Agradeço do fundo do meu coração por todo o apoio. <br />
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À minha amada e amiga e esposa, Ellen, a você, meu amor, não tenho palavras para agradecer por enfrentar tudo ao meu lado, principalmente, aqueles nove meses dentro do cárcere que pareciam que nunca iriam acabar. Aproveito a oportunidade para lhe pedir perdão, perdão pela ausência, pela distância e por muitas das vezes que eu não pude cumprir o papel de pai e de marido que você merece tanto, lembro até do slogan de uma campanha que você fez "Quero meu marido de volta", depois que deixei a associação você tem… Quero que saiba que EU TE AMO e que você é a mulher da minha vida. <br />
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À minha amada e amiga e esposa, Ellen, a você, meu amor, não tenho palavras para agradecer por enfrentar tudo ao meu lado, principalmente, aqueles nove meses dentro do cárcere que pareciam que nunca iriam acabar. Aproveito a oportunidade para lhe pedir perdão, perdão pela ausência, pela distância e por muitas das vezes que eu não pude cumprir o papel de pai e de marido que você merece tanto, lembro até do slogan de uma campanha que você fez "Quero meu marido de volta", depois que deixei a associação você tem… Quero que saiba que EU TE AMO e que você é a mulher da minha vida. <br />
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<b>07 - Como foram os primeiros momentos pós prisão? Como é encarar a vida em liberdade de novo? </b><br />
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Fui posto em liberdade no dia 19 de Outubro de 2005 até o julgamento, com a missão de "buscar garantir a paz e a tranqüilidade da Rocinha e toda a região do entorno". Dez dias após sair do cárcere reassumi a associação de moradores. Alguns meses depois, a Rocinha estava novamente nas páginas sociais dos grandes veículos, os programas e projetos caminhavam mais fortes e unidos, tivemos circos, parque de diversões, natal para as crianças especiais e o programa Trilhando a Paz para recepcionar a comitiva do Pan. <br />
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As organizações buscavam a integração cada vez maior com a Rocinha, a nossa relação com as autoridades voltaram aos tempos áureos e uma novidade se fez: com todos esses problemas, eu nunca perdi a fé. Evangélico e membro de uma igreja da comunidade, orava todos os dias para que Deus nos libertasse de todas aquelas acusações. Depois de vários habeas corpus negados, na época, quinze, e, ao passar por todos os trâmites dos processos - acareação, acusação e defesa -, a Juíza da 36ª Vara Criminal revogou minha prisão, entendendo que a ordem pública da comunidade piorou após sua prisão.<br />
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Atualmente estou presidente nacional e estadual do Movimento Popular de Favelas, vice-presidente do Fórum de Turismo da Rocinha, vice-presidente da Federação das Associações de Jacarepaguá, Barra, Recreio e Adjacências, diretor jurídico, relações públicas e assessor de imprensa da Federação das Associações de Favelas do Rio de Janeiro, membro do Conselho Comunitário de Segurança Publica da ISP 23, representante da infância e da juventude do MPF. O principal é que estou conquistando o respeito das autoridades, nas comunidades do Brasil, e a parceria com os moradores, comerciantes e todas as instituições locais da Rocinha, que sempre me apoiaram nos momentos mais difíceis de minha gestão.<br />
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<b>08. O tempo passou e aparentemente você deu ou vem dando a volta por cima. Hoje acompanha até mesmo o governador do Rio em momentos oficiais. Que trabalho você tem feito para estar nesses ambientes? </b><br />
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Hoje, William de Oliveira é visto e tido como um exemplo de luta por justiça, de valorização à figura do ser humano e da instituição policial e das Favelas do Brasil, de relacionamento estreito com o meio jurídico em todas as suas instâncias. Um homem capaz de desenvolver várias parcerias de trabalho, entre elas, mais de 1200 comunidades em todo o Brasil que hoje respeitam meu trabalho pela participação nos movimentos comunitários. Consegui reconhecimento do governo federal, estadual e municipal do Rio e de outros estados. Na área de justiça, com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, pude fazer o curso Justiça Cidadã e estabelecer parceria com muitos outros órgãos, como Promotoria Pública, Defensoria Pública, Ministério Público, Associação de Oficiais de Justiça, delegacias locais e externas, batalhões, Comando Geral da Policia Militar. Com todas essas instituições e várias ONGs, como o Viva Rio, Cufa e Afro Reggae, Nós do Morro, Observatório de Favelas e muitas outras, tenho tido participação ativa nas comissões comunitárias das federações e dos Movimentos Populares, além da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), que tem participado e incentivado a multiplicação de cursos de Mediação de Conflitos em Comunidades Carentes. No curso Espaços Urbanos, minha participação e dedicação ganhou para a Rocinha uma quadra de esportes para o sub-bairro Macega na Rocinha. Depois de todas essas capacitações e participações, começaram a se abrir as portas governamentais e não governamentais para a Rocinha dos programas sociais para levantar a autoestima de nossa comunidade, dando oportunidade aos moradores. Em parceria com o Viva Rio, montamos o fórum Dois irmãos, fizemos uma grande parceria com a FIRJAM, SESI, FUNDACAO ROBERTO MARINHO, INSTITUTO UNIBANCO e implantamos o Projeto Transformar, dando Educação para 5.000 mil pessoas na Rocinha. <br />
<br />
Como presidente da Diretoria da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha Gestão, de 2004 a 2007, e, em parceria com as demais Associações de Moradores da Rocinha, A Associação dos Moradores e Amigos de São Conrado (Amasco) em 2004, elaboramos em conjunto com profissionais do setor um projeto de reurbanização da Rocinha, que colaborou para uma viabilização do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Governo Federal nas comunidades do Brasil. A idéia que serviu de base ao PAC começou a partir do Fórum de Urbanização da Rocinha, realizado junto às lideranças das associações da comunidade, em especial naquele ano Aurélio Mesquita, Paulo César Valério e Edigler.<br />
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Em 2006, através do meu amigo Luiz Paulo Conde, posso dizer também que foi graças a ajuda dele que tudo isso aconteceu, conheci o senador, hoje, governador, Sérgio Cabral. Iniciamos uma grande amizade. Hoje sou amigo do governador Sergio Cabral, do presidente Lula de ministros e secretários de vários estados do Brasil.<br />
Nunca poderei esquecer que tudo isso foi possível com a graça de nosso Deus Todo Poderoso.<br />
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<b>09- Flora Gil, esposa do Gilberto Gil é madrinha de um dos seus filhos, de onde vem esse contato ? </b><br />
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Sim, Flora Gil é madrinha de minha filha Laura Victoria. Conheci a Flora no ano de 1998 em uma atividade cultura, mas ela não lembra de mim desta época. Fui apresentado a ela no ano 2000, fui convidado a participar de uma reunião pelo Soca da casa de cultura sobre um evento cultural na Rocinha, seria um show com o Gilberto Gil. Flora sempre tinha ouvido falar no meu nome por ser um DJ muito popular e famoso na Rocinha e no Rio, segundo ela, todas as vezes que ela fala na Rocinha, sempre diziam o meu nome. Assim, tive a maravilhosa oportunidade de conhecê-la pessoalmente através da organização deste show. Logo após, ela conheceu minha esposa Ellen, que, algum tempo depois, engravidou e Flora disse que queria ser madrinha, por tudo que já estávamos vivendo e por nossa amizade. O mais importante de tudo isso é você poder conhecer sua amada e linda família, Jose, Bem, Gil, Preta que hoje me apresenta para as pessoas como irmão dela, isso me deixa orgulhoso. Flora é um amor de pessoa, ela me apresentou muitos amigos, que também se tornaram meus amigos, Fagner, Regina Casé, Zeca Pagodinho. Quando ela me apresentou ao Junior do Afroreggae, disse "Junior, cuida do William para mim". Hoje o Junior é meu irmãozinho. <br />
<br />
O programa Líder Comunitário feito pelo Gil, como Ministro da Cultura, surgiu, através de uma solicitação minha, pelo orgulho que tenho de ser líder comunitário. Também tenho o orgulho de ter como madrinha de casamento Lilibeth Monteiro, quem também é uma mulher maravilhosa, que conheci através da Flora Gil. <br />
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<b>10. Como você encarou o fato de ter perdido a eleição da associação de moradores da Rocinha? </b><br />
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Celso, não vou dizer que perdi a eleição da Rocinha. Veja tudo que construí à frente da associação e o que ganhei, após minha saída dela. Posso dizer o seguinte, após minha passagem pela associação de moradores, podemos fazer uma pesquisa dentro da Rocinha, ou fora dela, ou em todo o Brasil, perguntando "Qual foi a melhor gestão a frente da Associação?". Não quero ser o primeiro, mas sei que meu nome e de minha diretoria está presente entre a melhor gestão à frente da UPMMR-ROCINHA.<br />
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<b>11. Foi noticiado que o tráfico decidiu a eleição em favor do seu concorrente, vale a pena lutar num espaço onde o tráfico sempre será a palavra final ? </b><br />
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O tráfico vive nas comunidades, nas Favelas e Periferias do Brasil há muitas décadas. <br />
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Quando eu nasci, o tráfico já existia na Rocinha, isso em 1971. Só não era essa industria que hoje funciona no Brasil. Certa vez, estava eu em uma reunião de segurança pública, o Secretario na época, Marcelo Itagiba, disse "William, vamos fazer uma campanha contra as drogas na Rocinha". Eu disse "Vamos sim secretário, mas vamos estender para a Vieira Souto, lá o povo cheira muito mais. Ele ficou irritado com a minha fala. Viver em uma comunidade carente dominada pelo tráfico é viver no fio da navalha. Você sabe por que já viveu em uma ou vive, não sei se mora na Cidade de Deus ainda, apesar de o tráfico não atuar na CDD.<br />
<br />
Temos muitos trabalhos para diminuir o índice de pessoas envolvidas no crime, veja o exemplo do Feijão e do Norton do Afro reggae. Temos muitos Norton e Feijão que precisam e querem essa mesma oportunidade, eu acredito muito na ressocialização. Lembra da passagem do filho pródigo? Capítulo 15:11-32 do Evangelho de Lucas. Tudo é oportunidade, se tiver oportunidade tudo muda. <br />
<br />
Acho que vale a pena sim, mesmo com todas as dificuldades, como disse a Marina, matar o bandido e fácil, o difícil e fazer com que ele não cresça. <br />
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<b>12. Por que você resolveu ser candidato a um cargo eletivo este ano? </b><br />
<br />
Na verdade, Celso, os moradores da Rocinha e das comunidades adjacentes sempre me pediram para que me candidatasse, esse é um dos motivos que sou candidato a Deputado Estadual, o outro é porque não vejo nenhum dos deputados e vereadores eleitos, que se rotulam "Líder Comunitário',' defendendo verdadeiramente nossa bandeira. Vejo os líderes comunitários abandonados, oprimidos, até mesmo os moradores de comunidades. Os parlamentares parecem mais preocupados com questões partidárias e pessoais. Em seus discursos, lembram do povo, dizem que fazem e acontecem, mas no dia-a-dia votam projetos que prejudicam a população e principalmente o povo das comunidades, além disso, acabam se vendendo em troco de banana, não cumprindo seu papel de parlamentar. Muitos dizem que a política é uma droga e corruptível, mas só vou saber se eu fizer a diferença, se eu fizer a diferença como deputado, como faço sendo líder comunitário. Sem falar que existem deputados e vereadores eleitos que não sabem nem para quem ou por que estão ali. <br />
<br />
O deputado estadual é quem faz e aprova as leis que regem o estado. O papel dos deputados estaduais é fiscalizar o executivo estadual e legislar sobre tributação, orçamento, consumo, meio ambiente, educação, cultura, esportes e outros, desde que as leis estaduais não contrariem a legislação federal. <br />
<br />
Ao ser eleito pelo voto popular, o deputado assume mandato de quatro anos. Durante esse tempo, participa das sessões plenárias e dos trabalhos das Comissões. Além disso, atende pessoalmente aos eleitores, encaminhando seus pedidos a órgãos governamentais ou apresentando em Plenário, assuntos de interesse do segmento social ou da região que o elegeu. Ouve a opinião de grupos organizados que reivindicam a colocação de temas específicos em pauta. Para isso, o deputado costuma receber em seu gabinete trabalhadores, dirigentes sindicais, lideranças de várias comunidades e entidades representativas.<br />
<br />
Por isso, decidi me candidatar, para poder entender este trabalho e construir um novo rumo para o estado do Rio e suas comunidades.<br />
<br />
Como dependo de votos para ser eleito, vai comprar sapatos, pois não tenho grana, mas tenho muitos conhecidos e pessoas que acreditam em meu trabalho. Posso dizer que só de família e amigos já tenho 500 votos, inclusive o do Celso Athayde, da Preta Gil e da Lia, ex-BBB.<br />
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<b>13- Se você não conseguiu os votos suficientes para ser presidente da associação da Rocinha , então não faz sentido achar que será eleito a deputado, certo? </b><br />
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Eu não sei se vou ser eleito, pela fé já estou né? Rs rs rs. Mas não custa nada tentar. Olhando por esse lado ou por essa percepção, cria até dúvidas em quem olha de fora para dentro, só que estamos falando de duas coisas diferentes, uma é um voto para a associação de moradores que não é obrigatório, outra é o voto eleitoral obrigatório, isso quer dizer que as pessoas terão que escolher um candidato, e eu espero que seja eu, é claro. Com tudo que vem acontecendo nas comunidades do Rio e grande Rio, notamos que as coisas estão mudando, se você andar comigo hoje na Rocinha ou em qualquer comunidade, até mesmo no Largo da Carioca vai perceber minha popularidade. Já andei ao lado de muitas autoridades que as pessoas não as reconheciam, mas me conheciam, às vezes, até mesmo artistas. Garantia que vou ser eleito eu não tenho, mas tenho a garantia de que o povo quer fazer uma grande mudança entre os parlamentares que eleitos estão, por isso, vamos à luta. Quem sabe na próxima entrevista já estarei como deputado? (risos) <br />
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<b>14 - Os melhores políticos abraçam causas. Eleito, qual será a sua causa? </b><br />
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A minha candidatura é conseqüência do que consegui produzir no Rio de Janeiro.<br />
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Portanto, o lema é trabalhar, trabalhar e trabalhar.<br />
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A gente vai colher exatamente o que a gente plantou. Se a gente plantou ódio, se a gente plantou inveja, se a gente plantou discórdia, a gente vai colher desgraça.<br />
<br />
Mas se a gente plantar harmonia, plantar companheirismo, plantar lealdade, a gente vai colher muita coisa boa e esses serão os meus propósitos.<br />
<br />
Entre as propostas já assumidas pela minha experiência como líder comunitário para este mandato, podemos destacar os seguintes objetivos:<br />
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- Fiscalizar a aplicação do dinheiro público;<br />
- Regulamentar a posse daqueles que nunca foram amparados por uma política habitacional justa, lutando pela construção de casas populares;<br />
- Conseguir recursos para obras de saneamento;<br />
- Garantir o acesso irrestrito à Justiça, pela permanência do Estado junto das comunidades mais carente;<br />
- Lutar por melhores condições de transporte público;<br />
- Lutar por cursos profissionalizantes, que realmente capacitem pessoas para empregos que existam e pela qualificação dos jovens e adultos.<br />
- Defender a educação em tempo integral. A educação é o passaporte para o desenvolvimento pessoal do ser humano;<br />
- Fomentar a integração do líder comunitário com o Estado e a sociedade, para que as pessoas tenham livre acesso aos serviços, sem a necessidade de intermediários.<br />
- Implementar uma lei que possa garantir a participação e acompanhamento efetivo das Federações de Associações de Moradores, dos Movimentos Populares, do Balcão de Direitos, do Tribunal de Justiça junto à Justiça Cidadã, ao Ministério Público, à Defensoria Pública, à Secretaria de Direitos Humanos e aos demais órgãos da sociedade civil, respeitando a prioridade das prioridades em sua pauta: atender às crianças, aos jovens, aos idosos, aos deficientes em Geral, os usuários de drogas e os egressos do sistema penitenciário das comunidades já ocupadas pelas UPPS.<br />
- Trabalhar pela reestruturação do sistema penitenciário, tornando-o mais humanizado, com respeito às identidades, com capacidade efetiva de ressocialização dos apenados, garantindo legitimidade e autonomia na sua gestão, privilegiando formas alternativas à privação da liberdade e incrementando as estruturas de fiscalização e monitoramento, além de manter no Sistema Prisional um quadro de servidores penitenciários efetivos, sendo específica a eles a sua gestão, observando a proporcionalidade de servidores penitenciários em policiais penais.<br />
- Apoiar a aprovação e implementar a Proposta de Emenda Constitucional 308/2004.<br />
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<b>15. Você atribui várias conquistas nas favelas ao presidente Lula. Como você acha que ficará a situação das favelas, se o José Serra for o novo presidente? </b><br />
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Sou fã e amigo do presidente Lula, além disso, sou filiado ao PRB há 3 anos, partido do vice-presidente da República, José Alencar, que faz parte da base do governo. O presidente Lula é um ser humano maravilhoso, fez história no Brasil e mundo afora. Muitas pessoas não acreditavam nele, hoje ele tem quase 90% de popularidade no mundo inteiro. O governo dele conseguiu diversas conquistas, entre elas, aumentou o índice de desenvolvimento humano das cidades brasileiras, nunca se fez tanto pelo pobre no Brasil, não vou criticar ou julgar o Governo A, B ou C, todos tiveram as mesmas oportunidades de fazer o que o Lula está fazendo, mas faltaram coragem e planejamento. Como diz nosso presidente "Nunca se fez tanto na história desse país".<br />
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Quanto ao José Serra, candidato à Presidência da Republica, caso seja eleito, vamos cobrar como cobramos hoje do Presidente Lula. Depois de muitos anos de luta, aprendi que não adianta ficar reclamando, temos que cobrar e fazer a nossa parte, não importa quem esta no poder, pode ser o PT, PMDB, PRB, PSDB etc..<br />
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<b>16. Às vezes eu tenho a impressão que a Rocinha é um grande zoológico, quando os turistas vão ver os moradores de perto. O que você acha desse meu sentimento? </b><br />
<br />
Na verdade, modelo predominante de turismo na Rocinha ainda é aquele chamado pejorativamente de "sáfaro", em que turistas são conduzidos em jipes ou camionetes, visitam os mirantes, compram artesanatos e souvenires, apreciam uma roda de samba e tiram muitas fotos, nem sempre interagindo positivamente com os moradores. Um passeio clássico leva turistas ao magnífico mirante na parte mais alta, conhecida como Laboriaux, com direito a vista da Pedra da Gávea, do Corcovado e do mar de São Conrado, entre outras maravilhas. Em seguida, os visitantes fazem compras no largo dos Boiadeiros e terminam o passeio geralmente na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha."<br />
<br />
Mas quero riscar essa expressão "sáfari" do meu vocabulário. Muitas vezes, o turista chega em tudo quanto é lugar na Rocinha e sai tirando foto. Muita gente não gosta. E nem estou falando do tráfico, e sim dos moradores comuns. Ouço muitos comentários de que o turista quer filmar o miserável, e existem pessoas que não querem aparecer ali como miseráveis, entende? <br />
<br />
<b>17. Mas o turismo, sem dúvida, é uma fonte importante de recursos para a Rocinha, que não dá para abrir mão. Você teria uma proposta alternativa, que preserve o turismo sem apelar para uma forma pejorativa de usá-lo? </b><br />
<br />
Como vice-presidente do Fórum de Turismo, pretendo criar na Rocinha roteiros com outra qualidade. Queremos estabelecer projetos que possam conscientizar e dar uma aula de cidadania aos turistas. Muitos turistas com dinheiro para ajudar ou com trabalho social em seu país pode se interessar pelos projetos sociais e artísticos que são desenvolvidos aqui.<br />
<br />
Vivem aqui na Rocinha cerca de 200 mil habitantes, que recebem na alta estação a visita de até 300 turistas estrangeiros por dia. Essa demanda – passeios monitorados na comunidade – é explorada por cerca de dez agências de viagem e por algumas centenas de parceiros espalhados mundo afora. Essa movimentação inspirou a criação do Fórum de Turismo da Rocinha. A ideia nasceu em um curso de formação oferecido pelo Sebrae-RJ, do qual participaram diversas lideranças comunitárias, inclusive eu.<br />
<br />
O Fórum pretende ainda criar alguma atividade que figure definitivamente no calendário turístico e cultural carioca. A ideia é realizar o Dia do Tour na Rocinha. Queremos fazer um dia inteiro de visitação à comunidade destinada aos turistas estrangeiros, brasileiros e até mesmo a moradores do Rio de Janeiro. Vamos mostrar o artesanato, o samba, a capoeira e outras manifestações culturais, além de pontos históricos e iniciativas sociais. <br />
<br />
<b>18. Você já foi "bandido"? </b><br />
<br />
Bem, no dicionário Aurélio tem escrito que bandido é bandoleiro, já bandoleiro é salteador de estradas. Já traficante é Que pessoa que faz traficâncias. O fora-da-lei é quem vive à margem das leis criadas pela sociedade, criminoso, marginal. Pois bem, estive envolvido na criminalidade na década de 90, guardo isso como uma experiência de vida pessoal, graças a Deus, nunca fiz mal a ninguém enquanto estive naquela vida. Quando ouço a Musica do MV BILL Testemunho, sinto na pele o que vivi naquela vida, muitas músicas nos fazem lembrar o que passamos no passado, pois são feitas de realidade.<br />
<br />
<b>19. Que tipo de droga você usa ou usou? </b><br />
<br />
Graças a Deus eu não sou mais usuário de drogas, mas já fui viciado em cocaína. Usei vários tipos de drogas, mas a cocaína que foi o meu vício e quase a minha destruição. Hoje eu sei o que passa os familiares de viciados, na época, eu era tão viciado que o pó da boca de fumo não fazia mais efeito em mim, só se fosse cocaína pura. <br />
<br />
Um dia, fui fazer um baile em uma comunidade carente, nesta época eu era DJ, era viciado em drogas, eu suei tanta, mas tanta cocaína nesse dia, que cheguei a vomitar uma gosma verde e passei muito mal, a partir desse dia, entrei em uma batalha para me livrar das drogas. Só consegui largar a cocaína e o cigarro quando virei evangélico, hoje não vejo outro caminho se não for esse, porque bati em várias portas, mas a única porta que se abriu para mim foi a da casa do senhor Jesus. Hoje, para a honra e gloria do Senhor Jesus, estou lavado e remido para a honra e glória do seu nome...<br />
<br />
<b>20. Você relaciona o fato de ter largado as drogas à Igreja Evangélica. Que tipo de apoio recebeu lá que não encontrou em outros lugares? Não seria papel do Estado dar este apoio? </b><br />
<br />
Sim, claro que relaciono, porque as igrejas trabalham pela Fé, eu mesmo sou prova viva disso, tenho um irmão que era homossexual, nada contra os homossexuais, ele era usuário de drogas, passava noites e dias acordado, por varias vezes tirei ele da morte. Quando estava vice-presidente da Associação presenciei meu irmão tomar uma surra tão grande que jamais esquecerei, apanhou de tudo que você imaginar, ferro, madeira, taco de beisebol, socos etc..etc.. <br />
<br />
Em dezembro de 2008, levamos meu irmão para um centro de reabilitação do pastor chamado André em Câmara, este espaço que ele tem não tem apoio de ninguém e de nenhum Governo, aliás os Governos não têm centro de reabilitação, essa e uma área que deveria ser priorizada nos governos, os dependentes químicos e os de drogas deveriam ter tratamento priorizado. Você já viu com quantos egressos o pastor Marcos Pereira de Éden trabalha.<br />
<br />
Se não fosse o trabalho das igrejas na ressocialização dos Viciados, dos egressos e dos drogados, as coisas estariam bem piores, graças a Deus existem essas instituições "Igrejas'', se os governantes não fazem, pelo menos, deveriam dar apoio às igrejas que fazem este trabalho voluntário e seriamente, Quando cheguei na igreja o único apoio que recebi foi espiritual, não precisei mais de nada, apenas uma palavra que mudou minha vida, me transformou no homem que sou hoje e Deus me contemplou com a família maravilhosa que tenho.<br />
<br />
"Deus esta presente comigo em todos os lugares que eu ando e em todos os caminhos que sigo Deus é realmente Fiel comigo."BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-17035302445336808412011-05-06T07:47:00.000-07:002011-05-06T07:47:38.330-07:00Adriano de FreitasFala galera do Porradão!<br />
<br />
Nosso entrevistado desta semana é o Adriano de Freitas, 38 anos, nas ruas conhecido como apenas Freitas, parceiro antigo, envolvido com a Cultura de rua há 20 anos. Freitas fez parte da considerada primeira Posse de HipHop do Brasil o SINDICATO NEGRO. Em 2000, criou e se associou para a criação do Primeiro Portal de HipHop do Brasil, o Real HipHop. Fala aí Parceiro!<br />
<br />
<img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/freitas_new_3.jpg" /><br />
<br />
<b>01 - Freitas, quando você conheceu o rap e quando surgiu seu site?</b><br />
<br />
Eu conheci o rap em meados de 86, quando com 14 para 15 anos, eu era DJ de uma casa noturna chamada ANNY 44, e DJs como Arthur Veríssimo, Magal, Marquinhos MS, eram os top DJs e traziam de fora as novidades. E eu como aprendiz desses tops, comecei ali a ter contato direto com o que vinha de fora.<br />
<br />
O primeiro rap a escutar foi SugarHill Band, depois veio Run DMC, FatBoys, Beastie Boys e ai é a história...<br />
<br />
Uns anos depois, comecei a andar com pessoal do SINDICATO NEGRO, posse de HipHop de SP, tive meu primeiro e único grupo como DJ os Home Boys,eheheh, salve pro Marcelo Bocky e Digão...<br />
<br />
O Radar Urbano, meu atual site começou há 2 anos.<br />
Meu primeiro site foi um site pessoal, hospedado na UOL eu aprendi mexer em HTML e daí decidi criar um site para teste e escolhi o HipHop como tema, cresceu tanto que, abri uma empresa, escolhi o nome e chamei o Johnny para sociedade daí nasceu o Melhor site de HipHop que a web brasileira já viu o RealHipHop. 3 Vezes TOP 10 do Prêmio Ibest, Melhor Site pelo Prêmio Orilaxé.<br />
<br />
<b>02. Como você vê o mercado do rap hoje?</b> <br />
<br />
Mercado rap, HipHop, por acaso, é um assunto que sempre venho tocando.<br />
<br />
Temos um mercado? Um mercado verdadeiramente do HipHop?<br />
<br />
Não temos.<br />
<br />
Temos selos de rap sim. Mas estão lançando novos álbuns?<br />
<br />
Em 2010 vemos as festas voltando a acontecer, show novamente...<br />
<br />
Mas não temos esse mercado se movimentando de verdade.<br />
<br />
Temos que fazer o dinheiro movimentar entre nós. Mesmo que seja pouco...<br />
<br />
O cara que faz a festa, o show, deveria contratar por exemplo produtoras do nosso meio pra fazer a divulgação, flyers e não empresas de fora.<br />
<br />
E assim por diante...<br />
<br />
Lojas, marcas, anunciando nesses veículos..<br />
<br />
Vejo por exemplo: na América um grupo lança um cd, DVD, coloca anúncio em todos os sites, aqui um grupo lança seu cd e nem mandam direito para os veículos divulgarem.<br />
<br />
Hoje o rap underground ou alternativo como gostam de falar, é o que melhor movimenta esse novo mercado. Com ações baseadas no marketing de guerrilha, no Buzz...<br />
<br />
Esta semana vimos MV BILL na nova campanha da Nextel, e disso que temos que falar de ter nomes do rap entrando no mercado aberto geral. Temos o Brown gravando com BenJor num projeto bancado pela Nike...<br />
<br />
Temos que sair de nossas cavernas...<br />
<br />
<b>03. Qual foi o primeiro site de rap no Brasil e qual é em sua opinião o mais completo?</b><br />
<br />
Quando criei o Real HipHop em 2000, o único site de HipHop que domínio .com.br era o BocadaForte, tinha muitos sites com domínios cjb.net, que era uma forma de encurtar o endereço que era gratuito. Um dos melhores era o STA Aliados.<br />
<br />
Logo após veio o HipHop Na veia. Criamos o Real HipHop, pois via que tinha muito mais para ser dito, muito mais conteúdo que poderia ir pro ar...<br />
<br />
Na atualidade, o que vejo é que NÃO TEMOS, um site especializado em HIPHOP.<br />
<br />
Quando se diz especializado em HipHop, tem que ser ESPECIALIZADO nos 4 Elementos do HipHop. Temos sites voltados ao RAP. E um detalhe, o grande problema pro Rap Brasileiro, que esses sites não divulgam a totalidade dos estilos de rap, vejo que rap é rap – seja – Gangsta, Romântico, Pop, Politizado, Gospel, Branco, Preto, Japonês...Tudo é rap, quando você segrega algum tipo de estilo, você segrega seu próprio mercado e fecha portas para avanço do mercado!!!!<br />
<br />
E voltamos de novo pra tal caverna, pra dentro da muralha, como na Coréia do Norte, somos muitas vezes como o imperador que só libera para o povo do seu país aquilo que ele aprova....<br />
<br />
<b>04 - - Hoje é possível viver das ações ou patrocínio do mercado ?</b><br />
<br />
Nos 2 anos que está no ar o Radar Urbano, fechamos nos últimos 2 meses 4 anunciantes pagos, sendo que neles temos marca de roupa, lojas, grupo de rap e até projeto do Governo Federal...<br />
<br />
Claro que isso não me sustenta 100 %, mas hoje consegue sustentar o custo de se colocar um site no ar. Servidor, acesso a web por banda larga, movimentação para coberturas...<br />
<br />
Mas infelizmente não temos um patrocínio que faça isso acontecer.<br />
<br />
Pelo motivo citado lá acima, não temos esse mercado se movimentando. São poucos que vêem que podemos criar esse networking entre nós...<br />
<br />
E por isso hoje estamos indo além buscando fora de nossas muralhas, temos nosso MidiaKit de primeiro mundo, feito por especialistas, informamos números verdadeiros de acesso ao nosso site sem fantasias.<br />
<br />
Buscando grandes marcas para efetivar parcerias. Temos propostas de agência do mercado publicitário, ou seja, falta pouco para derrubarmos essa muralha.<br />
<br />
<b>05 - Como as gravadoras se comportam com seu veículo no momento em que vão lançar seus produtos? Existe respeito da parte deles?</b> <br />
<br />
Quem tem lançado seus CDs, na maioria é independente, sem gravadoras. Mas vou falar num geral.<br />
<br />
No FaceBook do Radar está a minha participação no Debate Comunicação e HipHop, onde falo da falta de profissionalismo de rappers, de grupos, que nunca têm um release, uma foto de trabalho, que quando lançam seus trabalhos novos enviam um email com link do myspace e falam "escuta meu som ai".<br />
<br />
E por coincidência nesse mesmo dia do debate chega o pessoal de assessoria do rapper MV BILL com um pacote, e me fala Freitas por favor assina aqui a lista e estes são os CDs para o seu site.<br />
<br />
Puxa não é difícil, mas vejo que além da má vontade de alguns, há o mau costume de achar que nós (veículos de comunicação) temos obrigação de divulgar. Como disse, não faço assessoria de imprensa gratuita a ninguém. Sim tem grupos que ligam, mandam email pedindo endereço para envio, outros pela amizade deixam CDs, DVDs em pontos que temos costume de nos reunir. Mas na sua maioria, isso não acontece...<br />
<br />
<b>06. - Como é a relação de convivência com os portais concorrentes? </b><br />
<br />
Hoje em dia não vejo o trabalho do Radar Urbano como um Portal, nem pretendemos ser um, e muito menos um site especializado em HipHop.<br />
<br />
Concorrentes...<br />
<br />
Pelo trabalho que faço hoje com o R.U., não temos concorrentes diretos, somos hoje um site único, por quê?<br />
<br />
Porque unimos vários elementos da rua, da cultura urbana e lifestyle em um só espaço. O que temos hoje no mercado são sites e portais segmentados em rap brasileiro, rap internacional, hiphop e suas notícias, sites de skate, de games, de sneakers.<br />
<br />
O R.U. juntou o lifestyle de seus componentes e formou o que temos hoje, além do nosso canal de blogueiros onde cada um fala sobre um tema. Falamos de Hiphop, Sneakers, Games, Gadgets, Skate, BMX, Tattoos, Gossips... Temos as Redes Sociais mais agitadas da web, Twitter - @radarurbano com mais de 3800 seguidores, FaceBook com conteúdos exclusivos, Youtube com vídeos inéditos em HD de coberturas...<br />
<br />
Para falar sobre a relação com os demais sites hoje vejo de forma adulta, somos parceiros de muitos, amigos de outros e temos relação de negócios com outros...<br />
<br />
Como podem ver no vídeo do debate que falei acima: "A única coisa que me deixa extremamente irritado é quando um site copia meu conteúdo e não da fonte de onde copiou, ou mesmo se inspirou pra dar aquela notícia. Isso eu acho desleal, pois fico 3 horas pesquisando, buscando conteúdos antes de atualizar, se eu puxar ou me inspiro por algo devo dar a fonte como sempre fazemos, e ainda criamos conteúdos próprios..."<br />
<br />
O Radar Urbano é mais que um site, de informações, que um site de entretenimento, o R.U. - é um trendsetter, é um site formador de opinião!<br />
<br />
<b>07 - No hip hop sempre se faz avaliações positivas do trabalho de todos, isso é uma questão de corporativismo ou realmente todos tem talento? </b><br />
<br />
Sim acho que isso se tornou um corporativismo e ao mesmo tempo medo de se falar a verdade. O rap e o rapper brasileiro têm o mau hábito de se achar o dono da verdade e não ser contrariado, e quando isso acontece levam para o lado pessoal. Por isso não trabalho 100% com o rap, pois tudo é muito pessoal e não faço nada por pessoal faço por projetos, pro crescimento de uma cultura de um todo, não de pessoas, pessoas se vão - projetos não...projetos se perpetuam na história.<br />
<br />
E Graças a Deus, os projetos em que fiz partes estão na história...<br />
<br />
<b>08. Quais foram os momentos mais tensos pelos quas você passou?</b> <br />
<br />
Tive momentos tensos positivos e negativos.<br />
<br />
O que levar em conta, coisas ruins deixei no passado. .<br />
<br />
Então já era!!!<br />
<br />
<br />
<b>09- O site "Real Hip Hop" ainda te pertence? Como está o site hoje? </b><br />
<br />
Não. Afastei-me da sociedade do RHH, em 2007 /2008.<br />
<br />
Hoje o site está com Johnny meu antigo sócio, que está retomando os trabalhos para os 10 anos do site.<br />
<br />
<b>10. Quantos portais você administra hoje e quais são seus?</b><br />
<br />
Hoje pessoalmente administro o Radar Urbano e o GospelHipHop.com.br, além de administrar a parte técnica de mais de 20 sites e suas Redes Sociais.<br />
<br />
Além de hoje administrar a PRIMEIRA REDE de sites voltados a Cultura Urbana da América Latina.<br />
<br />
Algo inovador, que estamos levando com sucesso ao mercado publicitário que busca audiência qualitativa, o click qualitativo por nicho e não somente o clique quantitativo e grandes audiências.<br />
<br />
Nesse projeto estão sites top do mercado, como Rapevolusom, StreetBall BR, O Produtor, Blog Buzo 10, Quilombo HipHop, Gospel HipHop, Digital 2030, Cezinha Cruzz Eventos, entre outros e a lista não para...<br />
<br />
Logo mais toda rede ficará sabendo de mais detalhes<br />
<br />
<b>11. Depois que se tornou evangélico houve alguma mudança de comportamento do mercado em relação a seu trabalho ?</b><br />
<br />
No primeiro momento eu mesmo me afastei de tudo. Por ter ali o discernimento de muita coisa errada que não podia concordar.<br />
<br />
Após esse afastamento, voltei à cena com o Radar.<br />
<br />
Acho que vale a pena sim, mesmo com todas as dificuldades, como disse a Marina, matar o bandido e fácil, o difícil e fazer com que ele não cresça.<br />
<br />
Na verdade, a mudança foi extremamente positiva. Muitos que até se distanciavam de mim por certos comportamentos após minha conversão se aproximaram...<br />
<br />
A mudança para minha surpresa foi a mudança dos rappers evangélicos a mim perante ao meu trabalho anterior. Os evangélicos que, a meu ver deveriam se aproximar, se retraíram...<br />
<br />
Vai entender o ser humano....!!!<br />
<br />
<b>12. Quais coisas você considera erradas e que deveriam ser mudadas?</b><br />
<br />
A falta de união do HipHop é algo incompreensível até hoje, essa briga de egos, disputa pelo poder, ostentação.<br />
<br />
Mas quem sou eu para mudar as pessoas, tenho fé que Deus pode mudar as pessoas, mas as pessoas não podem mudar as demais...<br />
<br />
<b>13- Como está o mercado gospel? Existe preconceito contra o gospel ou é mito?</b> <br />
<br />
O mercado Gospel esse sim existe. Nele você vê rappers lançando ótimos trabalhos com uma estrutura excelente.<br />
<br />
Acabo de receber o novo cd e DVD do Pregador Luo, qualidade exemplar. Trabalho de mídia, investimento no mercado HipHop.<br />
<br />
Acompanhei de perto DJ ALPISTE, na gravação do seu novo cd, fazendo com um excelência. Márcio Attack Versos que esta finalizando...<br />
<br />
Todos eles que uso como exemplo pois acompanho de perto, movimento o mercado monetariamente falando com a venda de CDs, DVDs, camisetas e shows toda semana.<br />
<br />
Voltando ao respeito das gravadoras lá de cima, por exemplo tem grupos de rap gospel que lançaram e até agora não me enviaram seu cd...<br />
<br />
Há preconceito sim. Do chamado rap secular, ainda que muitas vezes esse preconceito seja fruto da própria postura de rappers que não se definem como gospel ou secular. Para mim ser rapper gospel você tem que falar de Deus, você não é um simples rapper, você esta ali louvando e levando a palavra de Deus para alcançar vida, tem que se posicionar como servo de Deus...E muitos com seus raps positivos, sem falar palavrões e tal se apropriam do termo gospel para estar presente neste mercado em ebulição.<br />
<br />
O rap gospel é um estilo de rap, como temos o under, o pop, o gangsta, o politizado...Então tem que estar nas festas, eventos...<br />
<br />
Quantos grupos de rap gospel já tocaram numa final de LIBBRA?<br />
<br />
Quantos grupos de rap gospel se classificaram no RPB?<br />
<br />
Não sei a resposta, mas fica a pergunta pois aí que está o ponto: o rap gospel e só mais um estilo e assim deve ser considerado e injetado nas programações..<br />
<br />
<b>14 - Como é o dia- a- dia do Freitas em família?</b><br />
<b><br />
</b><br />
<b>Meu dia-a-dia... </b><br />
<br />
Como disse não vivo 100% da web, trabalho em TV.<br />
<br />
Dia sempre corrido, em meio a atualizações, coberturas de eventos (voltamos forte nisso em 2010), filho, Igreja, reuniões.<br />
<br />
Munido do meu BlackBerry Nextel, notebook e câmera digital HD, tudo numa backpack...<br />
<br />
Sempre conectado acompanhando Twitter, Facebook, estatísticas, não podemos parar.<br />
<br />
E isso...<br />
<br />
<br />
<b>15. Existe hoje um grupo de rap Gay se organizando para entrar no mercado, você como evangélico não pode concordar com isso? Se o grupo fizer sucesso, você vai divulgar o trabalho deles?</b><br />
<br />
A questão deve ser vista de outra forma, eu como evangélico amo a vida de todos inclusive os homossexuais, não sou homofóbico como essa pergunta sugere com estas afirmações. Como evangélico sigo o que esta na Bíblia,<br />
<br />
"Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher: isso é toevah (também no grego bdelygma, ambos significam "impureza" ou "ofensa ritual")." (Levítico 18:22)<br />
<br />
"Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.." (Levítico 20:13)<br />
<br />
18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. 19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. 24 Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; 25 Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. 26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. 27 E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. 28 E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; 29 Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; 30 Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; 31 Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; 32 Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem." (Apóstolo São Paulo Carta aos Romanos 1:18-32)<br />
<br />
Se o grupo vir a fazer sucesso ou não, posso até divulgá-los, se tiverem talento provavelmente divulgarei.. O que não posso apoiar é a opção deles, e divulgá-los se vier com um discurso homossexual em suas letras...<br />
<br />
<b>16. Você esteve presente quando o presidente da república recebeu pela primeira vez uma comissão de Hip Hop em Brasília, aliás , foi a primeira vez que isso aconteceu no mundo. Houve avanços depois desse encontro?</b><br />
<br />
Politicamente, o HipHop ganhou duas cadeiras no Conselho da Juventude, através da Cufa e MOhhb, a CUFA principalmente como uma das únicas organizações sócio-políticas que fazem uso do HipHop como forma de contato com as comunidades tem entrada garantida no governo graças a este primeiro encontro (não só por isso é claro). Hoje temos o Premio HipHop, organizado pelo governo federal, nada disso teria acontecido se não fosse esse primeiro contato. "<br />
<br />
<br />
<b>17. Mano Brown acaba de estrelar no Fantástico, quando o discurso mais importante do Racionais MC´S era "não ter seu trabalho exposto na TV Globo". Esse discurso parece ter virado passado. Na sua avaliação isso fragiliza ou fortalece o Grupo ? </b><br />
<br />
Isso de fato teria que ser perguntado a ele Mano Brown, ele que terá que falar se este discurso ficou no passado.<br />
<br />
A meu ver, o Racionais Mc's, o Mano Brown como líder do grupo não ir a mídia em um primeiro momento foi bom quando de fato a Globo não tinha conhecimento o que era o HipHop. Hoje em dia não ir pra Globo ou a qualquer outra emissora, ou mídia, acho um erro...<br />
<br />
Mas é a minha opinião...Não consigo entender por exemplo um grupo do porte do Racionais MC`S, não ter um site oficial, não um twitter oficial, um perfil no facebook...É a minha visão...Não só deles mas de diversos grupos, que não usam essas ferramentas.<br />
<br />
Temos que usar a mídia, se ela busca o HipHop, é porque sabem que isto da Ibope, se dá Ibope temos que fazer uso desta ferramenta a audiência para passarmos nossa mensagem, vender nosso peixe falando abertamente...E todas as ferramentas de comunicações possíveis no mercado.<br />
<br />
<br />
<b>18. Em que o grupo Racionais MC´S contribuiu para o movimento com a postura de não ir a televisão?</b><br />
<br />
Sinceramente...<br />
<br />
Nunca debati sobre esse assunto com mais pessoas para ter uma opinião ampla formada.<br />
<br />
A principal coisa que causou foi uma curiosidade coletiva, o que esse HipHop, o que esse Rap tem a dizer?<br />
<br />
E porque não dizer...?<br />
<br />
<b>19. Rappin Hood disse que Marcelo D2 não é do movimento, quando sua foto aparece no Hutuz ele é vaiado. Porque você acha que isso acontece?</b> <br />
<br />
Independente da opinião do meu amigo Rappin Hood.<br />
<br />
Marcelo D2, vou falar artisticamente pois não tenho contato pessoal com ele. Vejo-o como um dos principais artistas do Rap Brasileiro. Em seus shows ele sempre inclui todos os elementos do HipHop, assim também como em seus clipes. Seus produtores são os mesmos produtores de rappers que estão ai no mercado e reconhecidos como fazendo parte do HipHop.<br />
<br />
Como disse lá em cima, do corporativismo do rap, muitos até acham o mesmo que eu, mas aí ao ver a foto dele no Hutuz vaiam como todos fazem...<br />
<br />
Agora o dia-a-dia dele não sei por onde anda, o que faz...<br />
<br />
<b>20. Fechando</b> <br />
<br />
E finalizando gostaria de agradecer pelo espaço, é sempre bom termos espaços democráticos e com grande audiência para expor nossas idéias, pensamentos.<br />
<br />
Agradecer ao Celso Athayde, amigo, parceiro e o grande pensador do HipHop brasileiro, com que tive o prazer de trabalhar diretamente por anos.<br />
<br />
Quero deixar meus endereços<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b>www.radarurbano.com.br</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b><br />
</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b>www.gospelhiphop.com.br</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b><br />
</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b>@radarurbano</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b><br />
</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: red;"><b>@gospelhiphop</b></span><br />
<br />
E ainda meus endereços pessoais, caso você queira debater idéias e só me escrever WWW.defreitas.blog.br<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: cyan; color: cyan;"><b>@freitas011</b></span><br />
<br />
Que a paz de Jesus esteja na vida de todos e saiba que, a união é o melhor caminho, que a conversa soluciona todos os problemas.<br />
<br />
Quero fechar deixando uma passagem de Provérbios 18- 9 O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador.<br />
<br />
VAMOS FAZER BEM FEITO, VAMOS NOS PROFISSIONALIZAR, ANTES QUE FALARMOS QUE NÃO TEMOS ESPAÇOS...NEGLIGENCIAR, DEIXAR DE FAZER BEM FEITO E DESPERDIÇAR O QUE DEUS TEM COLOCADO EM NOSSAS MÃOS.<br />
<br />
PAZ.<br />
<div><br />
</div>BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-36445140525518905282011-05-06T07:39:00.000-07:002011-05-06T07:39:07.815-07:00LUCIANO HUCK.O Porradão de 20 dessa semana traz uma entrevista exclusiva com um campeão de audiência, não só na TV, mas também no Twitter. Ele foi o primeiro brasileiro a ultrapassar a barreira de milhão de seguidores e, talvez, quando você estiver lendo esta entrevista, ele já tenha passado de dois milhões. Estou falando de LUCIANO HUCK.<br />
<br />
Ele abriu o que pensa sobre legalização do aborto, cotas para negros nas universidades públicas, e ainda afirmou que, para ele, José Serra é o melhor candidato ao próximo governo.<br />
<br />
Luciano no Porradão de 20, minha parte eu já fiz , agora é com vocês.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/luciano_4.gif" /></div><br />
<b>01 - Quem é o Luciano Huck? Você realmente nasceu em "berço de ouro"?</b><br />
<br />
Sou paulistano filho de dois professores universitários: meu pai advogado e professor do Largo São Francisco e minha mãe professora de urbanismo na FAU-USP. E não acho que a situação dos professores na década de 70 fosse tão diferente da de hoje a ponto de uma família de mestres ser considerada "berço de ouro", não?<br />
<br />
<b>02 - Luciano, sempre escutei algumas pessoas dizerem que você tinha desejo de ter alguma participação na política formal, inclusive sonhava com o Ministério da Cultura e quem sabe um dia ser Presidente do Brasil. Nunca acreditei na veracidade desses comentários, porém, esse coro "vem ganhando musculatura" a ponto de hoje eu não ter dúvidas. Enfim, é esse seu plano?</b><br />
<br />
Nunca pensei nisso como um projeto de vida, por isso acho que a resposta é não. Mas durante esta minha passagem por aqui, vou fazer de tudo para que o Brasil seja mais justo e que a pessoas tenham dignidade e perspectiva. Sobre política em si, acho que todos nós fazemos política, uns com cargos eletivos, outros com microfones, outros nas favelas, outros nos jornais, e etc. A boa política é a união de quem quer o bem em todas as esferas da sociedade.<br />
<br />
<b>03 - Houve um momento, sobretudo, quando você chegou ao Rio de Janeiro, sua imagem era a de um playboy paulistano clássico. Qual a sua avaliação referente à sua imagem hoje?</b><br />
<br />
Sou um cara plural. Gosto de misturar. Gosto de ouvir as pessoas. Gosto de tentar ajudar. Gosto de divertir. Não gosto de rótulos. Mas me visto e sou o que sou em qualquer situação..<br />
<br />
<b>04 - É sabido que existe um desgaste entre seu programa e o programa do Faustão, o que é natural, se considerarmos que a busca por espaços se dá em todos os ambientes de trabalho. Você acha que é possível preservar as amizades dentro desses espaços de disputas?</b><br />
<br />
Sobre a pergunta do desgaste com o Fausto, desconheço. Gosto muito do Fausto, ele sempre foi muito correto comigo e carinhoso com a minha família, nos respeitamos mutuamente. Ele é um cara bacana. Sobre amizade em ambiente de trabalho, claro que acredito. Afinal, no nosso caso, todos remamos para o mesmo lado.<br />
<br />
<b>05 - Ao mesmo tempo em que avançam as conquistas dos homossexuais, paralelamente, aumentam as resistências e a homofobia. De qual lado você está?</b><br />
<br />
Sou a favor de felicidade. E cada um tem a sua maneira de buscá-la.<br />
<br />
<b>06 - A imprensa paulista se sentiu ofendida quando você escreveu um artigo na Folha de São Paulo, questionando a segurança pública no episódio em que seu Rolex (relógio) foi roubado num sinal de trânsito. A questão é: O que foi mais agressivo saberem que você usa um Rolex ou você "trair" um suposto código de que paulista não pode falar mal de São Paulo?</b><br />
<br />
Nunca falei mal de São Paulo, no artigo da época eu discutia a segurança pública como um todo e isso não é um problema exclusivo dessa cidade. E sobre o Rolex, cada um usa o que quer. Che Guevara usava um, por exemplo. E ele não é o maior expoente da burguesia moderna, ou é?<br />
<br />
<b>07 - Você acha que seu programa tem um viés assistencialista? Existe alguma orientação da emissora nesse sentido e qual sua avaliação?</b><br />
<br />
Faço a televisão que gosto e acredito. Ouço as pessoas, e elas próprias contam as suas histórias. E tenho todo o apoio necessário da Globo para realizar 52 programas diferentes todos os anos há mais de 10 anos.<br />
<br />
<b>08 - Você é uma pessoa rica, famosa e sempre teve sua imagem ligada a "AMIGOS FAMOSOS", porém, hoje você amplia essa rede de amizades para outros universos, em alguns momentos parecendo "querer ser povo". Qual a razão dessa mudança?</b><br />
<br />
Tenho muito orgulho de ter amigos de todas as tribos, credos, cores, bolsos e etc.… Quanto mais misturado melhor. Quem sabe os famosos apareçam mais, por serem famosos. Mas o meu dia a dia é bem eclético. Não tenho preconceitos quando o assunto é amizade.<br />
<br />
<b>09 - Você completa agora 10 anos na Rede Globo de televisão. Muitas felicidades e tristezas passaram pelo palco do seu programa. Quais os melhores momentos dessa trajetória e quais os nomes que não poderia deixar de mencionar que foram responsáveis para a construção dessa história?</b><br />
<br />
Difícil responder isso…Estes 10 anos foram muito intensos como um todo. Minha vida mudou muito, em todos os sentidos. Sobre o programa não perco muito tempo olhando para trás, estou sempre pensando no próximo programa. Mas se tivesse que fazer uma lista de pessoas importantes nestes 10 anos de Caldeirão, colocaria: Mario Lúcio Vaz, Palito, Marluce, Érico Magalhaes, André Dias, Octávio Florisbal, Marcelo Duarte, Willy Hass, Márcia Ladeira, Manoel Martins, Ignácio Coqueiro, Jorge Espirito Santo, Marlene Mattos e toda a minha equipe. E com certeza estou esquecendo alguns.<br />
<br />
<b>10 - Sei que atualmente você está produzindo um documentário sobre violência e drogas no Brasil, uma parceria com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Qual a sua posição sobre a descriminalização das drogas no Brasil?</b><br />
<br />
Tenho estudado bastante o tema e estou formando a minha opinião. A certeza que já tenho é que o modelo de repressão implantado desde o século passado, não funcionou.<br />
<br />
<b>11 - O Caldeirão do Huck contribuiu para a abertura e prática do basquete de rua, conceito popularizado pela Central Única das Favelas (Cufa). Qual a sua avaliação dessa prática esportiva?</b><br />
<br />
O esporte é um excelente agente transformador. E o basquete sempre foi um esporte de guetos. Por isso a mistura foi tão eficiente. Apoio o basquete e o basquete de rua. Queria que fosse no Brasil um esporte tão popular e estruturado quanto o vôlei.<br />
<br />
<b>12 - Há alguns anos você criou o Instituto Criar. Seria essa uma maneira de fazer um marketing pessoal?</b><br />
<br />
Misturo o mínimo possível da minha imagem ao Criar, para que jamais tenha esta conotação. Faço isso apenas quando precisamos de recursos para os nossos projetos. Hoje, os números dos Criar podem responder a esta sua pergunta; já formamos mais de 800 profissionais de TV e cinema, deste total 80% está empregado no mercado formal com salário médio de R$ 1 mil. Sendo que vieram de famílias com renda per capita de cerca de R$ 250,00. O Criar hoje é um projeto de modelo de capacitação. Com resultados concretos e gestão transparente. Sou um entusiasta do Terceiro Setor, acho que é o grande incubador de futuras políticas públicas no Brasil.<br />
<br />
<b>13 -Você considera a norma imposta pela Rede Globo para uso das redes sociais por seus funcionários uma invasão a liberdade de expressão individual?</b><br />
<br />
Esta norma está em constante mutação. A Rede Globo tem, e sempre teve, a sabedoria de ir avançando e adaptando suas normas e premissas. E no caso destas "novidades" tecnológicas não está sendo diferente.<br />
<br />
<b>14 - Qual a diferença, na prática, entre o Luciano que promovia depilação da Tiazinha, o Luciano "Galinha e conquistador" e o Luciano de hoje?</b><br />
<br />
O Luciano vem amadurecendo. E assim continuará..<br />
<br />
<b>15 - Quais dons naturais você gostaria de possuir e quais são suas maiores virtudes e defeitos?</b><br />
<br />
Sei lá! Tá começando a virar entrevista da Capricho. Hein, Celso?<br />
<br />
<b>16 -O que você acha dos atuais presidenciáveis?</b><br />
<br />
José Serra:Acho o brasileiro mais preparado para suceder Lula, neste momento.<br />
<br />
Marina Silva: Cada vez gosto mais dela. Uma mulher incrível.<br />
<br />
Dilma Rousseff: Ela me parece competente, mas acho que o PT vai engoli-la.<br />
<br />
<b>17 - Qual é o lema da sua vida?</b><br />
<br />
Não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você.<br />
<br />
<b>18 - Qual é a sua idéia sobre a legalização do aborto?</b><br />
<br />
Hoje sou a favor em casos de estupro e má formação do feto. E quem sabe, algum dia eu seja a favor da mulher poder decidir se quer ou não a gravidez. Hoje ainda não sou. Mas me incomoda muito o aborto já ser uma prática comum, porém realizada de maneira imprópria e perigosa para a mãe. Preciso pensar mais no assunto.<br />
<br />
<b>19 - O que você pensa sobre as cotas para negros nas universidades públicas?</b><br />
<br />
Acho que o acesso tem que ser democrático para todos e por meritocracia quando se trata de vagas em universidades públicas. Não acho que as cotas resolvam esta questão. Mas, enquanto as escolas públicas não têm o mesmo nível das escolas particulares, e a maioria negra ainda estuda nas escolas públicas, acho que as cotas são uma ferramenta momentaneamente necessária.<br />
<br />
<b>20 – Fale um pouco sobre:</b><br />
<br />
<b>Música:</b><br />
Ouço de tudo. O que faz sucesso, me interessa.<br />
<br />
<b>Lula:</b><br />
Aprendi a gostar e respeitar muito.<br />
<br />
<b>Barack Obama:</b><br />
Gosto muito.<br />
<br />
<b>Ronaldinho Carioca, o Fenômeno:</b><br />
Um dos maiores jogadores da história do futebol e meu amigo de verdade.<br />
<br />
<b>Ronaldinho Gaucho:</b><br />
Outro fenômeno.<br />
<br />
<br />
<b>Ivete Sangalo:</b><br />
Grande cantora, grande amiga.<br />
<br />
<b>Time de futebol:</b> <br />
Corinthians.<br />
<br />
<b>Escola de Samba:</b><br />
Gosto de carnaval como um todo.<br />
<br />
<b>Vício:</b><br />
Nada grave.<br />
<br />
<b>Rap:</b><br />
Sou curioso a respeito.<br />
<br />
<b>Rio de janeiro:</b><br />
Não vivo sem.<br />
<br />
<b>São Paulo:</b><br />
Não vivo sem.<br />
<br />
<b>Brasil:</b><br />
Não vivo sem.BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-9794135569109755652011-05-06T07:34:00.000-07:002011-05-06T07:34:36.912-07:00MANDRAKE - Willian de Souza DominguesO Porradão de 20 dessa semana traz uma entrevista com o rapper e empresário MANDRAKE - Willian de Souza Domingues , proprietário de um dos sites mais importantes da cena do Hip Hop Brasileiro .<br />
<br />
"Mandrake no debate, pra falar verdade, o RAP faz sua parte e joga na mira os covardes, as fita podre o lado oculto tem que ser narrado, sem vista grossa e sem passar pano pro errado, eu não me calo, perante a opressão do estado, sou radical no que vivo, o que faço e o que falo" Gangsta Rap Nacional - Realidade Cruel e Mandrake.<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/mandrake_new.gif" /></div><br />
<br />
<b>01 - Como você conheceu o rap?</b><br />
<br />
Muitas das minhas recordações de infância têm o rap como fundo musical. Isso era tão natural, que não consigo me lembrar quando foi a primeira vez que eu ouvi. Cresci ao lado de um tio, cinco anos mais velho. Com ele aprendi a andar de skate, ouvir boa música e até algumas coisas nem tão corretas assim.<br />
Até aí o rap para mim era só mais um tipo de música. Com 14 anos de idade fui num show do Racionais MC's, em Osasco. Uma apresentação histórica, com o Mano Brown na cadeira de rodas. Desse dia em diante passei a olhar o rap com outros olhos. Nem sei explicar direito o que aconteceu, mas a partir daquele show o rap passou a fazer parte da minha vida. Tanto que hoje carrego uma tatuagem no braço direito "Rap Nacional".<br />
Infelizmente, em 2001 meu tio se foi. Mas me deixou de herança o amor pelo rap nacional (escute a música "Minha dor" no meu myspace).<br />
<br />
<b>02 - Quando você resolveu trabalhar com o rap comercialmente?</b><br />
<br />
A minha intenção nunca foi ganhar dinheiro com o rap. Eu criei o PORTAL RAP NACIONAL para divulgar o movimento, dar oportunidade para que os grupos pudessem mostrar o trabalho que desenvolvem e informar a galera sobre os shows que rolavam. Com o passar dos anos o blog se tornou um Portal e cada vez mais está crescendo e se profissionalizando. Para nos mantermos no mercado e fazermos um trabalho de qualidade, como o público do rap merece, temos vários custos. Precisamos de bons computadores, conexão rápida com a internet, máquinas fotográficas e profissionais qualificados. Por este motivo, não podemos fazer tudo de graça. Há vários espaços no site que são gratuitos. Mas, também temos espaços publicitários, assim como todo veículo de comunicação. Esse dinheiro é usado principalmente para manter o site. Para sustentar minha família eu trabalho como editor de artes em duas empresas, um jornal diário e uma editora que produz três revistas por mês. Eu não vivo com o dinheiro que entra no portal.<br />
<br />
<b>03 - Em geral, quem ganha dinheiro com o rap é chamado de mercenário. Você está no rap por dinheiro ou ideologia?</b><br />
<br />
Em primeiro lugar, eu não acho que quem ganha dinheiro com rap seja mercenário. Quem tem talento, se preparou e está conseguindo se destacar, tem mais é que faturar com isso. Afinal, a maioria tem família e responsabilidades a cumprir. O rap tem que ser visto de forma profissional e todo bom profissional merece ganhar dinheiro com o que faz. No meu caso, se eu fosse analisar o tempo que eu dedico ao Portal RAP NACIONAL e o que isso me rende financeiramente, já teria desistido há muito tempo. Como já falei, eu trabalho em dois outros empregos. Nas horas livres, deixo de estar com a minha família, de curtir meus filhos pequenos, para ficar na frente do computador atualizando o site. Eu não estou por dinheiro. Mas, se as coisas fossem diferentes e eu conseguisse faturar no site o suficiente para o meu sustento, não seria hipócrita em dizer que rap e dinheiro não combinam.<br />
<br />
<b>04 - Você consegue viver do seu site?</b><br />
<br />
Durante muito tempo eu vivi com o que faturava no Portal RAP NACIONAL. Só que naquela época eu era moleque, morava com meus pais em SP, não tinha com o que me preocupar. O pouco que sobrava já era suficiente para eu me manter. Hoje em dia é diferente... Porém, tenho esperança que o rap se profissionalize cada vez mais. Quem sabe um dia eu consiga me dedicar novamente só ao Portal RAP NACIONAL.<br />
<br />
<b>05 - Quando você faz uma crítica a algum grupo como eles se comportam?</b><br />
<br />
Não somos críticos musicais. Somos profissionais de comunicação. O nosso papel é levar a informação até o público e ele é quem decide se o trabalho é bom ou ruim. No Portal RAP NACIONAL, através dos comentários, os leitores se sentem a vontade para elogiar ou criticar as matérias que são publicadas. O público participa mesmo, em alguns casos chegamos a ter mais de 200 comentários em menos de 24h.<br />
<br />
<b>06 -Você está lançando uma revista dentro de um mercado difícil. Como espera viabilizá-la?</b><br />
<br />
Essa é uma pergunta que me faço todos os dias. Está complicado conseguir colocar a revista nas ruas. Já temos o material todo pronto, a primeira será um especial sobre o Big Ben Bang Jhonson, entrevistamos o Mano Brown e todos os integrantes da posse, além disso a n°1 conterá vários outros conteúdos inéditos. Estamos à procura de parceiros e apoiadores para concretizar esse projeto.<br />
<br />
<b>07 - Como é a relação com cada site concorrente e como acha que cada um deve se comportar?</b><br />
<br />
Respeito acima de tudo é uma fórmula que funciona para tudo na vida. E nesse caso não é diferente. Acho que cada um tem que cuidar do seu próprio trabalho e se preocupar com o conteúdo que apresenta. Tem muita gente que tá preocupado com o que sai ou deixa de sair no Portal RAP NACIONAL. Ninguém vem falar nada diretamente para mim, mas vejo umas indiretas via twitter. Só que nem me estresso com isso, tenho coisas bem mais importantes para me preocupar.<br />
<br />
<b>08 - Qual é o melhor site de rap do Brasil? Por quê?</b><br />
<br />
O Portal RAPNACIONAL. E, não é porque os outros não são bons, todos têm feito um belo trabalho. Mas, com muita dedicação nós conseguimos atingir um nível diferenciado. Temos o melhor e mais amplo conteúdo, entrevistas exclusivas, videoclipes em primeira mão, músicas inéditas para download, entre outras informações que são atualizadas 24h por dia. Eu afirmo, categoricamente, que o Portal RAP NACIONAL é hoje o mais importante veículo de comunicação do hip hop, não só na internet. Prova disso, é o fato de grupos e artistas já consagrados no cenário nos procurarem para divulgarmos os novos trabalhos. Já faz tempo que todos os lançamentos passam primeiro pelo RAP NACIONAL e isso tem incomodado muita gente.<br />
<br />
<b>09 - Quem é Mandrake?</b><br />
<br />
O Mandrake é um cara que acredita no rap e que vive isso 24h por dia. Que ama muito a família que construiu e descobriu que ser pai é a maior realização de todas. É também uma pessoa que não fica sentada vendo a vida passar. Corre atrás de cada objetivo, porque aprendeu cedo que toda vitória é feita de obstáculos<br />
<br />
<b>10 - Como vê o rap hoje?</b><br />
<br />
O público do rap é muito conservador. Mas, não podemos ter preconceito com o novo, com o que ainda não estamos acostumados. Tem muito rapper que pensa na frente, que consegue fazer músicas inovadoras e o público ainda não está preparado para isso. Uma evolução musical é necessária, não podemos ficar parados no tempo. O discurso tem que ser autêntico e com rimas inteligentes. Acabou o tempo que para um rap ser bom precisava falar de violência, tristeza e tragédia.<br />
<br />
1<b>1 - Como você vê a cena do rap feminino?</b><br />
<br />
As mulheres que fazem um trabalho sério e talentoso têm o mesmo espaço que os homens. Tem muita mina que já conquistou seu espaço. Temos aí as guerreiras do Atitude Feminina, Kamila CDD, MC Flora Matos, Dona Kelly do Ao Cubo, Karol do Realidade Cruel, Nega Gizza, entre outras. Sem falar é claro da saudosa Dina Di, que sempre será lembrada como um dos grandes talentos do rap nacional.<br />
Não gosto dessa denominação "rap feminino". Rap é rap indiferente de sexo. Não adianta se fechar e ficar reclamando que o rap é machista. O público aceita bem músicas feitas por mulheres. Mas, a verdade é que poucas conseguiram atingir um nível profissional.<br />
E, ao contrário do que muita gente pensa, isso não é um problema. Há algum tempo fizemos uma pesquisa que apontou que 96% das pessoas que ouvem rap são homens. Consequentemente também teremos mais homens cantando rap. E isso não é machismo.<br />
<br />
<b>12 - Você acha que para fazer parte do rap é preciso fazer trabalhos comunitários e sociais?</b><br />
<br />
Não. Acho que rap é música e deve ser encarado dessa maneira. Quem consegue fazer as duas coisas, maravilha. Mas, isso não pode ser encarado com uma exigência.<br />
<br />
<b>13 -Qual a diferença entre o rap de hoje e o rap de 15 anos atrás?</b><br />
<br />
Naquela época não existia internet, o acesso a bases era difícil, a divulgação era feita de mão em mão. Quem conseguia produzir um videoclipe não tinha para quem mostrar. Atualmente, tudo está mais fácil. Mesmo com um computador meia-boca é possível fazer ótimas produções. Você grava um som hoje e joga na rede. Em menos de 24h o país inteiro já conhece a música. Outro lance legal é a troca de experiências com outros artistas. Através da internet um cara lá de São Luis do Maranhão grava um som e manda por e-mail para um parceiro do Rio Grande do Sul, que ouve e grava a segunda parte. Isso é muito louco, há 15 anos não imaginávamos que isso seria possível.<br />
<br />
<b>14 - Qual é a contribuição o seu site traz para o rap?</b><br />
<br />
Trabalhamos em prol de uma das maiores carências do rap nacional que é a divulgação. Tem muito grupo bom espalhado pelos quatro cantos do país que não consegue fazer com que suas músicas cheguem até o público. O Portal RAP NACIONAL faz essa ponte.<br />
É gratificante receber e-mails de gente que mora no interior de Alagoas, na Amazônia, na Paraíba e até de outros países, agradecendo por levarmos informação até esses lugares. Receber e-mails de rádios comunitárias espalhadas pelo Brasil dizendo que usam o portal com fonte. Essa é a nossa contribuição.<br />
<br />
<b>15 - Quais são os cinco grupos de rap que você acha ideal para uma família e para os jovens se espelharem e seguirem e o porquê desta escolha?</b><br />
<br />
Dizer que fulano serve de exemplo para alguém se espelhar é muita responsabilidade. Uma coisa é o cara ser um bom rapper, outra é ter atitudes corretas no dia- a- dia. Até porque todos cometemos falhas. Falar qual é ideal para ouvir com a família, também é muito relativo. Depende da família... Na minha casa toca todo tipo de rap. Mas, não adianta o cara ser fã de Facção Central e A286 e querer convencer a mãe evangélica a ouvir...<br />
<br />
<b>16 -Houve uma época em que os grupos de rap eram todos negros e seus nomes também tinham sempre algo relacionado. Você acha que isso não é mais importante?</b><br />
<br />
Já ouvi muitos comentários por ser branco e de olhos claros. Havia uma época que parecia que eu era um intruso no rap. Até de nazista eu já fui chamado. Mas, isso foi no início. Hoje eu não enfrento esse tipo de problema. E, acredito que quem está começando agora não passará por isso.<br />
Esse é um dos preconceitos que existia dentro do rap e que os próprios integrantes do movimento se conscientizaram e colocaram no chão. Afinal, não é a cor da pele que define o caráter de homem.<br />
<br />
<b>17 - Você acha que existe união no rap ?</b><br />
<br />
É complicado assumir isso. Mas, a verdade é que não existe união. Isso é uma utopia. Salvo raras iniciativas, a maioria está preocupada com o seu próprio umbigo.<br />
<br />
<b>18 - Ninguém acreditava que o funk fosse penetrar nas periferias de São Paulo, até que chegou e balançou a ponto de alguns grupos se converterem ao funk. Você acha que o rap deve mudar seu discurso para ser aceito comercialmente?</b><br />
<br />
Eu não acho que o rap deva mudar o discurso para agradar ninguém. É claro que não dá para ficar falando as mesmas coisas sempre. Mas, isso é uma evolução natural.<br />
<br />
<b>19 - Você considera o rap um meio democrático? Como você enxerga a inserção de grupos gays de hip hop?</b><br />
<br />
Podia vir com um papinho de que não tenho preconceito, que acho tudo muito normal. Mas, na verdade não é assim. Confesso que ainda to amadurecendo essa ideia de grupos de rap gay. Acho que isso, no futuro, será normal, mas por enquanto ainda não consigo ver isso com naturalidade.<br />
<br />
<b>20 – Qual você acha que é o futuro do RAP?</b><br />
<br />
Nem Mandrake, o mágico conseguiria prever. Mas eu espero que o RAP NACIONAL tome de assalto a grande mídia, participe de mais programas na TV, queremos mais programas de rádios FM tocando RAP e empresas multinacionais apoiando. Que o RAP NACIONAL ganhe muito dinheiro, mas não esqueça suas origens e objetivos. Que onde for pregue a palavra certa e continue narrando vidas tristes e denunciando as atrocidades do sistema.<br />
"Mandrake no debate, pra falar verdade, o RAP faz sua parte e joga na mira os covardes, as fita podre o lado oculto tem que ser narrado, sem vista grossa e sem passar pano pro errado, eu não me calo, perante a opressão do estado, sou radical no que vivo, o que faço e o que falo" Gangsta Rap Nacional - Realidade Cruel e Mandrake<br />
<br />
Mais informações sobre o MANDRAKE acesse: www.rapnacional.com.br ou seguindo o cara pelo twitter: www.twitter.com/RAPNACIONAL<br />
<br />
Ouça algumas músicas do MANDRAKE no:<br />
<br />
- Myspace: www.myspace.com/mandrakerapnacionalBLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-19358692772863369662011-05-06T07:16:00.000-07:002011-05-06T07:16:55.983-07:00Com vocês, Luis Erlanger...Luiz Erlanger, diretor de comunicação da maior empresa de comunicação do País . Aqui no Porradão de 20 , Erlanger fala sobre os evangélicos na mídiae na política , sobre negros na teve, e muito mais . Poderia falar muito sobre essa figura que transita nos bastidores de várias esferas do poder no Brasil, mas nada melhor do que ele mesmo falar por ele... Então desembucha homem de Deus!!!!!<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/luis-erlanger-02.jpg" /></div><br />
<b>01 - Fale um pouco da sua experiência profissional da sua trajetória até o momento</b>.<br />
<br />
Minha trajetória é curiosa porque foi, digamos, em linha reta (mas pulando de galho em galho...) dentro de uma mesma organização, o que é raro na profissão: comecei como estagiário no jornal O Globo e sai de lá como editor-chefe. Trabalhei na Editoria de Cidade – subi morro, fiz reportagem policial, desova na Baixada, carnaval, buraco de rua, incêndio, enchente, acidente de pedestre, de bicicleta, de carro, ônibus, de trem e de avião, exposição de arte, réveillon, floração no Jardim Botânico, filhote nascido no zoo, mortandade de peixe na Lagoa, ressaca na praia, essa rotina... - depois na Editoria de Política – cobri eleição de governador e presidente, fui setorista do Palácio do Planalto e Congresso, incluindo a reforma da Constituição de 88, pacotes econômicos daqueles e o impeachment do Collor. Também fui correspondente fora do Brasil em algumas reportagens específicas. Vim para a TV Globo em 95. Fiquei cinco anos no Jornalismo – onde também completei uma das lacunas da minha carreira (Esporte: tive a oportunidade de participar da cobertura da Copa do mundo na França) e estou há dez anos na área de Comunicação. Como se brinca no meu ofício, sou mesmo um grande especialista em generalidades. Mas gosto muito de não viver centrado num só tema.<br />
<br />
<b>02 - A globo vive sendo processada por vários seguimentos da sociedade, como você vê essas acusações?</b><br />
<br />
Não exagera Celso, quem nos processa são indivíduos e corporações. Não temos problema com a sociedade. Ou a gente não seria campeã de audiência. A melhor maneira de nos punir é trocando canal ou desligando a TV. Se isso não acontece é porque a maioria absoluta da população aprova o que fazemos. O que ocorre mesmo faz lembrar o que dizem que o Tom Jobim dizia: no Brasil, sucesso é ofensa pessoal... E aí sempre surge alguém querendo tirar uma casquinha. A gente tem fama de canhão, mas na verdade somos a maior vidraça.<br />
<br />
<b>03 - Muitos consideram que a Globo manipula a massa, como você vê isso?</b><br />
<br />
Quem fala isso para atingir a Globo está na verdade sendo ofensivo com a população; ora! Esse conceito de massa já é um troço elitista: imaginar que o povo é um elemento disforme, uma substância passiva, sem cara, sem vontade própria, sem capacidade de decisão. Que do outro lado da telinha só tem vaquinha-de-presépio, hipnotizada pelas mensagens que assiste, só dizendo “amém”. Fico imaginando qual o respeito que quem de fato pensa assim tem com a democracia. Se o cidadão, soberano com seu controle remoto na mão, não tem capacidade de ver televisão e decidir o que é bom para ele, imagina então o conceito que se faz do eleitor diante a urna eleitoral eletrônica – que não deixa de ser um controle remoto para indicar o futuro das cidades, dos estados, do país, do coletivo, do planeta. Que diabo de tese é essa que finge reconhecer que o cidadão tem capacidade de votar, mas não é apto para assistir tevê? Isso é sempre discurso de quem se incomoda com a liberdade de expressão, mas não tem coragem de assumir. Fico mesmo assustado com quem pensa assim e ainda tem coragem de dizer.<br />
<br />
<b>04 - A rede Record e o bispo Macedo têm feito criticas a rede globo, argumentam perseguição e que a globo esta fazendo isso com receio de perder a hegemonia na mídia. Qual sua avaliação? </b><br />
<br />
Curioso, sempre associarem uma concessão pública no campo da comunicação social à uma expressão de um segmento religioso. Se você mesmo na sua pergunta junta um canal de tevê a um movimento religioso consta que alguma coisa de estranho tem aí...<br />
Primeiro, são muito poderosos para fazerem o gênero perseguidos. Do ponto de vista de corporação é impressionante, porque não é apenas um significativo grupo de mídia associado a um movimento de cunho religioso. Tem também um braço político-partidário no momento governista. Esse tripé, política-religião-comunicação, montado estruturadamente fica até estranho do ponto de vista do Estado laico, da diversidade. Nos países onde prevalece essa fórmula não há democracia plena e as denúncias graves que surgem a cada momento contra os líderes dessa corporação não partem da Globo, de acusações saídas daqui de dentro. Como os demais veículos independentes, nós apenas reproduzimos as iniciativas da Justiça e da Polícia, ou mesmo de populares que se acham lesados ou vítimas de intolerância religiosa. Na verdade, querem nos usar como escudo. A briga pela audiência se dá em outro campo. E neste, felizmente, vamos muito bem, obrigado, certamente porque nosso negócio é mesmo, de forma transparente, televisão.<br />
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<b>05 - Outro argumento dos evangélicos é que a rede globo é ligada ou pelo menos da um espaço desproporcional à igreja católica. Esse espaço é pelo fato de ser uma religião oficial no Brasil ou esse espaço não existe?</b><br />
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Quais evangélicos? No todo trata-se de uma respeitada corrente religiosa, mas que abriga sob o mesmo nome segmentos bem distantes. Não existe "evangélico" como se fosse um genérico de uma mesma doutrina com os mesmíssimos princípios e premissas éticas semelhantes.<br />
Há características básicas do protestantismo, assim como do catolicismo, mas devemos respeitar o que úne e o que separa cada corrente debaixo do mesmo guarda-chuva. O pessoal que inventa uma "guerra santa" é justamente o mesmíssimo que toda hora é acusado na Justiça de exploração da fé. Não é, nem de perto, a linha majoritária do evangelismo. Na hora em que são acusados de crimes comuns se protegem no manto da religiosidade. Logo esses, tão intolerantes. Agora, o espaço é mesmo proporcional, dentro do seguinte raciocínio: como o catolicismo é dominante na nossa sociedade, o interesse público segue essa tendência e, por tabela, aparece mais na tevê. Mas, em nome da diversidade, mantemos no ar, em grade fixa, o programa Sagrado, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, onde têm voz todas as religiões mais representativas no Brasil. Do ponto de vista até da audiência, nem nos interessa segmentar – em nada: queremos ser ( e somos ) a televisão de todos.<br />
E, depois que liberaram concessão de televisão todo mundo sabe quais são os canais oficiais de religiões. Nem tem sentido dizer que existe uma emissora particular ligada a tal fé. Existe canal oficial de igreja, outras compram horário – num modelo que bate de frente com a lógica da concessão. Eu acho errado, qualquer mistura de governo, Estado, poder público com religião. Por mim, nem deveria ter uma religião oficial no Brasil. Tem “Deus” na Constituição, crucifixo em Tribunal de Justiça. Todo mundo deve ter direito a escolher uma religião (ou mesmo ser ateu), sem intolerância. <br />
Mas o Estado não pode ter essa ligação, não pode assumir uma linha, mesmo que sendo a esmagadora maioria. Democracia a gente sempre diz que é o regime da maioria, mas a base dela é justamente o respeito às minorias. Ao indivíduo.<br />
Os direitos fundamentais são do indivíduo. O coletivo existe para, de uma maneira mais igualitária possível, assegurar o bem-estar de cada pessoa. Usando como exemplo o que acontece por aí, imagina como vai ficar o país se um grupo que já ataca as religiões afro-descendentes e chuta imagem de santa chegar mesmo ao poder?<br />
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<b>06 - As famílias Color de Mello e ACM fazem parte do grupo de afiliadas da rede globo em seus respectivos estados, no entanto nos últimos tempos, representantes dessas famílias foram alvo da mídia em geral, no caso mais recente, do José Sarney (afiliada do Maranhão) sofreu linchamento público e de certa maneira engrossado pela globo. Como fica a relação com essas afiliadas depois desses episódios?</b><br />
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Para uma concessionária legalmente estabelecida ser nossa afiliada é preciso assinar, entre outras exigências, o compromisso com nossa linha editorial, que é de independência e isenção. Os exemplos que você citou foram abordados livremente na Rede Globo, logo isso está funcionando naturalmente. Eu não tenho registro de nenhum impasse neste campo. Com a explosão dos meios de comunicação, é até burrice tentar varrer sujeira para debaixo de tapete. <br />
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<b>07 - Em cada eleição as ruas afirmam que a rede globo está apoiando algum candidato, esse ano dizem que a globo está apoiando o Serra. Isso é verdade?</b><br />
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Espero que um dia a democracia no Brasil chegue a um nível que veículo de comunicação, de qualquer categoria, possa apoiar formalmente, oficialmente, candidaturas. Publicando em editorial quais os caminhos que tem a ver com suas crenças. Isso acontece com freqüência noutros países. Nesta situação vão ter que ser ainda mais cautelosos no noticiário, vai ficar todo mundo, marcando em cima, para ver se não estão puxando a brasa para a sua sardinha. Agora, digamos que assumam um noticiário desequilibrado: o cidadão que não se identifica não só não vota no favorecido como descarta o veículo de comunicação. É a mesma história, caramba: democracia que não se baseia na capacidade de escolha do cidadão não é democracia. Quanto à sua pergunta concreta, mesmo que houvesse essa intenção seria impossível com tanta patrulha. Agora mesmo tiramos do ar uma inocente campanha de aniversário, criada no ano passado, quando nem havia candidatos oficiais, justamente para não botarem chifre em cabeça de cavalo. Para alguns políticos, demonizar a Globo é uma desculpa esfarrapada para justificar fracasso. Basta olhar o cenário político para verificar que não só existe alternância no poder e com uma variação ideológica que nada tem a ver com o perfil que é atribuído à Globo. Dizer que televisão manipula eleição, aí sim é chamar o povo de bobo.<br />
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<b>08 - Existe alguma orientação da Globo nesse sentido? Pergunto isso porque conheço alguns parlamentares que são funcionário da emissora. Como vocês lidam com essa situação?</b><br />
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Executivo nosso acumulando carreira política simplesmente não existe. Pelas normas da TV Globo, até o acionista que legitimamente resolver seguir carreira pública vai ter que se afastar – para valer – da gestão da empresa. O que pode acontecer é um outro artista que aqui trabalha também ter essa militância. Como não tem poder de decisão alguma aqui dentro, não é problema. Mas nossa preocupação é tamanha que em ano de eleição a gente faz uma consulta para saber se tem alguém interessado em se candidatar ou mesmo fazer campanha, direitos de qualquer cidadão. Quem assim decide é imediatamente liberado, mas sabendo que vai ficar fora do ar durante todo o processo eleitoral. Mudamos escalação de elenco em novela, em programas, se for esse o caso. O que não pode é misturar a imagem do palanque, da propaganda eleitoral, com a que vai ao ar na nossa grade.<br />
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<b>09 - Você acredita que a televisão brasileira cumpre seu papel social?</b><br />
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Mas qual é o papel social da televisão? Existem três modelo de concessão de radiodifusão no país: Estatal - como a TV Brasil; Pública - como os canais culturais - como a Educativa; Privada - o nosso caso. Os dois primeiros modelos devem funcionar dentro da lógica do interesse público. E isso está longe de significar uma televisão cara bancada por imposto, chata e sem audiência. Em muitos países capitalistas os líderes de público são os canais públicos. O terceiro modelo, o nosso, é um empreendimento privado como todos os demais que montam o sistema capitalista do mercado que a nossa democracia escolheu. Pelo contrato, temos uma série de obrigações como contrapartida, mas entregamos muito mais do que o exigido. Isso se dá porque está no DNA da nossa empresa o social, vivemos de comunicação social. Também como negócio, quanto mais justa e equilibrada a nossa sociedade, melhor.<br />
Vale explicar: não somos concessão porque lidamos com comunicação. Jornal, por exemplo, não é. Internet também não. A questão é que nosso sinal ainda trafega em área pública - no caso o ar, o céu que é de todos - e é preciso organizar o uso, Igualzinho a ônibus que circula em via pública. Nem por isso determinam a cor do veículo nem mandam o motorista cantar o hino nacional em cada ponto.<br />
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<b>10 - De que forma se dão as concessões de televisão no Brasil? Você acha justo esse modelo?</b><br />
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O Brasil é provavelmente um dos países com a maior oferta neste campo. Tem, como vimos, estatal, pública, privada das mais diversas matrizes, até religiosas. Dos Três Poderes. Com a crescente democratização da comunicação com as acessíveis plataformas eletrônicas, portabilidade, mídias sociais, isso vai perdendo importância. Temos hoje, regras muito exigentes que passam pela fiscalização do Legislativo, Judiciário e Executivo, basta zelar por elas. O risco mesmo para o Brasil é que enquanto o capital nacional é todo controlado na radiodifusão, as verdadeiramente, poderosas empresas de telecomunicação (telefonia) estrangeiras estão invadindo essa área sem cerimônia e controle algum. Aí que a identidade cultural brasileira vai para o espaço. Estranho que as entidades e políticos que vivem paranóicos com os veículos brasileiros vejam essa ameaça ao interesse nacional até com simpatia. Por que será?<br />
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<b>11 - A globo é parceira de varias organizações do movimento social, inclusive de favelas como a CUFA. Isso pode ser entendido como cooptação social?</b><br />
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Essa você responde Celso? A CUFA já foi abduzida pela Globo? Qual foi seu preço? Espaço no vídeo para divulgar seu trabalho ou o lanchinho que oferecemos para os alunos das oficinas de audiovisual - como até chegaram a insinuar uma vez? Baratos, heim? Só se pode comprar algo que esteja à venda, de novo uma lógica ofensiva, ora. E a gente não sai fechando parceira com todo mundo. Avaliamos a legitimidade, a pluralidade e se a causa é defendida dentro do respeito à lei.<br />
Não resisto, já que estamos conversando sobre imagem: quando nos aproximamos da CUFA, ela era acusada de fazer o jogo do tráfico contra a polícia. O Bill estava levando uma dura.<br />
Nós entendemos o discurso e botamos a mão no fogo, na absoluta contramão do pensamento dominante. Aliás, vocês ainda estão longe da unanimidade. Ainda bem. Aposto que foi bom para as duas instituições. Ninguém cedeu nas suas diferenças, mas avançamos em torno de crença comum. Gol de placa para a democracia.<br />
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<b>12 - Você acha que falta ampliar o debate sobre as cotas no Brasil e você acha a emissora engessada no tocante a participação de negros ?</b><br />
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A Globo junto com a Fundação Roberto Marinho desenvolvem com os governos um importante projeto - A Cor da Cultura - que sinaliza o que pregamos para uma democracia racial plena. Ela só será verdadeira e duradoura se surgir da educação e da inclusão social SEM levar em conta a pele da pessoa. Após o regime nazista, depois do Tribunal de Nuremberg, quando a humanidade, primeiro deixou prosperar seu maior massacre racial e resolveu expurgá-lo, o Direito Universal ligado aos direitos dos homens consagrou que é nociva qualquer legislação baseada em etnia, na cor de pele.<br />
Mesmo que exista para o bem é o mesmo que consagrar um mecanismo que pode ser usado na outra direção. Se todos são iguais perante a lei, índice de cor não pode ser critério. Não vamos resolver erros do passado usando a mesma fórmula, e não se trata aqui de defender posição editorial do grupo em que trabalho. Como descendente de ancestrais judeus do lado paterno e portugueses e espanhóis pelo lado materno, mais uma pitada de 3 % de origem africana (sabe-se lá vinda de onde, mas comprovada no meu exame genético de ancestralidade), acho que existe ações afirmativas que seguem por caminhos bem mais saudáveis e verdadeiramente igualitários. Não é a igualdade que queremos? <br />
Quando se fala a Globo isso e aquilo parece que há um comando único tomando as decisões. Como se houvesse diretrizes centrais sobre abordagem de temas. Maluquice! A escalação de elenco é da livre escolha de dezenas de autores e diretores responsáveis por outras dezenas de programas. Eu acho que, de fato, nós reproduzimos na ficção algum desequilíbrio. Mas fruto do mesmo desequilíbrio ainda existente na realidade. Ficar patrulhando televisão é escapismo. É culpar a janela pela paisagem.<br />
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<b>13 - Se a televisão influencia tanto as populações, você concorda que podemos equilibrar os fatos através da ficção, assim como as próprias campanhas da emissora?</b><br />
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Um líder comunitário insistindo na tese que os cidadãos são manipuláveis!!! Como é o processo de escolha do secretário-geral da Cufa? É com campanha eleitoral? Mensagem subliminar? Informação distorcida? Por que para uns processos o cidadão é o senhor do seu livre-arbítrio e em outras situações é um mané? Nessa a gente vai bater de frente total... Desde quando ficção existe para equilibrar fatos? É o irreal, o imaginário, sem compromisso algum com a realidade. Pode até ter base no real, claro, mas é exatamente o que nos tira do pão-pão-queijo-queijo. É uma válvula de escape. Ao mesmo tempo, nos faz refletir sem amarras. Pode ter algo mais instrutivo do que uma manifestação artística politicamente incorreta? No humor, então, nem se fala. Quando o Zorra Total, Casseta ou Chaplin esculacham preto, judeu, mulher, homossexual, pobre, gordo, feio, deficiente físico, etc, estão explicitando um sentimento latente de muitíssima gente. Quando se ri de algo "condenável" é uma atitude positiva, o Freud tem uma análise definitiva a respeito. O resultado pode ser a gargalhada, mas como efeito de uma mola que disparou. Do contrário ficaria quieto dentro da pessoa, acumulando e até poderia aparecer de outro modo.Tem até o tal "riso nervoso" A coisa mais comum e aceitável são os grupos fazendo piadas internamente. Negro pode zoar negro, judeu tem direito de avacalhar patrício, mas deixa um de fora tirar uma casquinha... Preconceituoso! Se não incomodar não tem graça. Uma pessoa normal andando na rua não provoca reação alguma. Aí ela se estabaca no chão e dá vontade de rir. Pode ter quebrado a bacia e vai ficar paralítica. Mas tombo é engraçado, fazer o quê? Censurar? Proibir? Porque proíbem - está na lei e ninguém reage - sátira política na TV durante campanha eleitoral? Sabia que nossos programas de humor são proibidos de brincar com os candidatos? Absurdo! O politicamente correto deveria valer é para a política. O resto é cerceamento à liberdade de expressão.<br />
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<b>14 - Esquecendo o passado e focando no presente, e claro, pensando na igualdade que queremos, e sabendo da desigualdade que vivemos. Enquanto a educação não é igual para todos, os afrodecendentes devem fazer o que? </b><br />
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Ué, lutar por uma educação decente para todos! O grande problema do Brasil é educacional. E o mais grave é que nem a elite escapa disso. Filho de bacana fica na escola particular uma merreca de quatro horas por dia!!! Claro que, no caso de quem tem recurso, matricula os filhotes em aula particular de natação, de inglês, de judô, de informática. O filho de quem não tem essa possibilidade fica preso sozinho em casa em frente de televisão. Aí o mesmo governo que não garante o ensino integral acha um absurdo essa situação – que ele cria... – e inventa a classificação indicativa, censura televisão (um absurdo inconstitucional, nada justifica cerceamento à liberdade artística ou de expressão).<br />
Pode soar estranho eu falar de televisão mas não há contradição alguma: criança não pode ter atividade alguma sem o acompanhamento de um responsável. Ver televisão, ler livro, ficar no computador, o que for, tem que ter supervisão adequada. E lugar de criança é mesmo numa escola. Com ensino, espaço para lazer, esporte, merenda decente. Nem estou defendendo internato. Minha geração ficava na escola pública (onde estudei) das 8 às 17 horas. E a gente adorava. Sem fugir da sua cobrança sobre qual a solução ligada à questão social: mais uma vez não prego uma solução com um viés étnico: um ensino universal qualificado para todos. A redenção da escola pública no Brasil será também a nossa redenção social, com certeza. Noutro dia vi um levantamento que mostrava que uma quantidade enorme de pais não tinha a mesma quantidade de estudo que seus filhos ainda no ensino fundamental. Isso é um desastre ainda maior, porque quem não teve ensino muitas vezes nem entende de verdade o valor dessa formação educacional. Então é brigar pela boa escola pública. Um bom passo é votar sempre em políticos sérios identificados com essa causa.<br />
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<b>15 - Houve um momento em que a globo teve 90% da audiência no Brasil, hoje os números são muito diferentes e a concorrência é mais agressiva, qual é a tendência e como a globo se prepara?</b><br />
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Esses números que você cita são de outra época do mundo, do Brasil, e o que mais importa, resultantes de outros sistemas de medição de audiência. Hoje se mede diferente, não se pode comparar. Hoje tem mais disputa, realmente, mas os critérios sobre audiência são muito mais rigorosos quanto à liderança. De qualquer forma, nossos números se mantém estáveis nos últimos cinco anos, período de explosão das novas mídias. Mas estamos nos preparando para avançarmos nesta nova era. Nossos conteúdos estarão disponíveis quando e como o usuário quiser. Não é ameaça, é oportunidade. Além da televisão que a maioria tanto ama a Globo estará cada vez mais nos portáteis, internet e suas variações, nos carros, ônibus, trem, avião... O nosso slogan é " a gente se vê por aqui" A pessoa vai escolher também o "aqui" Em vez de perder, vamos ganhar um público não disponível na frente do vídeo em casa. Existe uma frase famosa que diz “padrão globo de qualidade”, o que significa isso na pratica? A noção de qualidade varia de acordo com o gosto do freguês. Mas o nosso genérico seria reunir o melhor do talento da nossa diversa área de atuação - criadores, autores, artistas, jornalistas, técnicos, diretores, executivos - para produzir com dedicação e respeito conteúdo de entretenimento e jornalismo que fala com a alma do brasileiro. E apostar sempre que ainda dá para fazer melhor.<br />
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<b>16 - Como seria se o Brasil tivesse outras TVs tão fortes como a TV Globo?</b><br />
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Em comunicação força se mede pela resposta do público. Quantas vezes uma produção modesta dá um chocolate em atração milionária? Logo, no nosso ramo a força vem da aposta no talento e não no patrimônio material. A pergunta que eu faria era no caminho oposto: como estaria o Brasil se não houvesse uma Globo como ela é? Mais feliz ou menos feliz? Mais ou menos unido? A identidade brasileira mais ou menos forte?<br />
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<b>17 - Algumas pesquisas apontam que a rede globo é um dos grandes símbolos do Rio de Janeiro, você acha que os cariocas deveriam perceber isso com mais atenção? Você acha que os paulistas teriam outro comportamento em relação a globo se ela fosse uma emissora da terra da garoa?</b><br />
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A mídia paulista é mal resolvida com o Rio. Só mostra violência e seqüestro aqui. Lá é um paraíso. Quando é para pegar no pé a gente vira “a emissora carioca”. Parece despeito. Mas seria bom que nós cariocas fôssemos mais bairristas como os paulistas. Agora, não vou fazer aqui um charme com a minha cidade. A Rede Globo, mesmo a TV Globo, não é uma empresa local. Sem contar com as afiliadas, temos Globo, além de Rio e São Paulo, em Recife, Belo Horizonte e Brasília. O nosso nome já diz "rede". Mas é óbvio que isso não significa uma desatenção com a terra onde nascemos e crescemos, por isso mesmo, consolidamos a Globo Rio. Está, sim, é a cara do Rio, “carioca como você”. Preocupada com o nosso quintal, nossa gente. É para servir a comunidade do Rio de Janeiro - também com suas diversidades e desequilíbrios. Fizemos uma pesquisa e deu um resultado curioso. Mesmo o sujeito que nasceu/mora fora da cidade do Rio, da capital, da antiga Guanabara, se diz “carioca”. <br />
Ser carioca acaba sendo mesmo um estado de espírito. Talvez também porque a nação rubro-negra não queira ser chamada de “fluminense”...<br />
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<b>18 - O que você acha sobre as remoções das favelas?</b><br />
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A expressão remoção já tem um componente negativo. Remover passa a idéia de um objeto levado a outro lugar, tem peso negativo. Uma vez que há necessidade, as famílias deveriam ser REMANEJADAS - prefiro essa palavra, que para mim indica mais um ação cuidadosa, respeitosa - para moradias dignas e com, necessariamente, bons serviços públicos. Ressalto a necessidade do poder público eficiente, até porque acho que a formação de favela, de construção ilegal não se dá por falta de terra. Tem muita terra disponível fora dos centros urbanos. Mas, como não há transporte coletivo que preste, ou se arruma o que der perto das fontes de trabalho ou a pessoa vai ter que acordar de madrugada para chegar no trabalho no horário. Mas há duas situações que considero inaceitáveis: famílias morando em situação precária, sem urbanismo, em região de risco e construções feitas às custas da degradação do meio-ambiente . Esse não é um binômio elitista porque deve ser aplicado para pobre o para rico, ora, mas me deixa voltar num ponto, mesmo em favela, comunidade, sei lá qual o nome perfumado da vez, nada é de graça. Construir ou comprar barraco por incrível que pareça não é para qualquer um. Com certeza a família preferiria morar num lugar mais confortável, bonito, limpinho, arrumado, desde que pudesse chegar de forma rápida, barata e decente no serviço, na escola, etc. O problema mesmo é o nosso péssimo transporte coletivo. O metrô de Buenos Aires é de 1920. O nosso parece que só vai ligar a Zona Sul à entradinha da Barra na Copa de 2014... E é o circuito VIP da cidade. Zona Oeste, subúrbios, Baixada, do outro lado da ponte Rio-Niterói não vou nem comentar. Parece problema de moradia, mas é mais de transporte.<br />
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<b>19 - Qual sua avaliação das Unidades Pacificadoras nas favelas do Rio?</b><br />
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Caramba, essa entrevista não acaba? Pô, Celso, não tem outra coisa produtiva para fazer? Vamos lá, tentando ser curto e objetivo: Não considero a situação ideal - pessoas morando em lugares e situação regulares - mas diante da negligência e populismo das autoridades no passado é o avanço possível. Desde que sejam permanentes e acompanhadas de bons serviços públicos igualmente permanentes.<br />
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<b>20 – Fale um pouco sobre:</b><br />
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<b>Escola de samba</b><br />
Não sou fanático, porque torço sempre para a que acho que fez o melhor desfile, mas gosto da verde-rosa.<br />
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<b>Time de futebol</b><br />
Aí é diferente: Mengão sempre, até contra a seleção brasileira. OK, empate está bom neste caso.<br />
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<b>Roberto Marinho</b><br />
Um privilégio ter convivido profissionalmente. Um visionário, construtor de sonhos, levando uma multidão de pessoas junto. Absolutamente vidrado no Brasil e nos brasileiros. Um chefe que num vi subindo o tom da voz, um líder instigante e atencioso. Não só o público, mas as milhares de pessoas que empregou, número que se multiplica depois de sua morte. O que dizer de um homem realizado que aos 60 e tantos anos, quando se pensa em aposentar, joga tudo no desafio de criar uma televisão? E não foi agorinha: em 1965, numa aventura que foi chamada de loucura. Você pode divergir do pensamento dele, mas nem o mais radical adversário vai deixar de reconhecer que o legado dele para o país é fundamental para a preservação da identidade brasileira.<br />
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<b>Música</b><br />
Salada de frutas: em quase todos os gêneros têm coisa que eu gosto outras que acho insuportável. Da ópera ao eletrônico. Mas acho que os campeões na minha parada de sucesso são The Beatles, até pela diversidade deles mesmo - para qualquer momento da sua vida, qualquer astral há um "beatles" sob medida.<br />
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Livro<br />
Pequeno Príncipe - estou citando só porque as patrulhas avacalham. É ótimo, mas não está na minha estante. O livro que mais reli foi "Jean Christophe" do francês Romain Rolland, Nobel de Literatura. É uma cacetada de muitos volumes, a biografia imaginária de um gênio da música, do nascimento à morte. É a história central, mas é sobre o nosso mundo, nossa cultura, os homens, a vida. Taí, vou ler de novo.<br />
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<b>Comida</b><br />
Bife à milanesa, gotinhas de limão, com batata frita, arroz e feijão misturados feito virar massa de cimento e areia. Já me deu fome.<br />
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<b>Saudade </b><br />
Dos meus cabelos e do meu pai. Não necessariamente nesta ordem.<br />
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<b>Família</b><br />
A razão de existir, da Bíblia a Darwin. É rara entidade que nos faz preservar o bom do instinto animal.<br />
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<b>Dinheiro</b><br />
Não é tudo, mas é 100%...Sem culpa, quando fruto de trabalho honesto. Não em si, como doença de alguns, mas pelo o que ele compra. Inclusão social é ter possibilidade de consumir. Isso só é viável com grana.<br />
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<b>Movimento Social</b><br />
Sinal que os governos não estão dando conta. Por isso me espanta quando viram linha auxiliar de governo. Uma coisa é parceria, outra é tutela.<br />
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<b>Movimento Negro</b><br />
Como qualquer segmento étnico só tem sentido se operar no campo cultural. E por aí contribuir para a igualdade social. Como ação social ou política isolada - como da indígena, outra vertente racial ainda mais massacrada - não soma, divide. Ou vejamos por outro lado: é tanta etnia e categoria que legitimamente que fazer valer os seus direitos que já existe um genérico - TODOS são iguais perante a Lei. Não precisa fatiar. É tudo junto e misturado.BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-50430967636860146602011-05-06T07:05:00.000-07:002011-05-06T07:05:12.150-07:00Chega mais, MARINA MAGESSI...Marina Magessi, foi conhecida nas favelas do Rio de Janeiro como "Kate Marrone", por sua audácia e suas ações , se tornou referencia na Polícia Civil e como Deputada Federal presidiu a comissão de segurança publica na câmara . Marina Magessi é dona de frases e conceitos corajosos, que lhe rendeu ao longo da carreira muitas amizades e lógico, desafetos. Marina afirma nesse porradão de 20, entre outras coisas que somente a Facção “ Comando Vermelho” vende CRACK no estado. Vale a pena ler ... PORRADÂO DE 20... Toda terça numa rede bem próxima de você.<br />
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<div style="text-align: center;"><img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/marina-maggessi-02.jpg" /></div><br />
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<b>01 - O que você fazia antes de entrar na policia?</b><br />
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Trabalhava na Embratel na época a melhor empresa do país por cinco anos consecutivos segundo a revista Exame. Trabalhei por 9 anos, Collor sucateou para privatizar. Cortou salários, benefícios, etc... <br />
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<b>02 - Quais foram os traficantes mais expressivos que você prendeu?</b><br />
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Uê, Marcinho VP, Robertinho de Lucas, Robinho Pinga, Dudu da Rocinha, Joel Bombeiro, Mineiro da Cidade Alta, Gigante da Nova Holanda, Elias Maluco, Dani do Jacarezinho, etc. Hoje até me arrependo de certas prisões que só serviram para trazer o descontrole para as ruas. Nada mudou. A não ser a falta de "comando" que deixa os meninos loucos "zoarem" geral.<br />
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<b>03 - Como você avalia a política de segurança no estado do Rio?</b><br />
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Não existe uma "política de Segurança" . A Polícia "dança conforme a música", ou seja, privilegia a investigação nas comunidades que dão mais problemas a população.<br />
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<b>04 - Você é a favor ou contra as remoções?</b><br />
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Depende. Tem lugares em que a contenção de encostas é mais barato e mais providencial. Cada caso é um caso. Não se pode comparar Laboriax na Rocinha (com uma vista privilegiada) com o Morro do Urubu. Neste caso tem que ter cuidado com a especulação imobiliária, que anda "doida" para fazer condomínios de luxo nessas áreas lindas.<br />
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<b>05 - O que é pior, o tráfico ou a milícia?</b><br />
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Depende de novo. O ideal e o melhor é sempre o Estado. Na falta deste, em alguns lugares a milícia leva paz e em outros o próprio tráfico leva alguma paz. Exemplo: Áreas ocupadas por milícias dificilmente sofrem intervenções policiais e isso significa para a população alguma paz na medida em que não existem confrontos nem balas perdidas. Quanto ao tráfico, uma das maiores facções criminosas não permite vendas de crack em suas bocas de fumo. Isso também traz paz. Isso é realidade e todos sabem disso, ou deveriam saber.<br />
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<b>06 - Você foi acusada por um policial de planejar sua morte, como esta esse inquérito?</b><br />
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Não existe Inquérito, não existiu planejamento para morte. Essa pessoa nunca foi policial, nunca prendeu NINGUÉM (pesquisem) e sobrevive da prática de gigolô. Vive às custas das prostitutas que explora e que "morrem" de medo dele. Quem quiser encontrá-lo, está diariamente nas termas do centro e a noite na Prado Junior. Não sou psiquiatra, mas não preciso ser para ver nele um ser "fronteiriço" a nível psicológico e com uma obsessão homossexual mal resolvida no Dr. Álvaro Lins (ex-chefe de Polícia). Acho que todo ódio que tem por mim é por aí: o respaldo de Dr. Álvaro ao meu trabalho. Assim como Dr. Zaqueu, Dr. Rafik, enfim, todos os Chefes de Polícia Civil que trabalharam comigo durante esses 20 anos de Polícia.<br />
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<b>07 - De onde vem o dinheiro da sua campanha, você é financiada por alguma instituição?</b><br />
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Recebi doações de campanha da KLABIN (30 mil) através de Lilibeth Monteiro de Carvalho, da empresa de segurança INVERNADA (30 mil), da empresa VM - Vinicius de Morais (1 mil) e de meu irmão Roberto (que me devia 10 mil) e "contribuiu" com 8 mil. É até ridículo, esse dinheiro chegou em 15.08 - somente em 01 de setembro (1 mês antes das eleições) tínhamos material de campanha. Está lá no site do TSE. Mas, ninguém quer ver.<br />
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<b>08 - Na sua avaliação existe uma saída para o fim do tráfico de drogas no Brasil?</b><br />
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Não existe saída para o tráfico em nenhum lugar do mundo. Acredito em duas coisas: alguma espécie de anistia para quem quiser largar o tráfico e na inserção social. Essas sim são minhas lutas. O resto é factóide, politicamente correto.<br />
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<b>09 - Você sempre foi considerada uma policial operacional, e, no entanto você tem feito visitas a traficantes nos presídios federais, quem são esses visitados por você e qual é o objetivo?</b><br />
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Fui aos Presídios Federais, como Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, averiguar se as ordens para "tocar" terror no RJ partiram de lá, ou seja, se os traficantes mandavam na rua do RJ. Sempre achei essa desculpa muito simples. Inspecionei tudo junto com a Comissão e com o Juiz da VEP de lá e concluímos que isso era mais um factóide. Produzimos um relatório para o Ministério da Justiça, a Secretaria Nacional de Segurança Pública e para a Administração dos Presídios Federais. Várias prisões preventivas foram expedidas por conta dessas declarações de autoridades que lhes atribuíam culpa pelo caos. Fomos apenas, como sempre, fazer justiça.<br />
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<b>10 - Você diz que tinha o respaldo do Dr. Álvaro Lins, que foi preso e acusado por vários crimes, entre eles formação de quadrilha. Você acredita em sua inocência e não teve medo da sua amizade com ele respingar na sua imagem de policial linha dura?</b><br />
<br />
Não vou entrar no mérito da inocência dele. Minha relação com ele foi profissional e passei a admirá-lo pela confiança que tinha em mim. Diversas vezes o convenci de que estava errado e ele sempre aceitou minhas opiniões. Por exemplo: William da Rocinha (líder comunitário) estava preso na Polinter quando eu chefiava o Setor de Investigações, eu mesma o prendi. Dr. Álvaro mandou eu transferi-lo para o Presídio, eu disse que não faria isso, pois ele seria assassinado por questões divergentes na Rocinha. A ordem para transferência era do então Secretário de Segurança Antony Garotinho por desavenças políticas sérias. Pois bem, William ficou na Polinter até o Secretário me "derrubar" da Polinter. Quanto ao medo de algo respingar em mim, não tive e não tenho. Todos sabem quem eu sou: 20 anos de Polícia, moro de aluguel em um apartamento de 50 m2 e tenho uma história de "peso" de serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro.<br />
<br />
<br />
<b>11 - Houve uma época em que você trabalhava na Delegacia de Jacarepaguá, e no seu plantão a Cidade de Deus ficava vazia, os " traficantes " tinham medo de você porque diziam que você tinha prendido o maior bandido da favela (Walkir) pulando de uma corda de 20 metro de altura e entrando pela janela fechada, e ainda rolando alguns metros, isso é real ou lenda ?</b><br />
<br />
A prisão de Walkir é real, os métodos são lenda. O real é que eu tinha 3 meses de Polícia e era a grande novidade: uma moça bronzeada, quase loura, baixinha e "gostosinha" de metralhadora em punho e tremenda "marra de cão" - Kate Marrone. Estava na DP de manhã quando chegou uma moça com a "cara quebrada", era amante do Walkir e ele lhe dera aquela surra. Sabe como é mulher “mordida"? Simplesmente me chamou e disse onde ele estava. Fomos eu e mais dois policiais. Prendemos o cara, com um bebê no colo dando mamadeira. Isso na cadeia é um esculacho... Por isso, eles (os presos) precisavam supervalorizar a "cana". Tipo: Só Dona Kate para me prender: faz de tudo.<br />
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<br />
<b>12 - Nos últimos anos você ganhou no Rio grande espaço de mídia, porém hoje, sobre tudo após você ter sido grampeada e acusada de tentativa contra a vida da pessoa, que você chama de Gigolô, a imprensa ou parte dela não te deu mais espaço, a razão é seu mandato ou existe algo, além disso? </b><br />
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Eu nunca fui grampeada. Na verdade o grampo era no Hélinho, meu grande amigo, esse "eu banco" a inocência, quanto ao atentado ao gigolô, os três PMs que praticaram estão presos. Nunca os vi. Quanto ao espaço na mídia não tem a ver com o Mandato, até porque no início eu continuava ativamente na mídia. Existe muita cois, além disso.Tipo, eu ter falado o nome do Editor do Globo na conversa com Helinho, na qual eu descrevo a Operação Chave de Ourona, na qual levei jornalistas da TV Globo, de O Globo e até o jornalista Zuenir Ventura acompanhou e virou capítulo do seu livro 1968 o ano que vivemos, onde ele analisa meu trabalho, com a prisão de 17 traficantes de drogas sintéticas, todos classe média alta. Ali encerrei minha carreira. Ali a D.R.E. acabou. Trocaram o nome, pois segundo "eles" a DRE era eu. Meu orgulho é ouvir o rap das armas que abre Tropa de Elite: aqui não tem mole nem prá DRE. Ainda sobre a Imprensa, o Delegado responsável pela Operação Furacão da Polícia Federal, Dr. Elzio da Silva, foi depor na Corregedoria de Polícia e disse que nunca assinou o tal relatório que dizia que eu recebi 30 mil ao invés de 30 votos em conversa com o Salsicha (meu parceiro) e o Marcão (policial civil). Que tem certeza de que eles falavam de mais 30 votos no dia da eleição e mais, que nunca tinha revelado isso porque nunca fora ouvido, ou seja, o Ministério Público Federal não o chamou (apesar de ser o responsável direto pelas investigações) nem mesmo para ser testemunha de acusação perante o Juiz (coisa absurda). Pois bem, escrevi um artigo sobre isso, perguntei ao Globo se publicariam, me mandaram fazer em 3.000 toques, depois declinaram e disseram que não publicariam porque era um "desabafo" e não uma notícia. Me sangraram durante uma semana com notícias falsas protegidas pelo OFF . Por conta de um jornalista inescrupuloso mancomunado com o tal delegado gigolô. Meu paizinho infartou por conta dessa covardia e morreu.<br />
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<b>13 – “MAGESSI DIZ QUE CORRUPÇÃO CONSUMIU MAIS DO QUE 30% DA VERBA PÚBLICA, COMO APONTOU POLICIA FEDERAL” - Como é viver em um meio corrupto? É possível não se corromper?</b><br />
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Lógico que é possível não se corromper... Jesus Cristo disse: Seu tesouro está onde estiver seu coração. Ou seja, depende sempre do valor que você dá à sua vida, à vida dos outros e a diferença entre conforto e luxo. Acho que sou privilegiada por ser feliz com pouco, mas com dignidade.<br />
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<br />
<b>14 - Em seu livro, “Dura Na Queda”, você faz o prenuncio da ascensão do crack e do ecstasy no rio de janeiro. Em sua opinião quais foram as causas que fizeram o crack ter uma ascensão tão rápida no Rio, onde até as facções tinham um pacto para não permitir que essa droga se proliferasse em seus territórios?</b><br />
<br />
Não houve nenhum avanço. Na cabeça de alguns só a maconha é droga, mas eles defendem a descriminalização de todas elas. Esse plano Federal é só mais um plano... Muito mais importante foi a declaração de Caetano Veloso, com quem já passei horas discutindo o assunto, de que após ver de perto nas ruas de Salvador os efeitos do crack, refez seus conceitos e hoje declara ser contra a liberação das drogas. Esse sim um aliado de peso.<br />
Quanto a situação do crack no Rj, acho mais simples: Favela da facção ADA e Terceiro Comando Puro não vendem crack. Na inauguração do Centro Cultural do Afroreggae em Vigário Geral vi uma enorme faixa na entrada que dizia: AQUI NÃO VENDEMOS CRACK. Se os líderes do Comando Vermelho proibissem também, 90% do problema estariam resolvidos. Essa é a realidade. <br />
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<b>15. Quem é pior: o bandido ou o policial bandido?</b><br />
<br />
Sem dúvida o pior é o policial bandido. Ele conhece nossa rotina e tem acesso a informações privilegiadas. Sem dizer que numa operação pode até nos matar "por encomenda". Toda vez que vou a alguma favela peço ao Comandante e ao Delegado da área que não façam operações e não me mandem nenhum tipo de escolta.<br />
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<br />
<b>16. Qual a sua opinião sobre o alto índice (cada vez maior) do consumo e envolvimento no trafico de drogas entre os jovens da classe media e classe media alta? </b><br />
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Era de se esperar. Lá atrás falei do futuro das drogas: Ecxtasy para ricos e crack para os pobres. Só não previ que o crack ia derrubar barreiras e chegar aos mais abastados. É horrível, crack não tem usuários, todos são viciados descontrolados. O tráfico de ecxtasy dá muito dinheiro e depende de passaporte e os traficantes "bem nascidos" que se julgam impunes. Sem dizer que por ser muito caro dá muito lucro.<br />
<br />
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<b>17. Qual foi sua maior conquista profissional e o que você pretende realizar? </b><br />
<br />
Minha maior conquista profissional foi a Chefia da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Mulher, Inspetora (não Delegada). Foi um tempo de muito trabalho e muitas realizações. Definitivamente a Inteligência tinha um nome e era o MEU. Devo isso ao Dr. Álvaro Lins que reconheceu todo o nosso trabalho nas várias passagens pela DRE.<br />
Quanto aos planos, não faço planos a médios e longos prazos. Nunca fiz. Procuro prestar atenção nos sinais de Deus. Peço a ELE para me colocar em seus caminhos e sabedoria para discernir entre tantos caminhos que o mundo me impõe. Sempre deu certo. DEUS É FIEL.<br />
<br />
<b>18. O que existe de "bom e ruim" nos candidatos a presidência? </b><br />
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<b>DILMA – </b><br />
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Bom - A aceitação de LULA. Ela também não é colada na imagem do PT. Mostrou ser boa administradora na Casa Civil. É mulher, guerreira e honesta.<br />
Ruim - Não tem "luz própria": Carisma, dialética (coisas que não faltam a Lula). É uma incógnita.<br />
<br />
<b>SERRA – </b><br />
<b><br />
</b><br />
Bom - Trabalho impecável em todos os cargos que ocupou principalmente como Ministro da Saúde. Teve coragem, quebrou patentes de laboratórios farmacêuticos internacionais e hoje temos os genéricos. Projeto partir de Jamil Haddad, mas ele teve "peito" para colocar prá frente.<br />
Ruim - Também é uma incógnita. Está cercado de "gente duvidosa", assim como Dilma, por conta das coligações que o apóiam.<br />
<br />
<b>MARINA - </b><br />
<br />
Bom - Muito bem intencionada, principalmente no que eu considero um dos nossos maiores problemas: Meio Ambiente. Tem a melhor história de vida dos três: Superação, humildade, fé em Deus, coragem e honestidade.<br />
Ruim - Não tem apoio. Os donos do Brasil não a querem Presidente, aliás, abominam a idéia, por isso sua campanha é pobre e sem tempo na TV.<br />
<br />
<br />
19. Considerando que estamos chegando ao inicio formal de uma campanha eleitoral ao Estado do Rio de Janeiro, qual a sua avaliação a respeito dos candidatos mencionados abaixo? <br />
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- <b>GABEIRA</b><br />
<br />
Bom - Honestidade, cultura e aberto ao debate e a crítica.<br />
Ruim - Nunca se mostrou administrador, não apresenta quem vai fazer parte de sua equipe/secretariado.<br />
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- <b>CESAR MAIA </b><br />
<br />
Bom – Bom administrador. Excelente político. Conseguiu migrar seus votos para a classe pobre e o funcionalismo público.<br />
Ruim - Muito crítico e muito avesso a críticas. Não escuta ninguém.<br />
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- <b>GAROTINHO </b><br />
<br />
Bom - É realmente interessado a fazer o que se propõe. É fiel (qualidade rara no meio político, aliás, no mundo).<br />
Ruim - Teve a pior assessoria de imprensa que já vi. Muito mal orientado. Briga com toda a imprensa.<br />
<br />
- <b>LINDBERG</b><br />
<br />
Bom - Juventude, carisma, muito bom articulador. Sempre votei nele desde os tempos de UNE. Tem história.<br />
Ruim - É muito perseguido pelos adversários políticos. Não fez "bonito" na Prefeitura de Nova Iguaçu, mas Senado é outra coisa.<br />
<br />
- <b>SERGIO CABRAL</b><br />
<br />
Bom - Seu melhor é o interesse pela Segurança Pública. Nunca se investiu tanto. UPP's e respaldo para a Cúpula da Segurança Pública e para as Polícias, Civil e Militar. Excelente mediador integrou Governo Federal e Prefeitura ao Estado do RJ.<br />
Ruim - Não aceita críticas nem adversários. Leva manifestações contrárias para o lado pessoal. Não aceita que discordem dele. Comportamento um tanto infantil para um político de seu porte.<br />
<br />
- <b>PICIANNI</b><br />
<br />
Bom/ Ruim - Não tenho opinião formada. Tem um poder ilimitado, portanto vou fazer como a Copélia do Sai de Baixo (programa humorístico) - Prefiro não comentar.<br />
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<br />
<b>20. Fale sobre...</b><br />
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Ideologia no crime:<br />
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-Não! O crime é lucro, poder, sobrevivência e status em seus ambientes.<br />
<br />
Desarmamento:<br />
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- Não mudei minha posição. Sou contra armas nas mãos de civis, até para sua própria proteção. Continuo parceira do Instituto Sou da Paz (ícone contra as armas). Acho que a tese perdeu por vários motivos:<br />
<br />
*Muito dinheiro na propaganda contraria.<br />
<br />
*Total falta de escrúpulos quando inventaram a suposta e improvável declaração de bandidos a favor do armamento (como se bandidos tivessem armas "quentes").<br />
<br />
Por isso não gosto de plebiscitos:<br />
<br />
*Sempre vence quem tem mais dinheiro e poder (como em qualquer outra campanha política). Foi assim ate com Jesus Cristo e Barrabas. Escolheram libertar Barrabas e mandaram Jesus para Cruz. Nem sempre a voz do povo é a voz de Deus. A voz do povo é facilmente manipulável.BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-88524583558733391422011-05-06T06:56:00.000-07:002011-05-06T06:56:49.961-07:00Luiz Eduardo Soares...Luiz Eduardo Soares – é ex-Secretario Nacional de Segurança Pública, autor de vários livros, entre eles Cabeça de Porco, Elite da Tropa e Espírito Santo. É também considerado um dos sociólogos mais importantes do país.<br />
<br />
O PORRADÃO é isso, um espaço no qual possamos discutir temas relevantes, de forma objetiva e direta. Nesse caso, Luiz Eduardo Soares traz luz a temas como racismo, homofobia e política...<br />
<br />
<img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/luiz-eduardo-soares-03.jpg" /><br />
<br />
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<b>01 - Até hoje a sua saída da secretaria de Segurança Nacional não ficou esclarecida, qual foi o motivo alegado na época e quais foram às motivações reais ?</b><br />
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Um dossiê apócrifo* denunciando desde licitações fraudulentas para compra de viaturas até nepotismo foi vazado pela mídia por três policiais militantes do PT, ligados à própria secretaria, cujos interesses estavam sendo prejudicados por decisões minhas. As acusações do dossiê apócrifo eram tão absurdas que as publiquei no meu próprio site e as desmascarei uma a uma. Os interesses desses canalhas, covardes desonestos, estavam sendo afetados basicamente por duas decisões minhas: (1) não negociar com banco japonês o financiamento bilionário para a confecção de carteiras de identidade unificadas para toda a população brasileira; (2) não aceitar aparelhamento político da secretaria nacional ou de uma representação estadual que criei no Rio Grande do Sul. A esses dois pontos de tensão reuniram-se outros três, que afetavam outras esferas do poder: (A) a autonomia com que eu me movimentava e que me conferia muita visibilidade. Fui advertido por uma empresa paulista de comunicação que o então ministro da Justiça contratara para cuidar de sua imagem. Estabeleceram uma cota: eu só poderia aparecer na mídia nacional ou ocupar 25% do espaço que o ministro ocupasse. Quando a cota fosse atingida, eu teria de me recolher, recusar entrevistas, evitar muita exposição, viagens e ações públicas. Meu assessor de imprensa foi obrigado a gravar minhas entrevistas e repassá-las a esta empresa, mas ele se recusou e, por respeito a mim e aos princípios éticos mais elementares, denunciou a mim o que estava ocorrendo. Fui pedir explicações ao ministro, que negou o fato, pelo menos que ele soubesse e prometeu intervir junto à tal empresa. (B) No mesmo contexto, o então secretário executivo do ministério, atual ministro, me pediu que abdicasse formalmente de parcela do fundo nacional de segurança para viabilizar o funcionamento da polícia federal, cujo orçamento era insuficiente. Solicitei um encontro a três com o ministro e me neguei-me a aceitar aquele corte e a destinação para a PF do recurso que eu já havia negociado com os estados e que eram já tão diminutos. Disse que acreditava na capacidade do ministro de persuadir o presidente de que a PF merecia ajuda e não poderia parar. Afirmei que, por lei, o fundo não era fonte de recursos para órgãos federais. E que eventuais reduções no montante do fundo inviabilizariam a implementação de nossa política de segurança pública, expressa no plano nacional que o presidente apresentara ao país durante a campanha e que me cumpria aplicar. Além disso, cortes no fundo contradiriam a promessa do presidente de não contingenciar ou reduzir sob qualquer pretexto as verbas do fundo. (C) Por último, havia duas questões ainda mais graves: um conflito muito sério com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, desde 2002, por questões relativas à minha visão da ética; e o fato de eu ter conseguido que todos os governadores endossassem uma carta declarando sua adesão à construção do SUSP (sistema único de segurança pública). <br />
<br />
*Apócrifo - diz-se de texto ou obra que não tem autenticidade confirmada<br />
<br />
<br />
<b>02. Como funcionaria esse sistema único de segurança? </b><br />
<br />
O SUSP implicaria uma verdadeira revolução nas polícias e nas políticas de segurança. Todas as polícias teriam que respeitar princípios únicos em áreas chaves: da formação, da informação, gestão, perícia, controle externo e prevenção. Não são camisas-de-força, são exigências mínimas. Apesar de eu não estar fazendo mais do que tinha sido previsto e prometido no plano de governo, meu sucesso na obtenção da adesão dos governadores para criação desse plano nacional de segurança representava uma nova realidade política muito importante e desafiadora.<br />
<br />
<b>03. Por que esse projeto do SUSP não entrou em prática? </b><br />
<br />
O presidente teria de convocar os governadores para celebrar o que chamávamos pacto pela paz, e para, com o apoio de todos, encaminhar propostas ao Congresso Nacional. Era o combinado. Ocorre que isso faria do presidente o grande protagonista nacional da segurança, deslocando a União para o centro e aposentando a velha atitude de transferir toda a responsabilidade para os estados. Claro que é mais confortável deixar a bomba no colo dos governadores, mas não é correto, como dizia nosso plano, explicitamente Não era certo e prometemos mudar isso. Entretanto, a hora de mudar tinha chegado e os assessores mais próximos do presidente perceberam que, politicamente, aquilo poderia provocar desgaste político para o presidente e o governo federal. Melhor seria esquecer. Esquecer o que dissemos, as críticas que fizéramos ao presidente Fernando Henrique e todas as nossas promessas. E meus esforços nos dez meses de negociação com os estados. Melhor sepultar tudo isso, por uma pedra em cima e não falar mais no assunto, contando com a incrível incompetência da mídia, nesse caso. Para isso, no entanto, era preciso me sepultar junto, me calar. E o único meio de fazê-lo, de me tirar do caminho, era me jogar para fora do governo, ceifando minha única arma: o respeito e a credibilidade que minha biografia merece. Como arruinar uma biografia? Como destruir uma reputação construída por tantos anos de trabalho sério? Com acusações desmoralizantes, que afetassem a área ética, da honestidade. Por isso, o dossiê veio a calhar, e contou com o apoio da Casa Civil e do próprio ministério, clandestinamente. Como sei disso? Porque os três canalhas que prepararam o dossiê sempre foram servis. Jamais teriam a ousadia de promover um ataque apócrifo na mídia, facilmente investigável, contra um secretário nacional com minha trajetória, correndo o risco de serem definidos como inimigos do governo federal e do PT. Quem sempre foi pau mandado, numa situação de extremo risco e de imensa covardia e desonestidade, nunca se exporia à perda de cargos e à expulsão do partido. Agiram porque seus pequenos interesses corruptos se casaram com outros grandes interesses políticos. Aprendi, na pele, por atitudes de pessoas que admirava e respeitava, que os novos donos do poder não tinham nenhum escrúpulo. Nenhum. Absolutamente, nenhum. Os fins é que importavam. Os meios valiam, quaisquer que fossem. Que eram capazes de pisar na mãe, de esmagar companheiros, de jogar no lixo uma vida inteira de trabalho e militância como quem cospe uma guimba de cigarro. Analisando, anos depois, o que aconteceu, vejo que tinham mesmo de me tirar da frente, de me afastar da secretaria nacional de segurança. Eu jamais aceitaria conviver com o mensalão e os esquemas derivados.<br />
<br />
<br />
<b>04 - Ao sair do governo Lula, ao contrário da maioria, você saiu atirando em tom de desafio, um dos seus alvos foi o José Dirceu. O que você disse na época e qual sua posição a respeito do Jose Dirceu hoje? </b><br />
<br />
O que disse, em essência, agora repito: discordo da ideia de que os fins justifiquem os meios. Por mais belos que sejam os fins, nada justifica a instrumentalização das pessoas ou que, por conveniência tática, se tomem atitudes iguais às que antes eram criticadas. Acho que Dirceu pensa o oposto e sua prática expressa com coerência sua visão. Lamento, porque ele tem virtudes e talento. Mas o fato é que isso nos afasta irremediavelmente.<br />
05 - Você foi secretario de Segurança Pública Nacional e também do Rio de Janeiro. Referente às suas decisões, tomadas durante esse período, o que você não repetiria? <br />
<br />
O que eu não repetiria? Aceitar trabalhar como secretário de um governador que não compartilhe inteiramente o compromisso de realizar as mudanças necessárias, qualquer que seja o preço político a pagar. Sem que o governador ou o presidente vista a camisa, inteiramente, da nova política de segurança e do projeto de revolucionar as polícias, a começar pagando salários decentes aos policiais, não adianta um secretário se arriscar, lançar sua vida no projeto. Vai trabalhar sem o apoio necessário e vai acabar sozinho, quando as primeiras dificuldades importantes aparecerem.<br />
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<b>06. Na atual situação, qual você acredita ser a saída para a violência do Estado? </b><br />
<br />
Quanto à saída, escrevi muito a respeito. Vamos ter de mudar as polícias, completamente, como já disse, a começar, repito, pelos salários, e vamos ter de combinar ações preventivas inteligentes, com a participação das comunidades, com uma orientação policial voltada para a defesa da vida e também dos direitos constitucionais dos cidadãos. Como construir uma política assim complexa e transformadora? É difícil, mas não impossível. Mas não dá para resumir. Quem tiver curiosidade poderia dar uma lida nos livros "Meu Casaco de General" (Cia das Letras, 2000) e, principalmente, "Segurança Tem Saída" (Sextante, 2006).<br />
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<br />
<b>07 - Dizem que você escreveu sozinho o livro "Violência e Criminalidade no Rio de Janeiro (1998). ", que é assinado pelo ex- governador Anthony Garotinho, isso é verdade? </b><br />
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Eu o escrevi com alguns colegas convidados. Garotinho estava de acordo e entrou para a co-autoria, o que era legítimo, uma vez que ele afirmava que havia plena harmonia com as ideias e declarava a disposição de aplicar as ideias, fazendo-as de todos nós, juntos, na prática.<br />
<br />
<br />
<b>08. Qual a sua avaliação sobre o Garotinho quando o assunto é lealdade? </b><br />
<br />
Infelizmente, ele foi leal às ideias e a mim até certo ponto. Depois, infelizmente, preferiu a lealdade a seus projetos políticos pessoais, como exponho no livro sobre minha experiência no governo do Rio, Meu Casaco de General (2000). <br />
<br />
<b>09- Qual a sua opinião sobre a política atual de segurança do Brasil e do Rio de Janeiro ? </b><br />
<br />
Até há pouco tempo, no Rio não havia nenhuma. Repetia-se a velha, desgastada e desastrada prática das incursões bélicas nas favelas, que os políticos gostam de denominar "política de confronto", como se fosse uma novidade. Nada mais velho, nocivo e equivocado. E ineficaz. Só gera morte e sofrimento. Até mesmo para policiais. Os desastres foram tantos e os resultados continuavam tão desanimadores que, ante o desgaste político, o governador Cabral resolveu adotar as UPPs, que são nada mais nada menos do que a retomada de programas que implantamos em 1999 e 2000, com os mutirões pela paz e o GPAE, este implementado pelo ten-cel Carballo Blanco. Apesar do sucesso, esses programas haviam sido suspensos. Aplaudo sua retomada. Os nomes podem ser diferentes. Que o governador fique com os créditos políticos. Ótimo. Tudo bem. O importante é fazer isso a sério e a chegada ao governo de uma pessoa extraordinária, que é o novo secretário de assistência social e direitos humanos, Ricardo Henriques, me enche de esperança. Agora, as UPPS não são uma política de segurança. São uma pequena parte. A parte chave, crucial, continua intocada: a mudança das polícias. Sem isso, as UPPs continuarão a ser apenas algumas ilhas no oceano da corrupção, da brutalidade policial, e também do desrespeito aos próprios policiais. <br />
Quanto ao Brasil, digo o seguinte: Admiro Tarso Genro e acho que o Pronasci, com todas as suas limitações, foi um avanço. No entanto, nem mesmo o Tarso conseguiu fazer o governo federal mover uma palha sequer rumo à reforma (que deveria ser radical e urgente) das polícias brasileiras. Claro que as transformações mais profundas terão de passar pelo Congresso, mas o governo tem influência, tem uma base política, tem poder de mobilizar opiniões, apoios e dinâmicas positivas. Foi uma imensa decepção. Desde que eu saí, nosso plano foi arquivado (salvo em suas dimensões sociais preventivas e educacionais, visando aprimorar a formação policial, duas áreas nas quais houve avanços, graças a Tarso e a Ballestreri). A parte mais substantiva e impactante do plano foi para a gaveta, quando eu saí. E a mídia se calou a respeito. A sociedade não se mobilizou. Já o processo das conferências acabou sendo tremendamente frustrante, justamente porque não interessava ao governo federal que saísse alguma proposta que apontasse no sentido da mudança do modelo de polícia e da reforma policial. Simplesmente porque o governo federal não queria se comprometer. Muito mais fácil é lavar as mãos, deixar o desgaste com governadores e prefeitos, e nas crises aparecer como o bom pai que presta uma ajuda solidária. Quando dois parceiros trabalham juntos, o que há é parceria, trabalho compartilhado. Quem fala em ajuda é porque está fora, longe e estende a mão, eventualmente. Lamento muito também que o governo federal tenha sido pusilânime e conivente com o genocídio de nossos jovens negros e pobres, moradores de bairros pobres, comunidades e favelas. A violência policial no Rio é campeã mundial. Entre 2003 e 2009, inclusive, 7854 pessoas foram mortas por ações policiais no estado do Rio. Adivinhem quantos casos envolveram execuções? Adivinhem onde ocorreram? Adivinhem a classe social de todas as vítimas e a cor de pele da maioria?<br />
<br />
<b>10. Qual sua opinião sobre a descriminalização das drogas ? Qual a sua sugestão para a solução desse problema? </b><br />
<br />
Sou a favor. Aliás, publiquei o primeiro texto defendendo a descriminalização há 30 anos. Por motivos filosóficos e pragmáticos. Os filosóficos: a meu ver, o Estado não tem o direito de dizer o que um adulto pode ou não ingerir em sua casa, desde que não dirija nem ponha a vida dos outros em risco. Se pode ingerir açúcar, gordura, sal, colesterol, café, cigarro, álcool, maconha ou tranquilizantes, por exemplo. Se for para proibir o que pode levar à morte, comecemos pelo cigarro e o álcool, que são os mais perversos e destrutivos, e os que mais matam no país, sem comparação. Há mais de 15 milhões de alcoólatras no Brasil. Não preciso dizer mais nada. Portanto, vamos parar com essa revoltante hipocrisia que me deixa mais do que indignado, porque brinca com a inteligência das pessoas como se elas fossem estúpidas. <br />
O dia em que o país criminalizar o álcool, vou passar a levar a sério o argumento proibicionista das drogas. Só que ninguém é maluco de propor a proibição do álcool, porque a lei não seria jamais aplicada e criaria um tráfico de álcool muito mais violento do que o das atuais drogas ilícitas. As drogas ilícitas fazem mal para a saúde? Sim, fazem. E daí? Tudo o que a ciência descobrir que faz mal vai ser proibido e criminalizado? Se faz mal, não tem sentido abordar o problema com polícia e prisão. Tem sentido abordar com educação e saúde, apostando na cultura, porque foi assim que o país está batendo recordes na queda do consumo do cigarro. Basta disciplinar a venda, proibir propaganda, restringir espaços para uso e difundir uma imagem negativa baseada em fatos reais, científicos, sem moralismos. Os motivos pragmáticos: não existe, na prática, proibição de drogas. Existe apenas na lei. Quer fazer um teste? Saia de casa, ande até a esquina mais próxima e procure se informar onde e como você pode adquirir drogas. Você vai ver que nada é mais fácil. Isso não acontece somente no Brasil. Acontece em todo o mundo não teocrático e não totalitário.<br />
<br />
<b>11. Você acha que para mudar essa realidade tem de haver uma mudança de atuação da polícia, um salto de qualidade? </b><br />
<br />
Nada tem a ver com a qualidade das polícias, ainda que o tráfico se alimente da proibição e que seja uma fonte poderosa de corrupção policial. Os EUA investiram bilhões de dólares na guerra às drogas e o consumo não sofreu alteração. Nada mudou. Portanto, a questão real, verdadeira, prática, não é: devemos ou não proibir o acesso às drogas. Se o acesso é um fato inegável e irreversível --porque é impossível controlar compra e venda quando há demanda e oferta--, a pergunta é: em que contexto prefirimos que esse acesso se dê? Em um contexto jurídico-político em que tal acesso seja criminalizado? Ou em um contexto em que ele seja objeto de políticas de saúde e educação? Não existe outra pergunta séria e realista. Goste-se ou não. Ora, se a pergunta realista, não hipócrita, é esta são esta (em que contexto é preferível viver ou é menos ruim viver, no contexto criminalizador ou no outro?) tratemos de responder. O contexto criminalizador aborda a questão com polícia e prisão. O que acontece? Reduz-se o consumo? Não. Todo mundo vai preso? Não. Só vão presos alguns, porque é impossível controlar e também porque prospera a corrupção policial (mas mesmo sem corrupção seria inviável controlar).<br />
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<b>12. Quem são esses “alguns”? </b><br />
<br />
Quem são esses alguns? Você tem dúvida? Leia os dados e comprove: só vão presos os pobres e, sobretudo, os negros. Ou, quando adolescentes, vão para as entidades sócio-educativas. A turma da classe média não consome drogas, nem vende? Consome, sim, e vende. Muito. Mas a desigualdade no acesso à Justiça faz a máquina se mover sempre no velho padrão classista e racista conhecido. Resultado: tem servido para quê a atual política? É só olhar em volta. Para conter o consumo ela não serve, mas para criminalizar os pobres ela é uma beleza. Um tremendo sucesso. Que tragédia, hein? Ano passado dei ao ministro Tarso Genro, pessoa que respeito e admiro, uma proposta de plano nacional contra o crack. Ali eu tentei desenvolver métodos de prevenção e tratamento que não envolviam punição, mas o envolvimento da sociedade e a difusão da consciência, além de muito investimento em saúde.<br />
<br />
<b>13- Qual é a sua posição a respeito das cotas para negros e como você percebe a mídia sobre esse tema ? </b><br />
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Sou a favor das cotas, ainda que preferisse que elas não fossem necessárias, é claro. Fui um dos primeiros a defender ações afirmativas e cotas, no Brasil. No começo, há uns 15 ou 20 anos, mais ou menos, muitos amigos que hoje são favoráveis eram contrários e achavam que eu estava "americanizado" ...! Sou a favor porque, apesar de o Brasil ter sido um dos países que mais rápida e profundamente mudou, no século XX, a despeito de passarmos de uma colônia inglesa e americana, agrícola, exportadora de matéria prima e importadora de manufaturado, com a imensa maioria da população no campo, para uma realidade urbana, industrial, apesar de termos nos tornado a oitava economia do mundo e de termos construído uma democracia política com uma Constituição regida pela equidade e conforme aos direitos humanos, a despeito de tudo isso, o racismo e a desigualdade entre negros e brancos permanecem praticamente intocados. Os dados são impressionantes. Nem em laboratório seria possível produzir esse resultado: mudar intensa e celeremente toda uma sociedade e manter intacta a relação iníqua entre negros e brancos, no que diz respeito ao acesso à renda, ao poder, à educação e à justiça. Em 70 anos, a diferença entre a escolaridade de brancos e negros tem se mantido em 2,5 anos. Ou seja, nos restam duas opções: esperar que esse tipo de desenvolvimento econômico desigual siga em frente, esperando que a longo prazo as desigualdades diminuam, assim como o racismo, ou agir imediatamente para intervir nessa distribuição desigual de poder, recursos, educação e justiça. Mesmo que essa intervenção seja artificial, ela precisa ser feita. E não falo em dívidas com o passado, porque não acredito nisso. Acredito em minha responsabilidade, hoje. Creio e quero cobrar a responsabilidade dos vivos, dos nossos contemporâneos. As ações afirmativas são uma resposta às absurdas, repulsivas, abjetas, vergonhosas, cruéis iniquidades do presente. Vamos tolerar o inaceitável? Vamos naturalizar as injustiças? Vamos ser cúmplices desse estado de coisas? E não me venham dizer que cotas inventarão o racismo no Brasil. Como se ele não existisse, hoje, e da forma mais cínica e infame. Queria que ocorresse um milagre e que os que negligenciam o racismo brasileiro amanhecessem negros e passassem uma semana sendo negros no Brasil. No oitavo dia, despertariam brancos, de novo, mas com a memória dessa semana intacta. Queria ver se teriam o desplante de negar a virulência o racismo brasileiro, tropical e hipócrita.<br />
Quanto à mídia, não saberia dizer. Entre os jornais que leio, me impressiona como O Globo tomou partido contra as cotas. Acho profundamente lamentável. Que os editores tenham suas posições, tudo bem. Cada um deve se posicionar e é livre para assumir seu próprio ponto de vista. Mas é triste a arrogância, o autoritarismo, os truques com que praticam sua escandalosa parcialidade. Um mínimo de competência e profissionalismo exigiria um tratamento mais equilibrado, que não desconstituísse um dos pólos em disputa.<br />
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<b>14 - Você concorda com o antrópologo Demetrius Mongnoli quando ele diz que a genética humana provou que o homem não se divide em raças? É correto associar essa conclusão com o tipo de preconceito que temos no Brasil ?</b><br />
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Respeito o Demétrio, mesmo quando discordo dele. Trata-se de uma pessoa extremamente inteligente e seus argumentos devem ser sempre levados em consideração. Nesse caso, discordo dele, porque o fato de as raças biologicamente não existirem --e é claro que não existem--, não quer dizer que as sociedades não reconheçam a cor da pele como marca de diferenciação e lhe atribuam significados. Por isso, o preconceito existe, quando as cores se tornam marcadores de distinções, configurando preconceitos, estigmas e hierarquizações, e distribuindo poder desigualmente. Ou seja, a raça não existe, biologicamente, mas o racismo com base na cor da pele existe, socialmente.<br />
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<b>15. Você disse em uma entrevista que “um negro caminhando pelas ruas de uma grande cidade é um ser socialmente invisível”. O que você quis dizer com essa afirmação</b>? <br />
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Pois é, isso dá filme, documentário, livro e samba, digo, Rap! E já deu... Resumindo uma longa história, digo que há duas maneiras de não ver uma pessoa: desviando o olhar, fingindo que ela não está li, diante de você, ou projetando sobre ela um preconceito, um estigma, uma imagem pré-concebida. Se a imagem é pré-concebida, ela não corresponde à pessoa. Pelo contrário, a anula.<br />
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<b>16. Quais as motivações que impulsionam o surgimento desta “imagem”? </b><br />
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Essa imagem estereotipada é apenas o retrato de nossa própria intolerância. O reflexo daquilo de pior que temos em nós. De todo modo, pela indiferença --real ou fingida-- e pelo preconceito, a pessoa não é vista. E quando não nos olham nos olhos, quando o outro não reconhece nossa presença humana, não devolve a nós nossa imagem real ungida de valor, nós sentimos que estamos sós, habitando o vazio, e carecemos de apreço, respeito, reconhecimento, acolhimento. Sozinhos nada somos. Só nos construímos como pessoas graças ao reconhecimento, ao acolhimento dos outros. Só nos completamos como seres humanos, seres sociais, pessoas, sujeitos, desse modo, nessa interação com o outro acolhedor, que reconhece nossa individualidade e a valoriza, pela atenção, pelo olhar desarmado, pelo afeto, pela generosidade de um bom dia, pelo afago de um boa tarde, pelo milagre de um "como vai você?"<br />
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<b>17. E quem seria esse “outro acolhedor”? </b><br />
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Quem são os outros de quem dependemos para construirmo-nos como pessoas, para que não nos falte auto-estima, auto-respeito, auto-confiança e capacidade de amar, sonhar, ser feliz? Os pais ou aqueles que, em casa, ocupam esse lugar. A comunidade na qual crescemos. A escola, A sociedade, em geral, porque cruzamos com os outros seres humanos por todo canto. Quando vivemos traumas em casa, na escola e na comunidade, e quando a sociedade exercita com arrogância e medo a indiferença ou o preconceito, isto é, quando a sociedade não nos vê, acabamos profundamente afetados e nossa auto-estima se arruina. A fome de ser, de ser valorizado, reconhecido, acolhido, visto, pode levar a que os "invisíveis" busquem uma arma para tentar sair do sufoco da invisibilidade. A arma pode ser um passaporte para a visibilidade, uma vez que, pelo uso da arma, em um assalto, é possível provocar no outro um sentimento, por pior que ele seja, obrigando o outro a olhar e ver, ainda que seja um olhar cheio de ódio e medo. A opção é trágica e as consequências são as piores possíveis. É como se alguém, morrendo de sede no deserto, encontrasse um frasco de veneno e o bebesse. Mata a sede e tende a matar a própria pessoa cuja sede foi saciada. <br />
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<b>18. Atualmente temas atuais são os casamentos Gay, adoção de crianças por casais Gay e outras tantas conquistas que o movimento tem alcançado. Porém, por outro lado parte da sociedade se sente patrulhada por não ter direito de discordar sob pena de ser taxada de homofônica. Qual sua avaliação ? </b><br />
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Na realidade, acho absurdo que ainda haja quem seja contra o direito de uma pessoa de fazer o que quiser desde que esse fazer não produza prejuízos para os demais nem afete a liberdade dos outros. Se uma pessoa quer fazer sexo com outra, isso só diz respeito aos dois ou às duas, e a mais ninguém --a menos que você esteja envolvido com uma delas e, nesse caso, vai se sentir rejeitado e vai ter um acesso de ciúme. Fora disso, a sociedade não deve se meter. Muito menos o Estado. Se além de sexo as pessoas querem viver juntas, ótimo. Qual o problema? Caso se amem, que maravilha. Melhor ainda. A partilha da casa e da vida se transforma em um casamento. Que bom. Se essas pessoas convivem com razoável estabilidade e têm condições materiais de adotar crianças, que maravilha! De que precisam as crianças, além de condições materiais básicas? Amor e tudo que vem junto do amor. Qual o problema? Vamos ter no futuro mais gente feliz e menos preconceito. Que ótimo. Agora, se alguém se sente no direito de julgar o amor dos outros, o desejo dos outros, o sexo dos outros e a capacidade dos outros de educar e dar amor, vai ter no mínimo que ouvir muito. Ouvir muito até se sentir patrulhado. Por que? Porque quando os conservadores moralistas posicionam-se contra o casamento gay e a adoção, não estão apenas democraticamente manifestando suas opiniões, o que seria legítimo. Estão exercendo seu poder de maiorias e impedindo a minoria de viver em plenitude seu amor, seu desejo, sua vida. O que é muito grave e tirânico. Portanto, recorrer à arma da denúncia contra os que são homofóbicos é o mínimo que a minoria oprimida pode fazer. Até para reverter positivamente à humilhação a que é, sistematicamente, submetida. E se alguém puxar do coldre o argumento-arma de que os filhos adotados por casais gays não serão saudáveis, eu saco minha resposta-arma, dizendo que a família tradicional é um modelo repleto de patologias e fonte de doenças, neuroses, abusos e violências infinitas, contra mulheres e crianças.<br />
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<b>19. Considerando que estamos chegando ao início formal de uma campanha eleitoral no Estado do Rio de Janeiro, qual a sua avaliação dos candidatos abaixo mencionados, o que eles têm de bom ou de ruim para contribuir com o nosso Estado? </b><br />
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<b>Fernando Gabeira </b><br />
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Admiro Gabeira desde que li "O que é isso, companheiro?", antes de ele voltar do exílio. Naquela época, nem todo mundo que lutava contra a ditadura tinha também uma visão crítica do modelo soviético ou do chamado "socialismo real". Ele tinha toda clareza sobre a falência dos tipos autoritários de socialismo e uma visão crítica da falta de auto-crítica das esquerdas brasileiras, sobretudo por parte dos grupos que se engajaram na luta armada. Ou seja, Gabeira criticava a esquerda ortodoxa e os heterodoxos que se armaram. Basicamente, mostrava que pouca gente na esquerda realmente lutava pela democracia. Para a maioria, a democracia era um estágio provisório, uma espécie de baldeação histórica a caminho do paraíso comunista, em que a nova ordem seria mantida por uma ditadura da classe operária. Claro que como uma classe é composta por milhões de pessoas e, portanto, não cabe inteira em gabinetes governamentais... Quem mandaria mesmo seria a elite de um partido. Gabeira desmascarou essa visão elitista e militarista das esquerdas e desnudou também a caretice de nossas esquerdas, que proclamava a revolução mas ria das piadas homofóbicas, convivia perfeitamente com o machismo, reproduzindo-o, e não valorizava a luta específica contra o racismo. Claro que Gabeira não inventou a roda. Muita gente no mundo todo e no Brasil já falava tudo isso, desde pelo menos a importantíssima explosão de 1968. Mas ele encarnou bem essa posição que combinava apreço verdadeiro e radical pela democracia, culto dos valores que eram os mais belos das tradições socialistas (justiça, igualdade, fraternidade) e um compromisso com a paz, a liberdade individual, o respeito às diferenças e às minorias. Ele era um performer. Chegou e foi à praia, vestindo uma sunga bem pequena. Provocou o machismo, a caretice e todo o conservadorismo moralista de nossas tradições ibéricas e católicas. Depois, Gabeira foi defender os presos comuns contra os abusos, as violações de seus direitos, as humilhações e violências. Tinha sido preso e torturado e não se esqueceu de que os pobres, no Brasil, sempre mofaram na prisão e sempre foram torturados e aviltados. Sobretudo os negros. Gabeira não se esqueceu disso e continuou lutando contra a tortura e o desrespeito aos direitos humanos mesmo quando os beneficiários da luta deixaram de ser os militantes de esquerda de classe média e brancos. Entrou na política e sempre manteve uma postura aberta e honesta. Criticou o sectarismo hipócrita do PT quando o partido expulsou seus 3 deputados federais que votaram em Tancredo Neves (e contra Maluf, portanto), no Colégio Eleitoral, em 1984, e quando o partido se opôs a votar a favor da Constituição, em 1988, ou quando não apoiou o governo Itamar Franco, depois do impeachment de Collor, apesar dos pedidos de Itamar e de sua vontade de incorporar boa parte da agenda do PT. Ou quando o partido se opôs ao Plano Real, sem o que nós não teríamos vencido a inflação, que explorava os mais pobres e inviabilizava os governos no Brasil. Nada de bom teria acontecido no Brasil sem o Plano Real, que foi a mais importante mudança depois da reconquista da democracia. Gabeira esteve sempre no lugar certo. E sempre com transparência. Acho que o país deve muito a ele. Minha geração, em especial. Eu sinto que devo muito a ele. <br />
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<b>Cesar Maia</b><br />
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Uma prodigiosa e admirável inteligência a serviço das piores causas e dos interesses que as movem ou delas se beneficiam. Uma pena para o Brasil. Se as causas populares, progressistas, libertárias, democráticas contassem com uma liderança e um pensador como ele, o Brasil teria avançado bem mais. Já disse a ele, pessoalmente. Trata-se de uma das maiores inteligências da política brasileira aplicada numa direção lamentável. E tudo isso por cálculo. Ele era um homem de esquerda. Quando foi eleito prefeito e fez uma excelente gestão, avaliou que, no Rio, a esquerda estava ocupada pelo PT, por Brizola e seus seguidores, como Marcelo Alencar, Saturnino Braga, Darcy Ribeiro e outros. Concluiu que se quisesse fazer carreira política teria de ir para a direita, que estava praticamente órfã de Carlos Lacerda. Eram 30% de votos a procura de um representante. Fez as malas e se mudou para o porto seguro do lacerdismo. Só que ele não se deu conta de que esses 30% são um grande patrimônio mas também um teto intransponível. Ele nunca venceria uma eleição para o governo do Rio, ainda que garantisse para si um bom lugar ao sol. Esse oportunismo o condenou a ser para sempre um político regional e mediano, quando tem talento para muito mais. Mas o que eu realmente não perdôo em Cesar Maia é o cinismo oportunista com que crítica os outros pensando apenas nos cálculos eleitorais, sem nenhum compromisso com a verdade ou a justiça. Ou seja, bye bye interesse público. <br />
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<b>Antony Garotinho</b><br />
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Que tristeza. Era uma figura notável: inteligente, aberta, criativa, ágil, e tinha o coração do lado certo. Isso fazia dele um excelente gestor e uma liderança com extraordinário potencial. Sou testemunha de que ele verdadeiramente se identifica com as causas populares e democráticas e que muito sinceramente vibra com os valores que eu também cultuo. Pelo menos ele era assim em 1998, 1999 até início de 2000. Tanto que o ano de 1999 foi espetacular para o Rio e isso se traduziu em aprovação recorde de seu governo, naquele momento. Que desastre a ambição humana desmedida. Ele deu o beijo em Mefistófeles e celebrou o pacto com o diabo. Como Fausto. A imensa aprovação popular o convenceu de que ele poderia vencer Lula em 2002. Consumido por esse sonho precoce, precipitado, sacrificou nossos planos todos, os compromissos de governo, em nome do novo projeto. Jogou fora os vínculos com a esquerda, balcanizou o governo, trazendo o PMDB e toda a velha fisiologia, mudou a postura, o discurso, a imagem, a identidade e não cessou de seguir em frente, cercado de bajuladores incompetentes, com raras exceções. Hoje, é esse desastre, que aglutina o que há de pior. Perdeu-se, irremediavelmente. <br />
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<b>Lindberg Farias</b><br />
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Uma figura humana extraordinária, um gestor corajoso e visionário, um político que combina como poucos o realismo e o reconhecimento de que é preciso fazer concessões com a fidelidade aos valores democráticos e populares. O maior carisma da política brasileira depois de Lula. O futuro do Rio, depois de Gabeira. <br />
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<b>Sérgio Cabral</b><br />
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Uma pessoa charmosa, simpática, encantadora. Ele tem a quem puxar: o pai é uma grande figura. Sempre foi assim. Fui seu professor na Faculdade da Cidade em 1982 e andamos próximos na militância daqueles tempos. Infelizmente, há muitos anos ele se ligou aos grupos fisiológicos da política fluminense. Seu governo combina excelentes quadros e ótimas ações, com a reiteração de velhos padrões e compromissos. Um passo adiante; um passo atrás. Assim não vamos muito longe. <br />
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<b>Picciani</b><br />
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Representa uma política à qual o Rio deve, em parte, seu atraso.<br />
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<b>20. O que existe de pior e de melhor nos candidatos a presidência? </b><br />
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<b>Dilma Rousseff</b><br />
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O melhor: É uma pessoa de muito valor. Séria, honesta, competente. Seus compromissos com valores da justiça, da equidade e da democracia me parecem inquestionáveis. O pior: a inexperiência política, o autoritarismo que a caracteriza como gestora e a visão estreita, antiquada e anti-ecológica que tem a respeito do desenvolvimento. <br />
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<b>Marina Silva </b><br />
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O melhor: Trata-se de uma das pessoas mais admiráveis que conheci na vida. Tanto pela ética, quanto pela inteligência. Seus compromissos com os valores da justiça, da equidade e da democracia são firmes, verdadeiros e profundos. É competente, honrada, devotada ao trabalho, capaz de liderar com firmeza e doçura. É a única candidata que tem carisma. Ao contrário de Dilma e Serra, sua personalidade não é autoritária, pelo contrário, o que a torna, ao contrário dos outros dois, uma agregadora. Sua visão do desenvolvimento incorpora a questão ambiental, a questão da qualidade de vida e os temas contemporâneos sobre as grandes cidades, que Dilma e Serra desconsideram, solenemente. O pior: seu partido é frágil e sua candidatura está politicamente solitária, o que limita muito todo seu extraordinário potencial. <br />
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<b>José Serra</b><br />
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O melhor: Assim como Dilma, é uma pessoa de muito valor. Séria, honesta, competente, dedicada ao trabalho. Tem uma formação intelectual de muita qualidade e é o mais experiente. Seus valores são ótimos. Iguais aos de Dilma. O pior: sua visão de desenvolvimento é antiquada como a de Dilma. Pior ainda são suas alianças com o DEM, com Kátia Abreu, com a direita.BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-24030351410922809692011-05-06T06:48:00.000-07:002011-05-06T06:48:47.439-07:00Hannah Lima...A primeira entrevista desta semana é também a que tem a primeira mulher passando aqui no Porradão de 20. Ela já cansou de assinar B.O. (mesmo sem ter culpa), trabalhou com Fernanda Abreu, Evandro Mesquita e Sidney Magal e anda pensando em ser mãe. Seu CD atual tem rendido bons frutos, inclusive a abertura do show do Akon no Rio de Janeiro. Com vocês a cantora Hannah Lima! Fala aí “Neguinha”!<br />
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<img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/hannah-lima-04.jpg" /><br />
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<b>01 - Quando começou sua carreira?</b><br />
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Comecei profissionalmente aos 17 anos num grupo de Teatro Musical ministrado por Deto Montenegro, irmão do Osvaldo Montenegro, no CIEP do Cantagalo, que na época não funcionava como escola e sim estava ocupado como moradia por algumas pessoas.A polícia invadia direto, era tensa a situação do morro e eu ficava lá todos os dias das 20hs até as 23:30h...Muitas vezes os meninos vinham avisar e a gente tinha que descer de lá naquela situação...Vi muita coisa ruim...Vivi situações críticas ali, mas isso é outro assunto... Ensaiávamos e depois de um ano fizemos uma peça musical. Ali comecei a vencer a timidez que me impedia de mostrar minha voz, a dança etc.. <br />
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<b>02 - Com quem já trabalhou e como foram essas experiências ? </b><br />
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Aos 18 anos passei num teste para ser backing vocal e dançarina do Sidney Magal. Acreditem, aprendi muito com ele! <br />
Depois, aos 21 anos de idade, a Fernanda Abreu me ligou dizendo que eu havia sido indicada por um músico e fui ser backing vocal dela na época da música Rio 40 Graus. Em seguida veio a Blitz em 1994, gravei um disco ao vivo e inicialmente a turnê duraria 6 meses, estourou e acabei ficando 3 anos. <br />
Essas experiências com estilos completamente distintos foram fundamentais para minha formação e aprendizado de palco. Pude me experimentar em estilos que eu jamais faria e vivenciar momentos especiais junto a esses artistas, o que me possibilitou posteriormente estrear na carreira solo como se fosse uma veterana. <br />
Lógico que paralelamente a todos esses trabalhos eu desenvolvia minha identidade, minhas músicas e também procurava estar presente nos bailes Blacks. Interagia com muitos cantores do estilo como os meus irmãos do antigo Ebony Vox, as Sublimes, As Damas do Rap, e outros.<br />
Em 1999 consegui vender meu cd ainda em demo pra uma gravadora de São Paulo, a Abril Music - que comprou a produção pronta pagando também uma mixagem no Estúdio Nas Nuvens. Entre 2000/ 2001 lancei então o CD INTUITIVA e tive 2 singles tocando nacionalmente. Em 2003 eu pedi a rescisão devido a vários problemas e falta de entendimento com a gravadora e decidi seguir independente. Em 2008 gravei o cd NEGUINHA e em março de 2009 a primeira tiragem chegou em minhas mãos.Sigo trabalhando esse cd.<br />
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<b>03 - Quem é Hannah Lima? </b><br />
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Essencialmente uma pessoa salva pela música, que desde criança expressa sua existência e seus sentimentos através do canto. Uma pessoa abençoada com um dom divino que me ajudou a suportar perdas e situações insuportáveis desde meus 5 anos de idade quando perdi minha mãe...Não fosse a música eu não teria suportado a minha infância. <br />
Depois os problemas de saúde e financeiros do meu pai...A música foi a salvação mais uma vez pois consegui aos 18 anos um trabalho na hora certa que me permitiu segurar as despesas todas desde então. <br />
Sou uma pessoa extremamente intuitiva que não tem medo de dizer o que pensa e que pede desculpas quando percebe ter cometido algum erro... <br />
Uma mulher muito romântica, ultra sensível ,emotiva, sincera, pisciana duas vezes, pois meu ascendente também é peixes, tímida, introspectiva, profunda nos pensamentos e sentimentos e também comunicativa e expansiva quando focada em passar algum recado.Tenho muitas características opostas e por isso às vezes assusto as pessoas. Especialmente as que me subestimam. Sou uma rosa e um espinho, sou a calmaria e um furacão... <br />
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<b>04 - Quais suas referências e os ídolos na música ? </b><br />
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Vixi... Ai são muitos...Com certeza não vou falar todos ...Cresci escutando Pixinguinha, Villa lobos, Adoniran Barbosa - por causa da minha avó que toca piano e do meu pai que adorava Orlando Silva, Nat Kim Cole...<br />
Lembro de Michael Jackson ainda nos Jackson Five e Donna Summer; esses foram meus primeiros ídolos quando eu tinha uns 4 pra 5 anos. Minha mãe morreu e eu me apeguei a Donna Summer, eu a imitava direto e a tinha como referência feminina, queria que ela viesse cuidar de mim já que a minha mãe estava com “papai do céu”... <br />
E daí em diante tudo o que era música passou a me chamar a atenção. De Stevie Wonder passando por Sandra de Sá, Alcione, o Marvin Gaye que virou uma paixão! Tim Maia, Cassiano, são muitos. <br />
0Da nova geração admiro muito a Alicia Keys e também a Rachelle Ferrel, Jill Scott ... Três “monstras” em talento ! <br />
Estive esse ano no show da Beyoncé aqui no Rio e sinceramente achei a melhor entreteiner! Uma diva por talento, competência, beleza e dedicação. Uma gigante no palco! <br />
Da MPB a Maria Gadu é incrível, que voz linda! <br />
Mas são muitos os nomes a citar e eu ficaria aqui até amanhã. Do rap nacional, por exemplo, vários nomes: Racionais, Edd Wheeler , RZO, Sabotage , Dina Di, Viella 17, Thaide e muitos outros não menos talentosos é claro ! <br />
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<b>05 - Quando está em casa como é sua vida ? </b><br />
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Em casa gosto de ficar relax, porém fico sempre ligada em música. Ficar relax pra mim é isso: música... Tenho meu tempo pro piano, ... Tenho meu tempo pra escutar cds... E meu tempo pra ficar cantando junto com os cds...Cantar junto com cds sempre foi minha brincadeira predileta de criança e até hoje é! (risos) Antigamente eu enchia o saco dos vizinhos e hoje em dia eles agradecem. Tem dia que eu não canto e a vizinha bate na minha porta e diz: “E aí? Não vai cantar hoje não?” Também faço comida, lavo louça vou ao supermercado essas coisas normais que a gente faz em casa... Depois que me separei tenho mais tempo pros meus sobrinhos, minha irmã e pra mim mesma. Estou enamorada de mim e compondo muito. Durmo depois das 3 da manhã e acordo às 10 horas. <br />
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<b>06 - Você acha que a o fato do Obama vencer as eleições nos Estados Unidos contribuiu de alguma forma para os negros no Brasil ? </b><br />
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Acho que foi algo significativo pro mundo inteiro. E é claro que também para o Brasil. Referência é algo fundamental para a auto-estima do ser humano e um negro na presidência da maior potência mundial é sim importantíssimo para todos e especialmente para as novas gerações. <br />
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<b>07 - Você acha que ainda existe racismo, preconceito? </b><br />
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Claro que existe e para os negros ele é velado. <br />
Para miscigenados como eu o racismo vem na cara desde criança, muitas vezes em forma de elogio tipo: “Graças a Deus o seu cabelo é bom” ou “Você é meio escurinha mas é linda, viu!”, ou ainda: “Desculpa aí... Não tô querendo ofender mas você é uma mulata linda de traços finos”...E por aí vai. O miscigenado já nasce tendo que explicar sua raça e fica no meio do caminho... Ele não é nada, nem branco suficiente e nem preto suficiente...Acho que por aqui quanto mais clarinho se é mais benefícios se tem.E eu como sempre tive a cor questionada sei exatamente o quanto eu fui e sou muitas vezes beneficiada por ter o tom de pele mais claro.<br />
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<b>08 – Quando você percebeu isso? </b><br />
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Percebi isso aos 4 anos de idade quando minha mãe ainda era viva e tive que sair de uma escola . Não me adaptei por que apanhava dos amiguinhos na hora do recreio. Diziam QUE Eu era preta e tinham raiva por que eu me destacava nas aulinhas de música. <br />
Uma das poucas lembranças que guardo da minha mãe é de uma conversa assim- Mãe o que é ser preta? E ela me dizendo que eu era morena e linda...Minha mãe foi á escola tentou resolver mas como não paravam de me bater a ponto de eu chegar toda roxa em casa ela me tirou na escolinha. No ano seguinte ela faleceu e meu pai conseguiu uma bolsa numa escola Alemã com a melhor das intenções de ter uma filha falando varias línguas. Durei 6 meses nessa escola que ficava em Sta Tereza. Fui acusada de roubo de um adesivo injustamente só por que ganhei um adesivo igual ao de uma aluna e ela resolveu inventar isso para a professora que acreditou nela e me disse que eu não teria condições de ter um igual por que eu era ‘diferente e pobre”. Nessa escola nenhuma criança falava comigo direito...Saí dessa escola também. E tive que recomeçar os estudos aos 7 anos direto na primeira serie sem saber ler uma letra sequer...Nossa minha infância nessa fase foi só sofrimento...me tornei uma criança insegura e com baixíssima auto-estima...reclusa...sei la demorei uma vida pra curar isso e na época não teria suportado viver Não fosse pela música... <br />
Quando fui a primeira vez para os EUA eu me descobri negra e fui valorizada por isso , fui reconhecida entende e sem a menor dúvida e de forma inquestionável e muito natural. Ao andar pela rua era “Wasup” pra lá, “Hey Janet Jackson!” pra cá... Quase precisei de segurança, sério mesmo! Bizarro!!! Eu olhava pra trás pra ver se era com outra pessoa o caô, sei lá .....Até as mulheres me olhavam e falavam: “Exotic, exotic!” Na primeira caminhada pela Quinta Avenida andei 4 ou 5 quadras e recebi 5 cartões de visita e todos de negros...Where U from Where U from ? Pensei não é possível estão me confundindo com alguma artista...<br />
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<b>09- De que forma esse preconceito se manifesta?</b><br />
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Já adulta tive o lançamento do meu primeiro cd abortado pela gravadora Abril Music e a explicação que ouvi diretamente do presidente dessa gravadora foi a de que ele havia se dado conta de que eu era uma Janet Jackson e na verdade eles queriam uma Britney Spears e na mesma ocasião ele disse que precisava pegar a minha personalidade e colocar numa menina loira que eles haviam contratado e me pediu que fizesse as musicas para essa menina cantar. Claro que neguei e pedi a recisão na hora.Ele negou a recisão e precisei esperar mais 2 anos até o contrato vencer.Isso me fez perceber que se eu fosse mais escura não teriam me contratado e que na real fui contratada “por engano”...Uns pensavam que eu era branca e outros que eu era Negra...e quando chegaram a uma conclusão veio a tal explicação dita diretamente assim-Olha você é meio moreninha né como uma janet Jackson e eu preciso de uma Britney...<br />
Detalhe isso aconteceu no ano 2000. <br />
Nos EUA percebi e recebi a valorização por ser negra.Digo a valorização vinda da parte dos negros mesmo.<br />
Ao entrar em alguma loja com atendentes brancos e negros era automático somente os negros virem me atender e por aí a coisa ia pelos clubes de música etc ...E o mais louco é que eu não chamei a atenção de nenhum branco.<br />
Minha irmã chegou a se assustar e me disse assim na ocasião: “Agora eu entendo o quanto você se sentia perdida e sem referência na infância e adolescência... Você é Negra porra ! Minha irmã é negraaaa (risos)! <br />
Isso me fez perceber o quanto ainda precisamos de auto-estima entre nós. O negro aqui acredita mesmo que o mais clarinho é branco... Lá fora não. Nem é questão de tom de pele e de cabelo e sim de traços. Passou de branco é negão. Eu sinceramente acho o racismo no Brasil muito pior do que nos EUA. Aqui você dorme com o inimigo e nem fica sabendo. <br />
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<b>10 – Por que as mulheres não gravavam disco de rap como os homens e o porquê de a cada dia menos mulheres gravarem? </b><br />
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O rap é um estilo que reflete a condição das classes menos favorecidas. E a vida das mulheres é muito dura nessas classes. Mulheres são mães de família, muitas vezes mães solteiras e que precisam trabalhar e gerar renda. Eu por exemplo abri mão de ser mãe devido às correrias da profissão. Seria impossível gravar meus cds e trabalhar com tantos artistas se tivesse tido filho cedo. Somente depois dos 37 anos ando pensando em maternidade... Acho que esse é um ponto. Outro ponto seria que o rap se estabeleceu masculino, falando da realidade dura, do crime, essas coisas.O rap se esqueceu do amor, se esqueceu da alegria, do sexo, da dança e essas coisas são fortes na alma feminina.Não que não existam mulheres questionadoras e que também falem da realidade dura, apenas não são muitas que possuem esse foco. As mulheres precisaram se masculinizar de início para serem respeitadas dentro do estilo, engrossar a voz na hora de rimar enfim, e isso, na minha opinião, não fez com que a alma feminina pudesse fazer parte de verdade desde o início. Isso fora o fato de que muitas cantam r&b e tal e isso deveria ter sido aceito desde o começo dentro do rap. Lembro que eu era odiada por muitos na época do meu primeiro cd exatamente por fazer a minha verdade que é misturada ao r&b, pela voz aguda e pela minha aparência mesmo. Enfim essa resposta é difícil de dar mas acredito que são muitos os fatores que excluem as mulheres do rap. Você vê só, os grupos andam em bandos masculinos e fica difícil até para uma mulher se sentir bem em ir falar com os caras , estar junto... <br />
Acho que já passou da hora do rap acordar, se misturar mais e perder o medo de perder essa tal essência que na minha opinião nunca foi tão completa em verdade. A ausência das mulheres prejudica não só as mulheres mas sim o estilo Rap por completo que fica desfalcado e com isso deixa de se propagar de maneira inteira e verdadeira. <br />
Pergunte a um leigo, o nome de alguns rappers nacionais e ele vai dizer mais de um. Agora pergunte o nome de uma rapper e veja o que acontece. Einh? Rapper mulher? Isso existe? <br />
Como um estilo musical pretende crescer de forma verdadeira e completa se até bem pouco tempo a feminilidade era algo definitivo para que uma mulher não fosse respeitada dentro do rap? Lembro bem do impacto que um poster do meu primeiro cd teve lá na galeria 24 de maio em SP no ano 2000. Passei por lá um dia e um cara de uma loja me chamou e disse: “Ei você é essa ai desse poster? Soube que estava aqui na galeria e coloquei o cd...Intuitiva né...Pô mina muito bom mesmo...Mas olha desculpa aí tô com esse seu poster aqui faz tempo e tipo nem quis escutar seu cd tá ligada...Pensei essa mina ai é linda demais e deve ser mais uma mentira fabricada e ruim pra caramba...Pô da hora...Mas vem cá mas quem faz essas músicas pra você?” É isso. <br />
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<b>11 - O que você acha da Nega Gizza , Negra Li , Dina Di, Rubia? Qual a importância dessa mulheres para o hip hop ? </b><br />
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Todas elas são muito talentosas! São filhas do rap, mulheres que conseguiram se impor dentro de um cenário masculino e devagar foram introduzindo a feminilidade ao seguimento. Adoro e admiro todas elas. Sou fã das vozes poderosas e das letras que essas mulheres escrevem e sinceramente sinto demais a partida da Dina Di para o outro plano pois ela sempre foi um referencial muito forte pra mim. Não éramos amigas mas tive numa ocasião uma longa conversa com ela em SP por telefone na época em que eu estive fazendo show de pré-lançamento por lá. Ela me disse sobre sua formação musical, da vontade que tinha de assumir mais o canto...Conversamos mais de uma hora, mas acabamos sem conseguir nos encontrar. Jamais esquecerei essa conversa...Admiro demais a Obra da Dina Di! <br />
Não gosto de falar perda então digo essa falta será eternamente sentida. Acho que nós mulheres deveríamos interagir mais entre nós.<br />
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<b>12 - Fora do rap, o que já fez e qual sua formação musical? </b><br />
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Minha formação vem do útero da minha mãe que tocava piano lindamente. Aos meus 5 anos de idade ela faleceu e eu aprendi a tocar sozinha, por amor e pela falta imensa e profunda que eu sentia dela. Fui autodidata até os 13 anos tocando música clássica de ouvido, mas só nas férias e feriados pois eu não tinha piano em casa e precisava ir para MG pra tocar no piano da minha avó. Depois entrei pra escola de música gratuita Villa Lobos quando meu pai conseguiu comprar um piano. Depois parei, fiquei sem piano um tempo e agora estou retomando os estudos devagar só que em vez de clássico estou aprendendo harmonia e canções populares, cantando e tocando junto finalmente e estou amando isso! <br />
Música pra mim nem se divide em estilos, pra mim é assim tem música boa que toca a alma da gente e música ruim que incomoda. <br />
Naturalmente acabei me influenciando mais pelo r&b, soul, funk e rap, mas também pela música pop e pela MPB Djavan, Tim Maia, Jorge Benjor, Sandra de Sá - que sempre foi minha referência feminina maior e hoje em dia tenho a alegria em tê-la como amiga. <br />
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<b>13 - O fato de ser uma mulher que tem uma beleza acima da média atrapalha ou ajuda? </b><br />
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Beleza é bom mas pesa e tem um preço. <br />
Pra começar na música foi muito difícil. As pessoas menosprezam o talento e a competência de alguém com uma aparência que causa impacto. E o olhar do menosprezo seguido de um elogio a sua aparência é algo complicado de se combater. Pra mim, durante muitos anos, cheguei em lugares e recebi esse olhar e somente depois de ter a chance de abrir a boca e cantar é que conseguia exatamente o inverso disso. Ai vinha a perplexidade exagerada: "Nossa você canta mesmo !!!"... Seguida da pergunta crucial: “Mas vem cá gata, quem faz essas músicas pra você?” <br />
Hoje já falo disso com mais tranqüilidade, mas foi muito difícil obter o respeito e a credibilidade das pessoas. E de vez em quando ainda é.<br />
E tem ainda um outro ponto. Trabalhar com música exige que você lide com músicos, conheça pessoas com tranquilidade, interaja com elas para troca de informações etc. E eu estou sempre sujeita a estar conversando com algum homem e isso gerar comentários maldosos. Haja paciência! Mas é isso que acontece. Procuro sempre conhecer as esposas, tomo todos os cuidados mas é difícil. O disse-que-disse é forte, e isso afeta muitas vezes até mais a vida de alguns homens que mesmo estando em contato comigo com respeito profissional e pura amizade, sofrem também essa pressão. São mal interpretados pelos olhos alheios... <br />
Se vem um simplesmente me cumprimentar no respeito ou assistir meu show no dia seguinte tá meio mundo falando... Se gravo algo romântico com alguém pronto lá vem BO que nem é meu. (risos) E a vida segue assim. Às vezes fico incomodada em não poder ficar conversando com algumas pessoas que eu admiro e trocar informações com tranquilidade sem esse peso de tantos olhares julgando o tempo todo e acabo me afastando, deixando de interagir e isso é triste...Não suporto ser tolhida pelas pessoas mas precisei ficar mais esperta com o efeito que minha presença pode causar. <br />
E o pior de tudo é saber que infelizmente isso é algo que não tem jeito da gente controlar. Um jeito é evitar conversar com somente um, quando tem mais gente junto é sempre melhor, embora às vezes nem adiante muito... Assino BO toda hora e de bobeira. Tô lá conversando algo construtivo, falando de música e depois neguim tem assunto pra um ano: “Viu só fulaninho dando ideia na Hannah” ou “A Hannah dando assunto pra beltrano!” <br />
Tenho muita raiva disso mas acho que tô finalmente começando a ligar o foda-se! BO? Me dá ai que eu assino e cala a boca! Agora então que tô solteira assino sem dó. <br />
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<b>14 - O movimento Hip Hop está num bom momento ? </b><br />
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Sinceramente acho que não, apesar de eu ver muitos trabalhos com qualidade. Se for ver pelo número de grupos e rappers que vivem da sua arte a coisa fica feia. Praticamente ninguém vive de rap. <br />
Estamos em 2010! Eu só verei luz para o rap na hora em que eu perceber os artistas encarando o rap como música e se misturando sem medo...Invadindo geral! Isso acho que demorou, mas está começando a acontecer, só que entra a questão das rádios não tocarem, do mercado ser dominado há anos por gravadoras e empresários musicais de outros estilos menos compromissados enfim... É uma luta difícil e complicada! <br />
Talentos nunca irão parar de surgir no rap e acho que se daqui pra frente o Rap, o R&B, o Soul, o Funk tradicional e o carioca, o samba, a Música Preta Brasileira de qualidade... Se geral tiver interagindo por amor a música e sem preconceitos a coisa pode começar a mudar.Tá difícil pra geral da música e sendo assim pro rap está mais difícil ainda. Escuto muitas pessoas que curtem rap reclamando da infra- estrutura dos eventos de rap, falta de cuidados, banheiros sujos, falta de qualidade de som. <br />
Vejo que falta profissionalismo não só para os produtores de eventos mas também para muitos grupos que ainda vão de graça tocar, não passam o som, os shows são fechados de boca e sem contratos. <br />
É preciso profissionalismo por parte dos organizadores de eventos e por parte de muitos rappers também. Outro dia uma produtora entrou em contato pra eu fazer um show antes dos Racionais aqui no Rio de Janeiro mês passado, passei o telefone da minha produção e meu produtor me disse que tudo deveria ser fechado de boca, nem e-mail eles respondiam ,diziam que meu nome já estava no flyer mesmo sem a gente ter fechado os detalhes, não sabiam nem o que era rider, mapa de palco e imput list, enfim, mil coisas erradas e ai decidi cancelar a parada uma semana antes. Não dá pra ir com sua equipe pra um local sem nada garantido. Mas muitos grupos fazem isso e por isso as coisas acabam acontecendo sem qualidade. <br />
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<b>15 - Quais foram os livros que te marcaram? Cite no máximo dez</b>. <br />
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Bom quando criança me lembro foram: O Pequeno Príncipe, A fada que tinha ideias, Polyana, Coleção Sitio do Pica- pau Amarelo (de Monteiro Lobato). <br />
Na adolescência: Malcom X e depois muitos outros: Leonardo Boff como A voz do Arco Iris, A Águia e a Galinha.. O Vôo da Águia etc. <br />
Todos os do Deepak Chopra - Como conhecer Deus, Buda, As sete leis espirituais para o sucesso entre outros. <br />
Os do Paulo Coelho vários! Chico Xavier vários também! <br />
O Poder da Caballa, O caminho, e muitos sobre a Caballa. <br />
Cabeça de Porco(colocar - Pelo conteúdo dos seus textos e os do Bill somados às reflexões contundentes do Luis Eduardo Soares. E por ser o primeiro livro de um amigo querido. <br />
Vixe, passei de 10, e nem sei se falei os que mais marcaram. (Risos)<br />
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<b>16 - Você acha que ter uma religião é fundamental ?</b><br />
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Religião em si não. Mas acreditar em Deus como uma força superior sim. Acreditar nele como uma força criativa de Amor e de justiça que está presente em tudo. E saber que agindo com Amor você está agindo com Deus. <br />
Em tudo e especialmente nos conflitos é preciso Amor. Por que só o amor desarma e faz justiça. <br />
Acho que o ateu sofre bastante e se torna uma pessoa sem esperança e por vezes até amarga e descrente de justiça pois há coisas que só se explicam com Deus, e com a crença em uma existência além desse planeta Terra. <br />
Desde criança aprendi com meu pai que era Rosa Cruz a conversar com Deus como meu protetor maior. <br />
Eu falo Direto com Ele na maior intimidade. Agradeço pela saúde e por tudo , entrego questões da vida nas mãos dele, peço proteção, peço pelos que sofrem ... E faço isso sempre quando vou dormir e também quando acordo. <br />
DEUS essa é a minha religião. <br />
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<b>17 - Você acredita que o Brasil é viável? </b><br />
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Claro que sim. Somos um país lindo, com riquezas naturais e em cultura. O problema aqui foram esses anos e anos de governos que só privilegiavam as classes mais altas, a ditadura, a maneira injusta com que essas quadrilhas de políticos só beneficiam a eles mesmos... <br />
Precisamos conseguir educação igual para todos. Acho que o caminho para um país melhor está aí. Por que pra essa elite de ladrões nunca interessou ter um povo instruído? Exatamente para que eles pudessem continuar lesando um povo que não tem nem como saber cobrar o que lhes é de direito. <br />
Isso sem falar que o crescimento de uma nação enquanto potência mundial é inviável sem que haja nesse país justiça em amplos sentidos.<br />
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<b>18 - Em quem votou na última eleição e qual é a imagem do político ideal? </b><br />
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Votei no Gabeira, fiquei triste por ele perder. Gosto do Lula , sempre votei nele, mas pra mim Jesus Cristo seria a imagem de um político ideal. Isso não quer dizer que eu defenda políticos evangélicos, pelo amor de Deus! Acho isso o fim! <br />
Digo Jesus Cristo por ter sido um homem que praticou o AMOR. <br />
Políticos precisam é de amor no coração. Pois o Amor é Respeito, é senso de justiça, é honestidade, é a vontade de trabalhar para o bem do próximo... E pra mim é isso que um político precisa ter no coração. <br />
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<b>19 – Fale sobre... </b><br />
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SEXO <br />
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Melhor com amor, com sentimento, pois é um momento de conexão máxima entre duas pessoas. Um se perde pra dentro do outro, as almas se tocam, se encontram. É um momento de transcendência, intenso, profundo. <br />
Pra ser melhor o sexo tem que ser verdadeiro assim como uma celebração do enamoramento e do encantamento entre duas pessoas. <br />
Mas também pode acontecer de forma mais instintiva e somente pelo desejo carnal. Nesses casos corre-se o risco de ser bom ou ruim, porém sempre superficial. <br />
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VIRGINDADE <br />
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Acho uma sacanagem o que fazem com as mulheres. Quando criança se aprende que seu corpo é de um jeito e que um belo dia quando crescer vai ter que escolher um cara que será o primeiro a mudar seu corpo arrebentando uma tal membrana e que isso irá sangrar e doer pra<br />
caramba !!! PQP! Por que dizem isso pra gente dessa forma?<br />
Eu quando criança, simplesmente achava um horror! Pensava poxa como eu vou ter que escolher esse cara e deixar ele fazer isso comigo? Mudar o meu corpo? Depois irei me lembrar disso e dele pra sempre e por isso ele tem que ser o amor da minha vida?! Como eu vou saber? Na adolescência lá pelos 16, 17 era um dilema isso. Tive meu primeiro e único namorado da adolescência dos 16 aos 19 anos. Eu amava o cara e ele também me amava mas quem disse que eu conseguia? Na hora H eu travava... Meus Deus coitado dele... Sofreu horrores. <br />
Ele nem foi meu primeiro mas pra mim deveria ter sido e de uma certa forma até foi. Pois foi primeiro beijo, primeiro amasso... Mas só percebi que ele já era meu primeiro depois que ele não foi. Meu medo era grande demais pra ir até o fim com ele. Eu tinha medo da invasão, tinha medo de me arrepender sei lá. <br />
Apesar disso comigo acabou sendo com a pessoa certa e na hora certa em que eu estava pronta e mais segura, Madura mesmo, e sem nenhum medo.Tanto que fiquei com ele 14 anos. Só que eu tô até hoje querendo saber do tal sangue e da tal membrana que arrebenta. <br />
Na época fui ao médico: “Doutor, eu juro que era virgem só que não sangrou e nem senti arrebentar nada, o que aconteceu?! E ai ele explicou que eu tinha hímen complacente! (Risos) <br />
Virgindade na minha opinião não deve ser um tabu, e nem algo seguido por causa de religião mas acho válida uma educação para a responsabilidade e calma nessa hora. Porque você chega na adolescência e seu amigo(a) já não é mais virgem, e o outro também não e você começa a ser cobrado. Começa a se sentir mal por ser virgem e acaba querendo resolver logo isso de qualquer maneira . Não acho isso bacana. Cada um tem seu tempo. Eu fui a última das últimas e não me arrependo. Acho que o legal é você educar seu filho ou sua filha dizendo meu filho na sua hora você vai saber! E quando souber faça com responsabilidade e tomando cuidado. <br />
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FAMÍLIA <br />
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É Tudo. Família é o amor incondicional, é o alicerce da gente... Infelizmente a minha é pequena e foi desestruturada muito cedo. Minha mãe se foi quando eu tinha apenas 5 anos e minha irmã 4. Fomos criadas por meu pai, Wander ,que foi um herói. Foi pai e mãe! Nunca se casou de novo... Ele era um homem bravo, ríspido mas também incrivelmente amoroso, bondoso e justo. Fazia a gente dormir todas as noites e não permitia que dormíssemos brigadas. Lá em casa só se dormia em paz, não tinha essa de ficar dias sem se falar não. Meu pai foi um homem de verdade. Meu herói partiu para o outro plano há 7 anos atrás, aos 78 anos, e teve uma velhice complicada, muito sofrida. Por causa de um enfisema pulmonar e da esclerose fomos perdendo ele aos poucos. <br />
Quando crianças e adolescentes ficávamos com ele aqui no Rio e nas férias íamos para MG ficar com a nossa avó materna: a vovó Dilma - que hoje está com 88 anos e é uma avózinha linda, lúcida, tem e sempre teve a cabeça à frente do seu tempo. Ela é minha Heroína e exemplo de mulher. Às vezes me pego pensando em como eu seria se tivesse tido minha mãe e meu pai por mais tempo... Acho que eu seria diferente especialmente se tivesse mãe viva. <br />
Hoje em MG vivem minha avó ,meus tios por parte de mãe e meus 5 primos. Aqui no Rio no dia-a-dia somos só eu, minha irmã Aninha Lima e os meus sobrinhos Tom e Davi, que eu amo demais! <br />
E tem também o meu ex-marido que é um pessoa linda e a Carol - filha dele do primeiro casamento - e um pouco minha filha também pois ela tinha apenas 3 anos no início do meu casamento e hoje já está uma mulher com 19 anos. Amo demais os dois. <br />
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CASAMENTO <br />
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Meu casamento foi super bem sucedido. Começamos a namorar em 1993 e fomos morar juntos em 1994, assim meio que sem querer ser casado e sim por força das circunstâncias também. Dividindo o apartamento, as contas...<br />
Namorei um ano e fui morar junto no ano seguinte. Nos amamos muito! Vivemos felizes e intensamente um casamento que durou 14 anos. <br />
Casamento pra dar certo tem que ser uma parceria, tem que haver respeito com o espaço e a individualidade do outro e também muito amor e confiança. Meu casamento foi assim até o final. <br />
Mas como tudo tem um tempo pra durar infelizmente para continuarmos felizes precisamos dar o tiro no coração e separar. Viramos amigos, irmãos sei lá... Foi e é muito difícil uma separação assim. É como viver uma morte que você mesma está escolhendo matar. Dói demais...demais mesmo, mas depois melhora. E a amizade fica, o amor também fica em forma incondicional e a vida segue. <br />
Sou a favor do casamento mas somente de um casamento sem hipocrisia e sem traição como foi o meu. Não entendo por que grande parte dos casais vivem em conflitos que envolvem sempre uma possível traição de um e a constante desconfiança do outro. Pra que ser casado assim? Pra que até mesmo namorar nesse clima? Se decidam caramba ou combinem novas regras sei lá é muita hipocrisia isso. <br />
Hoje eu não digo que não me casarei de novo porém como me casei cedo, aos 22 anos, hoje eu quero aprender a ser solteira pra me conhecer melhor sozinha, me reconhecer vivendo a experiência de ser solteira .Preciso disso para o meu crescimento neste momento e é o que a vida está exigindo de mim. <br />
Namorar é bom. Se arrumar sem o cara estar te vendo, ficar linda e ir se encontrar com ele... Essas coisas se perdem com o tempo no casamento.<br />
De todo modo,morando junto ou separado, as coisas comigo acontecem de maneira profunda, não sei ficar com alguém por ficar, até porque eu fico muito bem sozinha e não me encanto facilmente por alguém infelizmente...Mas quando acontece mergulho sem medo pois se sofrer faço música e me sinto viva...e se viver a felicidade também faço música e me sinto vivíssima!<br />
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<b>20 - Qual sonho você não vai realizar ? </b><br />
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Cantar com o Michael Jackson pois ele se foi, esse é um mas deixa eu ver... Ah sei lá, eu acredito que irei realizar tudo! Tudo o que eu ainda nem sei que quero! <br />
Só consigo sonhar acreditando que vou realizar entende?! Pode ser a coisa mais aparentemente impossível, se eu sonhar é por que acredito que irei realizar. Sei lá como, mas irei! Quando eu sonho uma parada aquilo já se torna uma realidade pra mim, já é real mesmo dentro de mim e da minha cabeça então não sei dizer...Só sei sonhar acreditando. <br />
Eu sonho em viver num mundo sem injustiça, onde todos tenham os mesmos direitos, onde não haja maldade, desonestidade e nada de ruim.Um mundo onde o Amor seja algo comum a todos, lei que não precise ser imposta ou seguida porque alguém falou ou porque diz a Bíblia e sim por que todos terão naturalmente o amor no coração. Até esse sonho eu digo que irei realizar pois se não for nesse planeta Terra será em algum outro lugar, outra dimensão ou daqui a muitas e muitas vidas sei lá...Eu acredito em todos os meus sonhos até porque pra mim "impossível” é apenas uma opinião.<br />
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Para acompanhar e saber mais sobre a Hannah, dê uma olhada nos links abaixo: <br />
www.hannahlima.com <br />
www.myspace.com/hannahlima <br />
www.twitter.com/hannahlima <br />
www.youtube.com/hannahlimabrasil <br />
www.facebook.com/hannahlimabrasilBLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-50464483550487259382011-05-06T06:40:00.000-07:002011-05-06T06:41:42.493-07:00Caetano Veloso...Na pressão!!!<br />
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Semana passada o “Porradão de 20” chegou muito bem com Preto Zezé , um verdadeiro intelectual orgânico, como diria Luiz Eduardo Soares. Hoje , recebemos aqui no “Porradão de 20” ninguém menos do que o filho de dona Canô, o sempre polêmico Caetano Emanuel Vianna Teles Veloso. <br />
Um artista conhecido no mundo inteiro pelo seu talento para a música e por suas opiniões. Não há quem nunca tenha cantado uma música dele. Um dos criadores de um dos maiores movimentos do Brasil, a Tropicália, o baiano está aqui no Porradão para colocar a cara (independente se sua “cuca vai ficar Odara”). Bem, sem delongas, com vocês: Caetano Veloso.<br />
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<img src="http://www.celsoathayde.com.br/2010/in/porradao/img/caetano_foto1.jpg" /><br />
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<b>01 - Qual foi seu primeiro sucesso, quando realmente apareceu para o grande público?</b><br />
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Foi com a música "De manhã". Bethânia cantou no show "Opinião", em 1965, gravou no lado B do compacto do "Carcará" e o pessoal gostou. Logo Simonal gravou também. E, mais tarde, Eliseth Cardoso. Mas eu era só um nome no rótulo dos discos. Fiquei conhecido do público no programa “Essa Noite Se Improvisa, em que eles diziam uma palavra e a gente tinha de cantar uma música que a contivesse. Ganhei vários Gordinis como prêmios. Isso durou de 1966 a 1967. Quando lancei "Alegria, alegria" no festival da Record, o público já me conhecia.<br />
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<b>02 - As polêmicas que você sempre se envolveu eram pensadas?</b><br />
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Nunca iniciei uma polêmica deliberadamente (exceto, talvez, no diálogo com José Ramos Tinhorão, quando, ainda em Salvador, escrevi artigo defendendo a bossa nova e a assimilação de formas musicais estrangeiras, coisas que ele combatia numa atitude nacionalista que à época me parecia estreita). Minhas posições, reveladas em entrevistas, atitudes e timbres musicais, muitas vezes causaram reações surpresas ou indignadas - e eu respondi às agressões (ou às meras discordâncias) apenas em alguns casos.<br />
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<b>03 - Sempre tive a imagem que de você era um revolucionário político, por conta do exílio. Como se deu sua saída do Brasil de fato ?</b><br />
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Os milicos tinham me botado (a mim e a Gilberto Gil) na cadeia por dois meses em quartéis da PE e do PQD, no Rio (embora nós morássemos em São Paulo: mas naquele tempo essas arbitrariedades não podiam ser contestadas). Depois ficamos presos na cidade de Salvador, tendo de nos apresentar a um coronel por 4 meses. Gil já tinha duas filhas e eu também já era casado. Gil se queixou com o coronel de que estávamos há quase 6 meses sem poder trabalhar e perguntou se ele não podia perguntar aos superiores em Brasília sobre nossa liberação . Ele voltou com a solução: o exílio. Agentes da Polícia Federal nos trouxeram para o Rio, prepararam nossos papéis e nos puseram num avião para a Europa. O federal literalmente me pôs dentro do avião e disse: "vai e não volte; e, se voltar, vá direto entregar-se à PF para nos poupar o trabalho de procurá-lo". Eu não era um revolucionário político. Minhas simpatias iam para a esquerda - e eu odiava o regime militar. Participei de passeatas de protesto. Sinceramente, eu gostava de Marighella. Mas os militares não sabiam disso. Acho que a presença nas passeatas somadas aos cabelos grandes e às roupas estranhas deixavam as autoridades desorientadas. <br />
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<b>04 - Poucos artistas conseguiram atravessar tantas gerações sendo referência para todas elas, porque acha que isso acontece com você ?</b><br />
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Cresci admirando artistas que mantiveram grande prestígio por décadas: Cauby Peixoto, Ângela Maria, Aracy de Almeida, Frank Sinatra, Henri Salvador, Ray Charles... E na minha própria geração há toda uma turma que nunca foi esquecida: Milton Nascimento, Chico Buarque, Bob Dylan, Paul McCartney, Paulinho da Viola, Gil, Mick Jagger... Não acho que meu caso seja diferente.<br />
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<b>05 - Você ainda se coloca contra as cotas para negros? Porquê?</b><br />
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Na verdade, nunca me decidi intimamente a respeito dessa questão. No final dos anos 60 eu ansiava por uma racialização da discussão política brasileira. Assim também pela entrada de temas sexuais e ecológicos. A partir dos anos 70 houve uma compartimentalização desses assuntos, sempre seguindo um modelo americano. Continuei achando necessário. Mas a partir de um ponto, tanto a especialização de grupos organizados em torno de um tema quanto a racialização do debate político me pareceram deixar de ser informação nova. O discurso não racialista brasileiro tradicional, com o mito da democracia racial e o elogio da mestiçagem, existe porque tem razão de ser. E essa razão não é apenas o conservadorismo que serve à reafirmação das estatísticas horrendas. É também a diferença da experiência brasileira. Não termos tido racismo institucionalizado como nos EUA e na África do Sul faz com que, quaisquer que sejam as decisões tomadas, resultem em algo diferente do que aconteceu nesses países.<br />
Em 1974, ouvi, na Nigéria, Abdias do Nascimento dizer de público que o Brasil era mais racista do que a África do Sul do apartheid porque o racismo aqui é dissimulado. Bem, servia como uma frase provocativa. Mas ainda hoje leio livros dizendo a mesma coisa, só que com longas argumentações teóricas. O ódio que livros como os de Ali Kamel, Demétrio Magnoli e Antônio Risério são manifestações dessa mesma atitude. Eu gostaria que os comentários discutissem objetivamente as estatísticas apresentadas por Kamel, por exemplo, em vez de simplesmente desqualificá-lo só porque ele não pensa igual. Razões emocionais estão presentes em ambos os lados: as dos negros e mesmo dos racialistas não negros são óbvias; as de Kamel nascem da acolhida sem preconceitos que sua família de imigrantes árabes teve aqui. A impressão que o Brasil causou a Stefan Zweig na época do nazismo não é de se jogar fora: hoje ela é mais enriquecedora do que nunca. Só assinei (com um grão de sal, como disse a Yvonne Maggie) o documento contra a lei que instituía cotas porque dou muito valor ao fato de o Brasil não ter tido leis destritivas baseadas nas supostas raças das pessoas. Mas não estou seguro de que cotas não possam desempenhar um papel útil como ação afirmativa. E, por outro lado, estou certo de que o medo de que esse gesto de racialização produza ódio racial com consequências trágicas é um medo exagerado. Talvez suspeito. Claro que hoje, com a escola pública desmontada, vejo crianças "brancas" (meus filhos...) crescerem em escolas onde praticamente não há pretos. Isso era impensável para mim. Mas vi agora nos Estados Unidos a ressaca racial da eleição de Obama. Nosso DNA nacional não tem aqueles elementos.<br />
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<b>06 – Esse é um tema muito tenso, que precisa ser pensado com equilíbrio. Mas você não acha que o Ali Kamel transformou esse tema em sua bandeira pessoal, usando um veículo importante e desqualificando em parte qualquer discurso contrário, sobretudo se pensar que esses não dispõem dos mesmos espaço ?</b><br />
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Não. Ali Kamel escreveu sobre um assunto que tinha virado tabu. A originalidade da experiência brasileira, o mito da democracia racial, Gilberto Freire, tudo isso estava (e está) anatemizado. Acho que quase todas as pessoas que pensam a questão racial estavam e permaneceram contra tudo o que Kamel tenta defender. E quem não tinha essa posição (grande parte dos leitores do Globo) na verdade aprendeu ali mais sobre a sorte desigual entre negros e brancos no Brasil do que jamais pensou em saber.<br />
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<b>07 – A pouco tempo o Brasil tinha o racismo como política oficial do governo. Os pretos eram servidos como banquetes para crocodilos pelo crime de, por exemplo, não conseguir carregar pedras para construir igrejas católicas. Não é justo pensar em reparação? </b><br />
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Como disse na resposta sobre cotas, acho que é justo pensar em reparação. Os horrores da escravidão não podem ser esquecidos nem perdoados. É limpidamente certo que a escravização de seres humanos não possa mais ser admitida - ao menos nos países civilizados. É uma vitória nossa. Muitos lutaram por ela. Nas Américas os negros importados da África foram as vítimas de um esquema internacional (de que alguns poderosos negros africanos não estão inocentes, assim como também os árabes, antes dos europeus). Isso racializou a prática escravista de um modo muito nítido, como não tinha acontecido na Grécia ou em Roma. Mas não podemos racializar a história retroativamente nem pensar a racialização de modo absoluto. Os países americanos têm de achar jeitos de reparar esses crimes. O que não se pode admitir é que só por ser branco alguém hoje mereça punição. Só se deve punir o que for ainda racismo opressor. Algum "racismo anti-racista", como dizia Sartre, não pode deixar de acontecer: seja o Ilê Aiyê ou os Racionais, Abdias ou Liv Sovik. Mas a convivialidade espontânea dos brasileiros é tesouro nosso. A profundidade da mestiçagem aqui também é algo de se notar. Tudo bem: entre pobres, todos são "iguais", convivem, tudo rola. Mas a elite se pretende branca e discrimina os mais escuros. Sou mulato claro de uma região onde a maioria é negra. Meu pai era um mulato mais escuro, quase igual a Obama. Conheço isso por dentro. Acho que ainda vai rolar muito conflito, mas no fim das contas (e das cotas) o Brasil vai ser predominantemente o que ele é. O Brasil hoje é mais do mundo. E, no mundo, brasileiro não é branco. Ser americano é uma informação que, globalmente, tem mais força do que ser negro. Ser brasileiro já é ser negro, simbólica e/ou geneticamente. Não dá para olhar para trás - e o nosso futuro tem esses significados crescendo tão rápido quanto a temática racial cresceu entre nós. Não adianta ser preto e ver pequeno, porque coisas grandes virão, estão vindo - só espero que não sejam as piores. Se forem as boas, o Brasil terá muito o que dizer. Procuremos - discutindo, concordando, amando, brigando, pensando juntos - estar à altura das nossas oportunidades. Assim, poderemos, sendo o maior país negro depois da Nigéria, reerguer a África, salvá-la, traduzir seu destino.<br />
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<b>08 – Lembro que em 2006, na casa do Cacá Diegues, você e o Mv Bill se alteraram numa discussão tensa sobre esse mesmo tema. Fale um pouco sobre esse fato.</b><br />
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Gostaria de lembrar tudo o que dissemos. Acho que o estopim foi um comentário sobre algo que Jabor teria dito em Parati. Minha excessiva veemência se devia ao fato de que, desde sempre, vi em Bill um exemplo instintivo (e muito lúcido) de esboço do brasileiro que descrevi acima. E me impacientava que ele ainda estivesse amarrado ao estágio do movimento que era ainda a maré montante da racialização. Na verdade, concordo com tudo o que já ouvi Bill dizer de público. Ali era uma discussão íntima, como se ele fosse um irmão mais novo e mais dotado para lutar a boa luta que estivesse perdendo tempo em combater o mito da democracia racial ou algo assim. Seria o caso de perguntar a Bill como ele lembra o que foi dito. Mas o fato é que, com todas as aparências de que tínhamos posições opostas, cada vez mais vejo Bill parecido com o que eu queria defender. A firmeza e a doçura dele sempre me mostraram um herói natural da história brasileira. Mas precisava ser sincero com Bill e não evitar dizer a ele que eu próprio penso além disso - e que vejo que ele é capaz de ir até aí e fazer ainda melhor.<br />
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<b>09 - Houve um momento em que você foi vaiado ao cantar funk nos seus shows, como você encara este tipo de reação?</b><br />
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Vaia e funk foi algo que só pintou quando eu cantava "Um tapinha não dói". Era bonito: esse funk vinha ligado à minha "Dom de iludir", que, por sua vez, é uma resposta transfeminista ao "Pra que mentir" de Noel Rosa. Eu achava idiotas os que vaiavam. Mas não atrapalhou quase nada. Já fui vaiado diversas vezes. Até por ter dito que achava errado as pessoas não pararem no sinal vermelho. Quando voltei de Londres, o público do Recife me vaiou ao ouvir minha versão de "Asa Branca". Não é que eles, pernambucanos, achassem estranho um clássico da região ser desconstruído: eles não pareciam sequer conhecer a música! Eram jovens que esperavam pop-rock e estranharam a gemedeira. No Rio, umas moças modernosas dos anos 70 vaiaram as experimentações do show do "Araçá Azul". Além, é claro, do "É proibido proibir" de 1968.<br />
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<b>10 – Houve também uma vaia histórica que marcou sua carreira. Em algum momento isso te incomodou? </b><br />
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Sobre a vaia histórica, Augusto de Campos fez o poema Viva Vaia em parte dedicado a mim. É do "É proibido proibir" que você está falando. Em 68, fui cantar no festival da Globo (fase paulista) essa minha música, acompanhado dos Mutantes, com um arranjo para o grupo concebido por Rogério Duprat. Era uma marcha em 3/4 tratada como rock de vanguarda: timbres estranhos e sons atonais. A platéia urrava de raiva. Uma mistura de protesto nacionalista com dificuldade de acolher música moderna. Eles achavam que ter um grupo de rock era submeter-se ao imperilismo ianque: eles não fariam diferente com os rappers de hoje - e não aguentavam nada que não fosse melodia convencional e poesia romântica (inclusive no sentido político). Jogavam coisas no palco. Um pedaço de madeira machucou a perna de Gil (que eu convidei ao palco). Eu gritei tudo o que eu pensava daquela gente: "é essa a juventude que diz que quer tomar o poder? - vocês vão sempre matar o velhote inimigo que morreu ontem". Coisas assim. <br />
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<b>11 - O primeiro show com grandes astros da música dentro de uma favela foi em 2000 (na Cidade de Deus) em plena noite de natal, numa festa realizada pela CUFA, onde você cantava ao lado de MV Bill, Cidade Negra, Dudu Nobre e Djavan. Quais os motivos que te fizeram chorar naquela noite?</b><br />
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Essa festa foi uma das coisas mais bonitas de que já participei (link). Chorei porque emoções muito intensas e variadas tomavam conta de mim. Vi ali a promessa de superação da vida precária que aquela gente sensível e vital se via obrigada a levar. Via o nascimento do movimento que vocês fazem na CUFA. Sentia a história da música brasileira, tão devedora das favelas cariocas desde a volta dos soldados da Guerra de Canudos. <br />
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<b>12 - Porque você nunca se filiou ou se aproximou de partidos políticos ao contrário de artistas como Chico Buarque ?</b><br />
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Acho bonito que Chico tenha se filiado ao PT. Mas eu nunca me filiei a partido nenhum. Usei uma estrelinha vermelha por umas semanas quando o partido foi fundado. Achava que aquilo contribuiria enormemente para a modernização e humanização da política brasileira. Fico feliz de ver que eu não estava errado. Mas não tenho temperamento para pertencer a um partido. Preciso ficar com minhas opiniões (com todas as suas oscilações) livres.<br />
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<b>13 - Agora você passa a escrever para o jornal o Globo, acredita que haverá patrulha</b>?<br />
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Já escrevi no Pasquim. No final, quem me patrulhava era o próprio Pasquim. Eu estava decidido a não aceitar ter coluna em jornal. O Globo já tinha me convidado fazia um tempo. Logo em seguida a Folha de São Paulo me chamou também. (Falo desse convite de agora, pois ambos os jornais já tinham me sondado em outras ocasiões.) Eu sempre dizia que só escreveria por muito dinheiro (mentira: sei que jornais não podem pagar tanto dinheiro assim: minha motivação era economizar energia e tempo, além de evitar estar dizendo coisas toda semana). Depois considerei que talvez com a coluna eu passe a estar menos e não mais presente nos jornais - e dizendo menos coisas. Sou um senhor respeitável, ninguém vai me patrulhar. Se o fizerem, porém, não será uma novidade em minha vida.<br />
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<b>14 - Dizem que existe uma ordem judicial que proíbe a revista Veja de pronunciar o seu nome. Isso é verdade? Se for, qual a motivação disso?</b><br />
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Nunca ouvi falar de tal ordem judicial. Infelizmente a Veja desmerece o credo liberal que ela diz ou finge representar. Tive tantos problemas com essa revista - e esses problemas revelaram tão grande desonestidade ali dentro - que, embora eu ainda a ache tecnicamente uma revista boa, não tenho confiança nenhuma nela. Não tenho o direito de ter. O que sei é que há muitos anos que me nego a falar com a Veja. E que ela, depois de uma canalhice brutal que fez comigo, deixou de mencionar meu nome. Por algum tempo. Pedi a uma advogada que fizesse um processo contra a revista e eles perderam. Mas só tiveram de pagar uma multa. Para eles não é nada. Proibição de mencionar meu nome não estava nas intenções do processo. Acho que a Veja tomou um tom quase chulo de nova direita, um tom cafajeste misturado com manipulação dos fatos que chega a ser uma coisa tétrica. O cara que escreve sobre música popular é fraquíssimo - e fez o que agradaria aos chefes dele quando precisou ser canalha comigo. A moça que escreve sobre cinema é muito melhor: faz o dever de casa. Estuda. Eu respeito. O de literatura é meio chato também. Pela primeira vez estou achando a Época mais legal do que a Veja. Mas a Veja sempre foi a melhor Time brasileira. Só que é um compacto de tudo o que tem de imundo na imprensa.<br />
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<b>15 - Em 98, quando Bill e eu começamos a gravar o documentário “Falcão - meninos do Trafico”, previmos que em 2013 haveria uma epidemia de Crack e em 2017 a pior de todas, a epidemia de Merla. Fazendo uma reflexão sobre tudo isso você é a favor da discriminalização das drogas ?</b><br />
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Pessoalmente eu odeio drogas. Não gosto de alteração de estado de consciência. O álcool tem a manha de ir tirando sua timidez, depois seu medo, e quando você fica meio louco já não tem grilo. A maconha já te enlouquece de vez (o "tapa"), sem amortecedores. Fico em pânico. Cocaína é ruim de tudo. Cheirei uma só vez, uma "bundinha", nos anos 70. Fiquei sem medo mas minha boca ficou dormente e minha voz saía como se estivesse usando um megafone. Mas o que parece legal no álcool (e que deve ser a razão por que ele é aceito na maioria das sociedades) perde a graça quando você tem de aguentar alguém bêbado demais e, sobretudo, com os estragos que faz a longo prazo. Mas eu era favorável à legalização e controle de todas as drogas: os impostos seriam pagos, a economia paralela deixaria de existir, a interminável "guerra" aos narcóticos desapareceria - e a publicidade seria proibida (como a do cigarro é hoje).<br />
Um dia, em Salvador, vi uma mulher totalmente destruída andando na frente do táxi em que eu ia. Ela estava magérrima, toda manchada, arrancando uns cabelos da cabeça. Era uma visão poderosa. O motorista me disse, com naturalidade: "é crack". Depois vi meninos assim. Decidi deixar meus pensamentos de legalização para mais tarde. Crack destrói muito depressa, vicia muito depressa, é uma droga-lixo, barata, não é algo que se possa pensar em legalizar. As pessoas se atraem pela mudança de estado de consciência: talvez se possa dizer que sempre haverá drogados. Mas algo emergencial deve ser feito a respeito de crack e merla. Depois retomamos o argumento da legalização. Ou: esse argumento deve ser revisto à luz dessas novas modalidades de entorpecentes.<br />
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<b>16 - Quem são os cincos homens e as cinco mulheres mais inteligentes do Brasil? Comente se quiser...</b><br />
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Não sei. Então mando 10. Pensei logo em João Gilberto, Augusto de Campos, Antônio Cícero, Lula e Roberto Mangabeira; Rogério Duarte, Jorge Mautner, Romário, Boni e José Miguel Wisnik. Mas isso se sua pergunta é só sobre brasileiros vivos. E "não sei", ainda assim, continua sendo a resposta. Mulheres: Maria Bethânia, Marina Silva, Marilena Chaui, Paula Lavigne e Tati Quebra-Barraco; Suzana de Morais, Regina Casé, Elza Soares, Pitty e Ivete Sangalo. Mas é "não sei".<br />
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<b>17 - Alguns artistas apoiaram o Fernando Collor de Mello e até hoje esse apoio é lembrado negativamente pelo fato do ex- presidente ter sofrido o impeachment e ficado em baixa. Você fez comentários sobre o presidente Lula que viraram outra polêmica nacional, a diferença é que ele estava em alta. Como você avalia essas reações?</b><br />
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Não vejo nada de essencialmente mau em alguém ter acreditado no Collor e expressado isso publicamente. Eu não acreditei, mas admirei Brizola e ACM por terem ficado do lado dele até o fim. Quando Collor se elegeu, procurei captar o que poderia ser positivo para o Brasil, passei a torcer para que ele fosse minimamente bom. Mas a apresentação do plano econômico na TV, com Zélia Cardoso de Melo sem saber nem mesmo falar, me apavorou. Hoje acho que tem valor ele ter aberto o mercado. Mas só. Lula é um personagem muito maior e muito mais positivo. Quando comentei que ele fala como analfabeto e muitas vezes de forma grosseira e cafona (ao contrário de Marina Silva e de Obama) não estava dizendo nenhuma novidade. Nem era isso visto como negativo. Eu tinha começado por dizer que Marina era Lula e Obama, ou seja, a referência a Lula era usada como um elogio. Termos um presidente de baixa escolaridade e que fala como os que não puderam ir à escola é motivo de orgulho para nós. E é visto com tal. Os linguistas elogiam e a população aprova. Mas a vocação para desenvolver um nível acadêmico alto que Marina mostra (tendo sido alfabetizada aos 16 anos!) é também algo que merece atenção e traz outros aspectos do amadurecimento político brasileiro. Mas o pessoal preferiu me xingar. O que revela o pior lado do fenômeno Lula: o risco de um "lulismo", da criação de um populismo latinoamericano à antiga. O bom é que Lula é mais esperto do que isso. Até aqui, com toda a euforia e deslumbramento narcísico, ele não caiu na tentação.<br />
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<b>18 - Você teve a oportunidade de passar por vários governos, qual o maior mérito do Lula e seu maior equívoco ? </b><br />
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Esta e todas as minhas opiniões políticas devem ser tomadas com reticência. Não fui um menino vocacionado para a política e, tendo sido mau aluno de matemática, leio artigos sobre economia com muito esforço e pouco proveito. Posso dizer que Lula é uma figura histórica de dimensões épicas. Sua vida, sua ascendência, a oportunidade de sua chegada, tudo aponta para isso. Ele ter tido a sabedoria de manter o real de Fernando Henrique - e o essencial da política econômica que ele e o PT desancavam quando eram oposição - pode ter feito uma parcela mínima da esquerda petista se afastar dele (e, por exemplo, criar o PSOL) mas não desfez a coesão do partido e contribuiu para que ele fosse aprovado pela maioria dos brasileiros. Mesmo que ele tenha entrado falando em "herança maldita", expressão infeliz e cínica lançada por José Dirceu, a grande jogada de Lula foi aproveitar o conseguido no governo FH - saindo-se melhor do que este, não apenas pela sorte de encontrar uma situação internacional favorável, mas também por ouvir os conselhos de Delfim Neto (sendo Palocci um petista perfeitamente compatível com as políticas econômicas liberais) no que diz respeito a câmbio, balança de importação-exportação etc. Isso são coisas que fui vendo nos jornais ao longo do governo dele. Não gosto de certas atitudes no campo da política externa (embora adore ouvir Celso Amorim falar, inclusive em inglês, de modo tão bem articulado, ao contrário de Marco Aurélio Garcia, que muitas vezes parece um grosseirão). Muita coisa soa como aceno para a galera. A ambição de entrar no conselho de segurança da ONU de forma permanente é legítimo. Mas não todas as atitudes tomadas para isso. Apoiar aquele egípcio meio doido em detrimento de um brasileiro de alto nível para a UNESCO foi horrível. E o episódio de Honduras foi, no mínimo, atrapalhado.<br />
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<b>19 - Qual a relação com seus filhos e qual você acha que deva ser a maior dificuldade em ser filho de Caetano?</b><br />
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Quanto às possíveis dificuldades de ser filho meu, só cada um deles pode falar. Acho difícil ser filho de qualquer pai. Embora saiba que há pais melhores que outros. Para mim, meus filhos são uma felicidade, são a maior felicidade. Ninguém pode esperar que os filhos sintam da mesma forma em relação aos pais. Eles nos amam, mas a vida deles está no futuro, eles têm de sair de nós. Enquanto para nós, eles são nosso futuro, além de serem nossa história. Nunca tive conflito com nenhum dos três, gosto de estar com eles o maior tempo possível - procurando não encher o saco deles com minha demasiada presença. Felizmente para eles, eu viajo um bocado. Gosto de adolescentes, me identifico com eles. Assim, não reencontrei os clichês que são repetidos sobre a relação com adolescentes. E cada um dos meus 3 filhos é muito diferente do outro. Gosto de tudo isso. Moreno foi grudado comigo desde pequenininho e até hoje podemos ficar horas conversando (além de colaborarmos um com o outro profissionalmente). Zeca morou comigo por cerca de um ano, até faz alguns meses, quando voltou a viver na casa da mãe dele. Tom fez com que eu me interessasse por futebol - coisa que meu pai não conseguiu (veja aí a diferença que descrevi do que sentem os pais pelos filhos e vice-versa). Zeca tem 18 e Tom, 13 anos. As ondas adolescentes deste estão começando. Decidi dizer a mim mesmo que sou ateu desde os 9 ou 10 anos de idade. Mas meus 3 filhos são religiosos. Hoje não tenho tanto interesse em dizer (a mim mesmo) que sou ateu, embora ainda ache que é chato lhe dizerem que não fica bem dizer na televisão que você é ateu (o João Gordo, que era o punk entrevistador, ficou chocado - e sugeriu abrandamento das declarações - quando eu e o Danton Mello dissemos a ele, no programa da MTV, que éramos ateus). Tenho temperamento místico e acho fascinante e sem dúvida pleno de significado o fato de meus filhos terem decisão interna religiosa.<br />
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<b>20 - Sua vida é cheia de conquistas e realizações. Você se considera um homem realizado? O que ainda espera conquistar na vida? </b><br />
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Não. Não sou um homem realizado - se é que isso existe. Espero um dia mostrar a Zeca e a Tom um filme, um poema, um romance que os apaixone, que os aproxime de minhas experiências estéticas e intelectuais mais fundas. Mostro algumas coisas a eles, mas ainda não consegui chegar lá. Com Moreno houve muitos momentos de comunhão na fruição de algumas obras. Com Tom e Zeca, muita alegria e divertimento, além de reconhecimento mútuo de inteligência. Eles gostam dos Beatles desde pequenos. E gostam de muito do que eu faço. Mas queria ler João Cabral de Mello Neto com eles. Zeca lembra letras inteiras dos Racionais que Tom agora cultua (ele e toda a turma de 13 anos com quem anda adoram Racionais e hip-hop em geral): às vezes fico emocionado ouvindo Zeca dizer em coro com Tom raps quilométricos dos Racionais. Desejo também um dia fazer uma canção ou um filme ou um livro realmente bonito (não acho minhas canções satisfatórias). E, finalmente, ver confirmados os sinais de que o Brasil poderá ser grande e influenciar o mundo por causa de seus aspectos luminosos - não pelo horror da crueldade e da baixeza que ainda reina entre nós.BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-282363652677484623.post-90350199623217728912011-05-06T06:35:00.000-07:002011-05-06T06:35:05.219-07:00Chega mais Preto Zezé...Esse é o cara, do Ceará. Tenho o maior prazer de apresentar a vocês o meu amigo Zezé, um cara que conheci a alguns anos e venho acompanhando sua trajetória e sua militância , um jovem que tem como principal característica, transitar.<br />
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Chega mais Preto Zezé...<br />
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<img src="http://www.afroreggae.org/media/2010/05/Preto-Zez%C3%A9_por-eduardo-maga.jpg" /><br />
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<b>1.COMO VOCÊ VÊ O MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL?</b><br />
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Um movimento que teve e tem sua importância, foi minha escola, quando adolescente. No momento penso que tem que seguir linha própria e sair da sombra dos partidos políticos, se movimentar mais a partir de pautas prioritariamente da população negra e não do que ditam ser a nossa pauta. Existem muitas reflexões sobre a falta de inserção desses movimentos onde os pretos estão (nas favelas) sobre sua relação com as especificidades da questão do conflito racial brasileiro, que construiu no imaginário dos próprios pretos barreiras culturais fortíssimas, que fazem com que carreguemos o estigma e o complexo da recente escravidão. Outro fator que julgo importante é o diálogo com o modelo de sociedade atual, pois alguns pretos já se encontram inclusos na sociedade capitalista, sendo assim é preciso incorporar a trajetória, a referência e o capital acumulado da luta desses indivíduos que furaram o bloqueio dos homens brancos do asfalto, e ainda conseguiram pautar causas nossas sem perder a referência, mas também sem transformar isso em pretexto para o tempo todo ficar fazendo disso sua bandeira única!<br />
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<b>2. COMO E PORQUE ENTROU NO HIP HOP E COMO VÊ O HIP HOP HOJE?</b><br />
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Esbarrei com o rap no início da década de 90, de lá para Cá, o rap me trouxe muito de autoconhecimento, identidade e fome de conhecimento. Passado alguns anos, penso que do ponto- de- vista de nos oferecer outras janelas de saída, o rap deixa a desejar, o quadro dos principais grupos confirma o que digo, muitos deles sem saber o que falar, o que fazer, nem ter como construir sua sobrevivência a partir do rap. Pior ainda num mercado em crise, mas que ao mesmo tempo o rap cresce, não como produto, mas como uma espécie de terapia, isso, RAPTERAPIA, onde milhares de jovens criam suas letras, montam suas poesias e produzem suas músicas e leituras de mundo. Isso para mim é o que ainda pode ajudar a uma nova geração para se renovar, ou partimos para isso ou do contrario estaremos reproduzindo um câncer hip hopista, onde centenas desses jovens viverão apensas no seu valoroso, legitimo, mas, no entanto socialmente sem importância mundo hip hopista. Isso pra mim é retrocesso. E aí o Hip Hop ao invés de libertar, aprisiona essa juventude nessa loucura sem conseqüência e resultados.<br />
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<b>3. QUAL A SUA RELAÇÃO COM O GOVERNO BRASILIEIRO E QUAIS AÇÕES FAZ COM ELE?</b><br />
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Já fiz parte de alguns conselhos e grupos de trabalho, depois do evento com o presidente lula, em março de 2003, fiquei muito marcado do tamanho das possibilidades e responsabilidades que se apresentaram aquela época. Pensei, agora é hora de ver quem tem discurso e quem tem capacidade de transformar esse discurso em ação prática. Foi um marco histórico, podemos dividir a história política do hip hop brasileiro em antes e depois daquele encontro! Daí pra Cá, eu vim fazendo parte de vários grupos de trabalhos, duas gestões do conselho nacional de juventude, agora no conselho consultivo do MERCOSUL, quem diria, os pretos da favela, que viraram linha de frente, discutindo economia, MERCOSUL, importação, relações exteriores. Hoje executamos projetos com vários ministérios, como da cultura, direitos humanos, saúde e ministério da justiça, todos eles nas áreas invisíveis e com os homens e mulheres jovens invisibilizados social e politicamente, para mim é uma conquista, pois mostra que ao mesmo tempo em que não ficamos aparelhados, também não nos isolamos e continuamos pautando governos com nossas demandas sociais e políticas. Aprendi muito com essa relação.<br />
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<b>4. COMO É SUA RELAÇÃO COM SUA FAMÍLIA?</b><br />
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Nos últimos 10 anos, muito boa, apesar de alguns esbarros, mas hoje vejo como era difícil. Eles me suportaram com aquela loucura e ideia que eu tinha do Hip Hop, eles não entendiam, não viam consequência, resultados, mas respeitavam à distância. Sempre me alertando para eu fazer a minha revolução de vida, antes de querer mudar a vida alheia, hoje isso para mim é mais compreensível. Antes eu tava cego, meio perdido, cheio de revolta e mágoa, mas no fundo o que eu procurava era uma caminho menos tumultuado e tortuoso até a porta das oportunidades, chegando lá eu dava meu jeito de aproveitar, e isso ocorreu, hoje na família e na comunidade acabei tendo um futuro diferente de alguns irmãos e amigos, não estou falando de discurso ou ideologia, estou falando da mudança qualitativa que conquistei para minha vida e assim irradiando para todos.<br />
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<b>5. COMO SURGIU O PROJETO DO CRACK?</b><br />
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Quando Celso Athayde e Mv Bill vieram gravar o documentário "Falcão - Meninos do tráfico" aqui no Ceará, eu fiquei pensando na importância de poder penetrar no subterrâneo da invisibilidade e poder trazer o depoimento sem retoques ou intermediários dos que passam pelo problema. Daí a minha primeira ideia era fazer um vídeo clipe, depois vi que o problema era grave, onde até o tráfico estava batendo cabeça, pois ao mesmo tempo em que tinha mais lucro, logo também tinha mais stress. Juntei algumas imagens e ao visitar um CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), a convite de uma assistente social, vi que a coisa era bem pior. Depois, como um dos problemas era a falta de informação, fui à busca de informações no setor público. Como eles também não tinham dados, fiquei mais instigado ainda, a me inspirar no Falcão e seguir um caminho semelhante. Como não tinha dados, teria que gerar os meus, imaginem que os "nóias" só iam cair em duas áreas: na saúde, quando estariam beirando a morte pelas doenças e seqüelas da pedra ou nas mãos da policia, quando se dariam mal quando fossem cometer pequenos furtos. Daí fui um dia para um palestra na academia de policia, e conheci um Capitão que hoje é Major, que mudou de novo minha cabeça e logo o convidei para ser mais um debatedor criador desse projeto, junto com a assistência social. Buscamos no projeto, trazer um olhar para além das clínicas e da polícia, e conceituamos o que chamamos de DANOS SOCIAIS DO CRACK, que são as múltiplas violências e danos cometidos contra e pelos "nóias" em decorrência do uso abusivo da substância.<br />
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<b>6. VOCÊ SEMPRE FOI UM CRÍTICO FERRENHO DA CUFA, PORQUE HOJE FAZ PARTE DELA?</b><br />
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Porque antes, de maneira mesmo que inconsciente, eu queria um espaço e como não tinha entendimento eu tinha muita revolta, não consegui enxergar outras formas de luta e buscas de superar as dificuldades. Eu era o crítico numero 1 do Celso Athayde e sua CUFA. Hoje eu entendo que a CUFA é o sentimento mais forte que já senti. A sensação de poder mais expressiva que já compartilhei e acima de tudo, a conquista individual e coletiva mais marcante que já tive na vida. Hoje a CUFA é mais que um trabalho para mim, que vivo ($) de CUFA. Esse trabalho hoje se converteu em realização e as conquistas em diversão. Esse é o sentimento CUFA - ser dono e protagonista do próprio destino, rompendo de vez a lógica que sempre nos impõe ser coadjuvante da nossa própria historia.<br />
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<b>7. NÃO ACHA CONTRADITÓRIO SER DO HIP HOP E TER APOIO DA REDE GLOBO?</b><br />
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Não acho, pelo contrário acho que alcançamos um patamar elevadíssimo. Não estamos falando de um programa de TV ou de uma aparição no telejornal mais assistido, estamos falando que uns pretinhos até então invisíveis, hoje se relacionam social, financeira e politicamente com umas das maiores redes de comunicação do mundo. Veja bem, não estou falando de atrelamento nem de subserviência, estou falando de sociedade, de negócios de construção e mudança de outros paradigmas na relação comunicação e movimento social dentro dos limites e regras de uma sociedade regida por um capitalismo tardio, que ainda sequer, resolveu questões básicas do mundo capitalista moderno como reforma agrária, por exemplo! Ser apoiado pela Rede Globo de Televisão não me faz cair na armadilha "hiphopista" de achar que a Globo se rendeu, pelo contrário, me faz crer que ela viu mais que alguns malucos de calça larga e bonés de grandes abas, ela viu em nós interesses vários na relação e nós naturalmente temos que usufruir disso, sem traumas, dramas ou angústias. Estamos diante do nosso maior desafio, fazer a revolução ser televisionada, dialogar sem perder o foco, transitar sem perder o rumo da bússola social da nossa origem e dividir riquezas nas suas mais variadas formas, fazendo renascer um outro Brasil, um Brasil que ainda está para acertar seus ponteiros, mas nesses pequenos momento e nessas singelas ações é que a CUFA desenvolve com seus parceiros um Brasil recém invisivel requalificado, preparado para dialogar e traduzir o dialeto do homem branco do asfalto!<br />
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<b>8. NÃO ACHA QUE ESTÁ VENDIDO?</b><br />
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Antes eu até que ficava nesse drama, mas vamos nós, estar vendido numa relação comercial é algo positivo, não ser sequer citado ou comentado seria preocupante. Ser ignorando numa relação social mais ainda. Hoje quando alguns - ainda mesmo que de modo brincalhão - comentam sobre minha vendição. Eu até concordo com eles, ainda bem que alguns de nós ainda pode ser vendido e a um bom preço, ainda bem que podemos fazer bons e sustentáveis negócios, triste deve ser ficar fora de todo o jogo da divisão das alegrias, privatizando para si a depressão e as tragédias. Desses dois últimos caminhos eu vivi mais da metade dos meus 34 anos que se avizinham, sei o que é isso, como muitos na CUFA. Somos a nossa própria historia, referência de nós mesmos, quem nos tacha assim hoje, amanha poderá estar em nossas festas, em nossos eventos, legitimando nossa ações, e daí teremos que recebê-los e entender como eu um dia fui assim, eles também tem o mesmo direito de ser, resta-nos apontar caminhos outros para ver se o conceito muda e a mudança ocorre. Porem, não é algo tão simples assim.<br />
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<b>9. VOCÊ ACREDITA NO DISCURSO DOS MCS? ACHA QUE VAMOS REALMENTE FAZER A REVOLUÇÃO?</b><br />
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No momento vejo muitos discursos, até bem elaborados, mas não acredito que mudanças virão somente com os discursos. A palavra dos Mcs tem limite, e é quando a base acaba, quando a luz apaga, vem a vida real, ai tem que rimar a dificuldade com a felicidade, a angústia e depressão com a oportunidade, transformar o estigma em carisma. Na verdade o rap é a vida real, nela não dá para disfarçar, fazer de conta, criar personagem, ou se vai para ação prática, ou tudo vai virar uma grande masturbação (sem gozo) de clichês do tipo: eu canto mais, eu sou isso, sou aquilo e na verdade por traz às vezes até de lindos versos, está uma realidade dura e forte, alguns podem até achar glamurosa essa realidade, mas duvido muito que queiram seus filhos nesse caminho!<br />
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<b>10. QUAL A SUA MELHOR CONQUISTA NO HIP HOP?</b><br />
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O autodescobrimento e autocrítica para saber que ele se superou e precisa ser refeito e resignificado para poder dar respostas às demandas que pulam em nossa frente toda hora. Saber abrir outras janelas, cavar outros espaços, assim quem sabe o HH poderá ser uma ferramenta de transformação mais eficaz, até mais do que foi há tempos atrás!<br />
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<b>11. QUEM SÃO SUAS REFERÊNCIAS?</b><br />
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Eu me constitui na minha referência, mas não posso deixar de falar de um cara que, para mim, se dispôs a fazer parte de um projeto coletivo pela caminhada lado-a-lado da rima com as conquistas da vida real. A mudança da sua vida e dos seus é mais que uma referência. Mais que um nome, o homem é um revolucionário. Estou falando do MV BILL.<br />
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<b>12. VOCÊ TEM FEITO REUNIÕES COM PAULO SKAF, ANDRÉ SKAF E MUITOS OUTROS EMPRESÁRIOS. O QUE ISSO SIGNIFICA EXATAMENTE?</b><br />
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A confirmação de que estamos no rumo certo. Quando entro numa FIESP e discorremos sobre outros valores para um país que vai para a 5ª economia do mundo e que muitos até se espantam com nosso grau de entendimento e postura nessas reuniões, tenho a plena certeza que o caminho para a revolução se dá ali, em cada palavra, a cada minuto, mas acima de tudo, de cada conquista. Não há revolução sem conquistas, sem metas alcançadas, sem ônus pela escolhas, mas também sem bônus pelo trabalho. Pra mim significa que o nossos projeto de poder estão a todo vapor, afinal, "ocupar vários espaços é nosso plano de paz, queremos muito, mas muito mais"<br />
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<b>13. O QUE É A CUFA PRA VOCÊ?</b><br />
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Minha vida, meu sangue, minha religião, meu time mais querido, minha família mais completa, meu ringue, minha arena, meu pódium e minha vitrine onde exibimos os troféus das caminhadas e lutas que travamos no front da selva.<br />
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<b>14. COMO VOCÊ VÊ O MOVIMENTO SOCIAL?</b><br />
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Necessário, porem é necessário repensar essas pautas e discursos... Chega de discutir pobreza, chegou à hora de pensar em estratégias de distribuição de riquezas, afinal seremos a 5ª economia do planeta, então temos que fazer parte da construção de novos valores e da construção das estratégias de inclusão justa e sustentável.<br />
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<b>15. POR QUAIS PARTIDOS PASSOU E O QUE CADA UM REPRESENTOU?</b><br />
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Fui influenciado e formado por um racha do PRO- Partido da Revolução Operária, de onde saiu a primeira prefeita do PT do país. Maria Luiza Fontenele. Depois fui para o CGB, coletivo Gregório Bezerra, um agrupamento do movimento operário. Depois apresentei o Hip Hop cearense ao PT- Partidos dos Trabalhadores, onde passei grande parte da minha formação militante, depois ajudei a fundar o PSTU, e mais recentemente o PSOL, hoje estou sem partido, cada um deles representou um momento importante e de aprendizado que me fazem um preto melhor e um lutador mais lúcido!<br />
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<b>16. QUAIS SÃO NO SEU PONTO- DE- VISTA, OS 3 DEFEITOS DAS SEGUINTES PESSOAS?</b><br />
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JOSÉ SERRA Ter pouco trânsito político no eleitorado do nordeste, está muito ligado às privatizações e falta de base social popular! DILMA ROUSSEF Mais popularidade nas camadas mais populares do paÍs, perceber que o desenvolvimento se faz com a combinação de natureza, trabalho e ser humano, ainda muito tímida! MARINA SILVA Vir de um lugar sem peso político no cenário nacional, contradições da sua trajetória pessoal, social e política, devido ao partido e aliança eleitorais de agora, falta de agressividade!<br />
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<b>17. QUEM É O LULA?</b><br />
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Ex-invisível, referência durante muitos anos para a história dos invisibilizados desse país!<br />
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<b>18. O QUE ACHA DAS COTAS NAS UNIVERSIDADES?</b><br />
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Apesar de ainda tímidas, necessárias. Pra colocar o debate das reparações dos negros nesse país, isso não é esmola, o país nos deve!<br />
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<b>19. QUEM SÃO SEUS ÍDOLOS NO SEU ESTADO</b>?<br />
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Luizianne Lins, pela juventude, seriedade e coragem! Rosa da Fonseca e Maria Luiza Fontenele, pela sinceridade e coerência. Ciro Gomes e Tasso Jereissati pela representatividade e peso que furou o bloqueio do sul e sudeste! Os amigos Dj Doido, Foca, Del e Cleitin da Caucaia, por vir de onde vieram e chegar onde estão! Cid Gomes, pela coragem de dialogar e pela abnegação ao trabalho e a vontade de acertar!<br />
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<b>20. EXISTE RIVALIDADE ENTRE OS ESTADOS DO NORDESTE OU É MITO?</b><br />
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Lógico que existe, cada um buscando fortalecer o seu lugar, o seu estado na grande roda do desenvolvimento!<br />
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<b>21. COMO VOCÊ VÊ A PARTICIPAÇÃO DE UM GRUPO DE RAP GAY, CUJO OBJETIVO É DEMARCAR ESPAÇO?</b><br />
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Coerência com a história do rap, de luta por justiça, igualdade e direitos. O mundo vai mudando os seus lutadores e suas formas de lutar, mas a luta sempre é a mesma, todos por um lugar ao sol.<br />
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<b>22. PORQUE O RAP FICOU COM A FAMA DE NÃO FALAR COM A TELEVISÃO? ISSO É VERDADE OU PURO MARKETING?</b><br />
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Muito marketing. em parte por alguns que não tem o que falar, outra parte nunca foi chamada e a maioria que foi se perdeu em suas próprias palavras. Daí foi melhor passar uma imagem de que a televisão não presta, mas contraditoriamente os grupos produzem clipes, acredito eu que não é para assistiram em seus DVDs em casa. Eu particularmente achei legal aquele rapper lá de minas, o renegado, estar num programa de música, reflete que alguns alcançaram o patamar, superando aquele estigma de rap como música ruim, outro fator é o diálogo que esse jovem promoveu da cultura do rap com os outros gêneros, coisa difícil no Brasil, e por final, o respeito e credibilidade que o rap recebe perante a sociedade, pois falar entre nós é fácil, complexo é dialogar com o dileto, as regras e no mundo do homem branco do asfalto. Mas grande parte dos rappers no Brasil vive como aqueles jogadores de futebol do subúrbio que compram revista placar e sonham em estar na capa, vivem na sua ignorância, no seu mundo à parte, cheio de ilusões, enquanto a vida real dá-lhe de goleada!BLOG DO PORRADÃOhttp://www.blogger.com/profile/03940785948598778115noreply@blogger.com0